Capitulo 04.

Depois da vinda da luciana na minha casa eu resolvi sair da toca.Voltei pra faculdade e para a minha rotina, tinha muita matéria para colocar em dia, mas eu não estava me importando muito, era bom pensar em outras coisas e não somente no henrique e no meu bebê.

Ao saberem que eu estava grávida as minhas amigas começaram a fazer planos, a única pesoa que não pareceu muito animada foi o léo, na verdade minha conversa com ele foi até meio...estranha.

eu havia acabado de entrar na faculdade com as minhas amigas gritando enquanto eu ria litros do que elas falavam quando eu vi o léo andando, gritei o nome dele que logo me viu e abriu um sorriso enorme e veio correndo até onde eu estava, minhas amigas por algum motivo começaram a afalr que tinham que ir urgentemente para a biblioteca e saíram correndo.

estranho...no minimo.

- não acredito que é você! achei que nem vinha mais pra cá! por que faltou tanto?- ele me perguntou curioso depois de me abraçar forte.
- bem, eu tive alguns probleminhas...nem sei se posso chamar de problema. -

eu falei passando a mão na barriga, eu confiava em léo e sabia que se eu pedisse ele manteria segredo.

ele me olhou confuso e logo após assustado.

-samantha que tipo de problema é esse?- ele me perguntou assustado, eu sorri sem graça e peguei a mão dele e coloquei sobre a minha barriga.

- eu to grávida,Léo,to grávida!- eu falei sorrindo. No entanto Léo não parecia feliz, ele havia ficado mais branco que os vampiros daquele filme crepúsculo.

Ele acariciou a minha barriga levemente ainda assustado e murmurou.

- é do Henrique? - a sua voz mau havia saído da boca, eu tive de ler seus lábios para entender o que ele havia dito.

- claro, de quem mais seria,Léo? - eu falei como se fosse óbvio.Léo apertou
os lábios como sempre fazia quando não sabia o que falar, mas no fim apenas suspirou alto e murmurou um parabéns xoxo e disse que tinha que ir para a aula.

eu o vi se distanciar confusa, o que eu havia dito de errado?

Depois desse dia eu vi pouco o Léo, sempre que ele me via ficava me olhando de longe um pouco triste, depois sorria bem aberto e acenava para mim de um jeito que me fazia me sentir feliz como há muito tempo eu não me sentia.

mas como o tempo havia passado muito rápido, hoje já era o dia de buscar o Henrique no aeroporto, eu coloquei uma calça jeans clara e uma blusa regata branco nadador com um bolerinho delicado marrom, eu estava evitando usar salto( meus pés já estavam cheios de calos graças as novas sandalias que eu havia comprado, então resolvi optar por uma rasteira) o que ia me fazer ficar bem mais baixa que ele, mas tudo bem.

Desci e entrei no carro, meus pais haviam me dado ao fazer dezoito anos e por já estar na faculdade de medicina.Demorou uns quinze minutos até chegar no aeroporto e estacionar( o transito estava muito bom, para variar um pouco), desci e corri até o desembarque.

Eu estava ansiosa para contar tudo para o henrique, queria ver a reação dele ao saber que íamos ter um filho. nesse momento eu começei a me imaginar casada com henrique e com esse filho.

sorri com isso, foi quando vi as pessoas começarem a sair com as suas malas, porém eu não o via...mas quando o vi rezei para que não fosse ele.

Henrique usava uma roupa esporte e uma expressão que ele só tinha quando começamos a namorar ainda adolescentes e ao lado dele...estava ela

a filha da puta da Isadora(n/a isadora, minha miguxa, eu decidi o nome da personagem antes de te conhecer, rs', mil desculpinhas!não deu pra mudar rs')tinha ido com ele e estava contando alguma coisa muito engraçada pelo visto.
(música da cena - Ignorance- Paramore)

- desgraçado- murmurei pra mim mesma.

respirei fundo e tentei pensar no meu bebê, tentei pensar no escandalo.

então apenas gritei seu nome e fui até eles. Henrique me olhava assustado, mas logo depois sorriu e me abraçou me girando no ar e me dando um selinho.

- amor, senti tanto a sua falta - ele falou me abraçando.

- imagino. - eu falei séria. -olá isadora.

Isadora me olhou um pouco assustada, mas logo sorriu abertamente, aquele sorriso feio dela( cá pra nós, ela não é a próxima gisele bunchen)(n/a mas a minha miguxa é rs') e disse.

- olá Samantha.

eu andei calmamente até ela, segurando todo o meu ódio.

-sam, por que não vamos logo? - ele perguntou, eu sorri maliciosamente.

-por que não podemos ficar mais um pouco? eu tenho um presentinho para a Isadora.- eu falei me aproximando.

e dei um tapa na cara dela que deixou a marca dos meus cinco dedos. henrique correu até ela e olhou para mim assustado.

- o que te deu,Sam?- ele me perguntou assustado, o que me deu? que tal você ter me traído de novo com essa vagabunda?...

era o que eu queria falar.

- sua doida!- gritou Isadora me olhando com o rosto marcado, eu ri vendo-a histérica.

puxei o cabelo oxigenado dela enquanto ela gritava tentando se soltar, mas
eu estava tão consciente de tudo isso e calma que me assustava.

Henrique me olhava paralisado enquanto eu dei um soco na barriga dela que a fez cuspir um pouco de sangue, então eu a soltei.

ela começou a chorar enquanto eu limpava as minhas mãos, então ela se levantou tentando me mater mas eu apenas murmurei( de forma que apenas ela ouvisse).

- não bateria em uma mulher grávida,bateria?- ela apenas me olhou estática.- você pode ter achado que por ter feito ele me trair venceu...mas quem está grávida dele...sou eu.

sorri ao ver que Henrique estava distante e não poderia ter ouvido nem que fosse o superman.

em seguida apenas dei meia volta e peguei minha bolsa que havia caído no chão e andei até o Henrique.

- vamos? ainda temos o que conversar. - eu falei séria. Henrique suspirou e pegou sua mala me seguindo...

0o0o

Eu abri a porta do nosso apartamento entrando calmamente, joguei a minha bolsa na poltrona e andei até a cozinha para pegar um pouco de água. Deixei que Henrique fechasse a porta.

tomei alguns goles de água tentando me acalmar, Henrique respirou fundo e me olhou sério.

- não é nada do que você está pensando. - ele falou.

eu o olhei cética apertando o copo.

- você não sabe o que eu estou pensando.- eu falei me virando de costas.

- sei sim, você está pensando que eu te traí de novo. - ele falou com raiva.

- E não é verdade?- eu gritei, ele fez uma cara de dor. - E não é verdade que você me traiu com aquela vagabunda de novo? que enquanto a idiota estava aqui você estava se divertindo lá?

-Samantha, eu só pensava em você e eu...eu não queria não me...lembro.- ele falou bagunçando os cabelos louros escuros.

-Para de Mentir!- eu gritei dessa vez sem conseguir controlar minha raiva eu joguei o copo na parede.

vi os cacos caírem no chão como o meu coração estava...quebrado.

- Eu não consigo me lembrar de nada daquela noite! - ele falou.

- Seu mentiroso!- eu não aguentava, eu tinha que descontar minha raiva, por isso peguei os pratos em cima da mesa e comecei a jogar em Henrique tentava ao máximo se esquivar.

-Você me traiu e eu fiquei aqui! a idiota de novo! em pensar que eu achei que a gente podia ficar bem agora que eu estava grávid, mas você fez isso DE NOVO!- dessa vez eu joguei um último prato e comecei a chorar.
Henrique me olhou assustado.

-grávida?- eu assenti, de repente eu senti ele me abraçando e me rodopiando.

- meu amor, isso é muito bom! desde quando você sabe?- ele falou me abraçando, mas eu o esmurrei até ele me soltar.

- não importa mais!- eu gritei. - Quando eu voltar quero você e todas as suas coisas LONGE DAQUI!

antes que ele pudese argumentar algo eu saí correndo no apartamento, para minha sorte o elevador estava parado no andar, uma mulher havia acabado de sair, eu a empurrei fracamente, ela nem chegou a cair, e entrei no elevador deixando minhas lágrimas caírem como uma cachoeira.

não sei por quanto tempo andei ou corri, mas só pari ao me encontrar num pequeno parte mais ou menos perto da minha casa e já era de tardezinha.

o céu estava numa mistura de rosa,laranja e amarelado como pinceladas de uma criança travessa num quadro. eu me sentei no banco mais próximo e abaixei a cabeça chorando.

eu amava o henrique, amava muito e isso era o pior.

eu esperava que nós pudessemos ser felizes, passar por isso...mas não...

ele não quis isso também.

todas as minhas lembranças com ele pareciam falsas, todas as frases...todo o tempo gasto com ele me pareceu um erro.

eu queria morrer.

de repente uma rosa vermelha apareceu na minha frente, uma mão mascilina a segurava...eu olhei para cima.

- sabe o que é estranho? é que mesmo quando uma flor está com gotas de orvalho ela não deixa de ser linda...mas eu realmente prefiro você sorrindo.

- Léo...- eu murmurei.