Nascemos do nada, assim alguns acreditam, às vezes sinto este “nada”. Muitas vezes parecemos simples pedaços de carne, mas olhe para você, suas mãos. Alguns papos te levam a caminho algum, outros acabam falando de amor. Ou vivemos de amor, ou caímos em esquecimento, assim pensa a sociedade. Devemos viver para provar o contrario. Não se engane, amor é importante.

Abri meus olhos e vi o nada, estava escuro e confuso, meu coração estava acelerado. A claridade foi chegando ao meu redor, não conseguia entender e ... Estávamos novamente na superfície.

– Eu deveria ter contado a vocês, eu posso fazer muitas coisas, ler mente é só um pormenor – disse olhando em meus olhos. Tinha algo naquele olhar, algo real e que até então estava escondido.

– Afinal, quem é você? – perguntei.

– Sou Lucinda, sua filha. – o olhar... Amor.

La Cafétéria - Paris 1883. *trilha*

– Vamos, venha tomar seu cappuccino, ou ele ira esfriar – disse. Claro que não fiquei a traz e logo pedi meu cappuccino caramelado.

Enquanto tomávamos nossos cappuccinos aconteciam tremores por toda Paris, a nossa volta. Esses tremores estavam começando a assustar os moradores, logo começamos a nos preocupar.

– Peter o que está acontecendo? – uma explosão terrível aconteceu – Peter aquilo é fogo? Precisamos sair daqui, agora.

A linda e perfeita Torre estava em chamas, o fogo parecia chegar cada vez mais parto, não sabíamos o que estava acontecendo.

– Temos que ver o que está acontecendo! Você volte para casa, leve Luci e tentem se proteger. Se a situação piorar fujam – disse.

– Não posso permiti, você ira conosco.

– Pai! – disse Luci. O seu olhar... Amor.

– Eu irei voltar, prometo! Faça o que estou dizendo, vai da tudo certo! – menti.

O corredor que leva até a Torre não está longe daqui, vou correndo, deste modo voltarei logo para minha família.

É depois de alguns minutos de correria, aqui estou. Tudo a minha volta está queimando. São elas, elas estão fazendo isso, as bruxas.

– Não, Eiffel – disse, enquanto olhava a majestosa Torre cair sobre as ruas – MALDITAS! – gritei o mais alto que pude. Uma explosão me atingiu.

Acordei em leito hospitalar. Não fiquei nem cinco minutos lá, fui procurar Luci e Nora.

Chegando a casa, encontrei Nora no quarto.

– Cadê Luci? – silencio – Onde está Luci? – gritei.

– Ela caiu!

– Onde? Mas do que você está falando?

– Lembra? As emoções dela, as emoções foram a mil. Aconteceu, Luci começou a cair, terra foi entrando dentro dela e enquanto gritava, ela desaparecia. Pouco tempo depois Luci não estava mais visível.

– E você me diz isso assim? Calma? – disse.

– Olha... – Nora parou por um minuto e encarou a janela – Elas estão aqui, elas chegaram.

– Quem?

– As bruxas, elas iram nos levar.

– Não antes de lutar!

As paredes explodiram. As bruxas começaram a entrar, puxaram Nora e, enquanto eu gritava uma delas usou sua magia. Tudo isso parecia câmera lenta, cada parte disto. Nora foi levada, assim como minha alma.

*quinze anos depois*

Sou um garoto de Boston e meus pais decidiram se mudar para São Paulo, vamos para a antiga rua 50. Não que eu goste muito disso, mas parece ser legal.

...

Há algum tempo coisas perturbadoras veem a minha mente, parece muito real, como lembranças, mas... Não pode ter acontecido.

Na frente da minha casa tem uma garota loira! Já estou morando aqui a um bom tempo, tempo suficiente para perceber que ela gosta da chuva. Quando está chovendo ela dança, sem ligar para nada, nem ninguém, se diverte.

No fim da rua tem um garoto, me falaram que o nome dele é Abismo. O perigo sempre me perseguiu, mas aquele é um perigo diferente.

Uma garota ruiva mora ao lado da casa dois. Sempre vejo está garota com a menina loira. Essa mesma garota, a garota ruiva mora na casa três.

Tudo o que eu quero agora é amor!

*agora*

– Lucinda? Você só existiu em meus pensamentos, alguns pesadelos e outros sonhos. Você nunca foi real – disse.

– Você está enganado. Hoje tenho mais de 145 anos e toda a minha vida foi uma jornada. Estive sempre procurando por você! – não podia acreditar no que ela dizia.

– Não temos tempos para apresentações. Vamos, você já tem o coração de dragão! Chegou a hora do próximo item – disse a guardiã.

– Coração de um lobo – disse, enquanto fitava fixamente os olhos de Lucinda. Acho que chama-la de Luci em minha mente, sempre foi algo de se chamar atenção... Mas talvez fosse por ela ter se apresentado como Lúcifer.

– Vamos, antes que Pierre chegue. Estamos perto da zona dos lobos. Encontrei uma passagem, vamos antes que comecem a nos bombardear – disse a guardiã.

Passamos pela passagem. Estávamos fora, novamente.

– É... Tem um modo de chegarmos mais rápido – disse Lucinda.

– Como? – disse a guardiã.

– Todos esses anos eu aperfeiçoava meus poderes. Estava na cozinha e quando fui atravessa a parede, acabei me tele transportando. Com o tempo fui me aperfeiçoando nisso, com tudo só me tele transporto se soube para onde estou indo. Podemos ir tele transportando aos poucos.

Não queria aquilo, estava tudo meio confuso, mas não tínhamos muito tempo. Parece que minha vida foi um grande equivoco.

Como se pode imaginar, chegamos rápido lá. Estava tudo tão quieto, mas estávamos na aria de caça deles. A nossa volta tinha neve e arvores, estava me sentindo dentro de uma saga de vampiros, daquelas melosas.

Lobos: as patas deles chegam a cerca de 2 metros de comprimento. Você pode tentar imaginar o tamanho das tais criaturas. Bem, eles tem cerca de 7 metros de altura.

Não percebemos, mas eles já tinham nos cercado. Um feroz rugido e alto nos contornou. Meu coração começou a bater rápido, começou a brilhar. Cai no chão, ajoelhado, a cima de mim a luz...

– Peter levanta. Eles estão vindo. PETER – gritou, um grito ensurdecedor.

O lobo estava centímetros de fincar suas garrar em nós. Meu coração explodiu e o lançou metros de distancia, mas não seria o bastante.

Consegui me levantar. Olhei em volta, tentando entender a situação. A guardiã tinha desaparecido, novamente. Algo fez uma sombra a cima dos pinheiros, ela estava praticamente voando, a guardiã. Quando fincou sua espada no pescoço do lobo, foi atacada por outro, que a engoliu por inteira.

Lucinda ainda era aquela guerreira, que me salvou há alguns dias atrás. Consegui me levantar e tudo que via era uma guerreira, atirando e cortando lobos. Ela sobrevoava os lobos, pulava de um lobo para outro, mas... Como?

Lucinda segurou os pelos gigantescos de um dos lobos e quando me dei conta ele estava afundando. Dois dos lobos se foram, o outro ficou preso na terra.

– Eles iram volta e em um numero maior!

– Tem razão filha. – terminei a frase e ficamos em silencio, nos olhando, meio que achamos a cena engraçada. Pensar em que? O momento foi interrompido pela guardiã, que saio de dentro do lobo, fazendo as vísceras do mesmo se dispersarem no ar.

– Adoraria um Gim puro.

– Faça um aparecer – disse.

– HAHA, muito engraçado, PETER – disse com um tom de rabugenta.

– Pronto para ir? – disse a guardiã.

– Estou fraca para tele transporta, mas farei um esforço.

As arvores começaram a se mexer e tudo começou tremer.

Absorvi o coração dele. As dores estavam cada vez menores, pois já havia absorvido o coração do dragão. Lucinda pulou de cima do Lobo e viajamos por camadas no cosmo, espera... Essas viagens estão me deixando meio grogue.

– Só consigo chegar até aqui, estou muito cansada.

– Ai droga. Os lobos! – disse.

As duas começaram a atirar, mas claro que não ira adiantar, comecei a correr, deixando-as para trás.

– Qual o seu problema? – gritou a guardiã.

– Eu ainda quero viver.

Corri o suficiente para chegar a espiral dos dragões. Um dragão me surpreendeu, logo atrás estava as duas espertas. As duas pularam e me agarraram, caímos em um buraco. O lobo pulou em cima do dragão. Cabeças iram rolar.