Se Algum Dia Eu Não Acordar escrita por deessah


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

hãn, como eu disse, só fluiu.
Não tão fácil,claro. O comecinho dela tá guardado a quase um ano, eu acho. aí eu hoje eu simplesmente disse "Tenho que escrever algo", e já que Tn'L não saia, eu abri aleatoriamente uma one não terminada e... como eu disse, fluiu.
Espero que gostem, acho que eu nunca fiz nada tão romântico.
kkkkkk'



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Olhei para meu celular de novo, encarando o botão play e respirando fundo.

Eu não sabia se teria coragem de aperta-lo, não depois de Edward, um grande amigo meu, me passar a musica pelo Bluetooth e me mandar ouvir quando estivesse sozinha, e que prestasse bastante atenção na letra.

Eu estava apreensiva, por que Edward vem agindo muito estranho ultimamente, e eu havia reparado é claro. Eu reparava tudo nele, desde antes de me descobrir apaixonada.

Olhei para o celular de novo, a musica só estava identificada como ‘Para Bella’ e a coisa parecia ser séria, pelo jeito que ele estava quando chegou aqui.

Flashback**

Eu estava na sala,deitada no tapete felpudo e literalmente de perna pra cima enquanto via TV, era sábado a tardinha, e eu como sempre não tinha nada melhor para fazer;

A campainha tocou,e eu resmunguei me levantando e me arrastando até a porta, sem me preocupar em olhar no olho mágico antes de atender.

― Hey Edward.- eu cumprimentei confusa, ao mesmo tempo em que meu coração disparava. Normal. Pelo menos perto dele isso era normal pra mim.

Edward parecia mais pálido que o normal, estava visivelmente nervoso e mortalmente sério.

― Oi Bella, Hm, desculpe por atrapalhar seu sábado.- disse nervoso, e como sempre fazia quando estava assim, passou a mão pela bagunça acobreada que eram seus cabelos.

― ‘Que isso, eu tava vegetando na frente da TV mesmo, nada de emocionante. Entra- eu ri, e Edward me acompanhou, um pouco mais relaxado e entrou, mas não se sentou, se manteve de pé perto da porta.

Então respirou fundo, e no exame mais minucioso que eu sempre fazia quando o via, notei que suas mãos suavam, a direita agarrada ao celular.

― Bella, eu vim aqui porque... bom, eu precisava te mostrar uma coisa...- ele coçou a nuca.- na verdade, uma musica.

― Legal, me diz o nome que eu procuro agora, deixa eu pegar o notebook e... – ele levantou um dedo, e impedindo de falar.

― é uma musica minha, não ta na internet. – ele riu sem graça, então me olhou sério. – na verdade, eu escrevi pra você.

Eu pisquei algumas vezes, confusa, mas deixei passar.

― ah, então me passa, to loca pra ouvir... – eu disse, pegando o celular. Edward assentiu e começou a me passar por Bluetooth.

Para Bella - era o nome da musica, e isso vez meu coração palpitar.

Assim que ele terminou de enviar, tirou o celular de minhas mãos e o jogando no sofá, quando fui procurar a musica para ouvir e disse, ainda sério.

― Eu preciso que você ouça essa musica sozinha, e que preste bastante atenção na letra dela. - e então, passou a mão nervosamente pelos cabelos de novo, me olhou sério, e saiu pela porta, sem dizer mais nada, me deixando confusa e apreensiva.

Flashback*

Engoli em seco quando minha mãe passou pelo corredor na frente do meu quarto, indo para a cozinha, e me levantei, calçando os tênis e pegando meu celular e meus fones de ouvido.

Cruzei a casa em alguns passos rápidos, e gritei para minha mãe, já da porta.

― TO SAINDO, VOU DAR UMA CAMINHADA, VOLTO DAQUI A POUCO.- não esperei resposta e sai.

Desci as escadas do prédio desfazendo o nó dos fones, e quando consegui, os pluguei no celular.

― Vamos lá Bella, é só uma musica. – tomei coragem, enquanto me distanciava de casa, e coloquei os fones no ouvido.

Já era noite, uma daquelas que eu mais gostava , era dezembro e uma leve brisa brincava por ali, fazendo o calor ser altamente suportável, e clima ficar fresco.

Sem querer, eu havia chegado a um parque, um pequeno, mas mesmo assim um parque, com arvores e brinquedos infantis. Eu respirei o ar fresco e olhei para cima.

O céu negro tinha muitas estrelas, pontos luminosos que pareciam jóias, adornando a jóia mais preciosa.

A lua.

E foi olhando para a lua, que eu finalmente apertei o play no celular, fechando os olhos e me sentando em baixo de uma arvore qualquer.

Então, uma melodia linda me atingiu, e junto com ela, a linda e macia voz de veludo de Edward.

Se algum dia eu não acordar - Fresno

Imagine se um dia, eu não acordar

Quem vai puxar assunto com você?

Quem vai mentir, que você é legal?

Imagine se um dia eu morrer.

Você iria, se arrepender

De não ter dito tudo que eu perguntava?

E eu vou morrer, sem nunca saber

Se você no fundo me amava.

Você choraria? (você choraria?)

Se lamentaria?( se lamentaria?)

Será que algum dia eu vou saber?

Mas eu também, me arrependeria

Pois pra ti eu nunca me declarei

Agora também, eu nem poderia

Declarar-me e nunca mais poderei.

E isso faz com que eu me sinta mal

Embora nem se passe na tua cabeça,

Que tudo que eu quero é ter você

Mas não creio que isso um dia aconteça

Será que algum dia (será que algum dia)

A gente poderia...? (a gente poderia..)

Porque que eu não posso ser feliz?

Vai ver é porque eu não deva

Ter você pra mim

Pode deixar assim...

Pode deixar assim...

Imagine se um dia, eu não acordar

Quem vai puxar assunto com você?

Quem vai mentir, que você é legal?

Imagine se um dia eu morrer

Será que algum dia (será que algum dia)

A gente poderia...? (a gente poderia..)

Porque que eu não posso ser feliz?

Vai ver é porque eu não deva

Ter você pra mim

Pode deixar assim...

Pode deixar assim...

Se algum dia eu não acordar....

Se algum dia eu não acordar....

Hm, Bella... Se você está ouvindo isso é porque eu finalmente tomei coragem...

Ou Alice mexeu nas minhas coisas de novo...

Ou porque você mexeu nas minhas coisas de novo...

E acredite se for o caso, eu vou realmente ficar de cara.

Enfim eu só quero que você saiba que, mesmo se você não quiser nada comigo, eu ainda quero ser seu amigo. Eu não penso que posso viver sem você mais, de qualquer jeito.

Argh, droga, eu to forçando a barra, não to?

Desculpa, eu só... Sou um imbecil.

Só... Me liga ta? Nem que seja pra dizer que só me vê como amigo e que, você acha que não daria certo... Só, liga.

Caramba, to forçando a barra de novo né?

Desculpa de novo, eu só to meio nervoso e...

Eu vou parar de falar antes que eu fale mais merdas idiotas.

Hm,só pra você ter certeza, eu te amo Bella.

Argh,Edward seu idiota, para de forçar a barra....

Eu sorri e ri um pouco em meio as lagrimas de emoção, imaginando Edward com uma mão enterrada no cabelo e o puxando de nervoso, enquanto a outra segurava o celular quando ele gravou isso.

Então parei de rir e respirei fundo, olhando pro céu.

Será que eu estava sonhando? Será que, de algum jeito, eu havia imaginado isso tudo?

De qualquer modo, eu não poderia só ficar sentada aqui que nem uma idiota sendo que, pelo que eu escutei da gravação e conheço de Edward, ele deve estar quase arrancando aqueles cabelos lindos dele de ansiedade.

Eu respirei fundo de novo, secando rapidamente meu rosto e disquei o ‘1’ da discagem rápida, ligando para Edward.

É, eu sei, coisa de garotinha boba e apaixonada, mas hey,eu era apaixonada por ele e tinha o direito de ser idiota como qualquer pessoa apaixonada.

Uma parte de mim dizia que era loucura minha ligar pra ele, que eu estava dormindo e que iria passar vergonha.

Mas hey, se eu estivesse dormindo Edward de verdade não atenderia, e sim Edward do sonho.

E se eu estivesse realmente acordada valeria a pena ligar, afinal, por quanto tempo eu sonhei com Edward apaixonado por mim?

No quarto toque eu estava quase desistindo, mas no quinto ele finalmente atendeu.

— Alô? Oie Bella!- ele estava completamente afobado, mas tratou de esconder a animação.- hurm, quero dizer,hm, Oi Bella, tudo bem?

Eu ri, Edward sempre seria Edward.

— Oi, eu... É, eu sai pra ouvir a musica e... Você pode me encontrar naquele parque perto da minha casa? Por favor?- eu pedi, então mordi o lábio. Eu pareci muito desesperada? Carente? Insegura? Ai, droga.

— Claro!- ele quase gritou, então se acalmou de novo.- digo, sim, posso sim, eu to indo pra ai.

Eu sorri.

— tudo bem, estou te esperando. - mordi o lábio de novo enquanto desligava, e sem resistir eu apertei o play para ouvir a musica de novo. Era muito perfeita.

Eu olhei para o céu, e logo depois fechei os olhos sorrindo, somente ouvindo a voz de Edward.

Alguns minutos depois, eu sorria ouvindo sua declaração desajeitada e pensava no quanto aquilo era fofo.

— Bu!- sussurrou no meu ouvido, por cima de sua própria voz, me dando um susto.

Eu me arrepiei, não por conta do susto mas porque seu hálito de menta e nicotina que me fizeram corar.

— Hey, - eu disse, com um pequeno sorriso. Ele riu.

—Eu amo quando você cora, fica ainda mais linda.- sorriu, então segurou meu rosto, afagando minha bochecha com o dedão.

Eu abaixei o rosto, e senti meu rosto esquentar mais.

— Para com isso, você sabe que eu odeio quando coro.- bufei. Edward jogou a cabeça pra trás, rindo.

— Você é absurda, e eu amo isso em você também.

Eu mordi o lábio, tentando evitar um sorriso, mas foi inútil porque Edward se levantou e me ofereceu a mão sorrindo.

Confusa eu a peguei e ele me puxou do chão, me arrastando para o parquinho infantil.

 — Não...- resmunguei, quando percebi o que ele faria.

— Só senta e fecha os olhos.- disse rindo, me empurrando para o gira-gira, como quando éramos crianças.

Edward e eu éramos amigos desde a escola, e consequentemente nossas mães acabaram ficando amigos e com isso, crescemos juntos.

Sempre que elas nos levam ao parque, geralmente junto com nossos irmãos mais novos, Emmett e Alice, Edward me fazia sentar no gira-gira enquanto rodava o brinquedo. Eu nunca realmente entendi o porque, já que ele sempre ficava meio que de fora da brincadeira. E parecia que essa fixação não havia acabado.

Sentei no brinquedo e coloquei as pernas nos ferrinhos, de maneira que não o impedissem de girar, já que, convenhamos, eu podia ser baixinha, mas já não tinha mais altura para brincar nessas coisas.

— Feche os olhos.- mandou de novo, eu os rolei antes de fechar e segurar firme nas barras. Edward pegou um dos lados e girou o brinquedo com força, fazendo meus cabelos voarem.

Ficamos alguns minutos assim, e eu sentia um sorriso tranquilo em meus lábios. Querendo ou não, eu aprendi a simplesmente adorar isso, a sensação do vento no rosto e de que tudo a sua volta esta simplesmente girando e girando. Era como se não existissem mais problemas, como se tudo estivesse bem.

Pouco tempo depois, o brinquedo parou e eu abri meus olhos, encontrando um enorme sorriso no rosto de Edward. Eu me desvencilhei das barras de ferro, ficando de pé.

— Eu nunca entendi sua fixação por me girar nisso, sério.- eu disse rindo. Ele riu também, colocando uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.

— Eu sempre gostei de fazer seu mundo girar. - respondeu simplesmente, olhando no fundo dos meus olhos. Eu encarei seus lindos olhos verdes, que estavam tão mais claros á luz da lua, e de repente, a compreensão me abateu. Tudo o que ele disse ali, na musica, na declaração após a musica.

Edward me amava.

Tanto quanto eu o amava, e isso era tão irreal e ao mesmo tempo tão perfeito, que eu queria congelar aquele momento pra sempre. Uma lágrima solitária escorreu por minha bochecha, mas não desfiz meu sorriso.

— Você não precisa de um brinquedo para fazer meu mundo girar Edward.- respondi, vendo que ele estava começando a ficar apreensivo. Respirei fundo, determinada a falar tudo. - isso sempre acontece, quando você me abraça apertado e parece que nada além de nós dois existe, quando você segura minha mão me fazendo acreditar que tudo vai ficar bem, independente da situação. Quando você olha no fundo dos meus olhos e me faz acreditar que é impossível te amar mais do que já amo.

As lágrimas já corriam sem controle por meus rosto, e eu já não conseguia mais sustentar um sorriso. Era forte demais, intenso de mais o que eu sentia por ele, e a mera ideia de ser correspondida fazia meu coração, fraco e inexperiente, se contorcer de agonia. Uma agonia boa.

Edward sorriu mais largo,e como se fosse em câmera lenta, ele aproximou seu rosto do meu,entrelaçou seus dedos nos fios de minha nuca, fechou os olhos e roçou nossos lábios levemente por alguns segundos. Então, sua outra mão foi até minha cintura e ele me puxou para mais perto, enquanto eu passava meus braços por seu pescoço, emaranhando meus dedos em seus cabelos como eu adorava fazer. E ele aprofundou o beijo.

Eu não sei dizer por quanto tempo nos beijamos, mas quando o ar se tornou necessário, separamos nossos lábios e terminamos o beijo em alguns selinhos, sem desgrudar nossas testas.

— Eu te amo.- Edward disse, ainda de olhos fechados. Eu sorri.

— Abra os olhos.- pedi, ele riu e balançou o cabeça.

— Tenho medo de ser tudo um sonho, e você simplesmente desaparecer. - sussurrou, movendo a mão para meu pescoço e fazendo carinhos ali. Eu sorri mais e passei minha mão por seus cabelos.

— Eu estou aqui e não vou a lugar algum. - sussurrei também, como que não querendo quebrar a magia do momento. ­- Só abra os olhos. - pedi de novo.

Ele engoliu em seco, mas finalmente o fez, e eu pude olhar para aquele mar de esmeraldas novamente, que brilhavam intensamente.

— Eu também te amo Edward, de mais.- sussurrei. Ele sorriu enormemente e me beijou de novo.

E como eu tinha certeza de que aconteceria todas as vezes que nos beijássemos, meu mundo girou pela terceira vez na noite.

E eu simplesmente amava essa sensação.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, é de coração.
Beijooos, D.