O Diário de Alice escrita por Karu


Capítulo 22
Claustrofobia.


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA, DESCULPA, DESCULPA, DESCULPA, DESCULPA, DESCULPA, DESCULPA!Eu sou uma idiota, cefalotrocondríaca, abstinada, e eu não sei o que isso significa.Sério gente, eu amo muito vocês e eu fui uma ingrata do caralho escrevendo aquilo.E eu tô de volta!Capítulo dedicado a todas que me apoiaram aê, vocês são muito fofas.Especialmente a Baby S, que voltou até o início da história e comentou em todos os capítulos.Aquilo me fez vomitar poneys, arco-íris e hamburguers (e pizzas).Amo toooodaaaaaaaas vocêêês, e me desculpem por eu ser otária.POR FAVOR não se sintam obrigadas a comentar sempre!Sério, isso seria pior do que vocês não comentarem...
Boa leitura!



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O duto não estava tão alto assim.Apenas posicionamos uma das cadeiras (a que não estava destroçada) próxima a parede para alcançá-lo.

__Você é baixi...menor que eu, então vá primeiro.Vai precisar de minha ajuda para subir.- ele ia me chamar de baixinha.Em outras circunstâncias eu teria o estapeado.Poxa, eu não sou baixinha.Ele que é um poste.

Cerrei os olhos e subi na cadeira silenciosamente.Minha cabeça ainda estava à uns 15 centímetros do duto.Que ótimo.Eu estava analisando a situação, extremamente concentrada, quando sinto algo agarrar minhas pernas.Quase soltei um grito ali.Andrew ia ter que me levantar.E aquela posição estava muito constragedora, eu podia sentir meu rosto queimar.Olhei para baixo.Huahua, ele também estava envergonhado.Seus braços envolviam minhas...coxas e ele apertava muito forte.De algum  modo ele conseguiu me levantar e eu entrei na porcaria do túnelzinho.Me sentia um cachorro, ou um gato ali de quatro.Consegui girar, batendo os cotovelos e joelhos no metal.Coloquei minha cabeça pra fora, dando de cara com um Andrew muito lindo.Aah, foco.

__E agora gênio?- perguntei.Eu sei, não era a melhor hora pro sarcasmo, mas não deu pra evitar.Eu estava evitando falar pois minha boca não estava em seu melhor estado.Eu ainda podia sentir o gosto metálico do sangue em minha língua.

__Haha, Alice, eu não sou um tampinha, consigo entrar sem alguém me levantando.- ele rebateu igualmente com sarcasmo e piscou um olho.Ele sinalizou com uma mão para eu chegar para trás.Me senti um caminhão dando ré.Pi, pi, pi.Andrew soltou uma risada pelo nariz com a cena.Apenas sorri.

Logo ele estava na mesma posição constrangedora que eu.Só que eu sou pequena e não tive problemas com o espaço.Agora ele...Seus ombros quase entalavam nas paredes metálicas e ele tinha que andar com a cabeça abaixada.

__Mas que droga.Essa coisa é muito pequena.Vamos, rasteje aí!- eu ri.Girei e comecei a engatinhar.Ainda bem que eu estava usando calças.Porque né...

__Temos que achar uma saída.- falei.Ah, vá!

__Sim, claro!Então continue engatinhando!- bufei e continuei a fazer o que estava  fazendo.

Eu já não aguentava mais aquela porcaria.Eu estava ficando nervosa.As paredes pareciam encolher.Estávamos rastejando a uns 15 minutos, e havíamos encontrado apenas uma sala com dois guardas/policiais/seguranças.Viramos a esquerda, a direita, a esquerda e a direita de novo.Eu ofegava.Pode parecer infantil, mas eu queria chorar.Eu era claustrofóbica.E não sabia.Claro, era a primeira vez que eu entrava num túnel e rastejava por tempo indeterminado.

__Alice, você está bem?- escutei a voz de Andrew atrás de mim.

__E-estou.-não pude evitar gaguejar.Ele segurou meu calcanhar.

De um jeito desajeitado ele se contorceu e me deu um abraço tranquilizador.

__Calma, calma, isso vai acabar.A gente vai sair daqui, vai ficar tudo bem.-ele falou baixo, acariciando minha cabeça.-Quer que eu vá na frente?-

Assenti.Nós tivemos que fazer um verdadeiro contorcionismo para trocarmos de posição, mas conseguimos.Após algum tempo, eu já estava mais tranquila."Andamos" mais um pouco.Viramos a esquerda.Ali havia uma saída.Andrew se virou e fez sinal para eu fazer silêncio.Assenti.Ele foi até lá silenciosamente e novamente fez sinal para eu ir também.O túnel naquela área era mais largo, não sei porque.Cabíamos nós dois ali.Apenas uma grade nos separava do local.Tentávamos ser o mais cuidadosos possível.Era uma sala relativamente grande.Havia uma bancada com uma xícara de café, vários papéis e um computador.Encostados nas paredes haviam sofás de couro azul.O ambiente não tinha janelas, e era precariamente iluminado por uma lâmpada que falhava a cada três segundos.Era de certo modo assustador.Havia uma pessoa sentada em um dos sofás.Eu conseguia ver apenas seus pés.Saltos altos vermelho sangue.Me abaixei cautelosamente para poder ver o rosto.Arregalei os olhos.Minhas mãos me traíram e me faltou apoio, e sim, eu consegui cair em um duto de ventilação.O barulho feito foi grave e metálico, o suficiente para chamar a atenção de qualquer coisa próxima a nós.O que era irônico.Essa era a primeira vez que eu conseguia chamar a atenção dela.


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Notas finais do capítulo

...Sacaram, ein, ein?Quem entendeu?Shsauhsuahsuhaus, entendedores entenderão.



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