O Improvável Não É Impossível escrita por Mrs Lelê


Capítulo 9
As incríveis habilidades de Horace


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Todos os meus leitores estão vivos??? Espero que o mundo não acabe hoje! hahahahahaha
Queria dedicar este cap ao meus leitores: Dríada Dias, lelenascente e Henrique Black. Por Sempre comentarem em todos os capítulos e me darem a maior força! Beijão lindos!!



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Will acorda cedo e se apressa em acordar Horace para poderem tomar café da manhã e retomar a viagem.

 Ainda restava a dúvida do que fazer com os prisioneiros. Mas esse problema foi resolvido sozinho, quando uma patrulha do castelo que realizava uma busca passou por lá.

– Posso ajudá-los? – pergunta Horace.

– Sim. Procuramos uma dupla de ladrões que foram vistos por estas redondezas há algumas horas. Por acaso os viram? –perguntou o homem que estava na frente, montado no maior cavalo, provavelmente fosse o comandante ou o líder.

– Por acaso, estamos com dois prisioneiros. Seriam eles os que estão procurando? –disse ele dando um passo a direito, deixando a vista os dois homens, presos cada um numa árvore e com um pano tampando-lhes a boca.

– Como foi que eles foram parar aqui? –perguntou o comandante fazendo um movimento com as mão, deixando claro que o “aqui”, significava preso nas árvores.

– Eles fizeram uma tentativa de assalto a mim e ao meu amigo, na noite anterior. É claro que foi mal sucedida. –disse Will mostrando as algemas e as cordas que os prendiam. A patrulha pareceu surpresa ao ouvir a voz do homem que alguns segundos atrás estava totalmente escondido nas sombras de um arbusto. Ele tinha passado completamente despercebido. Se perguntasse a um dos homens do castelo quantas pessoas havia alguns segundos antes, eles responderiam que três, contando com os prisioneiros.

“hummm, arqueiro!”, pensou o líder, reconhecendo a capa que lhe encobria o rosto e o arco nas mãos.

–Muito bem. Estes são os homens que procuramos–disse ele mais uma vez, mandando alguns de seus homens prenderem os criminosos. –Agradecemos seus serviços.

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Dias se passaram desde o incidente com os bandidos e a viagem correu tranqüila e sem agitações. Estavam chegando perto da fronteira. Até que eles passam por uma vila. Estava tudo estranhamente silencioso. Os dois sentiam uma presença estranha, mas a vila estava vazia! Horace inevitavelmente, colocou a mão sobre o punho da espada. Não havia nada de pessoas, animais, carroças, barracas de feira, comerciantes...nada!

–O que aconteceu  por aqui? –perguntou Horace em voz baixa, quase num sussurro. Não lhe parecia correto falar muito alto com todo aquele silêncio.

–Eu não sei. Vamos ver–disse o arqueiro impelindo Puxão para a frente e com o tom de voz igualmente baixo.

– Será que foram passar férias em algum lugar? –perguntou Horace, que estava assustado, mas não deixou transparecer muito. Mas seu amigo o conhecia bem o suficiente para perceber o tom de voz diferente e pela sua visão periférica o rosto e os músculos dele enrijecidos.

– Não Horace, eu não acho que todos tenham ido passar férias ao mesmo tempo. Afinal, não são todos noivos de uma princesa, portanto não tem dinheiro para isso.

Horace sentiu as bochechas ruborizarem. Abriu a boca para falar alguma coisa, provavelmente uma reclamação, mas em seguida a fechou. “Will tinha razão”, pensou ele, “uma vila como esta não deve ter habitantes muito ricos.”

– mas quem disse que todos os habitantes saíram? Eles podem estar dentro de casa.

Neste ponto Will tinha que concordar com ele. Eles por enquanto somente tinham percorrido o começo da pequena cidade e também não tinha visto dentro das casas.

– Vamos dar uma olhada dentro das cabanas. Você olha nessas e eu olho nestas. –disse Will mostrando qual delas ele se referia.

 Horace bateu com os nós dos dedos na porta de uma das casas, que se mexeu, fazendo as dobradiças de couros rangerem. A porta estava aberta. Ele adentrou com passos lentos, mas firmes. Estava nervoso. Sua mão ainda estava sobre o punho da espada. A sala estava vazia, ele encontrou a mesa de jantar posta, com os talheres, pratos e copos sobre a mesa. Seguiu o pequeno corredor e entrou no primeiro quarto. As gavetas do armário, provavelmente de roupas, estavam algumas abertas, outras no chão, e a maioria vazia. “Parece que alguém fez as malas às pressas”, falou Horace para ninguém em especial. O seguinte quarto estava igual ao anterior.

Ele saiu para encontrar-se com Will, após entrar em algumas outras cabanas.

–Vazias– informa o cavaleiro ao amigo.

– Eles fugiram. –diz o arqueiro com uma expressão séria no rosto.

–Como sabe disto? – perguntou intrigado Horace. Para ele arqueiros algumas vezes pareciam mesmo ter alguma habilidade sobrenatural.

– Os moradores deixaram muitas coisas em casa, como talheres, panelas, algumas roupas, entre outras coisas. E levaram somente o que seria realmente necessário para uma fuga deste tipo. Eles fugiram de alguém ou de alguma coisa...

–...resta saber do quê– completou o cavaleiro.

–Sim.

– Mas você pode rastreá-los não é? Quer dizer, se eles fugiram as pressas, podem não ter se preocupado muito em apagar os rastros, ou coisa do tipo, e como ao parecer, todos os moradores o fizeram, pode ser que fugissem todos para a mesma direção.

–Me pergunto se isto faz parte das coisas que estão ocorrendo por aqui, as que Halt se referiu.

– Bem, pode ser. Vamos ver se achamos algumas pistas.

– Achamos? Você vai achar alguma pista? –brincou Will. –Bem, vamos ver o que você tem aprendido nestas últimas missões.

– quando eu disse achamos eu quis dizer você achar, e não nós! – diz o cavaleiro nervoso

– Tarde demais para explicações! Vamos, mostre-me o que você aprendeu! – disse o arqueiro de divertindo e fazendo um movimento com a cabeça, indicando para que ele começasse.

Horace achou que talvez ele tivesse razão. Sem os dois arqueiros ao seu lado, ou neste caso um, ele não conseguiria chegar aonde sempre chegam nas missões e perseguições. De todos estes anos de convívio com eles, ele teria que ter aprendido alguma coisa. É claro que ele aprendeu, e muitas! Mas poderia ele seguir pegadas os rastros quando estivesse sozinho?

Ele se agachou e observou atentamente uma pegada que vinha de dentro da casa.

– Um homem passou por aqui, ele se dirigiu a floresta.

– um homem?

O cavaleiro olhou novamente, e descobriu que havia outro par de pegadas.

– Não. Ele estava acompanhado por outro.

– tem certeza disto? Resposta definitiva?

Horace duvidou um pouco, pela reação de Will sua resposta estava incorreta e ele lhe havia dado uma ultima oportunidade para corrigi-la, não poderia decepcionar seu novo mentor que duraria por apenas alguns minutos.

As pegadas eram menores e menos profundas.

–uma criança? – duvidou um pouco Horace

– Você está respondendo uma pergunta com outra pergunta?

– bem, você acabou de fazer isso também.

Will abriu a boca pronto para reclamar, mas se deu conta de que era verdade. Toda sua vida como aprendiz ele tinha ouvido isso de Halt e agora Horace bola uma resposta em questão de segundos. Ele ficou completamente  perplexo e sem fala. Se sentiu um trouxa, um idiota.

– Ok, a aula terminou! Agora deixa que eu as sigo! –disse o arqueiro irritado.

Horace ficou um pouco confuso. Não entendeu muito bem a causa da irritação do amigo, mas decidiu deixar de lado. “Daqui a pouco ele se acalma”, pensou ele.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Reviews?