O Improvável Não É Impossível escrita por Mrs Lelê


Capítulo 11
Ele é O garoto


Notas iniciais do capítulo

Oi queridos e queridas!!! Queria dar as boas vindas ao novos leitores e este capítulo é dedicado a eles: Leyv Winds e BellaEvans
Espero que todos gostem!



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Já estavam na metade do terceiro dia de busca da família. Seus rastros continuavam fáceis de ser seguidos. O trio parecia ter diminuído a distancia entre a família rapidamente.

Os três amigos desmontaram e se esticaram, estalando tudo quanto era osso. Todos estes dias montando com pouco descanso deixavam tudo dolorido.

Cada um pegou um balde dobrável e um cantil de água. Encheram o balde, e deram aos cavalos. Seria um descanso rápido, então não tiraram a sela, mas afrouxaram a barrigueira.

–Afinal vocês merecem. –comentou Will ao seu pônei desgrenhado. Este relinchou amigavelmente, em resposta.

Enquanto seus cavalos se alimentaram, eles procuraram fazer o mesmo. Carne seca, um pão extremadamente duro e frutas secas. Não era o que se podia chamar de um banquete. Mas era sem duvida melhor que nada, e aos olhos destes famintos, perecia um, e ainda por cima um feito pelo mestre Chubb. Para melhorar um pouco a refeição, eles cortaram o pão (extremadamente duro), em torradas e fizeram assim pequenos sanduíches, com um pedaço de carne seca e duas de torradas. E para terminar frutas secas e, é claro, uma xícara de café, frio, infelizmente.

–Não podemos nos dar ao luxo de fazer uma fogueira e alertar a todos da região que estamos aqui.

Depois do descanso de 15 minutos, eles voltaram a se prepararam para montar. Sabiam que mesmo o descanso sendo breve, seria o suficiente para enrijecer seus músculos, fazendo com que os primeiros quilômetros fossem torturantes.

Não houve nem tempo de seus músculos se acostumarem, quando ouviram um grito de dor. Provavelmente alguém tinha matado alguém.

Tentaram acalmar acariciando o pescoço dos cavalos, que tinham se assustado com o som repentino.

Se entreolharam rapidamente, poderia ser a família que vinham procurando há dias, enfiaram os calcanhares levemente na carne dos animais, fazendo com que começassem com um galope rápido.

Will e Halt preparavam seus arcos, desenganchando-os. Normalmente eles o prendiam a sela para poder cavalgar tranquilamente. Eles fizeram tudo isso montados a pleno galope. Os dois também pegaram uma flecha da aljava e a posicionaram na corda. Horace desembainhou a espada e também o escudo, que como os arcos, ficavam amarrados.

Chegaram a uma clareira. Desmontaram sem sequer dar tempo aos cavalos de parar. Avistaram corpos, inertes sobre manchas de sangue. Haviam sete deles. Não viram nenhum atacante, ou seja lá quem tivesse feito isto.

–Chegamos tarde demais. –comenta o cavaleiro.

Halt manda o antigo aprendiz procurar na floresta ao redor da clareira, para ter certeza de que não havia mais ninguém.

Halt e Horace observavam o local, tentando imaginar mentalmente cada cena da luta.

Os aldeões estavam desarmados, com exceção de um homem, que possui uma adaga. Que nada era párea para as espadas do outro grupo.

Os atacantes, reconhecidos por usar um elmo de couro, que oferecia relativa proteção, considerando que todo o restante do corpo se encontrava desprotegidos. Um deles foi morto por uma facada no abdômen, feito do único homem armado da família. Os outros três cadáveres continham flechas fincadas pelo corpo, ou parte delas, numa tentativa, com certeza mal sucedida, de retira-la da ferida. “Foi uma luta injusta!”, pensou Horace ao entender o que se passou. “Mas não tão injusta assim”, corrigiu ao olhar novamente para as flechas no corpo do inimigo.

Alguma coisa estava errada.

Muitos dos atacantes foram mortos por flechas, mas não havia nenhum arco nas mãos de alguns dos camponeses.

–Halt, você não disse que estávamos seguindo uma família de dois homens, uma mulher e uma criança? –perguntou um pouco confuso– pois então onde está o outro homem?

O arqueiro mais velho virou-se abruptamente para confirmar o fato. Só havia o corpo de um homem, descartando os inimigos. Era este homem que portava a adaga que tinha matado um dos atacantes.

–Onde está o outro? –perguntou Halt para ninguém em especial?

Pela treinada visão periférica, tanto o arqueiro como o cavaleiro,obsrevam um movimento perto de uns arbustos. Rapidamente aponta o arco na direção que o havia visto segundos atrás.

–Halt, sou eu. –disse Will surgindo de trás dos arbustos. Cuidadoso para não receber nenhuma flechada de seu antigo mentor.

–Encontrou alguma coisa? – perguntou o arqueiro de barba grisalha abaixando o arco.

–Sim. Encontrei um garoto. Ele está amarrado não muito longe daqui.

–Vamos lá ver. –disse Horace enquanto ia em direção ao Will. Poderia ser o membro que faltava da família.

O arqueiro mais velho e Horace seguiram Will e assim que chegaram tiveram uma surpresa.

–Will ele fugiu! –disse o que todos tinham acabado de perceber naquele momento.

–mas como? Eu o amarrei direito.

–é claro que não o amarrou direito! Se não ele não teria fugido! –repreendeu ao seu antigo aprendiz. Mesmo que ele não fosse mais seu mentor, Will não gostava de decepcioná-lo.

–As algemas de polegares e cordas foram cortadas. –intervém Horace. –o garoto é habilidoso.

O zumbido de uma flecha pairou pelo ar. E o som dela se chocando e cravando no solo macio também. Todos os três se viraram para descobrir quem tinha sido o dono da tal flecha, que apesar de mal apontada, ainda assim poderia ser uma ameaça. “Nunca subestime seus inimigos”, Halt sempre dizia. Mas seria o atirador um inimigo?

Os olhares do grupo se viraram para uma pequena figura, há uns trinta metros, que tinha surgido de trás da proteção de uns arbustos.

–Quem são vocês? São mais do grupo de pessoas que matou minha família?! –disse com voz firme. Seu olhar faiscava de raiva e estava repleto de confiança e sem medo de enfrentar um grupo com mais integrantes. –vocês me dão pena! Pena de serem tão nojentos a ponto de enfrentar pessoas desarmadas.

Will reconheceu o rapaz. Ele era o mesmo que tinha escapado das cordas.

–Calma. –respondeu Halt tentando acalmar o garoto cheio de ira em seu interior. Não comentou o fato de eles serem arqueiros, não achou que faria efeito. Ele reconheceu o forte sotaque hiberniano e por isso não haveria razão para ele conhecer e temer a eles.

O rapaz viu dentro dos olhos dele que aquele cara não estava para brincadeiras. Seu tom de voz calmo em contraste com seu olhar causava um pouco de medo e incerteza, pois fazia com que ele ficasse mais assustador ainda.

–Não se preocupe. –disse Halt adivinhando o que se passava por sua cabeça e tentando tranqüilizar o rapaz. –Não lhe vamos fazer mal. Só precisamos...

–eu não tenho medo de vocês! –interrompeu o desconhecido. –saiba que... –o que ele iria dizer ninguém ouviu, pois Will o fez desmaiar com um golpe na nuca.

–Aquele garoto já estava me enchendo o saco! –justificou-se.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem por favor!!!
Gente??? Cadê a Dríada Dias e a MariaWesley??? To sentindo falta de vcs amores!!! A fic ficou chata? Vocês me abandonaram?