Quando Nathaniel voltou ele trouxe uma mesa com rodinhas e uma TV, olhei desconfiada para a televisão. O que ele quer agora?

- Trouxe a TV, para ver o noticiário. Já mandei o vídeo para seu pai, não vai demorar muito, e tudo já vai estar bem para você. Ele vai vê-la aqui, e vai resolver parar de lutar pelo inevitável. Trouxe a TV, para ver o noticiário.

- Você pensa assim? Que ele vai ceder tão fácil?- eu já tinha quebrado minha cabeça com isso algumas vezes.

- Você está me desafiando ou com medo?

- Com medo. – admiti.

Ele sentou perto de mim. - Se for medo de mim, pode esquecer, nem eu nem nenhum vampiro do clã te faremos nada. – não era esse o meu medo, era de meu pai me deixar aqui, por muito tempo por causa do seu orgulho. Mas afastei o pensamento da minha cabeça da minha cabeça quando ele disse a palavra ‘’clã’’.

- Clã? O que é clã? – disse curiosa, eu sempre tive muita curiosidade sobre os vampiros, e só agora eu percebi que eu tinha um suposto ‘’amigo’’ vampiro.

Ele sorriu

- Você parece muito curiosa, é engraçado. – disse ele, mas continuou – Clã são espécies de famílias, grupos de vampiro que moram ou vivem juntos. O nome do clã do meu pai é White Gold.

White Gold foi o nome que Arthur disse, como seu sobrenome.

- Ouro branco? Por quê?

Ele sorriu, mostrando todos os dentes. E pegou um colar que estava em seu pescoço, nunca tinha percebido, estava dentro da camisa que ele usava. O colar era lindo, tinha uma corrente grossa de ouro branco, e um pingente, totalmente magnífico, tinha um diamante em forma de um losango, e tinha uma espécie de aros turquesa por dentro, era diferente e lindo.

- O que é isso? - eu perguntei ainda olhando maravilhada.

- É o Whitegold, você já deve ter ouvido que vampiros não podem andar no sol, sim? – eu assenti – Esse colar faz com que nós andemos no sol, meu pai que criou, e o clã tem esse.

- Seu pai é tipo um chefe do clã?

Ele riu.

 – Exatamente.

- Ele deve ser famoso entre vocês... Mas se ele é famoso, por que você que é filho dele está aqui comigo? Eles não têm outros para ficaram com a sequestrada?- ele riu.

- Não somos muitos, na verdade... E eu era o disponível no momento. E não me incomodo de ficar com você.

Eu sorri pela ultima frase dele.

- Quantos são?

- Dez, comigo. Mas minha família só são cinco. Eu, Millie, Arthur, e meus pais, Whitegold e Selenne.

- Eles são seus pais biológicos. - nunca tinha pensado se vampiras engravidam.

- Não, vampiros não engravidam, nosso corpo é morto, ela para de funcionar quando somos transformados – disse como se fosse algo muito simples, eu estava horrorizada, apesar de não demonstrar. – Meu pai transformou nos três, os criou como filhos, nós três o chamamos assim.

- Ahh... Então Millie é sua irmã...- disse e na mesma hora me arrependi.

- Sim, você achou que fosse o quê? – disse segurando o riso.

- Eu? Não achei nada! Só vi você e Arthur falando dela e tal... - disse tentando disfarçar.

- Tudo bem – disse sorrindo.

Ele continuava irônico precisa mudar de assunto urgentemente.

- E a TV? Você não ia ligar?

- Hum... sim. – Ele ligou e botou em um canal de noticias.

No jornal local estava passando noticias sobre o tempo, e coisas banais, até que anunciou o meu sequestro, tinha uma foto minha (muito feia, por sinal) e a apresentadora dizia:

- Filha do Governador Connor, sequestrada a dois dias, pelo clã de vampiros local, aparece em vídeo com mensagem dos seus sequestradores.

Mostrou trechos do vídeo, e eu falando feito uma morta.

- Nathaniel! Eu estou horrível! Você podia me avisar que eu estava parecendo uma doente!

Ele gargalhou.

- Você não está parecendo uma doente, está linda. E se você quiser pode me chamar de Niel, quase todo mundo me chama assim.

Corei pelo ‘’ linda’’ e voltei a ver a televisão.

- A reação da população foi inesperada, eles estão fazendo protestos para o governador não assinar a lei de permissão de Ir e Vir dos vampiros, só que isso acontecer à filha do governador continuara em cativeiro. Quanto tempo ira viver a jovem Ellen?

E foi nessa hora que eu entrei em pânico.