Esse não era o mesmo que tinha me sequestrado, ele era mais novo, devia ter um dezoito anos, tinha um cabelo loiro escuro, os olhos azuis, e uma expressão calma, mais era obviamente um vampiro, e era muito pálido. Fique em estado de choque, não consegui esboçar nenhuma reação.

Ele estava com uma cadeira nas mãos, ele a colocou no chão se sentou nela, eu continuei imóvel. Ele olhou para a garrafa de água e a vasilha de isopor.

- Vejo que você comeu senhorita Desmont. - disse sorrindo.

Continuei calada e encarando esse estranho lindo, ele era exatamente o tipo de vampiro que sempre sonhei em conhecer, mas com certeza em circunstâncias diferentes, não como meu sequestrador.

- Bem, eu ouvi os seus gritos, mais eu realmente não poderia fazer nada em relação a eles, então resolvi vir quando se acalmasse, e aqui estou eu.

Olhei para ele indignada, ele falava como se eu o estivesse chamando.

- Ahn? Eu não chamei ninguém! Eu estava gritando por socorro e não por sua companhia.

Ele riu, o que me deixou mais irritada.

- Se você não planeja me tirar daqui, pelo menos me deixe sozinha. – disse mais irritada ainda.

Ele ignorou o que eu disse e estendeu a mão como se para me cumprimentar.

- Nathaniel, muito prazer...

Mesmo que ele sendo um homem prefeito aos meus olhos. Eu hesitei primeiramente, não queria segurar a mão de um estranho, que dirá do meu sequestrador. Mais eu não resistir por muito tempo e fiquei meio constrangida, pois ele ainda continuara com as mãos estendidas esperando que eu me apresentasse.

-Ellen Samanta. – Respondi ainda emburrada, mas não toquei em sua mão. Ele então abaixou a mão.

Como poderia ser esse homem tão lindo fazendo parte de uma quadrilha de vampiro que sequestra garotas indefesas. Mais eu não posso negar que dessa parte eu estou gostando, seus olhos verdes estão me encarado como se estivesse querendo saber o que e estou pensando e de repente ele sorri para minha expressão. Eu como automaticamente sorrio de volta sem percebe e quando dou por mim, eu fecho rapidamente a cara voltando a ficar emburrada e ele sorri para mim com um sorriso largo e com um som maravilho vindo de sua garganta.

Virei meu rosto para não ficar tentada a sorrir de novo.

- Você está muito sorridente, para alguém que está me sequestrando. O que você quer afinal?

- E você está muito sorridente para alguém que está sendo sequestrada – ele disse rindo.

Eu estreitei os olhos para ele e continuei.

- Nunca vi sequestradores amigáveis, ainda mais quando são sequestradores vampiros.

O sorriso dele sumiu.

- Tecnicamente não fui eu que te sequestrei e... Como sabe que eu sou um vampiro?

- Quem mais seria? Os vampiros tem essa mania de sequestrar a família dos políticos e tal. Se você quer saber, eu acho ridículo, é como se vocês estivessem se igualando aos contrários a vocês. Sendo tão baixo quanto, e...

Ele me interrompeu e o sorriso voltou ao seu rosto.

- Para alguém que não queria nem me cumprimentar você está falando muito, em? E eu ainda não disse que sou um vampiro, para você está falando uma tese sobre sua visão dos sequestros.

Ele insistia em negar o obvio, e eu ainda odiava ser interrompida e contrariada, e ele parecia fazer questão disso.

Eu virei a cabeça pro lado e disse.

- Você está tão pálido, que se não for vampiro, está morrendo de anemia.

Ele riu, muito! Como se ri fosse algo que ele não fizesse há muito tempo.

Mas tão rápido quanto começou a rir ele parou e olhou para trás como se tivesse ouvido algo, e virou pra mim e falou.

- Eu tenho que ir, e sim eu sou um vampiro. – disse e sumiu, ele era rápido, muito. Só ouvi o barulho da porta sendo trancada, e eu estava sozinha mais uma vez.