Fique escrita por Vanessa Fontoura


Capítulo 4
Capítulo 4. Babi


Notas iniciais do capítulo

"Bárbara, o que você fez foi errado. Ele disse. E então parou com aquela frase, simplesmente ficou me encarando por um minuto, sem dizer uma palavra novamente."



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Meu pai me chamou logo depois do almoço, me chamou em seu escritório, teríamos uma conversa privada. Obedeci relutante ao seu chamado, se era jogo do silêncio que todos estavam fazendo, então eu também faria.

Entrei na sala escura e cheia de livros velhos sobre 1ª e 2ª guerra mundial, cultura de países asiáticos e etc. comecei a espirrar com o cheiro do mofo, meu pai estava sentado em uma poltrona marrom de couro e pediu que eu me sentasse na outra do seu lado que era igual.

– Bárbara, o que você fez foi errado. – ele disse. E então parou com aquela frase, simplesmente ficou me encarando por um minuto, sem dizer uma palavra novamente. Senti meu estômago doendo e minhas narinas começaram a tremer eu ia começar a chorar a qualquer deslize. Meu pai fechou os olhos e passou a mão nas sobrancelhas enquanto eu tentava conter meu desapontamento por ele não ter acreditado em mim.

– pai, eu queria que você acreditasse em mim, eu e Eric não temos nada e nunca tivemos e não aconteceu nada na piscina, ele estava tomando banho e me puxou de brincadeira. – comecei a explicar.

– e por que meu chefe disse que viu vocês se agarrando? Ele estava sem roupas, Babi! – falou frustrado.

– mas eu não! E pai, o senhor me conhece, eu nunca faria isso. Eu não sou esse tipo de garota.

– você gosta dele?

– não! – eu gritei, mas eu não tinha certeza se eu estava falando a verdade nessa parte da conversa.

– Edward disse que viu vocês fazendo algo na piscina... Eu não acreditei, eu não acreditei.

– pois não acredite, ele estava apenas me abraçando. Eu fiquei um pouco sensível e ele me deu um abraço de consolo foi só isso. Pai! Acredita em mim!

– te matriculei em uma escola interna no Rio Grande do Sul. – falou se levantando da cadeira. – amanhã nós viajamos pra lá, estão abertos no verão. E você vai ficar lá.

– o que? Pai! Como assim? Por quê?

– terminei a conversa, agora suba. – falou.

– pai!

– EU DISSE que terminei a conversa. Suba.

Fiquei encarando seu rosto por alguns segundos antes de secar as três lágrimas que começaram a escorrer nos cantos dos meus olhos. Bati a porta do escritório e ao invés de ir pro meu quarto, peguei o caminho para fora de casa.



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