Damned Imprinting escrita por The Liar in Black


Capítulo 33
Boa Sorte Hanna


Notas iniciais do capítulo

Espero que vcs gostem, Capitulo regado á febre, água e Rock XD BJS



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Hanna! Hanna! Jacob gritava correndo atrás de mim, e eu não podia vê-lo. Hanna Volte. Havia um enorme liquido viscoso escorrendo pelo meu pescoço, parei para olhar e senti um nó na garganta. Um buraco enorme estava aberto na minha barriga, de imediato cai ajoelhada sentindo um pedaço enorme faltar em mim, não não pode ser! Arrancaram meu bebê de mim

–NÂO! Jacob me encarou apavorado enquanto eu percebia que nada passara de um sonho ruim. Meu rosto estava coberto de suor e minhas roupas se encontravam na mesma situação.

–Ei, se acalma... O que aconteceu? Ele disse reparando no meu estado

–Pesadelos... Sussurrei ainda olhando para os lados, eu sentia como se aquilo não fosse real

Jake me abraçou forte e ficou sussurrando algumas coisas baixo demais para que eu entendesse

–Vai ficar tudo bem

–Vai, eu preciso de um banho... Acho que estou com febre. Disse me levantando e pegando uma das camisetas que deixara na poltrona

–Vou te fazer um chá, Ele disse se levantando e indo para a cozinha

–Ok, sorri e entrei no banheiro. Assim que tirei a roupa fiz questão de checar se não faltava nada no meu estomago, bom estava tudo lá. Depois do banho fui direto para a sala e lá estava ele me esperando com a xicara nas mãos.

–Também trouxe um comprimido para ver se melhora rápido

–Tão atencioso não é? Sorri me sentando ao lado dele e pegando a xicara de sua mão

–Coisas de marido... Se é que você me entende, ele riu

–Acho que entendo. Sorri e comecei á tomar o chá

–Esta preocupada com amanhã não é? Ele começou a conversa que eu não queria ter

–A gente tem mesmo que falar sobre isso? Sorri meio sem graça tentando desviar o foco, mas eu sei que não iria dar certo. Não dessa vez

–Sim Hanna, a gente tem

–Não estou exatamente preocupada com amanhã... Addy me preocupa. E se elas fizerem algo para a nossa filha?

–Ainda acho que você não deveria se entregar... Pensa comigo se elas quebraram esse trato quem garante que não vão te enganar de novo? Jake ergueu a sobrancelha e meus pensamentos rondaram o raciocínio dele. Definitivamente ele estava certo

–Ok. Mas posso falar com a Mary pelo menos?

Ele abriu a boca e revirou os olhos

–As vezes eu acho que sua cabeça é vazia! Jacob se levantou claramente nervoso. Eu tento ver um lado bom em tudo isso, mas você sempre fica colocando uma corda no seu pescoço para proteger os outros... Quando você vai enxergar que não veio para proteger todo mundo? Quando você vai ver que não é imortal... E que você tá grávida. Só queria que você entendesse isso Hanna. Porque só a ideia de perder vocês duas me machuca, então acho que você deveria pensar mais antes de sair por ai enfrentando o mundo e essas bruxas malucas. Ele saiu da sala cerrando os punhos e me arrependi amargamente, aquelas palavras me acertaram como facas afiadas. Eu não posso pedir desculpa dessa vez... Por mais que te magoe eu tenho que fazer isso. Larguei a xicara do chá e fiquei no mesmo lugar, encarando a televisão desligada. “O que eu vou fazer agora? “ Hora de conhecer o inimigo. Peguei o notebook ao lado da televisão e entrei no Google. “Lendas de Salem” nada estava ajudando... Segundo os sites, não existiam bruxas, tá bom diz isso para aquelas malucas que estão atrás de mim. Até que estranhamente tudo travou e me foi pedido uma senha, loucura. “Nome e data de nascimento” Assim que os digitei apareceu uma enorme página titulada “Lar das Estrelas de Salem” Credo, só o nome já me deu arrepios. Segui analisando todo o conteúdo até encontrar um artigo chamado “ O empréstimo de Joseph Bryan”

“Tudo começou em 1694 quando Joseph descobriu que fazia parte de uma constelação de estrela da ursa maior. Desse dia em diante bruxas começaram á persegui-lo, Salem não se manifestava afinal, haviam se passado apenas dois anos desde a caçada á bruxas por lá. Melbourne e Lawrence estavam em uma enorme briga pelo jovem, Os pais de Joseph foram escondidos por Anastaisa Bells, que naquele ano fora acusada de bruxaria em Salem, ela supostamente tinha um caso com o jovem. Fazia apenas uma semana que ele caíra na terra e por essa mesma razão não tinha noção alguma de quem era perigoso e quem não. Certa noite foi sequestrado por Lawrence, e enquanto as mesmas se preparavam para arrancar o coração dele tiveram uma surpresa : Ele não tinha mais coração algum, o corpo estava gelado e pálido, sinal de que tinha morrido naquele mesmo instante. Obviamente Melbourne não teve o que fazer, mas elas juraram que iriam vencer Lawrence em qualquer batalha que ocorresse novamente. O pobre Joseph Bryan confiara seu coração á desconhecida Anastaisa Bells que fazia parte do clã de Lawrence, a mesma se aproveitou da situação e ficou com todos os cinco mil anos de eternidade, aparentemente ela segue viva por ai, ninguém sabe onde. Dizem que anda nas ruas mais escuras de Lawrence, perambulando, esperando que seus cinco mil anos acabem para morrer em paz”.

Suspirei e olhei para os lados, esperando que ninguém estivesse me observando e realmente ninguém o fazia. Eu não tinha duvidas que aquele artigo fora escrito pela própria Anastaisa Bells, meu faro não me enganava. Deixei o notebook sob a mesa e caminhei até o quarto, Jake estava dormindo e aquela me pareceu uma maravilhosa oportunidade de encontrar essa talzinha. Cuidadosamente tomei minha jaqueta, coloquei as botas de couro que não usava fazia algum tempo e me encaminhei até a porta, foi então que me deparei com Joslyn.

–Aonde pensa que vai? Ela me olhou da cabeça aos pés

–Vou dar uma volta por ai

–Não, não vai. Joslyn disse já entrando e analisando cada móvel dentro da casa

–Sim, eu vou agora pode sair do meu caminho? Sorri toda sarcástica, como não fazia há algum tempo.

–Você não vai se entregar para as bruxas!

–E quem disse que vou fazer isso? Estou indo reencontrar uns amigos que estão aqui mesmo em Forks. Afinal rock não mata... Ou mata? Ergui a sombracelha

–Não. Só não faça uma besteira garota. Joslyn cruzou os braços e pareceu uma velha mandona

–Tá legal vovó. Acenei para ela e peguei a moto de Jake ao lado de casa, ele iria me matar, mas tanto faz. Eu vou voltar...Pelo menos é o que eu acho. Liguei a moto e dirigi em alta velocidade até Lawrence, nunca senti tanta adrenalina antes. Sorri como idiota enquanto corria pelos limites de Washington, simplesmente era emocionante dirigir uma moto. Havia uma blitz ou algo do tipo logo na entrada de Lawrence, foi então que me apavorei. Merda não trouxe documentos!

–Documentos senhorita... O homem meio gordo de cabelos grisalhos estendeu a mão para mim, tirei o capacete pensando em alguma besteira para enganar ele. Mas nada veio em mente.

–Meu Deus! Você é Marcelle Jhonson. Os olhos dele brilharam e eu percebi que iria tomar uma multa

–Aham sou eu mesma... Passei a mão pelos cabelos como aqueles surfistas gatos fazem

–Pode me dar um autógrafo? Ele disse me passando o bloquinho das multas

Oh Gosh! Como eu tenho sorte.

–Como é seu nome meu caro? Sempre soube que chamar alguém de algo especial faz o ego deles crescer.

–Josh

–Certo Josh, com muito amor para o fã numero um de Lawrence. Entreguei o bloquinho para ele esperando o momento em que o mesmo pulasse de alegria do meu lado

–Muito obrigado! Eu... Posso tirar uma foto? Sempre fui aos shows, mas nunca consegui uma foto

–Claro, sorri enquanto outro policial se aproximava com uma câmera. Se isso vai me livrar da cadeia... Pensei comigo mesma enquanto a foto era tirada.

–Por onde esteve todo esse tempo? Ele disse enquanto eu voltava para a moto

–Terminando o novo Cd... E também, sorri mostrando o anel. Agora sou uma mulher de família e futura mãe

O homem que tirara a foto, era jovem, mais ou menos uns vinte anos

–Posso postar isso no meu Facebook?

–Claro, sorri tentando escapar deles

–Licença. O jovem disse tirando uma foto minha em cima da moto

–Só isso? É que estou um pouco atrasada... Meu agente esta me esperando.

–Ah perdão. Eles sorriram ao mesmo tempo em que eu dava partida na moto. Essa foi por pouco senhorita “Johnson” O resto da viagem foi bem sossegada, ainda haviam pôsteres meus por toda a cidade, eles não me esqueceram! Sorri observando tudo e todos. Assim que cheguei em um dos bares de rock mais famosos de Lawrence estacionei a moto lá na frente, qualquer coisa... Se rastreassem a moto eu não seria descoberta. O resto do caminho segui á pé, não era coisa de outro mundo e eu estava um pouco acostumada com tudo aquilo. As ruas estavam tão silenciosas que nem parecia a mesma cidade, apenas os ecos do bar de Andrew passeavam por toda a rua

Se a sua pergunta é “Como eu vou achar aquela múmia?” a minha resposta é “Eu também não sei” Continuei caminhando e comecei á me irritar, a única coisa que eu seguia ouvindo era o barulho das minhas botas, nada mais, nada menos. Parei em frente á uma loja chamada “Cantinho de Lawrence” Não hesitei em entrar, afinal a gente tem boca para que né? Pergunta ae Hanna! Aquelas portinholas de bares estilo faroeste se abriram enquanto todos presentes naquele lugar me encaravam. Um homem sem uma das mãos fumava um cigarro e escarrou ao me ver

–Se perdeu foi boneca?

–Não, eu tenho GPS. Sorri me sentando na banqueta enquanto a garçonete ria.

–Não liga para o Marcos, ele sempre é assim

–Tudo bem, eu quero um Martini por favor.

Ela rapidamente pegou a minha bebida enquanto eu tentava ser o mais discreta o possível

–Com licença... Disse enquanto ela se aproximava para me escutar melhor, Sabe alguma coisa sobre Anastaisa Bells?

–Não pronuncie esse nome aqui nunca mais, essa garota é amaldiçoada. Ela disse de olhos arregalados e aparentemente me dando uma bronca. Grande coisa, virei o copo de Martini em apenas um gole e deixei a nota debaixo do copo.

–Obrigada. Segui para as portinholas já visualizando meu próximo alvo. “Casa de Antiguidades de Angelina”

–Licença. Disse batendo no vidro quando a mulher estava prestes a pendurar a placa de fechado.

–Ah minha querida entre. A mulher curvada com a mão nos quadris me direcionou até sua velha e gasta cadeira de balanço. No que posso lhe ajudar?

–Na verdade não sei bem como abordar, Parece que esse assunto é amaldiçoado por aqui.

–Esta falando de Anastaisa Bells? A senhora disse baixando o tom de voz

–Isso mesmo. Queria saber onde posso encontra-la

–Ah minha jovem, ninguém sabe exatamente onde ela esta, mas ela costuma vir muito aqui. Sempre tem algo novo para vender. Diz que são lembranças ruins de tempos bons.

–Pode me mostrar uma dessas peças? Perguntei bem curiosa

–Claro que sim, ela se levantou com um pouco de dificuldade e caminhamos á uma enorme estante de livros empoeirados. Ela trouxe esse vidro esculpido... Ela disse me passando um enorme vidro com um liquido vermelho, naquele mesmo momento percebi que não havia nada esculpido ali. Era o coração. O coração de Joseph Bryan, mas como isso era possível? Como ela pode estar viva por todo esse tempo sem ter comido o coração dele? Virei o vidro cuidadosamente e ali embaixo havia um pequeno pedaço de papel.

–Ela também trouxe esse... A senhora se esticou um pouco enquanto eu arrancava aquele papel e o guardava no bolso. Ela trouxe um enorme livro cheio de escrituras estranhas, mas eu acho que já tinha exatamente o que estava procurando.

–Por quanto esta vendendo este livro? Perguntei sentindo um interesse brotar dentro de mim

–Pode leva-lo... Por minha conta. Ela sorriu simpática

–Mesmo? Perguntei meio surpresa enquanto pegava o livro

–Mesmo. Espero que tenha sorte.

Sorri já me dirigindo para a porta, enquanto ela me seguia com a placa de “Fechado”

–Tenha uma boa noite, Angelina. Sorri já saindo

–Boa sorte Hanna. A porta se fechou e a luz apagou no mesmo instante

–Como ela sabe meu nome? Perguntei olhando para aquele beco escuro onde eu estava, tirei a poeira da capa do livro de me deparei com o titulo. “O diário de Joseph Bryan” Acho que isso vai me inspirar! Sorri sarcástica e peguei o papel do bolso “Mass Street, 370” Será que é o que eu estou pensando? Segui o caminho indo até a tal rua. Assim que comecei á andar naquela direção tudo ao redor pareceu despertar. Diferentemente de alguns minutos atrás. Acho que estava rolando um show de covers do White Stripes em algum lugar daquela rua, mas eu ainda conseguia identificar “Ball and Biscuit” vindo de algum lugar, os solos estavam enchendo meus ouvidos. Não minto que eu não estava adorando ouvir tudo aquilo, no mesmo instante escorreguei numa pedra, o que quase sempre acontecia.

–Droga! Xinguei me apoiando na parede, quando olhei para a frente quase morri do coração. Ela era eu tinha certeza. As roupas eram muito antigas, Deus ela parecia a Morgana do Castelo Rá Tim Bum, não nego ela era bonita, mas as roupas não ajudavam nem um pouco. Um sorriso malicioso se estampou no rosto dela e a mesma se jogou na minha direção;

–Que Merda Anastaisa! Gritei sentindo o peso dela sobre mim

–Talvez eu devesse arrancar o seu coração como eu fiz com o de Joseph, os dentes dela brilharam e eu pude ver a sede em seu olhar.


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