Love And Fire - Brittana escrita por Di Soares


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Oi minha gente. Ainda estâo por aí? Quanto tempo, heim. Sentiram minha falta?
A Naya estava incrível no ''Diva''. Apesar de não ter sido um eps feliz para nós, fãs Brittana, foi bom ver a Santana indo atrás do seu sonho.
Que venha Quinntana! kkkkk



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Brittany pov

Mais uma vez, comecei o dia com Puck me acordando. Sinceramente, prefiro quando acordo com os lábios macios da Sant a percorrer meu pescoço com delicadeza e carinho, e falando o quanto me ama. Prefiro abrir meus olhos e encontrar aquelas duas esferas negras, que brilham tão intensamente quanto o sol. Prefiro sentir a pele quente dela, contra a minha, e ouvir aquela voz rouca e sexy que só ela tem. Preciso de um banho frio. Meu Deus, não se passaram nem três dias direito, e eu acho que vou morrer se não tiver a Sant de volta!!!

Saio do meu devaneio com Puck batendo palmas, para chamar minha atenção, que se encontrava em uma latina longe da li.

- Ei! Brittany, está ai dentro? – Falou ele. – Vamos Britt, o dever nos chama, e a sua chance também. Você vai poder conversar tudo com ela, hoje.

- Se ela não quiser conversar? Se ela nem for trabalhar? – Perguntei sentando na cama.

- A Santana vai. É uma profissional! Ela não vai deixar que problemas pessoais afetem o trabalho. Você, por acaso, deveria fazer o mesmo. E se ela não quiser conversar, o que provavelmente é o que vai acontecer, você terá que insistir e ser paciente. – Disse ele de braços cruzados.

- E o que eu vou falar? – Falei colocando as mãos entre meus cabelos e fechando os olhos por um breve momento.

- Só você sabe. – Disse ele sentando na cama.

- Puck, e mesmo se depois de conversarmos, e eu fizer tudo o que for possível fazer, ela não voltar pra mim? – Perguntei. Isso era a coisa que mais me aterrorizava. Se a minha morena não voltasse pra mim? Se simplesmente estivesse acabado? Só pensar nisso, fazia com que o chão saísse de meus pés.

- Ai você começará a fazer o impossível. – Respondeu ele, pegando em minha mão. – Eu sei que você a ama mais que tudo. E sei que só fez aquela merda por medo de perdê-la, e não por ainda sentir algo pela Clair.

- Espero que a Sant também entenda dessa forma. – Suspirei. – Eu não mereço nenhum de vocês. Você deveria parar de ser tão bonzinho. Me sinto a pior pessoa do mundo. – Falei dando um pequeno tapa e seu braço, e ele riu. – Puck... Desculpa por tudo o que falei. Eu estava com raiva e confusa, e descontei em você o que eu estava sentindo. Desculpa mesmo. – Disse sinceramente, pois me sentia realmente culpada e desmerecedora do que ele fazia por mim.

- Tudo bem. Mas por favor, não desconta em mim de novo. Você pode ser um pouquinho cruel. – Falou ele.

- Desculpa. – Eu o abracei e depois ele me mandou tomar um banho pra podermos ir trabalhar.

Tomei banho e desci. Encontrei ele com uma xicara de café na mão e com uma cara nada boa.

- O que aconteceu? – Perguntei botando um pouco de café pra mim.

- O que aconteceu? Deixa eu ver. Sua mãe logo de manhã cedo! – Disse ele.

- O que ela disse? – Perguntei me sentando.

- Não importa. Deixa pra lá. Mas ela consegue me tirar do sério. – Falou ele tomando um gole do café.

- Desculpe por ela. Depois eu vou perguntar se ela já arrumou algum lugar pra ir. Ok? – Falei, pois eu sabia o quanto a minha mãe podia ser chata. E ela não gostava do Puck. Na verdade era difícil ela gostar de alguém. Acho que foi por isso que quando comecei a namorar Clarice, achei que ela era a certa, já que minha mãe ama ela.

- Não se preocupe com isso. Você tem que focar em conseguir sua garota de volta, só isso. – Disse ele. – E ai? Como você está se sentindo?

- Assustada!? – Falei.

- Relaxa. Você só tem que ser sincera. – Disse ele. – Agora vamos, pois já estamos atrasados.

- Mas eu ainda não comi nada. – Reclamei, pois não estava pronta pra encarar a realidade.

- Vamos Britt. Você não vai poder evitar ir pro trabalho pra sempre. – Falou ele se levantando e estendendo a mão pra mim.

- Ok. – Suspirei e aceitei a mão.

Saímos para o estacionamento do apartamento e fomos no carro do Puck. A caminho foi feito em completo silêncio. Eu pensava nas inúmeras coisas que poderiam acontecer, e nas coisas que eu iria falar, mas nada parecia bom. Na verdade, tudo parecia que ia dar errado, e desmoronar mais. Mas eu não poderia desistir de falar com ela. Eu não fazia ideia de como ela ficaria ao me ver, mas só a perspectiva de ver aquele olhar de desapontamento e dor, me faziam sofrer.

Estava tão perdida em meio aos meus pensamentos, que não notei que já tínhamos chegado, para o meu desespero. Desci do carro e fiquei parada. Respirei fortemente, e olhei para o meu amigo, que já se encontrava ao meu lado me dando um olhar encorajador e companheiro.

- Pronta? – Perguntou ele.

- Nenhum pouco. – Falei fazendo careta, e ele riu.

- Ótimo! Vamos. – Falou ele me oferecendo o braço, que logo agarrei. E fomos caminhando lentamente para o quartel.

E ai vou eu!!!

Brittany pov off

*****************************************************************************************

Brittany e Puck entraram no quartel, e encontraram a maioria de seus colegas presentes na sala de convivência. Todos conversavam distraidamente. O olhar de Brittany percorreu todo o local a procura de uma certa morena, mas não a encontrou.

- Acho que ela ainda não chegou. Ela sempre é a última a chegar, lembra? – Falou ele em um tom mais baixo, para que só ela escutasse. – Vamos colocar o uniforme.

Eles então seguiram para os armários. Brittany guardou a bolsa e Puck a deixou, para trocar de roupa.

Ela fazia isso toda manhã, mas naquela manhã a cada barulho que escutava, ela olhava em direção a porta, com a esperança que fosse sua namorada a entrar na sala.

Ela já tinha esquecido o medo que sentia mais cedo. Brittany decidiu que não iria adiar aquele momento. Queria sua garota de volta e faria tudo pra isso.

Assim que trocou de roupa, Puck voltou a sala já com seu uniforme.

- Vamos conversar com o pessoal? – Perguntou ele.

- Vamos. – Respondeu ela caminhando para fora da sala com o amigo ao sua lado.

Eles sentaram junto aos amigos e começaram uma conversa. Brittany tentava se manter distraída, pois a espera para ver sua latina já estava ficando difícil. Ela colocou as mãos no bolso do casaco para ver as horas no celular, e percebeu que tinha deixado o mesmo dentro da bolsa. Ela então levantou e foi em direção a seu armário na outra sala.

Ela abriu o armário e pegou o celular na bolsa. Ela então olhou que horas eram. Percebeu que Santana estava atrasada, e que talvez a latina não fosse trabalhar de fato. A loira foi tirada de seus pensamentos com o barulho da porta se abrindo. Seu coração começou a bater mais rápido com a possibilidade de ser sua morena.

A porta do lugar se abriu, e Brittany já tinha toda sua atenção na pessoa que passava por ela. Mas pra sua decepção, não era sua namorada.

- Bom dia. – Falou Lindsay timidamente, quando percebeu a presença de Brittany no local.

- Bom dia. – Cumprimentou a loira, vendo a colega de trabalho caminhar para o próprio armário.

O clima que se encontrava na sala era estranho, pois nenhuma da duas sabia como agir. Lindsay se sentia estranha pois sabia o que tinha acontecido entre Santana e a loira. E ela não podia evitar sentir raiva de Brittany por magoar sua melhor amiga. Já Brittany, se sentia estranha pois pensava que talvez Lindsay soubesse o que tinha acontecido, o que de fato era verdade, e de suas acusações de que Santana teria um caso com a garota.

Lindsay trocava de uniforme, quando Brittany decidiu voltar para onde Puck estava. A loira caminhava de volta a sala de convivência, e parou ao escutar a voz da namorada. Seu coração voltou a bater rapidamente e sua mente tentava processar o que ela faria em seguida.

Brittany abriu a porta da sala e se deparou com Santana conversando com Will um pouco mais afastado do resto do grupo. A morena logo notou a presença de Brittany, mas tentou focar no que o Comandante falava, mesmo falhando totalmente nisso. Santana não podia evitar que seus pensamentos só tivessem uma única dona.

A loira sentou ao lado de Puck, que assistia atentamente a cena protagonizada pela as duas mulheres. Ele não falou nada, nem Brittany. Ela só olhava para a morena há poucos metros, que estava linda como sempre. Para a loira, a latina era a mulher mais bonita de todo o universo.

A conversa entre Will e Santana tinha terminado, então a morena se apressou em ir para seu armário. Brittany pensou em seguir a namorada, mas decidiu esperar que Lindsay saísse da sala, para que pudesse ir.

A latina entrou na sala rapidamente e não viu que sua melhor amiga estava lá.

- Você tá bem? – Perguntou Lindsay vendo Santana entrar e sentar no sofá, com uma feição nada boa.

- Não. – Suspirou a morena. – Ela tá aqui.

- Talvez porque esse seja o trabalho dela. – Brincou Lindsay tentando acalmar a amiga. Ela então sentou ao lado de Santana.

- E agora? – Perguntou Santana olhando para um ponto qualquer da sala.

- E agora? Você terá que ser forte, como eu sei que você é, e ir enfrentar essa realidade. – Falou Lindsay.

- Infeliz realidade. – Reclamou a morena deitando sua cabeça no ombro da amiga, que acolheu prontamente ao contato, colando seu braço ao redor de Santana. – Talvez é por isso que se chama realidade, né? Por ser infeliz.

- Não. Melhor do que sonho é a realidade. Pois aqui sim, é que podemos tornar real todos os nossos desejos. E nos sonhos... Bom, serão apenas sonhos. – Disse Lindsay.

Elas ficaram alguns minutos em silêncio. Santana não queria falar ou fazer nada, e Lindsay não queria forçar a morena a fala ou fazer nada.

- Li, obrigada por ouvir todas essas minhas lamentações. – Falou Santana depois do silêncio, enquanto desenhava círculos imaginários na perna da amiga.

- Tudo bem. Já disse que não tem problema nenhum. Lembra que você também escutou as minhas? – Disse Lindsay com um sorriso gentil nos lábios.

- Ok. Então, mudando de assunto. Você deu o meu recado para o Harry? – Perguntou Santana.

- Dei sim. Ele ficou radiante. Meu Deus, como é louco seu efeito sobre ele. – Disse Lindsay.

- É, normalmente tenho esse efeito em todo mundo. – Brincou a latina.

- Você se acha, né mocinha? Saiba que isso não é verdade. Em mim você não tem efeito nenhum. – Falou Lindsay entrando na brincadeira.

- Você é uma grande mentirosa. Sei que tenho um grande efeito sobre você, meu bem. Quer ver? – Falou Santana, não esperando pela resposta da amiga, e logo atacou o abdômen da outra morena com cocegas.

Lindsay começou a gargalha, e a pedir para que a amiga parasse, mas Santana continuava com a ‘’tortura’’, que só se tornava mais intensa.

- Admita que eu tenho um grande efeito sobre você. – Exigiu Santana, rindo junto com a amiga.

- Nunca! – Falou Lindsay, percebendo que a amiga tinha esquecido por um momento os problemas, e isso a fazia bem.

- Não vai falar? Então tá! – Exclamou a latina intensificando as cocegas.

- Para San! Sério, para! – Pedia Lindsay se contorcendo e rindo, deitada no sofá.

- Você sabe o que precisa dizer! – Falou Santana não se comovendo com os pedidos, quase que desesperados, da amiga.

- Tá bom! Você tem efeito sobre mim. – Disse enfim Lindsay rindo, já que não aguentava mais.

- Uhm- Uhm. – Falou a morena em sinal de negatividade, sem parar as sessão de cocegas. – Pensei ter dito para você falar que tenho um GRANDE efeito sobre você.

- É San! Para! Você tem um grande efeito sobre mim! – Falou Lindsay se contorcendo com as cocegas recebidas.

- Sendo assim, vou libertar você temporariamente. – Disse Santana parando com as cocegas, mais ainda rindo.

Lindsay respirava com dificuldade e já estava prestes a revidar as ações da amiga, quando a sirene toca, avisando uma emergência.

- O dever nos chama! – Falou Santana, levantando do sofá.

- Não pense que acabamos. – Disse Lindsay seguindo a amiga.

*******************

Brittany desde que Santana tinha chegado ao quartel, não conseguia parar de olhar para a porta, a espera de que Lindsay saísse de lá e ela pudesse ir conversar com a namorada a sós. Mas isso não aconteceu, pois quando Lindsay saiu da sala, foi acompanhada por Santana e com a sirene tocando. Decidiu tentar ao menos falar alguma coisa antes de saírem para atender a ocorrência. Então ela se aproximou da namorada timidamente.

- Sant... Nós t... – Mas ela não conseguiu terminar, pois Santana logo a interrompeu.

- Agora não Brittany! Vamos fazer nosso trabalho. – Disse a latina friamente, o que fez com que o coração da loira se contorcesse de dor. Não deu tempo de dizer mais nada, já que Santana caminhou em direção a ambulância, sem dar nenhuma chance de insistência.

A loira então suspirou pesadamente e decidiu ir atender a emergência para que era chamada. Ela então entrou na ambulância, sendo seguida por Lindsay e Santana, que não ousou lhe lançar nenhum olhar. Diferente da loira, que não tirava a atenção da namorada.

- Pierce! Acorda! Tem gente morrendo. – Chamou a atenção Lindsay, já que Brittany era quem estava na direção.

Brittany não falou nada, simplesmente deu a partida no veículo. O silêncio que se instalou entre as três mulheres, foi mortal. Nenhuma das três pensava em dizer nada, queriam só acabar logo com aquela situação totalmente desconfortável em que se encontravam.

Para o alívio das três, chegaram ao local da emergência. Desceram da ambulância e encontraram um homem em cima de uma árvore, aparentemente morto. Um amigo do mesmo, explicava o que tinha acontecido.

- Em um minuto, ele estava bem. Estava cortando os galhos comigo. E a próxima coisa que vi foi ele pendurado lá. – Falava o homem alterado, enquanto Puck e os outros decidiam o que fazer.

O homem estava pendurado em um galho, no alto de uma árvore. Eles então usaram a escada do caminhão do corpo de bombeiro, para alcançar o homem. E quando Puck ia descê-lo, o homem acordou.

- Ele está vivo! – Gritou Puck.

- Traga-o para baixo. – Falou Santana.

Puck o trouxe para baixo e as três começaram o trabalho.

- Segure a cabeça. – Pediu Santana para Lindsay, que prontamente a ajudou. E o colocaram na maca.

- Vamos lá. – Falou Brittany. – Ele está respirando... Respiração fraca.

- Ele carregava doces. – Comentou Santana vendo os bolsos do homem.

- Pode ser diabético. – Sugeriu Lindsay.

- Vamos checar a glicose então. – Designou a latina.

- Está baixa. Abaixo de 20. – Falou Brittany depois de medir.

- Vou dar uma ampola de D50. – Disse Santana. E depois de fazer o procedimento o homem ficou realmente consciente e falou.

- O que aconteceu? – Perguntou o homem confuso.

- Senhor, você ficará bem. Sua glicose caiu. – Falou Lindsay.

- O senhor é diabético? – Perguntou Brittany.

- Sou. – Respondeu o homem.

- Ok. Fique tranquilo. Vamos leva-lo ao hospital. – Disse Santana.

Então elas levaram a maca até a ambulância e levaram o homem até o hospital. E mais uma vez, nenhuma palavra foi dita por todo o caminho. Elas voltaram para o quartel. Lindsay foi a primeira a sair, pois sabia que era o momento para as meninas conversarem.

Santana que viu o que a amiga ia fazer, tentou seguir Lindsay mas uma mão segurou seu braço antes que pudesse se afastar. Ela fechou os olhos inconscientemente para sentir o toque, mas logo voltou a realidade e suspirou.

Ela então virou sua atenção para o par de olhos azuis, que se mantinham presos a ela. A morena não sabia exatamente o que sentia, mas era algo muito forte, que ela quase não tinha forças em suas próprias pernas.

Brittany estava decidia a ter a conversa tão desejada, naquele momento. Ela ainda não se sentia preparada para aquilo, mas não queria passar mais nenhum dia sem a sua morena.

- Amor... Fica. Por favor... Vamos conversar.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Alguma reclamação?
Alguém tem algum palpite sobre o que vai acontecer?
XOXO