O Massacre Dos Gêmeos - Interativa escrita por Princesa dos Nerds


Capítulo 9
Mentores, viagem e coisas a mais: D3


Notas iniciais do capítulo

Volteeeei!



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PoV  Arya  Ayder
Ó meu Deus, estamos mortos com certeza. Depois daquela mulher, Lindsay, pedir as palmas para o público após nos voluntariarmos o prefeito anunciou que a mentora do distrito iria dizer algumas palavras. Tudo ficou em silêncio por uns dois minutos. Ele riu sem graça e veio na direção da nossa escolta que estava sentada ao nosso lado.
- Onde está a garota? – ele falou impaciente.
- Não vai demorar, senhor. Jamille não gosta de se atrasar, o que significa que deve haver um bom motivo para ela não estar aqui. – a moça de olhos violetas falou calmamente.
Ele voltou para o microfone com um pequeno sorriso e disse:
- Houve um pequeno desvio, senhoras e senhores. A qualquer momento nossa pequena vitoriosa estará aqui.
Como em resposta logo uma menina com a maquiagem impecável e o cabelo castanho preso em uma trança lateral subiu no palco acenando e sorrindo para a multidão.
Ela só tinha 12 anos, como vai nos preparar para algo tão sério quanto a Arena? Certo, ela foi boa em algumas lutas e soube sobreviver sozinha por metade da edição. Mas como ela poderia nos guiar? E nem havia um parceiro. Se bem que entre uma criança e um velho bêbado que tropeça mais do que anda como mentor, prefiro a criança. E antes que fiquem com alguma dúvida, o mentor passado se chamava Carlisle Deane e era exatamente o que eu descrevi agora.
Depois do discurso que passou como um borrão para mim, alguns pacificadores nos levaram para o Edifício da Justiça para receber as visitas. Como não tínhamos muitos amigos e vivíamos sozinhos não havia ninguém que poderia nos ver, então passamos a maior parte do tempo em silêncio até eu dizer:
- Acha que temos chance de ganhar isso?
- Os jogos? – Nicholas perguntou e eu assenti – Talvez, com um pouco de sorte e treinamento. Temos uma chance.
- Nossa mentora é mais nova do que nós, Nick! Acha que ela capaz de suportar um trabalho como esse? É apenas uma criança.
- Uma criança que envenenou metade dos Carreiristas com essência de amora cadeado. – ele apontou.
Suspirei e fechei os olhos.
- Ok, você pode estar certo.
Neste momento um pacificador entrou na sala e nos guiou para fora. Não temos muitos problemas com repórteres enxeridos, já que nosso distrito não é tão popular como os outros. Só algumas câmeras apareceram e uma única jornalista – que parecia desejar que um cometa a atingisse naquele momento só para não estar lá – que reportava á Capital sobre a Colheita e como o evento atingiria o crescimento da produção de máquinas.
Nosso caminho pela estrada de terra foi silencioso. Nada de obstáculos na hora de entrar no trem, como acontece sempre no Distrito 1 e no 2.
O vagão em que estávamos era todo prateado e com luzes tão brilhantes que chegaram a me cegar por um instante. Quando nossos olhos se acostumaram com a claridade nós nos encontramos de frente a uma garotinha com olhos castanhos curiosos, a trança semidesfeita e os pés descalços. Ela alternou o olhar entre mim e o meu irmão e falou por fim:
- Oi! Eu sou a Jamille, mas vocês podem me chamar só de Mille. Acho meu nome muito “capital” e prefiro usar só os apelidos. – ela sorriu com a última parte – Vocês devem ser a Arya e... – ela voltou o olhar para o meu irmão e fez uma careta tentando se lembrar.
- Nicholas – ele disse.
- Isso! Nicholas. Adoro esse nome. Bom, vamos para a sala de estar, quero ter uma pequena conversa com vocês antes de liberá-los. – ela disse e seguiu saltitante pelo corredor.
Rimos e a seguimos até um amplo espaço com dois sofás grandes e uma TV de led. Em um dos sofás estavam Lindsay e uma mulher de cabelos loiros com mechas cor de rosa e vestido da mesma cor. As duas estavam tomando chá e falando sobre alguma notícia da Capital. Quando Mille se sentou em um sofá próximo a mulher de cabelos rosados rapidamente olhou para ela, mais precisamente para o cabelo trançado pela metade. Suspirou e falou:
- Não poderia esperar pelo menos uma hora, Mille?
- Odeio ficar de cabelo preso por muito tempo, Dite. Você sabe disso melhor do que ninguém. – ela respondeu pegando alguma coisa do bolso da saia, parecia um celular.
- Certo, então da próxima vez eu pego esse seu cabelinho lindo e faço uma bela de uma chapinha. Que tal? – ela falou em um tom semelhante a uma ameaça.
Nossa mentora olhou para ela emburrada e a loira apenas riu. Legal, estávamos sobrando na conversa. Eu e Nick nos sentamos ao mesmo tempo ao lado de Jamille e então a mulher reparou em nós. Levantou-se e falou sorrindo:
- Devem ser os irmãos Ayder. Muito prazer, sou Aphrodite Lannister. A estilista da Mille.
- Você vai ser nossa estilista também? – perguntou Nicholas.
- Oh, não. Quem cuidará de vocês são os meus irmãos.
- Irmãos? – perguntamos ao mesmo tempo.
- Sim, eles estão na Capital. Eu deveria estar lá também, mas consegui uma autorização para ficar com a Mille já que ela é muito nova. Além de que alguém precisa preparar esta criaturinha para aparecer nas câmeras.
- Eu sei me virar sozinha! – a garota gritou indignada.
- Sei, se não fosse por mim você iria para aquela Colheita de pijama. – a estilista disse revirando os olhos e se sentando novamente.
Mille bufou e deixou o celular de lado. Respirou fundo e olhou para nós.
- Não precisam esconder nada de mim, ok? Sei que acham que não têm a mínima chance com uma criança como mentora.
Senti meu rosto esquentar e Nicholas me olhar acusadoramente.
- Não vou me chatear com vocês, nem eu gostei da idéia. Mas acreditem, com o velho Carlisle seria pior. Foi um milagre eu ter passado da Cornucópia com os “ensinamentos” dele. Sabem quantos presentes eu recebi na Arena? Só um. E foi apenas porque os tributos do 12 viraram meus amigos.
Eu não me recordava muito bem da edição passada, mas tinha uma vaga lembrança da aliança da “Nova Geração dos Desafortunados do 12” e de Jamille.
- Só peço para que confiem em mim – ela continuou – Vou fazer o possível e o impossível para manter vocês vivos lá dentro, mas precisarei da ajuda dos dois para que isso aconteça. Estamos entendidos?
Nick me olhou como se dissesse “Eu falei que ia dar certo” e se virou para a menina com um sorriso no rosto.
- Estamos sim, Srta. Marine. Seremos os melhores tributos que você um dia já teve!
Ela riu e se virou pra mim com um olhar ansioso por uma resposta. Respirei fundo e coloquei meu melhor sorriso no rosto.
- Com certeza, Mille. Vai sentir orgulho de nós.
Ela sorriu e falou:
- Já estou sentindo, Arya. Agora que eu já incomodei os dois o suficiente por hoje vou levá-los para o quarto eu mesma.
Ela se levantou e sinalizou para que a seguíssemos. Nos encontramos em outro corredor bem iluminado e com algumas portas na extensão. Na última delas Mille parou e inseriu um cartão no aparelho que estava ali.
- É bom que eu vou poder dizer no futuro “Eu vivi os tempos com dois quartos”. – ela riu baixo enquanto nós entramos no quarto.
Tinha todo o luxo que nós nunca tivemos em nossa casa. Não havia muitos problemas quanto a termos que dormir no mesmo lugar, estávamos acostumados de certa forma.
- Lindsay vai chamar vocês quando for a hora do jantar. Qualquer coisa sempre há uma avox a disposição. – ela disse fechando a porta.
Meu irmão se sentou em uma das camas e falou:
- Como eu disse, nós temos uma chance. E se ela não ajudar, nós fazemos o nosso melhor no Centro de Treinamento. Simples.
- Certo, senhor Sabe tudo. – falei me jogando na outra cama.
Nós passamos todo o nosso tempo conversando até que Lindsay veio nos chamar. O jantar foi silencioso, tirando as vezes que Aphrodite chamou a atenção de Mille para que ela largasse o celular e comesse. Era um daqueles novos smartphones da Capital, tecnologia de ponta, design inovador. Sabia disso porque Nick havia ajudado com a montagem do protótipo. A menina digitava nele com dedos rápidos e olhos atentos, completamente alheia a qualquer coisa que estivesse acontecendo ao seu redor. Está aí o grande problema do Distrito 3: somos loucos por tecnologia.
O relógio na parede tocou com as badaladas das 21h. e nós fomos para a sala de TV assistir a Colheita dos outros distritos.
Nem pensar em tentar uma aliança com o distrito 1 ou 2. O distrito 4 parece mais “amigável”. Não vi nada de interessante no distrito 5. A garota do 6 é forte, mas seu irmão não me causou tanta impressão. Devem compartilhar os mesmos conhecimentos em tecnologia que nós, já que seu distrito trabalha com transporte. O D7 com certeza é bom com machados e plantas, coisa que nos ajudaria na Arena. Por fim o Distrito 12, nada de interessante a não ser a coragem dos voluntários.
Aphrodite desligou a TV e comentou:
- Tributos interessantes esse ano.
- De que adianta serem interessantes se não sobreviverem á Arena? O que me leva a perguntar a vocês: Quais são as suas habilidades? – falou Mille.
Nicholas olhou pra mim como se me convidasse a ser a primeira. Limpei a garganta e disse:
- Sou boa com estratégias e armadilhas.
- É das minhas. E você, Nick?
- Nado e escalada.
Ela assentiu, obviamente não satisfeita.
- Sabem alguma coisa sobre plantas ou frutas?
Neguei com a cabeça imediatamente. Veja, em um distrito com 80% de seu território coberto por fábricas, 15% pelas moradias e lojas e 5% pelas ruas, é difícil conhecer algo sobre a natureza que não seja as frutas vindas do mercado.
Mille fez uma careta e disse:
- Nem um pouquinho mesmo?
Repetimos o mesmo movimento de negação. Ela ficou com o olhar distante por alguns minutos, podia ver que estava planejando alguma coisa.
- Ao menos têm uma boa memória?
Encolhi os ombros e falei:
- Sim.
- É, eu também. – falou Nicholas.
- São detalhistas?
Apontei diretamente para o meu irmão.
- Ele inventa coisas. Precisa se lembrar o nome de cada peça e onde elas devem ficar. Isso significa “detalhista” para você?
Ela riu e respondeu:
- Sim, isso pode servir. Vão precisar muito dessas duas características daqui para frente. Agora vão dormir, sem conversas antes de caírem na cama, quero os dois bem descansados.
- Ainda são 21h30min. Não está um pouco cedo? – perguntou Nick.
- Não de acordo com o meu relógio. O que estão esperando? – ela falou pegando aquele celular novamente.
Não teve mais nenhuma objeção. Crianças normais podem ficar acordadas até 2h da manhã ou mais, se ela estava fazendo isso era porque seria importante no futuro.
Nicholas soltou um risinho quando voltávamos para o quarto. Perguntei o motivo e ele respondeu:
- Estamos seguindo regras de uma garotinha que poderia ser nossa irmã mais nova, Ary. Dá pra acreditar?
- É, já não bastava ter que obedecer você agora tenho que obedecê-la também. – falei emburrada.
Ele riu e colocou a mão no meu ombro.
- Não se preocupe. Quando menos esperar, estará em casa de novo.
Ele não falou “estaremos em casa de novo”, e aquilo me deixou profundamente triste e com medo. Não precisava de Nick querendo me proteger para me preocupar mais.


Minha noite foi razoavelmente calma. Isso até a porta ser aberta e a buzina. Nunca levei um susto tão grande na minha vida.
- Vamos lá, povo dorminhoco! É hora de acordar! – Jamille falou, ou melhor gritou, entrando no quarto e ligando as luzes.
- Onde é o incêndio? – perguntei esfregando os olhos.
Nicholas estava com o cabelo mais espetado que o normal e com uma cara que dizia “Se não tiver um incêndio eu mesmo vou criar um”.
- O incêndio poderá ser na Arena onde pode destruir sua mochila e você ficará sem comida nenhuma. – ela disse colocando a buzina no criado mudo ao lado da minha cama. Parecia bem disposta apesar do cabelo bagunçado e as olheiras nos olhos. Se bem que todos no D3 têm olheiras.
- Vamos lá. Lavem o rosto, escovem os dentes, qualquer coisa que queiram fazer. Têm dez minutos. Sem atrasos! – ela disse saindo do quarto.
- O que houve? – Nick fez a pergunta que eu queria entender tanto quanto ele.
- O trem fará uma parada de meia hora para abastecer. É tempo suficiente para eu dar uma pequena aula sobre plantas para vocês. Entenderam, crianças?
- Somos mais velhos que você, Mille. – eu disse antes que pudesse pensar no que falava.
- Eu sei, mas sempre quis falar isso. Coloquem botas e um casaco. As madrugadas são frias por aqui. Me encontrem na sala de estar. – ela disse fechando a porta.
Nos arrumamos em tempo recorde. Já me acostumei com Nick me acordando cedo para ir para a escola no último segundo, então essa tarefa não foi tão difícil. Encontramos ela no lugar marcado. Estava com um pijama simples, um par de botas e um arco no cabelo. Sem nenhum casaco.
- Por que não está agasalhada? – perguntei.
- Eu gosto de frio.- ela respondeu entregando uma lanterna para cada um de nós.
- Pode pegar uma gripe assim. – meu irmão disse com uma careta.
- Meu aniversário é na época mais fria do ano, me faz me sentir em casa. – ela disse sorrindo.
Comecei a sentir o trem diminuindo a velocidade gradativamente, até parar por completo. Jamille abriu a porta do trem e pulou para o chão de terra, já que a escada não estava ali. O cenário em que nos encontramos era escuro, com a iluminação apenas da lua. Estávamos cercados por uma floresta de pinheiros, então supus que era próximo do distrito 7. Todas as linhas de trem interligam os distritos. Mesmo alguns sendo relativamente mais próximos da Capital que outros, temos que chegar lá ao mesmo tempo, de forma que temos que passar por todos os distritos para completar a viagem (N/A: Acredito que seja assim).
- Seria melhor se fosse o Distrito 11, mas como isso é o máximo que eu vou conseguir para uma aula vai ter que servir. – a respiração da nossa mentora produzia fumaça no ar. Ela ligou a lanterna e nos guiou pela trilha de terra.
- Deve estar fazendo uns 10°C aqui, Jamille. Tem certeza que não está com frio? – perguntou Nicholas visivelmente incomodado com o fato de ela estar sem casaco.
- Tenho. Está mais do que perfeito para mim. – a alegação teria funcionado, se não fosse a tosse que veio logo depois.
Nick olhou como quem dizia “Eu sabia!” e retirou seu casaco estendendo-o para ela.
- Pegue, vai precisar mais do que eu.
- Não, obrigada. Estou bem assim, Nick.
- Escute, querida. A última coisa que eu quero é uma Mini-Arya dizendo que não está com frio quando na verdade está. Agora vista esse casaco, ok? – ele disse colocando o tecido ao redor dos ombros dela, que me olhou como se dissesse “Isso é normal?”
Eu ri e falei:
- Bem vinda ao Clube das Irmãs do Nicholas, Mille.

Depois de uns 5 minutos de caminhada por entre as árvores, Mille parou subitamente e analisou a campina em que estávamos. Tinha diferentes moitas com frutos e ervas, que se misturavam facilmente entre os pinheiros da floresta. Ela sorriu triunfante e pegou um punhado de frutas de cada uma. Quando voltou segurou uma em cada mão e disse:
- 1ª lição: Reconhecimento. Sabem o que eu estou segurando?
- Amoras que nós nunca vimos na vida? – falei revirando os olhos.
- Têm certeza que não conhecem? – ela disse dando uma amora para cada um de nós.
Na luz da lanterna a fruta parecia normal. Mas notei a cor azulada, diferente das violetas que compramos no D3.
- São amoras cadeado? – falei olhando mais atentamente.
- Para mim não parece. – falou Nicholas.
Mille sorriu e disse:
- Os dois estão corretos. Arya está segurando uma amora cadeado legítima. Nick está com uma imitação nada barata dela feita pela Capital.
Ao olhar para o fruto na mão dele não pude ver nenhuma diferença.
- Como podemos distinguir uma da outra?
- A amora modificada tem pequenos poros negros ao seu redor. Toque neles em um dia ensolarado e sua mão ficará inchada como uma luva de baseball. Um dos venenos mais letais já criados pela ciência. Se tiver tempo para colocá-la na boca, terá uma morte mais rápida do que a amora cadeado proporciona. A Capital as apelidou de “Amoras Cárcere”, nome ridículo em minha opinião.
O nome poderia ser ridículo, mas o que aquela coisa fazia era mais assustador. Vi Nick ficar receoso segurando ela.
- Há outra forma para diferenciarmos? Só pelos poros fica difícil já que teríamos que chegar muito perto.
- Boa pergunta, Sr. Ayder. Neste caso vocês terão que reparar nas folhas das moitas. – ela disse pegando alguma coisa dentro da mochila que carregava as frutas. Tirou de lá duas folhas, que eram iguais a não ser pela cor.
- Esta verde mais escura é a folha de uma amora cadeado. Esta mais clara com linhas amarelas é de uma amora cárcere. A maioria nem repara nas folhas, então a Capital “deixou isso passar”. – ela falou fazendo aspas no ar.
- Eles dão esse tipo de aula no Centro de Treinamento? – perguntou Nicholas.
Ela deu de ombros e respondeu:
- Do jeito deles. Carreiristas se preocupam com as armas. Carreiristas espertos visitam a seção de sobrevivência. Tributos como nós têm que absorver toda a informação que conseguirem. E como eu sei que os treinadores da Capital dão tédio quando falam, resolvi preparar vocês. – ela disse sorrindo – Agora vamos falar de frutas comestíveis...


Para uma aula de meia hora até que aprendemos bastante coisa. Pelo menos eu me lembraria das coisas mais importantes na Arena. Ao voltarmos para o trem ela deixou que voltássemos a dormir, disse que poderíamos dormir até as dez horas se quiséssemos. Nunca as palavras “dez horas” me deixaram tão feliz!


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Notas finais do capítulo

Mille baseada em mim. Dite baseada na minha mãe '-'
Quem quiser ter treinadores v1d4 l0k4 que nem eu é só dizer o///
As amoras cárcere foram criadas por mim, se quiser usá-las em uma de suas fics me avise ;))))
Bjux!