O Massacre Dos Gêmeos - Interativa escrita por Princesa dos Nerds


Capítulo 7
Mentores, viagem e coisas a mais: D1


Notas iniciais do capítulo

Sorry pela demora, sem inspiração nenhuma :///



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Pov. Diana Starfollower

Após sermos sorteados o prefeito falou mais algumas coisas à multidão, enquanto eu e Wild nos sentamos em duas cadeiras no fundo ao lado de Joy. Eu ficava batucando os dedos no joelho impaciente. Era necessária tanta demora assim? Diga apenas “Feliz Jogos Vorazes!” e pronto, acabou!

Quando o prefeito terminou, um homem e uma mulher subiram no palco e começaram a falar. Sabia que eram vitoriosos e consequentemente nossos mentores. Cutuquei meu irmão e sussurrei:

- Quem são eles?

- Hector Galleger e Grace Memphis – ele disse no mesmo tom – Ele é vencedor da edição 242 e ela da 245.

Olhei melhor para os dois, pareciam jovens. Grace tinha os cabelos negros presos em um coque firme e deixava seus olhos azuis à mostra. Hector parecia mais velho que ela e tinha os cabelos alaranjados e lisos. Os dois sorriam para as pessoas dizendo como farão o melhor que podem para nos transformar em ótimos guerreiros. Não houve nenhum comentário sobre a edição ser especial e envolver irmãos. Muito menos de trazer um ganhador. Apesar de sermos a maioria voluntários, sempre partilhamos uma pequena irritação pela Capital. Não sei se o Distrito 2 pensa o mesmo, mas nós somos assim.

Depois de tudo ter acabado fomos escoltados até o Edifício da Justiça. Nada de salas separadas esse ano, ficaríamos juntos. Os primeiros a entrar foram obviamente os nossos pais. Minha mãe me abraçou forte e deixou algumas lágrimas escaparem.

- Vai ficar tudo bem, meu amor. Vai ficar tudo bem. Nós amamos vocês mais que tudo. Nunca se esqueçam disso, ok?

- Também te amo, mamãe. – falei contendo um soluço. Ambas sabemos que não ia ficar tudo bem. Um de nós – ou talvez os dois - não iria voltar para a casa. São os Jogos Vorazes, essas são as regras.

Minha mãe me soltou e foi a vez do meu pai vir falar comigo. Ele me abraçou forte e beijou a minha testa.

- Você sempre será a minha garotinha, Diana. Boa sorte, para os dois.

Murmurei um “obrigada” e observei eles voltarem para a porta quando o Pacificador disse que o tempo havia acabado. Voltei meus olhos para Wild e vi que seus olhos estavam úmidos. Não deveria estar tão diferente.

Mais alguns minutos em silêncio e a porta é aberta novamente. Estranhei, esperava que apenas nossos pais viessem. Quando percebi quem era a pessoa meu coração começou a bater mais rápido: era Ray. Ele parou e nos olhou um pouco triste. Finalmente ele estendeu uma mão para Wild e falou com um pequeno sorriso:

- Boa sorte, amigo. Acho que não vai dar pra jogarmos basquete na sexta agora, né?

Wild deu uma leve risada e apertou a mão do mesmo. Então ele se virou pra mim e me encarou com aqueles olhos verdes brilhantes que me faziam derreter por completo. Por fim suspirou e disse:

- Acho que é um pouco tarde para te dar isso.

 - Dar o...- não pude terminar a pergunta porque fui interrompida pelo seu beijo. Lembra do que eu disse sobre os olhos me fazerem derreter? Esqueça completamente, os beijos fazem um trabalho melhor. Muito melhor.

Ele se separou de mim e disse:

- Saiba que eu sempre te achei muito linda, ok?

Eu fiquei estática, sem palavras ou movimento algum. Um pacificador chamou Ray e ele se afastou com um breve aceno da mão. Eu não havia percebido que não estava respirando até a porta se fechar e eu ficar com falta de ar.

Olhei sugestivamente para o lado e encontrei Wild segurando a risada. Fechei a cara e falei devagar:

- Abra a boca e eu te jogo do trem durante a noite.

Ele não aguentou e começou a rir como o lunático que ele era.

- Eu deveria ter trazido uma câmera!

- Eu disse pra não abrir a boca, imbecil!

- Posso falar por linguagem de sinais então?- ele perguntou ainda rindo.

Bufei e cruzei os braços emburrada. Logo depois dois pacificadores entraram e nos acompanharam para fora. Andamos até um carro preto e com janelas blindadas que nos esperava. Entramos no banco de trás e o motorista começou a dirigir. No banco da frente estava Joy. Ela olhou para trás e falou sorridente:

- Como se sentem, crianças?

- Não somos crianças. - falei cerrando os dentes.

- Diana, por favor. – repreendeu Wild.

- Oh, não faz mal, queridinhos. Imagino como devem estar animados. É ano de Massacre Quartenário!- ela disse batendo palmas e se ajeitando no banco.

Vi que havia outro carro idêntico ao nosso na frente. Estávamos indo para a estação de trem, onde nossas joias eram mandadas para a Capital. Paramos em frente a uma plataforma tomada por câmeras, luzes de estúdio e repórteres abelhudos da Capital. Os mentores que estavam no outro carro desceram e foram engolfados por um monte deles enquanto tentavam entrar no trem de alta tecnologia que nos levaria.

Saí devagar sendo seguida pelo meu irmão. Fui atropelada por diversas luzes de flashes e uma enxurrada de perguntas dos repórteres. “Como se sente sendo a tributa do distrito 1?”, “Qual é a sua opinião sobre essa edição?”, “Qual é a sua marca de sapatos favorita?”. Eram tantas perguntas que eu ficava até tonta. Joy me abraçou pelos ombros e me guiou até a escada, fazendo com que os repórteres vaiassem e gritaram em desacordo.

Finalmente a salvo eu pude respirar melhor. Wild tinha sido tirado de lá depois de mim, com a ajuda de Hector. O trem por dentro era uma das coisas mais luxuosas que eu já vira em toda a minha vida! As paredes e o chão eram cobertas de veludo vermelho, e tudo era decorado com jóias e flores. Vi pelas janelas o trem começar a andar, e o lado de fora não passou de um borrão azul e verde por causa das árvores.

- Acompanhem-me – disse Joy – Hector e Grace provavelmente querem falar com vocês agora.

 A seguimos por um corredor estreito e chegamos a uma sala com dois sofás grandes, uma mesinha de centro e uma T.V de LED.

Lá estavam Grace e Hector esperando sentados calmamente. Correção: Hector estava esperando sentado calmamente. Grace estava deitada em um dos sofás, com o coque desfeito e um saco de gelo na testa.

- É oficial – ela disse de olhos fechados – Eu ficarei sem ir a algum evento por uns bons cinco anos se aquelas câmeras continuarem a existir. Caramba, qual é a dificuldade de bater uma foto sem flash?! “O que acha desse ano?”? Simplesmente horrível se aqueles malditos repórteres continuarem a...

- Grace, os garotos. – falou Hector entediado.

 Ela abriu os olhos e nos observou. Suspirou e removeu o saco de gelo da cabeça, deixando que um avox levasse dali. Ela esboçou um pequeno sorriso e falou:

- Olá pra vocês também. Irmãos Starfollower, certo?

- É. – falou Wild com receio. Do jeito que ele é deve estar calculando a saúde mental de Grace. Eu não estava muito diferente, devo dizer.

- Ah, é uma honra poder ser a mentora de vocês! Me desculpem pela cena constrangedora agora a pouco, paparazzi simplesmente não me deixam em paz!

Eu e meu irmão trocamos um olhar e nos sentamos devagar.

- Você lida com eles há muito tempo? – perguntei.

- Ah, é claro! Desde que fui vitoriosa há alguns anos. Agora como mentora a coisa piorou, esse é o problema de se trabalhar com um distrito tão famoso...

- Certo, vocês devem estar cansados da minha parceira irritante aqui – disse Hector se pronunciando – Seus nomes, por favor, já que com todo o tumulto eu acabei me esquecendo.

- Eu sou Diana.

- E eu sou Wild.

- Diana! Como a deusa romana?- Grace perguntou praticamente pulando no sofá.

- É, acho que sim. – falei cautelosa. Aquela mulher era louca.

- Grace, está assustando eles. Joy, leve eles para o quarto. Precisam descansar antes do jantar.

Nossa escolta assentiu e acenou para que a seguíssemos. Andamos por um novo corredor até pararmos em uma porta. Joy passou um cartão em algum aparelho ali e a porta destravou. Ela deu um cartão daquele para cada um de nós e disse:

- Essas são as chaves. As portas fecham automaticamente. Nãos as percam, são muito caras. Entenderam?

Assentimos e ela empurrou a porta. Era um quarto enorme, tinha duas camas de casal bem arrumadas, dois guarda-roupas, uma grande TV, um sofá estofado com algumas almofadas e uma porta que provavelmente levava ao banheiro.

- Em algumas horas chamaremos vocês para o jantar. Fiquem a vontade! – ela disse e saiu do quarto.

Observamos o quarto e paramos o olhar na porta do banheiro. Trocamos uma série de expressões que significavam o óbvio:

- Eu primeiro! – e fui correndo para a porta.

- Nem pensar! – ele disse me puxando pelo braço e tirando-me do caminho – Garotas demoram demais. Eu vou primeiro!

- Eu tenho direitos! – gritei pulando nele fazendo-o cair no chão – Sou a mais velha, tenho essa vantagem!

- Diana, somos gêmeos. Nascemos no mesmo dia! – ele falou revirando os olhos e tentando se levantar.

- Não sou tão tonta assim. Quis dizer que eu nasci primeiro, Wild. Isso me dá vantagens sobre você, maninho. – falei com a voz mais doce que conseguia enquanto soltava ele e ia em direção a porta.

- Espere aí. – Ele segurou o meu ombro e me fez virar para vê-lo – Vamos resolver isso de forma madura e justa, Diana. Concorda?

Arqueei uma sobrancelha e falei:

- Você? Maduro?

Ele fez uma cara emburrada e respondeu sério.

- Não vivo só de piadas, irmã. Eu sei ser um cara sério ás vezes, ok?

Encolhi os ombros e disse:

- Ok, Sr. Sério. Como pretende resolver este impasse onde nos encontramos?

- Da forma mais madura que eu conheço – ele fez uma pose engraçada e continuou – Pedra, papel e tesoura.

Comecei a rir e falei:

- Meu deus, é sério?

- O que? Tem uma idéia melhor, maninha?- ele perguntou rindo.

- Está bem, que seja. Melhor de três?

- Sim.

Ai, ai. Esse meu irmão. Um perfeito idiota, mas o que posso fazer se eu o amo? Nós jogamos Pedra, papel e tesoura duas vezes, estava empatado. Na terceira rodada eu coloquei pedra e ele tesoura. Venci!

- Há! Na tua cara, maninho! Oh, que barulho é esse? É o hino da vitória contra a marcha da derrota! Com licença, diva passando. – falei rindo e jogando o cabelo para o lado.

Peguei uma muda de roupa qualquer no armário e fui para o banheiro. De dentro ouvi Wild gritar:

- Eu deixei você ganhar, Didi! Logo vai ter volta!

- Vai sonhando, loirinho! – gritei em resposta.

Me despi e entrei no chuveiro. A água caindo aliviava a tensão nos meus ombros e afastando por um instante todas as lembranças ruins do dia de hoje.

Fechei a torneira e peguei a toalha que estava dobrada ali perto. Só então fui perceber as roupas que havia pegado: Camiseta de malha vermelha, jeans azuis e jaqueta. Suspirei, minha mãe teria um troço se me visse de calças. Me vesti rapidamente e saí do banheiro desembaraçando meus fios loiros.

Wild estava deitado na cama lendo uma revista sobre os antigos jogos. Fui até o guarda-roupa e procurei alguma coisa para calçar.

- “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça. É ela a menina que vem e que passa, num doce balanço a caminho do mar...” – ele cantarolou.

Conhecia aquela música, mesmo estando em português. Era uma que costumavam cantar no antigo Brasil para elogiar garotas bonitas.

Ri e peguei um tênis do armário.

- Está cantando pra mim? – perguntei pegando um par de meias.

Ele abaixou a revista e disse:

- Não, é para a mosca que acabou de passar voando aqui, não sabe? – falou sarcástico.

Peguei uma almofada no sofá e joguei nele, que apenas desviou a cabeça e se levantou para pegar as roupas.

- Tem que melhorar a sua mira, Didi. – ele disse.

Fechei a cara e lhe mostrei a língua.

- Quem dá a língua quer beijo. – ele disse rindo.

- Tente se quiser ter os dentes quebrados.

- Não posso, acho incesto uma coisa tensa demais.

Pensei por um instante e falei:

- Será que pensaram alguma coisa sobre isso quando fizeram esses jogos?

Ele franziu o cenho em uma expressão pensativa e disse:

- Sei lá, capitalistas tem uma forma estranha de pensar.

Fiz uma careta para a possibilidade. Será que a Capital pretendia encontrar um casal de gêmeos apaixonados um pelo outro? Eu amava Wild, é claro. Mas eu via ele como o melhor dos melhores amigos, alguém com quem eu compartilhava brincadeiras e risadas. Não amor. (N/A: Se dependesse só de mim essa arena seria conhecida como Poço de Casais Incestuosos, mas eu respeito vocês e não vou fazer isso)

Afastei aqueles pensamentos perturbadores e peguei o controle da TV me deitando em uma das camas. Estava passando um programa com o Top 10 de Melhores edições dos Jogos Vorazes. Já estava no final, de forma que eu apenas consegui pegar a partir do quarto lugar. O quarto lugar era a edição 150, aquela dos 150 tributos. Em terceiro lugar a edição em que um tal de Finnick Odair ganhou. No segundo estava a edição passada, número 249. Certo, aquele foi um dos melhores jogos que eu já vi. Mesmo o distrito 1 não ganhando foi demais. A ganhadora era uma garota de doze anos do distrito 3, conseguiu misturar essência de amoras cadeado na comida dos Carreiristas enquanto seus aliados os distraiam e roubavam suas armas. Uma idéia brilhante devo dizer. E a ganhadora do Top 10 era uma edição que aconteceu há mais de 100 anos, a edição 74, ganhadora: Katniss Everdeen. Não é de se admirar, quem nunca ouviu falar da Garota em Chamas? Costumamos assistir alguns reprises dos jogos nas aulas de história, o dia em que apresentaram o dela todos na sala ficaram em silêncio e com total atenção na tela. Ela era uma verdadeira heroína, sobreviver a duas edições dos jogos vorazes não é tarefa fácil.

O programa acabou e começou uma novela de drama chamada “As long as we’re together” que falava do romance de um tributo do D4 e de outra do D3 na Arena. Triste demais pra mim (N/A: Semideuses presentes aí?)

Wild saiu do banheiro com o cabelo molhado e bagunçado. Usava uma camiseta azul clara justa e jeans pretos. Olhou pra TV e franziu a testa.

- Novela? Sério, Diana?

- Eu já ia mudar, panaca. – disse fazendo uma careta e mudando de canal.

Nesse momento alguém bate na porta antes de abri-la. Joy inclina a cabeça pra dentro, o que faz com que a peruca fique desregulada e mostre uma parte de cabelo castanho claro natural.

- O jantar está servido, queridos.

Seguimos ela pelo corredor e nos encontramos em uma ampla sala de jantar com uma mesa farta de todos os tipos de comida e bebidas que você poderia imaginar. Grace e Hector já estavam sentados e alguns avoxes colocavam os pratos.

-- Que bom que chegaram, agora podemos comer!- disse Grace como se estivesse esperando por isso o dia todo.

Hector revirou os olhos e pegou um jarro de ponche. Me sentei entre ele e Wild e observei a comida. Mesmo sendo de uma família rica nunca tinha visto tanta coisa, era até exagero. Servi-me de um pouco de salada e um cozido de peru. O jantar seguiu em maioria com conversas de Joy, Grace e Hector sobre os estilistas daquele ano e a contagem do preço dos rubis em relação ao ouro. Resumindo: coisas que eu não estou com a mínima vontade de saber.

Uma hora Hector respirou fundo e se virou para nós.

- Ok, agora vamos falar de negócios. Você, mocinha, o que sabe?

- Sou boa em corridas; arremesso de facas; camuflagem; lanças; sei bastante sobre plantas venenosas, comestíveis e medicinais; e armadilhas tanto para humanos quanto para animais. Ah, e sou uma ótima atriz. – falei sorrindo minimamente.

Esqueci de mencionar que sou boa persuadindo as pessoas. Mas isso não é algo que ele mereça saber, sempre mantenha uma arma só para você, é uma boa dica para tributos iniciantes.

Ele assentiu e olhou para Wild.

- Sou bom com arremesso de pesos; lanças; espadas; maças, embora eu ache que são muito brutais; sou veloz e muito bom com lutas corpo-a-corpo.

Esqueceu de dizer que é ciumento pra caramba, pensei. Ele se irrita muito fácil quando mexem comigo, mesmo sabendo que eu sei me virar sozinha. Mas fazer o que? Irmãos servem pra isso.

- Perfeito – disse Grace após bebericar uma taça de champanhe – Nos poupará trabalho no treinamento. Quanto à aparência não há problemas, loiros sempre se saem melhor. – ela disse e deu uma risada. Acho que alguém bebeu demais.

Joy olhou no relógio de pulso e disse:

- Vai começar a reprise da colheita.

- Venham, garotos. Temos que conhecer seus adversários e futuros aliados.

Nos levantamos e fomos para a sala de estar. Acomodamo-nos sofás e a TV ligou sozinha.

Primeiro houve alguns comentários dos apresentadores e logo mostraram imagens do Distrito 1. Lá estávamos eu e Wild nos voluntariando para os jogos. Os apresentadores disseram algo sobre ser típico o nosso distrito fazer isso e logo mostraram o distrito 2. Os irmãos eram Victoria e Anthony Erwin. Fiz uma careta quando constatei que teríamos que nos aliar a eles, os tributos de lá me dão um pouco de medo, mesmo que eu odeie admitir. Os tributos do 3 não me causaram tanta impressão, a única coisa que me impressionou foi quem seria sua mentora.

- Eles podem fazer isso? – perguntei para ninguém em especial.

Grace grunhiu e disse:

- Ignorantes. Mandarem uma criança como mentora, eles têm mais quatro vitoriosos adultos! Larguem a maldita bebida e vão trabalhar! Não deixem uma garotinha fazer o serviço sujo!

A mentora era a vitoriosa do ano passado, que estava no Top 10. Agora que consegui me lembrar do nome dela: Jamille Marine (N/A: É melhor gostarem dela porque de certa forma ela sou eu u.u). Achei que só poderiam se tornar mentores a partir dos 18, mas como pude ver essa regra não se aplica aqui.

Os irmãos do Distrito 4 também se aliariam a nós com certeza. Quando a câmera focou no rosto da garota, senti meu irmão suspirar fundo ao meu lado. Hum, isso pode me servir mais tarde. Mais algumas colheitas, ninguém interessante. O distrito 7 podem ser bom aliados, embora eu ache que eles vão querer trabalhar sozinhos. Depois disso não vi mais ninguém interessante para uma aliança. Hector desligou a TV e disse para nós irmos dormir. Grace já estava mais adiantada nisso do que nós, deitada em um sofá e abraçando uma almofada. Ri ao ver aquilo.

Enquanto voltávamos para o quarto falei como quem não quer nada:

- Bem, acho que devemos fazer uma lista de possíveis aliados, né?

Ele encolheu os ombros e continuou andando. Continuei:

- Certo, vamos lá. Primeiro os irmãos do Distrito 2, Victoria e Anthony. Então tem aqueles do distrito 7, Peter e Annasophia Clearwater. E por último o Distrito 4, Christian e Aline...

- É Aileen, o nome da garota é Aileen. – ele respondeu automaticamente.

- Hummmmmm, lembrou rápido, hein maninho? – falei erguendo as sobrancelhas sugestivamente.

Ele me olhou espantado e logo depois corou levemente.

- Q-que isso, Diana? Não é nada do que você está pensando! Eu só me lembrei porque é um nome incomum e..., é, é um nome incomum e eu não tô nem aí pra dona dele, ok?

- Awn, você fica tão fofinho constrangido! – falei apertando suas bochechas – Não se preocupe, ela vai ter a melhor cunhada de todas, ok?

- Diana!

- Não adianta negar, você gosta dela! – gritei e saí correndo para o quarto. Ele veio logo atrás.

- Você está frita, baixinha! – ele gritou.

- Wild gosta da Aileen! Wild gosta da Aileen! Wileen é o meu novo ship preferido! – falei gritando como uma louca enquanto corria.

Parei perto da porta e tateei os bolsos da calça procurando o cartão, e logo depois constatei: Tinha deixado dentro do quarto.

- Droga! – falei.

Cinco segundos depois duas mãos me agarram pela cintura e me levantam do chão. Wild me jogou pelos seus ombros como se eu fosse um saco de batatas e abriu a porta calmamente.

- Me solta, Wild! – berrei batendo em suas costas e balançando as pernas descontroladamente.

- Não, precisa de um castigo por gritar calúnias a meu respeito. – ele falou entrando no quarto.

- Wild seja lá o que você esteja pensando em fazer é melhor...

Ele nem esperou eu terminar e me jogou na cama, que era tão macia que me fez quicar uns bons 20 cm. Nem tive tempo para reagir de alguma forma e logo depois Wild tinha pulado na cama também e começado a me fazer cócegas na barriga. Filho-de-um-nome-que-não-posso-falar-porque-somos-irmãos, eu mato ele!

- Wild, seu desalmado, pare agora! – falei em meio às risadas.

- Não até você pedir desculpas! – ele disse rindo também.

- Ok, ok! Me desculpa, me desculpa! Agora para, por favor!

Ele parou imediatamente ainda rindo. Eu estava tentando recuperar o ritmo da minha respiração ainda. Ele me deu um beijo na bochecha e disse:

- Foi ótimo fazer negócio com você, maninha. - e logo depois foi para a outra cama.

- Você é um grande idiota, Wild! – falei me deitando.

- Idiota que você ama, certo?

- Certo. Mas ainda assim um idiota.

- Você também é uma chata muito amável, sabia?

- Que título lindo. – falei revirando os olhos.

- Tanto faz. Boa noite, Didi. – ele disse desligando seu abajur.

Suspirei e respondi:

- Boa noite, loirinho. – desliguei a minha luz e fechei os olhos adormecendo. Temos um grande, grande dia amanhã.


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Notas finais do capítulo

gostaram, pessoinhas? E a propósito, podem me chamr de Mille ou Ami se quiserem.
Bjusz!