Eu estava de férias e iria passar duas semanas na Toca, junto com os Weasley e os Potter. A única coisa boa que tinha por lá eram Fred e Tiago, que sempre me ajudavam com meus “planos diabólicos” como diziam eles. Eu não tinha nenhuma ligação com algum deles, mas minha mãe havia se tornado amiga deles pouco tempo depois que minha madrinha Fleur Declacour se casou com o Gui. A minha mãe era a melhor amiga de Fleur quando estudavam na escola de Beauxbatons. Toda a nossa família descende de uma linhagem longa de sangue-puros, mas minha mãe diz que não se importaria se eu me casasse com um mestiço, já que agora não há mais nenhuma ameaça, mas mesmo assim eu quero me casar com um sangue-puro para honrar o sobrenome da família. Eu moro com meus pais Zacharias Smith e Alicia Rousseau na nossa mansão na França, minha irmã mais velha mora em algum lugar do mundo e quase nunca nos vemos. Minha mãe conheceu meu pai quando foi para Hogwarts no torneio tribruxo, mas eles só foram começar a namorar cinco anos depois quando ele decidiu morar na França.

Olhei pela janela do helicóptero - que minha mãe havia comprado quando eu era pequena, para que pudéssemos viajar sem precisar pegar um avião ou ir de carro - e avistei a Toca ao longe. Era a primeira vez que eu estava indo para lá sozinha e isso me deixou animada, pois eu poderia aprontar muito mais sem meus pais por perto.

– Charlie, não precisa pousar, pois agora eu posso aparatar. - eu disse ao piloto.

– Tudo bem senhorita Smith. - ele disse e eu aparatei com minhas malas na porta da Toca.

Era muito mais fácil aparatar, eu só não aparatava direto da minha casa, pois havia uma lei de proibição sobre aparatar pelos países. Entrei na sala e vi um menino de cabelo ruivo e outro moreno.

– Oi Desirèe. - disseram os primos em uníssono.

– Oi Fred, oi Tiago. - eu disse sorrindo e abraçando os primos. - O que temos?

– Produtos das Gemialidades Weasley. - Fred respondeu pensativo. - E algumas poções.

– Quem está em casa? - perguntei me sentando no sofá.

– Hermione, Rony e Gina de adultos. - Tiago falou se sentando ao meu lado. - Algum plano?

– Tiago, meu querido, fala como se não me conhecesse não é mesmo? - perguntei com um sorriso maroto.

– Tudo bem mestre o que faremos? - Fred disse se curvando.

– Isso depende, os vizinhos são trouxas?

– Sim. - respondeu Fred confuso.

– Perfeito! - respondi.

– Mas pensei que usaríamos as coisas em nossos primos. - Tiago disse se levantando.

– Tiago querido, isso já está sem graça. Vamos levar as coisas a outro nível está bem? - respondi.

Fred e Tiago se olharam, eu sempre conseguia me safar dos castigos e gostava de me aprontar com os pobres e oprimidos, às vezes assustando até mesmo os primos.

– Vai com calma, você não pode nos expor, lembre-se disso. - Fred me disse preocupado.

– Fiquem calmos queridinhos e deixem tudo comigo, não precisam participar se estiverem com medo.

– Não estamos com medo, mas sabemos que você não tem limite.

– Chame seu medo da forma que quiser. - dei de ombros.