Hell must be Heaven escrita por Ramona


Capítulo 2
If nobody knows, nobody will search


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, é basicamente aqui que a história começa, a partir daqui o ritmo vai ficando mais rápido e mais coisas vão acontecendo. Vou tentar postar pelo menos a cada 3 dias ou coisa parecida. Espero que gostem, e não esqueçam de comentar ;)



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Estados Unidos – Flórida – Saint Augustine – 03/12/2012



Eram sete amigos: Hailey, ruiva cheia de sardas, que fazia disso seu charme, com um ótimo senso de humor para momentos inoportunos e trágicos; Peyton, a menor do grupo em altura era a mais velha em um ano de idade, morena de cabelos encaracolados e com corpo de violão; Ruby, loira, esbelta e muito esperta, sonha em entrar em Harvard, porém namora com: Brian, também loiro, quaterback, sonso, forte, típico de um besteirol americano; Alan, tímido, moreno, de poucas palavras, até que bonito e magro, tem uma paixão secreta por Peyton; Jake, o brincalhão, festeiro e animado do grupo, tem cabelos castanhos claros, o mais alto e adoraria contratar umas prostitutas se tivesse grana, apesar de já ter contratado algumas vezes, gosta de usar cocaína; e por último: Ethan, moreno, estatura média, estudioso, mas sempre acaba na recuperação, meio zoado no grupo por ser meio nerd, tem uma paixão por Ruby, até tomaria uma atitude se não fosse por Brian que poderia lhe quebrar ao meio, gosta de jogos clássicos de videogame e sabe contar cartas no blackjack e pôquer.

Veteranos, último ano na escola, todo mundo cheio de esperanças vazias, entre elas ser famoso ou virar cafetão, Brian, Ruby, Jake e Ethan estão andando juntos pelo campus no seu último dia de aula, quando Jake, tem uma ideia:

–- Hey, pessoal, e se fossemos passar as férias em uma eterna festa? Pelo menos um mês inteiro doidões sem parar?

–- Como assim Jake? Fumou maconha de novo? – Brian pergunta meio interessado

–- A ideia seria a seguinte – começa Jake novamente – Vamos para um lugar mais afastado, onde ninguém possa nos encontrar, convidamos um povo, um povo que dê para comer e se divertir, levamos bebidas, drogas e o que mais necessitamos e fazemos uma festa de vários dias, vários dias chapados, transando, dançando.... E quando nos cansássemos, e dizem que acontece, o que eu não acho, a gente se arruma e volta.... se conseguirmos dirigir, claro! O que vocês acham?

Todos se olham e Brian fala:

–- Parece legal! Mas onde vamos fazer isso? Precisamos de um local onde não vão nos achar e aonde a policia não venha.

–- Eu sei de um local! – Ethan retruca – o meu tio morreu há um mês, ele tem uma casa longe da cidade, é uma casa enorme, e com um lago do lado. Lá é bem longe da civilização, e quase ninguém vai lá. Todos tem medo e dizem que tem maus espíritos lá e que uma bruxa foi queimada lá e blá blá blá... Papo pra boi dormir! Como meu tio morreu, a casa tá vazia para ser invadida. Meu tio sempre disse para ninguém ir lá, por esse motivo e por um outro, que pode ser um problema em potencial...

–- Que problema? – Pergunta Ruby

–- Tem apenas um vizinho. O vizinho, mora sozinho e tem doenças mentais e é meio deformado, e vive tentando invadir a casa. Talvez ele possa ser um problema...

–- (risos), relaxa Ethan esse lugar parece ser bom demais para ser verdade, foda-se esse vizinho, quem sabe a gente não o convida para festa, só para ter com quem brincar? – Fala Jake rindo.

–- Ai gente eu não aprovo isso, e também não queria me envolver, eu queria estudar esse mês para variar, tentar passar em alguma faculdade e ter um futuro brilhante! Já posso até ver eu...

–- Sendo advogada?! - Brian a corta – relaxa amor, deixa de ser cafona, vem com a gente e aproveita a viajem!

–- (suspiro), tá bom! Só porque eu quero aproveitar o nosso último ano na escola.

Eles continuam a conversar e a marcar a viajem, que fica para o dia seguinte. Convidam a Hailey e Peyton, melhores amigas de Ruby, e Alan, porque ele nunca ficou louco de verdade e é sempre quieto, e todos queriam vê-lo soltar a franga pelo menos uma vez na vida e dizer algo de realmente interessante e divertido.

–- No dia seguinte –

–- Então é isso cambada de vagabundos, vamos lá nos drogar e beber até termos uma parada cardíaca – Diz Hailey em tom de diversão.

–- Ai que horror, não quero morrer, obrigada! – Peyton fala em um tom de brincadeira misturado com preocupação

–- Gente relaxa que tudo vai dar certo! FESTA! UHU! – Jake começa a gritar e a dançar

Quando tudo já está dentro da minivan, Brian fala:

–- Agora antes de partimos, recomendações estrelando Alan! – Brian bate palmas e estende a palavra a Alan.

–- Ehhh... Hum... Jesus de bicicletinha? – Responde Alan sem jeito, e sem saber o que falar.

(risos)

–- Ok Alan, entre no carro e deixe esses idiotas – Fala Ethan já entrando no carro e segurando o riso.

Eles então saem para a estrada, conversam e alguns já começam a beber. Quem dirige é Peyton, a mais responsável, lembrando uma criança dirigindo pelo fato de ser baixinha e a cara de adolescente na puberdade. Jake conta piadas sujas e idiotas, Ruby e Brian se pegam e parecem que vão se comer a qualquer instante, Ethan tenta entrar no clima e dar aulas de blackjack com o baralho da sorte que sempre leva, Alan fica mais em um canto no banco da frente constrangido pelo fato de estar do lado de Peyton, tentando rir e pensando no que dizer de inteligente, mas acaba como Dj, escolhendo músicas que iam desde Anthrax à Misfits. Chegando na casa, eles tiram as malas e  levam para dentro enquanto observam em volta a floresta, o lago e... E o vizinho pelado, babando levando uma toalha pendurada no... É isso mesmo! O nome dele é Damian, ele vê o grupo entrando na casa e dá um sorriso de dentes pobres e caídos.

–- (risos) ah véi! Fala sério!!! – Fala Jake rindo da situação incomum

–- Ainda quer convidar ele para festa? – Pergunta Ruby em tom de sarcasmo.

–- Se souber bater punheta legal em mim quem sabe... – Responde Jake, obviamente brincando.

–- Nossa essa casa parece mais... Caída e detonada desde a última vez que vim aqui, quando eu tinha 9 anos – Ethan fala fazendo uma observação na casa, que não é mais a mesma já que agora as madeiras estão um pouco podres, janelas quebradas e se vê a ação da umidade e dos cupins. – Mas dá pro gasto! Cuidado só para não se perderem aqui dentro gente! A planta da casa é um labirinto!

–- Espero que nós não fiquemos tão doidos a ponto de nos perdemos – Fala Alan preocupado.

–- Na verdade, vamos ficar sim! E você vai ser o mais doido varrido entre nós, um verdadeiro homo sapiens – Brian indaga.

Eles entram na casa e se maravilham. Apesar de suja e detonada a casa continuava magnifica. Eles sobem as escadas e vão para a suíte principal onde jogam as coisas no chão, exceto pela mala de bebidas e drogas. De repente sentem uma brisa fria e o coração começa a acelerar um pouco, e até mesmo Jake fica constrangido e sem falar. Alan subitamente pega o rádio e exclama:

–- Foda-se! Vamos começar logo com a festa! – Ele pega o radiozinho e coloca Highway to Hell do AC/DC para tocar e começa a dançar em cima do balcão.

–- Ai sim! – Ethan pega a garrafa de 51 abre, dá um gole grande e vai passando.

–- Caramba até o nerd e o macaco mudo já deram a iniciativa! Tô lento hoje! – Jake pega um saquinho com um pó branco dentro, e vai em direção à mesinha do corredor ao lado – Alguém vai me acompanhar?

–- UooU! Eu vou! – exclama Hailey animada.

Todos começam a beber, se pegar, fumar, fazem até uma Macarena. Nesse momento Alan só está de cueca dançando em cima do balcão, e tentando chamar Peyton, que está lendo Romeu e Julieta e parece não notar nada em volta, como se estivesse em seu quarto sozinha. Apesar disso ela está muito dopada devido a dose de LSD, ela se levanta e fala:

–- Vou ao banheiro – ela fala isso de um jeito meio robótico, com olhos esbugalhados e sem piscar. Ela pega o livro e sai pelo corredor.

Peyton começa a andar pelo corredor, mas andando de forma a só olhar para frente, sem piscar e sem parar. Ela vira o corredor onde encontra Jake e Hailey transando, Hailey encostada na parede e Jake pressionando ela fazendo movimentos lentos de vai-e-vem, mas mesmo assim Peyton parece não ligar, parece não ver, não ouvir os gemidos.

Quando chega o meio do corredor ela para porque vê um garotinho saindo correndo de um quarto à direita. Ele para e olha para trás. Ele possui olhos azuis muito claros, refletindo bondade. Com cabelos negros lisos. Usa uma camiseta branca, com um short até a cima do joelho e um suspensório vermelho. Ele observa Peyton de cima a baixo e chama-a com a mão e volta a correr.

–- Espere, volte aqui garoto!

Peyton sai correndo atrás dele, ela consegue acompanha-lo por um tempo, mas parece perdê-lo de vista. O menino solta um assobio, e quando Peyton olha, ele está na janela, no parapeito, sentado com as pernas para fora, prestes a cair. De seus lábios sai uma música doce com sua voz angelical e aveludada, Peyton volta a se hipnotizar de novo e vai se aproximando dele, ela fica intrigada. Vai chegando perto. Mais perto. Quando finalmente chega a dois passos do menino, o menino para de cantar. Ele abaixa a cabeça. Quando levanta seus olhos não refletem mais bondade, mas sim travessura. Ele a fita de um jeito malicioso e solta um riso baixo. Ele chama-a mais perto:

–- Venha, deixe-me contar um segredo, mas tem que vir bem perto, para ninguém ouvir!

Peyton hipnotizada chega mais perto de uma forma fria e dura e aproxima o ouvido para ele.

–- O meu segredo é... É que pessoas, as pessoas, bem... Elas mentem!

O menino rapidamente agarra a cintura de Peyton e pula da janela com Peyton, que tenta se segurar, mas acaba encontrando como apoio o vazio.



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Notas finais do capítulo

Agradecimentos a minha bitch Flávia, que vem fazendo correções e ajudando para que a história fique mais completa.



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