We Found Love In A Hopeless Place escrita por Mari Kentwell Ludwig


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora gente, mas é que eu estou na casa da minha vó e não tá dando pra postar novos capítulos. Assim que eu chegar em casa (à partir do dia 25/12) vou postar os novos capítulos com urgência! Obrigada a todos vocês pela leitura, pelos comentários, pelas recomendações, pelos favoritos! Vocês me deixam muito feliz! Um ótimo Natal à todos e um próspero Ano Novo também! Beijos da Mari



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A temperatura desconfortável do saco de dormir e a claridade invadindo a Cornucópia me despertam. Clove está dormindo e Marvel e Dylan já estão acordados. Marvel afiando lanças e Dylan ligando uma grama na outra como se fossem fios. Só poderia ser do Distrito 3.

Vou até o lago limpar minha espada suja de sangue seco. Quando retorno, Clove já acordou também.

Ela começa a afiar as suas facas. Começo a afiar a minha espada. De repente, Clove se levanta rapidamente e corre na direção do lago, onde há um garoto tomando água desesperadamente e olhando para os lados, cheio de medo. Quando ele percebe a presença de Clove, já é tarde demais. A faca já está cravada em sua testa. O canhão soa. Ela recupera a faca e se distancia limpando a faca na blusa deixando novamente a cintura à mostra, como na ocasião do tordo. Um aerodeslizador surge e recolhe o corpo do garoto.

-Quem era? – Pergunta Marvel que está de pé com uma lança pronta para ser lançada.

-Garoto do 10. – Ela responde com o sorriso.

Quando Clove já está a certa distância do corpo do garoto, surge um aerodeslizador e o recolhe. Ela volta a afiar facas como se nada tivesse acontecido.

O sol começa a ficar mais forte, e resolvemos ir pra debaixo do toldo do acampamento, que está intacto. Deve ser meio dia. Dylan vai até a pilha de suprimentos e trás algumas maçãs, garrafas de água e barras de proteína.

Quando termino de comer, avalio as minhas picadas. Esse remédio não está ajudando em nada. Elas continuam inchadas e doloridas.

-Quem sobrou? – Pergunta Clove.

-Além de nós, tem o Conquistador, Rue, Thresh, aquela garota com cara de raposa e a Katniss. – Respondo. – Mas acho que nem deveríamos contar com o Conquistador, pois ele deve estar à beira da morte. Até fico meio surpreso em saber que ainda está vivo.

-O que você fez com ele?

-Atravessei a perna dele com a espada.

-Você acha que ele poderia ter conseguido algum bom patrocinador, que enviasse algum remédio pra ele?

-Não. E mesmo que o 12 tenha algum patrocinador, eles estarão voltados à Katniss e não a ele. Afinal, foi ela quem fez sucesso com o vestido queimado, não foi?

-Mas e aquela historinha de “amantes desafortunados”? Não deve render patrocinadores? - Pergunta Dylan.

Eu e Clove trocamos olhares.

-Talvez. Mas por aqui, só pode haver um vencedor. – Diz Marvel.

-Me surpreendo com o fato da garotinha ainda estar viva. – Continua Clove.

-Rue? Também não acredito. Pelo tamanho dela, deveria ter morrido na Cornucópia. – Digo.

-Ela tem que ser boa em alguma coisa para ter ficado viva. Mas em quê? – Diz Marvel pensativo.

-Aposto que a única coisa que fez com que ela ficasse viva, foi o fato de ela pelo menos saber correr.  Ela também pode ter se aliado a alguém. – Respondo.

-A quem? Ao garoto do distrito dela? Aquele garoto deve tê-la deixado com medo. A garota com cara de raposa vive sozinha desde o treinamento. Não iria se aliar a alguém agora. Como Cato disse, Conquistador se torna um atraso na vida do idiota que tentar ajudá-lo. E Katniss, também deve estar morrendo por aí, à uma hora dessas. Depois da árvore, deve ter ficado toda picada. Ela só estava com uma mochila. Não deveria ter muitos suprimentos nela. – Diz Clove.

De repente, Marvel se levanta com um pulo e indica algo no céu com a lança.

-Olha lá!

Uma fumaça escura sobe de um lugar da floresta. Deve ter alguém por lá.

-Ele vem com a gente. Nós precisamos dele na floresta e, de qualquer maneira, o trabalho dele aqui já acabou. Ninguém pode tocar nesses suprimentos. – Digo.

-E quanto ao Conquistador? – Pergunta Marvel.

-Vou repetir mais uma vez. Esquece ele. Sei onde enfiei a espada nele. É um milagre ainda estar vivo depois de perder tanto sangue. Na pior das hipóteses, não tem condições de nos perseguir. – Esclareço enquanto jogo uma lança para Dylan. – Vamos embora. – Digo correndo. – Quando nós a encontrarmos, vou matá-la do meu jeito e ninguém vai se meter.

 Corremos pela floresta, topando com os galhos caídos e batendo os rostos nas folhas. Quando alcançamos a fogueira, não há ninguém. Devem ter saído ao ver nossa aproximação. Ficamos observando intrigados até que Clove avista outra fogueira. Continuamos correndo até chegarmos ao local da segunda fogueira, onde também não havia ninguém.

-Isso não foi coincidência. – Digo. Não é provável que duas pessoas tenham acendido duas fogueiras ao mesmo tempo.

Inesperadamente, ouvimos um estrondo. Não o familiar estrondo do canhão, mas um estrondo mais característico de uma explosão. Olhamos um para o outro e raciocinamos a mesma coisa. Saímos em desespero até a Cornucópia.

Ao chegar, percebemos que estávamos certos. Alguém caiu na armadilha. Dylan executou muito bem o seu trabalho. Bem até demais.

Nossa imensa pilha de suprimentos agora se reduziu a pó. Não temos mais nenhum suprimento, a não serem as nossas mochilas individuais que deixamos fora da pilha. Mas mesmo elas não poderão nos sustentar por muito tempo.

E a culpa toda é de Dylan. Talvez ele tivesse planejado isso tudo. Fez a pilha explosiva sabendo que, mais cedo ou mais tarde quando a armadilha fosse acionada, não só o ladrão como também a comida iria pelos ares.

Meu ódio por esse garoto aumenta a cada passo que dou até chegar ao monte de cinzas. Minhas mãos estão na cabeça e todas as possibilidades me veem à cabeça.

Vou acabar de uma vez com a miserável vida desse infeliz.

-O que você fez?! – Grito com ele, que larga a lança e tenta fugir. Corro atrás dele por uns cinco metros e consigo alcançá-lo sem esforço.

-Eu não fiz nada, alguém deve ter... – Antes que ele termine a sentença, torço seu pescoço e um canhão anuncia sua morte.

Clove e Marvel aprecem para tentar me acalmar.

-Cato, seja lá quem tenha feito isso está morto agora. Mas não ouvimos o canhão! – Diz Marvel.

-A explosão deve ter abafado o som! Agora será menos um, Cato. – Diz Clove apontando para o céu.

Permanecemos lá parados revirando os destroços e nada. O hino de Panem toca, e mais uma prova de que a tal pessoa está viva. Apenas os rostos de Dylan e do garoto do 10 surgem no céu.

 A pessoa que explodiu tudo por aqui, não morreu.

-Eu não vou ficar aqui parado. – Digo.

Recolhemos o que sobrou nas mochilas da Cornucópia. Ainda tem um pouco de comida, dois sacos de dormir, cordas, cinco lanternas, dois óculos pra enxergar no escuro e alguns fósforos. Sem contar as inúmeras armas.

Eu e Clove ficamos com os óculos para enxergar no escuro e Marvel fica com uma lanterna. Recolhemos as mochilas e adentramos a floresta.

Andamos a noite toda mas sem encontrar nenhum outro tributo. Quando o dia começa a amanhecer, decidimos parar.

-Eu fico de vigília de novo. – Diz Marvel. Concordo, pois estou tão cansado que eu mesmo não iria me oferecer.

Me encosto em uma árvore e adormeço em questão de minutos. 


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Notas finais do capítulo

Novos capítulos em breve. À partir do dia 25/12. Obrigada pela leitura! ♥



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