Jogo de Toushiro – 11 dias após o desaparecimento

          Ele voltara à frieza que lhe era natural. Nada que surpreendesse, principalmente depois do ocorrido com um de seus poucos amigos. Pensando em amigos, recordou que não eram só eles que o acompanhavam que existiam, recordou o objetivo, e o porquê da morte de Katsuya.

          Enquanto descansavam e pegavam água, ele virou-se para os outros dois.

          _Eu quero que vocês dois voltem para o clã Kurosaki, vou seguir sozinho a partir daqui.

          _Toushiro... – suspirou Hanabi. – Está bem.

          Ele sabia que ela não discutiria não depois do que ocorrera.

          _A cada hora e meia descansem, e quando estiverem partindo me mandem uma mensagem, assim, se passar de duas horas sem mensagens, estarei indo atrás de vocês, nunca mandem coordenadas, ou qualquer ponto que de pra encontrar vocês, não se ponham em perigo, evitem cidades e todo o tipo de gente.

          Fechou a mão em punho.

          _Se algo acontecer a vocês também... Eu não sei... O que eu posso fazer.

          Hanabi o abraçou fortemente, nunca o vira tão abalado, e não sabia o que fazer, mas simplesmente o abraçou. Nikki levantou-se da pedra onde se encontrava e chamou pela de cabelos azuis, não demorou e logo estavam fora dali.

          O grisalho pegou a capa e colocou sobre os ombros, estava escurecendo, era melhor fazer seu caminho para a cidade mais próxima, se fazer de mendigo e depois voltar atrás da morena. Ela era seu único objetivo, e nada, nem ninguém o parariam.

          Jogo de Karin – 12 dias após o desaparecimento.

          Ela sentiu cheiro de chuva, ela provavelmente chegaria junto com a manhã. A guarda naquela noite ficara com ela. Virou o rosto e observou a besta e o semi-besta dormindo.

          Recordou o irmão, como será que estava? Estava vivo? Quem estava com ele? Estava feliz? Estava procurando por ela? Lembrou-se dos outros, será que tinham se encontrado?

          A cabeça dela estava cheia de dúvidas, esvaziou-a. Dali um dia, os três se separariam, ela e os outros dois não estariam mais juntos. Ela insistira para aquilo, não queria mais ninguém a vendo chorar.

          Yukio tinha insistido pra que ela fosse com eles, mas nada. Era inútil, ela era muito “cabeça dura”. Mesmo assim, eles se adicionaram quem sabe um dia se encontrassem de novo.

          Ela poliu e afiou a espada que tinha forjado com magia, verificou se tinha comida e poções no inventário, bateu a roupa para tirar a poeira e esperou amanhecer.

          ...

          Quando a chuva começou a cair, ela acordou Yukio e Riruka, não que ela tivesse medo, mas estava cansada, seria inútil protege-los assim. Karin se pôs a dormir enquanto Yukio fazia guarda e Riruka ia procurar algo pra comer.

          Jogo de Toushiro – 12 dias após o desaparecimento.

          Ele havia encontrado uma cidade abandonada para passar a noite, achou uma casa que não tivesse um buraco no teto e acomodou-se. Acordou após um pesadelo e notou que chovia.

          Como avistara um lago coberto quando se aproximara da cidade, resolveu ir atrás de um pouco de água limpa e qualquer coisa para comer. Quando se abaixou para pegar água com as mãos escutou passos, desembainhou a espada e se pôs em posição de ataque.

          Viu uma figura de cabelos cor-de-rosa se movimentar também armada.

          _Quem está ai? – perguntou.

          _Eu que lhe pergunto. – respondeu áspero. – Qual seu clã?

          _D-dokugamine. – gaguejou. – Mas eu fui tirada de lá, qual o seu?

          _Tsc, você foi sequestrada também? – resmungou, porém alto o suficiente para ela ouvir. – Hitsugaya.

          _Como assim também?

          _Eu tenho uma amiga que deve estar lá dentro daquele edifício. – apontou para o castelo que era visível mesmo dali. – Ela tem cabelos negros, ela é uma maga, usa uma capa preta e vermelha, a conhece?

          _VOCÊ É AMIGO DA KARIN?! – berrou.

          Ele estava meio atordoado com o susto, mas mesmo assim respondeu.

          _S-sim, você a viu? Ela ainda está lá dentro? Ela está bem?

          _Meu Deus! Vem comigo! – o puxou pela mão.

          _O-oe! – deixou ser levado.

          ...

          Karin acordou com alguém berrando.

          _Como você trás alguém que não conhecemos pra dentro?! E se ele for um NPC disfarçado? Você pensou nisso?! Sua idiota! – Yukio estava nervoso demais para o gosto dela.

           _Ele disse que era amigo da Karin! – berrou ainda mais alto Riruka.

          _Eu não sou um NPC! – gritou a voz de Toushiro... Espera. Toushiro?

          _CAAAALAAAADOSS! Vão nos achar! Não se pode mais dormir em paz... – resmungou. – Toushiro? É você mesmo? – ele retirou o capuz. – Que bom. – suspirou em alivio, logo depois recebendo um abraço do grisalho.

          _Baka! Como pode abrir uma mensagem sem nem verificar o remetente?

          Ela tinha se assustado isso não era uma ação que esperava dele, mas ao ouvir a reclamação dele, pode confirmar, quem estava em sua frente era a mesma pessoa que tinha a olhado friamente quando se conheceram.

          Yukio pigarreou fazendo os dois desfazerem o abraço.

          _Seu irmão estava louco atrás de você.

          _Ichi-nii... – então a ficha caiu, ela o segurou pelos ombros. – Você sabe onde meu irmão está?!

          _Sim, sim, ele ainda está no clã Kurosaki, a Rukia e um amigo dela também estão lá.

          _Que bom... – ela sorriu.

          Virou-se para Yukio e Riruka.

          _Espero voltar a ver vocês, se cuidem. Até mais. – acenou indo embora com o grisalho.

          _Até... – acenou Yukio. - Ei Kurosaki! – chamou novamente. – Não pense em sumir ou nos esquecer!

          _Sim senhor Hans. – sorriu sarcasticamente.

          Os dois foram embora depois disso, conversando animadamente, sem nenhuma preocupação aparente.        

          Fim----do----décimo----primeiro----capítulo

          Babs: Sim eu amo hifens. Hoje vem a ficha de quem, de quem? To sem ideia... Bora fazer a da Hanabi (u.u).

          Nome verdadeiro: Hanabi Ai

          Idade: Quatorze anos

          História: Nasceu e cresceu como qualquer outra criança normal, sorria e chorava como qualquer pré-adolescente e se tornou viciada em computador, animes e videogames. No aniversário de quatorze anos ela recebeu de presente o dinheiro para comprar o jogo, toda a família ajudou a pagar. Quando completasse quinze anos iria ganhar uma festa de debutante como ela e sua mãe sempre sonharam. Atualmente no jogo ela acredita que esse sonho esteja arruinado.

          Curiosidade: Ela costuma se relacionar melhor com meninos por achar meninas muito complicadas, e costuma ser muito ciumenta e protetora quando se trata de seus amigos.