Cold escrita por KodS


Capítulo 26
(Cap.25) Problematic Twins Birth




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Dois meses se passaram e a felicidade de Merlin e Morgana se tornava cada vez maior, até que um dia ao acordar em um dia cinza e chuvoso encontrou as cortinas de seu dossel fechadas, como se para conter tudo o que acontecia entre ela e seu marido, Morgana não saberia dizer ao certo se tudo era apenas um belo sonho do qual temia despertar, mas às vezes era isso que parecia.

Espichou-se na cama com os olhos pequenos, quando uma incomoda sensação passou por suas costas, o som calmo do vento nas cordas desafinadas de sua lira, faziam um som sombrio para aquele momento tão único e seu, havia aprendido uma vez a tocar a lira, quando não era maior que uma menina em seu seis ou sete anos, dizia-lhe uma velha amiga de Viviene, sua mãe, que a lira era o tom da guerra, pois tocar a lira era como envergar um arco, uma vez que suas cordas tinham, quando afinadas, a mesma resistência da corda dos arcos usados para guerra e quando se ouvia ao longe o som lamuriento do instrumento, problemas se aproximavam.

A porta rangeu ao ser aberta e Morgana resistiu à tentação de sair por entre as cortinas, o frio dentro do quarto havia aumentado quando o choro de uma criancinha encheu o quarto, conhecia bem aquele choro, havia ouvido algumas vezes pelo tempo em que estava no castelo, mas logo tudo voltou ao imaculado silencio.

Um quase silencioso psiu ecoou pela sala, Morgana não sabia o que fazer, sentia o bebe em seu útero revirar-se a cada ranger sutil de tabuas e sabia que isso não era um bom sinal.

- Não acorde sua tia, pequena – falou a conhecida voz, do outro lado da pesada cortina. - Ora, onde está ela?

Sua adaga estava ao lado da cabeceira da cama, mas não conseguia se mexer para pegá-la, pensou apenas em usar de sua magia, com rapidez a usou para puxar as cortinas que a escondiam, Evelyn estava ali e a bebe também, Ygraine parecia chorar, mas o som não saia de seus pequenos lábios, sabia o que havia acontecido e queria apenas tomar a menina em seus braços.

- Olhe quem vem – falou ela para a bebe que continuava a esganar de modo silencioso – Sua tia parece ter finalmente ter acordado para ficar com você – o bebe pareceu se acalmar um pouco quando a serva lhe passou a criança.

- O que fez para ela? - perguntou Morgana, mesmo sabe de tudo – Por que não pode simplesmente me atingi se é o que você quer?

- Não é o que eu quero – falou ela – Se fosse realmente o que eu quisesse, confie em mim, não estaria viva – ela respondeu rapidamente – Eu poderia mata-la – disse ela pegando a adaga, Morgana havia se distraído com a menina – Mas de que adiantaria, o pensamento dele ainda estaria em você, ele deve fazer isso – ela disse caminhando como um predador que acaba de emboscar uma presa difícil.

Morgana, no entanto não se deixaria abater, a criança em seu colo já estava em seu colo, porém ainda chorava o feitiço silencioso à fez voltar ao normal e Morgana incentivou para que esteja começasse a realmente berrar, os soluços da menina, no entanto, não atraíram ninguém, era impossível que nem mesmo os guardas estivessem por perto, era impossível que tivessem deixado uma serva qualquer sair com a menina aos berros pelo castelo.

- Oh doce Morgana, não se preocupe, todos no castelo estão sob um forte efeito do sono, não acordarão com o choramingo da princesa.

Morgana ainda tinha esse feitiço bem vivido em sua mente, se lembrava de que fora por causa deste mesmo feitiço que Merlin a envenenou, se lembrava de que fora por causa dele que havia virado as costas para tudo o que amava e por causa dele que destruiu o local e as pessoas que a acolheram desde pequena, quando seu pai morreu.

- Vejo que sabe expandir suas proteções, pois não me vejo adormecida, nem a você ou a menina em meus braços.

- Não me tome por qualquer Morgana – falou ela – Sou uma bruxa tão poderosa quanto você ou seu marido, apenas tenho consciência de que se quiser tudo não preciso e nem devo deixar minha magia tão evidente, se ainda tem duvidas, veja em quem recaia o problema do feitiço sobre essa pequena maquina de comer e caçar.

- Sabe que tinha certeza que tinha dedo seu nesse problema – seus olhos não deixaram por um misero segundo a adaga que ela levava – só não sei como conseguiu.

- Isso foi fácil – gabou-se ela – Merlin jamais deixaria você preso com um feitiço que não soubesse desfazer, foi só insinuar que você tinha descoberto e pronto – ela disse – As suspeitas estavam em você antes mesmo de você saber que algo havia acontecido à princesinha.

- Veja que bela manipuladora você, não? - Morgana respondeu – Me pergunto como conseguiu se mantiver oculta por tanto tempo – a mulher entreabriu os lábios para dizer algo, mas Morgana se adiantou – Não de todos, apenas de Merlin, sabe ele é bastante observador.

A citação de Merlin na conversa pareceu fazê se lembrar do porque estava ali, seus olhos se encheram de raiva quando notou a barriga de nove meses que a permitia segurar a sobrinha pequena quando estivesse deitada e arremessou à adaga, fora questão de segundos, a adaga não se chocou contra Morgana, nem contra a bebe, que parecia ser seu alvo, mas um vulto se atirou na frente da arma e caíram pelo que se pareceu dias, deixando um traço de sangue por onde o corpo passava em principio era um lobo negro, depois se tornou algo maior um homem, Hans, mais especificamente.

- Eu jurei a Merlin que iria protegê-la – murmurou ele expelindo sangue pela boca, mesmo agora que a cor havia deixado seu corpo, o castelo agora parecia acordar e ao longe se ouvia o som dos cavalos de caça da realeza, Morgana esperava que Evelyn fugisse, mas ficaram estagnada, as lágrimas escorriam levemente pelo seu rosto e apenas um sussurro passou por seus lábios.

- Você me fez matar meu irmão. - mais nada deixou os lábios agora pálidos da serva, mas ninguém a ouviu.

- Acalme-se a cavalaria está chegando, Hans, você não vai morrer – Morgana queria ir para junto dele, mas o máximo que conseguiu foi segurar a mão do homem já frio.

E foi nesse momento que as dores do parto começaram a atingi-la, ela queria mantê-lo vivo, mas era difícil quando via que era ele, ele era quem devia morrer para que seu filho nascesse e não era fácil, quando finalmente o dia raiou por inteiro e os caçadores se instalaram por completo, Merlin conseguiu entrar em seu quarto e ver a cena, havia sangue espalhado pelo quarto, sangues da vida e da morte se mesclavam sem ser possível distinguir qual era qual, Merlin gritou por ajuda, mas demorou, Hans fora levado para os aposentos de Gaius, enquanto um par de parteiras cuidava de Morgana, Evelyn estava acocorada junto à mesa com os olhos fundos e as mãos no ouvido e fora deixada dessa forma até explicarem o que estava acontecendo.

Apesar de tudo, não demorou em que o choro do bebe enchesse o castelo, um menino forte, mas não parou por ai, logo mais uma criança de se fez presente, uma menina com uma penugem loira sobre a cabeça, mas Morgana não teve tempo para pegar seus bebes, antes de depor contra Evelyn.


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Notas finais do capítulo

Bem, nos vemos amanhã, no epilogo.



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