Cego Coração escrita por Aella


Capítulo 8
Oitavo Capítulo - Um Passo à Frente


Notas iniciais do capítulo

Hola queridos! ♥ Estou de volta!
Agora, antes de me ameaçarem de morte, sim eu vou voltar ao ritmo de antes, toda quarta tem capítulo novo!! Eu fiquei sem postar por duas semanas porque eu acabei viajando para a casa da minha avó no meio do nada e, como vocês já devem ter adivinhado, não tinha internet. :/ Então desculpem! De verdade!
Maaaas, chega disso e vamos ler o capítulo! :D



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A Kagome e o Shippo passaram seus últimos dias juntos brincando, e o filhote eventualmente aceitou que Kagome iria se mudar para longe. Ele continuou triste, é lógico, mas até ele havia visto como sua melhor amiga, quase sua mãe, se transformava quando estava ao lado do youkai lobo.

Já estava na hora da sacerdotisa se encontrar com o príncipe na clareira. Ela já havia se despedido de seus amigos, mas o pequeno Shippo insistiu em ir com ela.

– Obrigada por me acompanhar, Shippo. – Ela disse. – De todos eles, eu vou sentir mais é falta sua.

– Eu também vou sentir demais a sua falta, Kagome! – Ele pulou em cima de seu ombro e abraçou o seu pescoço.

Quando os dois chegaram à clareira Kouga já estava lá, sentado em meio às flores azuis.

– Kagome! – Ele lhe deu um largo sorriso ao perceber que ela carregava uma pequena bolsa, provavelmente carregando suas coisas. – Então você vem comigo?

A moça estava prestes a respondê-lo, mas o pequeno kitsune nem a deixou começar.

– Escuta aqui Kouga, - Shippo disse em uma voz autoritária. – ela vai morar com você em sua tribo, então isso significa que agora você é responsável por ela.

Kagome arregalou os olhos. Como assim o Shippo estava dando ordens para o príncipe dos lobos? Apesar disso, ela não pode conter um pequeno sorriso. Ele fazia tudo isso porque a amava. Kouga apenas o encarava com uma cara curiosa.

– Você terá que tratá-la bem, oferecer a ela apenas o melhor e, mais importante, lhe dar proteção.

– Mas eu obviamente vo-

– Shh! Se eu descobrir que a Kagome se feriu ou algo nesse gênero, e eu descobrirei, vou fazê-lo desejar nunca ter nascido. Estamos entendidos?

– Uhm. Estamos? – Kouga disse, um pouco chocado com esse novo lado de Shippo.

– Não senti firmeza... – Ele insistiu.

– Shippo, tudo bem, eu vou ficar bem lá na tribo. – A Kagome tentou tranqüilizá-lo.

– Sim. – O lobo falou. – Ela estará em boas mãos. Mãos muito melhores do as daquele cachorro sarnento. – Ele riu.

– Kouga!

– O quê? Eu vou cuidar melhor de você do que ele!

Ela corou. Kagome não queria que ele cuidasse dela, ela conseguia cuidar de si mesma. E, de qualquer forma, ele deveria estar se preocupando em cuidar de sua fêmea. Ou pelo menos tentar achar uma.

– Okay, pode levá-la então. – O filhote de raposa disse, terminando de se pagar de durão. Ele e Kagome se abraçaram por um longe tempo e, depois de se despedirem, ela e Kouga seguiram para a alcateia.

–x-

– Aquele moleque gosta muito de você. – Kouga disse, constatando o óbvio.

– Sim. E eu gosto muito dele. – Ela concordou.

Eles caminharam em silêncio por um tempo.

– Deve ter sido muito difícil para você deixá-lo. – O youkai lhe disse, sentindo-se um pouco culpado. – Desculpe.

– Foi difícil. Sabe o que eles dizem né? O mais difícil é dizer adeus. – Ela suspirou. – Mas está pedindo desculpas pelo quê?

– Por levá-la à minha alcateia. Eu separei você do Shippo; é como separar uma mãe de seu filhote. – Ele respondeu, tristeza soando em sua voz. – Eu posso levar você de volta agora se quiser.

A sacerdotisa parou de andar e o virou Kouga de uma forma que ele a encarava.

– Você é muito fofo. – Ela sorriu e este sorriso esquentou o coração do youkai. – Eu não vou voltar. Se eu decidi vir com você é porque é isso que eu realmente quero, mesmo se isso significa deixar para trás o Shippo e meus amigos. Não é como se eu nunca mais fosse vê-los! O Shippo é forte, e eu também sou. Nós vamos sobreviver longe um do outro, mesmo se doer.

– Mas mesmo assim... Eu estou lhe machucando com isso e-

– Não. Você não está me machucando. Está fazendo o oposto, na verdade. – Ela segurou suas mãos. – Está me livrando da dor. – Kagome suspirou e decidiu soltar tudo. – Kouga, é você quem está me ajudando a esquecer sobre Inuyasha. Sua companhia está me curando e eu sei que se eu viver com você e com os lobos eu vou voltar a ser a Kagome que eu era antes. Então não me peça desculpas, sinta-se orgulhoso. – E com isso ela o abraçou e instantaneamente corou.

Kouga ficou extremamente surpreso, mas não demorou a abraçá-la com seus braços fortes. Ele estava abraçando a mulher que ele amava e ele sabia que não era o tipo de abraço que um amigo dá a outro; Kagome o estava abraçando como uma moça apaixonada o abraçaria. Ela descansou sua cabeça em seu ombro sem sair de sua posição.

Alguns minutos se passaram e eles finalmente se soltaram, mas esse gesto não havia sido o suficiente para o príncipe. Havia acabado cedo demais.

A Kagome dirigiu seu olhar a ele, suas bochechas ainda em um tom rosado. ‘Ela é tão incrivelmente adorável.’ Ele pensou ao olhar para seus lindos olhos escuros. Ele havia percebido que ela estava estranha depois de confessar sobre como se sentia em ir para a tribo. Ela nunca havia dado a ele tanta liberdade para tentar conquistá-la.

Ele a empurrou suavemente a uma árvore ali do lado. Seus olhos nunca deixando os dela. Ela não parecia protestar, apenas enrubescer ainda mais. O youkai encostou sua testa na dela e apenas a fitou por um bom tempo, até que decidiu aproximar lentamente seus lábios aos dela.

‘O que ele está fazendo? Céus, o que ele está fazendo?!’ Ela berrava para si mesma. Ele a havia prendido a árvore, mas ele não fazia força, deixando-a livre para escapar caso quisesse. Mas então, por que ela não saía? ‘Ele vai me beijar! Eu não quero... E-Eu não quero!’ A moça começou a entrar em pânico. Seus olhos iam de um lado a outro em busca de ajuda. ‘Eu não quero fazer isso! Mas por que eu não me mexo...?’ Kagome sabia o porquê. Ela sabia muito bem. Mas ela não gostava nem um pouco de saber que ela pensava e se sentia dessa maneira.Quando a boca de Kouga estava a apenas alguns milímetros de encostar nela, ela desviou e deu alguns passos mais para longe do youkai.

– Kagome...? – Ele virou-se para ela, confuso.

– O que você pensa que está fazendo? – Ela atirou, tentando parecer mais brava do que realmente estava e ele segurou uma risada.

– Bem, eu achei que você não tinha nenhum problema com isso.

– É claro que eu tenho um problema com isso!

– Você com certeza não parecia ter nenhum problema segundos atrás... – Ele riu.

Sua raiva começou a subir. Ele estava debochando dela! Ele sabia que ela quase havia o deixado beijá-la e agora a estava provocando por causa disso! Ela! Sendo que era ele quem estava atrás dela por todos esses anos!

– É melhor você nunca mais tentar uma coisa dessas. Nunca. – Ela o ameaçou, mas isso só o fez cair mais ainda na risada. – O que é tão engraçado?!

– Nada. Nada mesmo. – Ele tentou parar de rir, mas não conseguiu.

– Ugh! Já chega. Eu vou voltar. – A sacerdotisa fez a volta e começou a caminhar de volta para sua vila quando uma mão forte pegou-a pelo braço.

– Ah Kagome, desculpa. Sério, desculpa, por favor. – Ele sorriu. – Não vai se repetir, prometo.

Ela suspirou. Estava óbvio que ele estava mentindo. Mas, por outro lado, ela já sabia que uma hora ou outra ele ia tentar algo nesse estilo.

– Está bem...

Kouga sorriu e lhe ofereceu suas costas, ganhando da moça um olhar confuso.

– O quê? Você costumava andar no cara-de-cachorro!

Dessa vez foi ela quem riu dele. Ela pulou em suas costas e segurou-se firmemente em seu peito, algo que ele claramente havia gostado. E assim ele a levou o mais rápido que suas pernas de lobo o permitiam para a tribo, a nova casa de Kagome.


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Notas finais do capítulo

Como sempre, deixem comentários com as suas opiniões por favor! Todas as críticas são sempre bem-vindas! c: