Sangue de Jogos Vorazes escrita por Ytsay


Capítulo 7
O primeiro dia de treinamento.


Notas iniciais do capítulo

O primeiro dia do treinamento. Todos os tributos juntos, avaliando-se, treinando e aprendendo o que podem. Conheceremos um exibido que será desbancado.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/300042/chapter/7


Quando acordei estava bem melhor, mas a noite não foi tão tranquila tive pesadelos envolvendo a arenas, sangue fresco e corpos. Estava realmente assustada, desesperada para fugir e me esconder em qualquer lugar, o que me fez acordar como o coração acelerado e tremendo. Quando percebi que foi um pesadelo me acalmei. Não queria me levantar então continuei deitada na cama, no quentinho e acordada, mesmo havendo movimentações no corredor, então fui tomar um banho bem demorado para acordar de uma vez e espantar a preguiça, ou melhor, o desanimo da situação.


Sai do quarto notando meu estomago pedindo comida. Fui até a cozinha e pedi qualquer coisa.

De repente Laara entrou no apartamento, ela estava me procurando:

–Há! Achei você. O que você esta fazendo? Você esta atrasa! Eu disse para não se atrasar.

Olhei espantada, pois eu nem tinha percebido, embora tivesse estranhado não ter ninguém. Laara olhou para mim da cabeça aos pés rapidamente e fez uma cara de reprovação, me pegou pelo pulso e me arrastou o para o quarto, onde estava minha roupa de treinamento. Tive tempo de puxar uma torrada e talvez tivesse que me contentar apenas com isso de café da manhã.

O tempo todo Laara me apressava:

–Vamos rápido, talvez de tempo de você ouvir a ultimas palavras da orientação.

Quando passávamos pela cozinha peguei uma maça, já que mal tinha comido alguma coisa, e Laara me conduzia rapidamente para o lugar onde teria os treinamentos.

Laara ficou na porta de entra da enorme área, que parecia um ginásio, eu fui andando em direção ao grupo reunido em volta de uma mulher. Percebi que eu era a única que estava atrasada e que todos me olhavam, eu continuei andando normalmente afinal eles não tem nada haver com isso.

Encontrei Pullker no meio deles, prestando atenção na mulher que dizia algo sobre a arena e como funciona o treinamento. Parei do lado dele:

– Perdi alguma coisa?

– Nada de mais, mas depois te falo só para você saber. – concordei com a cabeça e terminamos de ouvir a mulher, depois fomos liberados.

O lugar possui varias estações de treinamentos havia os de lançamento de facas, arco e flecha, luta corporal, luta com armas, armadilha etc. As coisas eram de mesmo principio do que eu fiz para treinar sozinha no distrito, um pouco de tudo. Pullker e eu não sabíamos por onde começar, ficamos escolhendo:

– Que tal luta? - disse Pullker vendo que só havia dois naquela estação. Claro para um garoto talvez fosse uma boa opção, mas pra mim eu realmente prefiro evitar contato físico logo no primeiro dia, pensei. Fiz uma cara que ele entendeu.

– Facas? - eu disse e ele concordou. Fomos para a estação, conseguimos algumas facas e começamos as atira-las. Pullker estava tentando acertara o meio, mas ele não era tão ruim assim, só tinha que treinar.

Estávamos de boa treinando, até que um garoto se aproximou para treinar, ele tinha os cabelos pretos brilhantes e olhos azuis, segundo seu uniforme ele era do distrito quatro. Ele pegou algumas facas com um jeito exibido, pra falar a verdade não tínhamos notado sua presença, até ele acertar o alvo de Pullker exatamente no meio e dizer:

–É ali que você tem que acertar. - e continuou a atirar suas facas convencido.

Que cara exibido! Tentei ajudar dando algumas das poucas dicas que eu sabia, Pullker consegui acertar do lado da faca do garoto, mas a faca se soltou e caiu. O garoto, chamado Criver - mais tarde ouvi alguém chama-lo assim -, debochou enquanto atirava outra faca no centro do próprio alvo. Aquilo estava me tirando do serio, era necessário logo no primeiro dia de treinamento?

Ele se preparou para atirar uma próxima faca, nós três nos preparamos, então ele atirou, eu atirei a minha com a raiva que já sentia, e a faca de Criver foi interceptada no meio do percurso. Pullker observava espantado, pois ele sabia que foi a minha faca que atravessou o campo dele e acertou a faca do garoto. Eu ignorei a situação e atirei minha próxima faca, não estava ali para ser exibida, mas sorri no canto da boca sabendo que superei garoto exibidinho, que como Pullker também não acreditava no que aconteceu.

Terminei de treinar com as facas, e me interessei pelas armadilhas. Me aproximei e apenas observei, tinha bastante gente nessa sessão, mesmo assim consegui aprender algumas coisas.

Logo fomos avisados do almoço, todos se reuniram em uma espécie de refeitório, só que este tinha ótimas comidas. Havia mesas espalhadas para quatro pessoas. Percebi que muitas mesas de começo foram ocupadas pelos tributos de mesmo distrito. Exceto os do distrito um e quatro eles logo se juntaram em uma única mesa. Não restavam muitas mesas, quer dizer, nenhuma que não tivéssemos que encara um futuro inimigo. Caminhei para uma mesa mais distante, uma mesa que ainda tinha espaço, Pullker veio atrás de mim. Quando estávamos nos preparando para sentar o garoto foi chamado para se sentar em outra mesa, a garota ficou meio sem saber o que fazer, pois ela não foi chamada e tinha um jeito tímido que logo pareceu tenso. Ri sarcasticamente comigo mesma, ela estava mesmo com medo de nós dois? É eu também estaria da mesma forma, mas depois disso, estava mais aliviada de ter notado isso. Não demorou e o garoto a chamou e ela mais que depressa saiu da mesa.

– Conseguimos uma mesa só pra gente. - Disse Pullker que também percebeu a reação da garota. Eu sorri e concordei enquanto já experimentava a comida. Ficamos um breve em silêncio, assim como todo aquele ambiente, violado apenas por algumas exclamações que se sobressaiam.

–Her... Maya... Como... Como você é tão boa de mira, tipo daquele jeito?- disse Pullker em voz baixa e eu fiquei meio sem jeito, mas mantive-me sem uma expressão. E lhe contei:

–...Eu...-Eu não sei porque a ideia de contar para alguém sobre meus treinamentos me deixou sem palavras. Mas prossegui meio sem jeito com as palavras falando apenas para que ele ouvisse. - eu sempre “andava” por ai... e tinha comigo algumas facas...uma hora eu estava deitada entre muitas arvores ,em um bosque...e estava...brincando de acertar um no em uma arvores até que me cansei...e passei... a mirar nos pássaros que voavam a baixo das arvores...isso se repetiu nos dias seguintes até que aprendia a acerta-los.

–Então... Você estava treinando escondida?- eu não respondi, mas ele tinha certeza, continuou dizendo em uma voz mais baixa - Sorte sua, agora isso vai ser útil para você.


Foi um longo dia de treinamento, suportando ser o tempo todo avaliada, também não deixei por menos e avaliei meus rivais. Os que mais me chamaram a atenção: o garoto do um, ele era simpático com todo mundo, e até me diria com uma pequena admiração por ele, mesmo sabendo que pode ser apenas um plano dele, por isso não o deixaria sem a minha atenção arena já que ele demostrou ser ótimo com espadas e luta; a garota do Onze, vi ela fazer uma armadilha bem rápido. O garoto xarope do Quatro, ele pode não ter a minha mira, mais ele não hesitaria em momento nenhum para matar. Ha...não posso me esquecer de uma certa garotinha do 7, seu nome é Zoe e descobri que ela é provocativa não só comigo, como também com a princesinha do Um, que reservava particularmente suas magoas com a garota para a arena.


Esse dia me cansou, mas não tanto. O bom depois vou poder me jogar dentro de uma água quentinha e relaxar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ufa...Então...gostaram? ou sou muito exagerada nessas habilidades?
O dia de Maya ainda não acabou.