A Garota Do Cachecol Vermelho escrita por Ana Luiza Lima


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :DD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/300027/chapter/12

Já tinha pagado pelos meus Donuts e Cupcakes, além de todo o tipo de besteira que se possa imaginar. Eu estava no caixa e ela parecia não ter me visto. Ou estava fingindo que não havia me visto. Isso me deixava triste e com raiva ao mesmo tempo. Minha vontade naquele momento era sair correndo e chorando como se eu tivesse apenas cinco anos de idade e tivesse caído da bicicleta.

Eu parei em frente à mesa dela. Fiquei um instante olhando para o seu perfil enquanto ela lentamente se virava para me olhar. Seus olhos se arregalavam, era como se ela tivesse visto um fantasma na sua frente.

- Ben... – sua voz era fraca, como se estivesse doente.

- Leah, eu... – eu tinha me apoiado na mesa e nossos rostos estavam quase colados novamente como naquela noite, e como de novo seus olhos estavam correspondendo. Mas então porque pra ela parecia tão errado. Eu não sabia – porque você...

Senti uma mão muito forte me puxar, e reparei que era um homem me olhando com muita raiva. Era a minha decepção. Ele tinha se levantado e agora que eu tinha percebido que ele era mais alto que eu, o que era uma coisa difícil afinal eu já era muito alto.

- Não interrompa nossa conversa, não esta vendo que estamos querendo privacidade?  - a ultima palavra foi ouvida por mim com um tom de provocação que me deixou com nojo da cara dele.

Soltei-me dele, enquanto meu punho já foi em direção ao seu rosto, e consegui acertar bem no queixo, o que o fez cambalear e cair na mesa de trás, enquanto todos olhavam aterrorizados. Leah olhava mais espantada do que antes, mas não conseguia falar nada. Ele era forte então se levantou rápido e tentou me dar um soco de volta, mas me esquivei, e dei-lhe um chute. O problema é que não sou uma pessoa de porte físico muito avantajado, então para o meu azar seu próximo soco me acertou bem em cheio entre a bochecha e o olho.

- Benjamin! – ouvi a voz dela e gritava meu nome... a dor instantaneamente havia passado.

Eu cai pra trás, eu podia ter me levantado, mas não queria. Que ele ganhasse a luta, foda-se, eu queria ouvi-la de novo.

- Adam, vai pra casa! Depois nós conversamos! – ele tentou falar alguma coisa mas ela o interrompeu de novo, e ele foi embora.

Ela estava praticamente em cima de mim, eu estava vendo seu rosto. Tão lindo. Não me cansava de repetir isso.

- Seu idiota! Porque foi fazer uma coisa dessas? – enquanto me xingava, eu meio que tentava me levantar e ela me ajudava.

- Fiz por você! – Ela me olhou com um pouco de tristeza.

- Já falei que não...

- E eu já ouvi, mas não acredite que eu desistirei tão fácil! – ela me olhou com mais tristeza ainda, era como se me pedisse, não faça isso.

- Vamos andando.

Caminhamos um pouco em silêncio. Eu comecei a sentir um pouco da dor e descobri que estava sangrando (não sei por onde). Ela meio que queria me ajudar a andar, mas eu falei que estava bem, apesar de não estar.

- Já falei que não posso ter nada com você. – ela foi firme e fria, como da ultima vez.

- Eu não vou desistir – Tentei soar mais firme que ela, não sei se consegui.

- Você só vai se machucar se tentar isso – era verdade. Como vodka, distração momentânea, mas depois eu ficaria muito pior.

- Eu tenho que tentar, não posso simplesmente aceitar o que você disser!

- Mas Ben, eu já falei...

- Não me diga que foi só eu que senti aquilo, que você também não ficou incomodada com tudo que aconteceu. Não me diga que foi só algo do momento, que você se deixou levar. Não me diga que vai me esquecer e continuar sua vida tranquila e feliz com aquele brutamontes porque eu sei que não vai! – nesse momento a segurei pela cintura e a prensei numa parede que havia aparecido ali do nada.

Nós ficamos nos olhando e parecia que tudo havia parado. Os carros, as pessoas o tempo. Nada mais existíamos só nós. Eu fui me aproximando dela e nossos olhos se entendiam e não precisávamos dizer mais nenhuma palavra.

- É só você dizer que é verdade tudo que eu acabei de dizer... Porque essa é a verdade.

E eu fui me aproximando mais e mais, e podia sentir a respiração dela, quando senti um empurrão e de repente o tempo voltou a correr. Senti um vazio. Olhei ela estava correndo pra outra direção. Seu rosto estava vermelho. E eu havia sido deixado. Novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se quiserem comentar... pode eu deixo... de boa! auhsuahs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Garota Do Cachecol Vermelho" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.