Caio POV ON
As vezes eu parava para perguntar aonde eu estava. As luzes de repente se tornaram mais fortes, o som mais alto e as pessoas mais estranhas. Eu estava naquele estado em que era amigo de todo mundo, e amava todo mundo. Comecei a procurar em volta para ver se achava alguém conhecido e avistei a Carol dançando dentro de uma rodinha, todos riam e batiam palmas. Fui até ela e ela me abraçou e saiu andando comigo.
- Minha cabeça vai explodir! – eu gritei no ouvido dela enquanto andávamos.
- Ninguém mandou beber tanto assim, seu cachaceiro!
Continuamos cambaleando até eu focar em outra figura conhecida vindo em minha direção.
- Opa, deixa eu voltar pra minha música porque ficar de vela não está nos meus planos pra noite! – ela deixou um beijo no ar e saiu andando enquanto eu reconhecia a Leandra vindo em minha direção.
- Eu  to bêbada pra caralho! – ela gritou e começou a rir.
- Somos dois! – eu gritei de volta e ri também. Não sei o que era tão engraçado assim.
- Cadê a Clara e o Bernardo? – ela perguntou se apoiando no meu braço.
- Acho que fugiram. Da última vez que eu os vi, ele tava arrastando ela porta a fora. – eu respondi segurando ela pela cintura.
- Carol e Thomas? – ela perguntou e se colocou na minha frente.
- Carol acabou de sair daqui e o Thomas sumiu. – ela assentiu e olhou para o copo em uma das minhas mãos. Depois desceu o olhar até o meu braço que envolvia sua cintura. Comecei a ver um sorriso se formar em seus lábios.
- Então acho que somos só nós dois. – ela disse. Arqueei uma sobrancelha.
- Você tá bêbada, Leandra. – eu disse e tirei o copo da mão dela, deixando o dela e o meu no balcão mais próximo.
- E desde quando isso foi problema pra você, Caio? – ela disse e se aproximou mais, dançando ao ritmo da música. Meus olhos passeavam por todo o corpo dela e quando ela levantou a cabeça para me olhar, pousaram em sua boca.
Ela percebeu meu olhar e sorriu. Piscou para mim e simplesmente saiu andando. Acompanhei ela andar até perceber onde ela estava indo. Então percebi que não era para eu olhar, era para eu agir.

Leandra POV On
Eu seguia andando entra as pessoas chegando cada vez mais perto da porta. O álcool já tinha me afetado por inteira, e eu não conseguia me controlar mais. Pelo menos amanhã eu teria a desculpa de que eu estava bêbada.
Ao entrar na pequena sala, deixei a porta meio aberta atrás de mim e me virei para observar a figura do Caio entrando atrás de mim, a fechando e trancando.
- Achei que iria ficar só olhando. – eu disse enquanto me aproximava devagar.
- Eu já estive aqui hoje. – ele olhou em volta – Sei muito bem qual era sua intenção andando até aqui. – ele sorriu e me puxou, me colando com ele. Inclinei minha cabeça e fiquei tão perto que nossas respirações se confundiam.
- Se isso foi uma tentativa de me fazer ficar com ciúmes, hoje não é o dia certo. – eu desviei o olhar de seus olhos e pousei em sua boca. Ele sorriu e levantou devagar minha cabeça, deixando nossas bocas alinhadas.
- Tem certeza que não vai se arrepender, e depois colocar a culpa em mim? – ele sussurrou enquanto beijava o canto de minha boca.
- Me arrepender de fazer o que eu mais quero agora? – eu balancei a cabeça – De jeito nenhum. – Antes que ele pudesse responder, avancei em seus lábios e comecei um beijo urgente. Conforme nos envolvíamos, ele ia me empurrando para uma das paredes e puxando uma das minhas pernas para envolver sua cintura. Ele subiu meu vestido até a cintura para que eu pudesse envolvê-lo com as duas pernas, e suas mãos passeavam livremente pelo meu corpo. Ele me prensava cada vez mais contra a parede, enquanto seu beijos desciam até meu pescoço, e suas mãos tentavam desesperadamente tirar meu vestido.
- Se você ainda quer uma primeira vez especial, é melhor parar por aqui. – ele praticamente grunhiu enquanto jogava meu vestido no chão.
- Se eu quisesse uma primeira vez especial, eu não procuraria você. – eu respondi enquanto puxava a camisa dele pra cima, sem pensar em ser cuidadosa. Ele agarrou minhas coxas e me desencostou da parede, me levando para a pequena mesinha de canto.
- Não. – ele resmungou e se separou de mim. – Aqui não. Vem pra minha casa.
Me levantei pegando meu vestido e o colocando de qualquer jeito.

- E seus pais? – eu sussurrei enquanto abríamos a porta de sua casa e o breu tomava conta do lugar.
- Eles não vão ver a gente chegando. – ele disse trancando a porta e acendendo um pequeno abajur na entrada. Me encostando na parede e voltando a beijar meu pescoço.
- Mas e amanhã? – eu disse tentando recuperar o ar. Não obtive resposta. Bom, amanhã a gente pensa no amanhã.
Ele me carregou até seu quarto e começou a tirar meu vestido pela segunda vez na noite.
Me concentrei em puxar sua camisa e começar a desabotoar sua calça.
Cravei minhas unhas em suas costas enquanto o sentia tomar conta de mim.
Apesar de ter prometido pra mim mesma que nunca mais iria nem beijá-lo na minha vida, e lá estava eu, tendo minha primeira vez com ele,  sou obrigada a confessar que eu estava tendo uma das melhores noites da minha vida.