Tarde Para Amar escrita por imradioactives


Capítulo 91
Capítulo 91




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Clara POV ON
- Bernardo, já ta tarde, preciso ir embora. – eu disse enquanto tentava me desviar dos seus beijos.
- Fica mais um pouco. – ele dizia me puxando de volta.
- Nesse “fica mais um pouco” já foi mais uma hora. São sete horas e amanhã tem aula, daqui a pouco minha mãe tá ligando, aí você se vira com a fera. – disse me sentando na cama e arrumando meu cabelo.
- Eu me viro com a minha sogra depois. – ele riu. Arregalei meus olhos.
- Com sua quem?! – quase engasguei. Ele riu mais alto.
- Calma, só to brincando. – ele se sentou ao meu lado e me abraçou, depositando um beijo na minha bochecha.
- Me leva carregada, não quero andar. – resmunguei.
- Se você ficasse aqui não precisaria andar. – ele arqueou uma sobrancelha.
- Claro, e meu clone volta pra casa. – olhei para ele, revirando os olhos.
- Existe mais uma Clara? – ele fingiu espanto – Bem que você podia me apresentar né... – continuei encarando ele não demonstrando nenhum pingo de humor.  – É brincadeira meu amor. Só tenho olhos pra você. – ele arregalou aqueles dois olhos cinzas para mim e que me fez abrir um sorriso na hora.
- Já falei que eu amo seus olhos? – eu disse anestesiada .
- Não, mas eu já percebi. – ele deu de ombros.
- Como assim já percebeu? – cerrei os olhos.
- Porque eu reparo o jeito que você me olha, eu reparo muita coisa em você, e você nem percebe.
- Vou passar a perceber então, você vai ver. Nada vai passar em branco. – dei um selinho nele e me levantei. – Vamos. Não posso já ficar atrasando bem no começo...minha mãe gosta de você mas é melhor não abusar. – peguei sua camisa que estava jogada no chão e entreguei pra ele. – Não adianta ficar tirando a camisa, isso aí não me impressiona não. – apontei pro corpo dele.
- Ah não? – ele arqueou uma sobrancelha – Será que isso te impressiona? – ele me puxou pra ele, forte e decididamente. Com uma mão segurando minha cintura e a outra emaranhada nos meus cabelos, ele me deitou em sua cama novamente e me beijou com vontade. Me deixei levar pelo ato repentino e passei meus braços por seu pescoço, retribuindo a intensidade. Sorri ao sentir suas mãos chegarem aos botões da minha calça e perceber aonde ele queria chegar.
- Pode parar por aí, hoje não. – eu disse tirando as mãos dele de lá e entrelaçando nas minhas, terminando o beijo com vários selinhos.
- Porque não? – ele resmungou.
- Pela vigésima vez Bernardo! Tá tarde! – o tirei de cima de mim e joguei a camiseta de novo pra ele. Ele colocou contra sua vontade e se levantou, pegando minha mão e descendo as escadas comigo.

- Sexta-feira a gente marca alguma coisa com todo mundo. Essa semana não tem mais como a gente se ver à tarde. Só se você vier aqui à noite... – mordi o lábio, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.
- Ah... – ele riu. – Fala com tua mãe, se ela concordar, quem sou eu pra discordar? – ele riu e se inclinou para me beijar.
- Tá, vou tentar agradar, tenho tempo. – eu ri, passando meu polegar por sua bochecha.
- Eu sei que você vai conseguir. – ele piscou um olho para mim, deixando um beijo na minha testa. – Não quero ir embora, e agora? – ele arqueou uma sobrancelha.
- Tchau, Bernardo, até amanhã. Boa noite. – me soltei de seu abraço e entrei em casa, deixando um beijo no ar antes de fechar a porta.
Eu queria falar, mas não me sentia segura. Fui deitar imaginando sua reação quando eu finalmente falava o que eu tinha descoberto recentemente. Que eu o amava.


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