Tarde Para Amar escrita por imradioactives


Capítulo 59
Capítulo 59




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Minha casa, finalmente. Depois de tudo, eu finalmente me encontrava deitada na MINHA cama, olhando pro MEU teto. O final de semana foi perfeito, apesar dos pesares. Apesar dos MUITOS pesares. Eu procurava não pensar muito no que aconteceu, como eu disse pra Leandra, eu queria clarear meus pensamentos, não ficar mais confusa ainda.
Eu tinha que agir como se nada tivesse acontecido. Amanhã eu iria pra escola, eu iria dar de cara com ele, e eu não faço a mínima ideia de como ele vai reagir. E isso está me matando.
Agonia. Agonia é a palavra certa. Esperar alguma coisa e não saber de nada me agoniava.
Eu precisava saber como seria dali pra frente. E mesmo não querendo, era nele, e em tudo que tinha ocorrido, que eu só conseguia pensar.
(...)
Eu estava parada de pé no meio do meu quarto. Me olhando no espelho, e odiando o que estava vendo. Aquilo não era eu. Leves olheiras circundavam meus olhos, resultado das duas noites sem dormir direito. Minha raiva estava simplesmente acabando comigo. Minha raiva de mim mesma. E eu não estava com nem um pingo de vontade de enfrentar tudo aquilo. Tudo o que eu queria era ficar na minha casa, me culpando pela maior cagada da minha vida. Mas eu tinha que dar as caras naquele inferno.
Prendi meu cabelo todo bagunçado, não usei nada pra esconder as olheiras. E eu não estava nem um pouco preocupada com isso.
Cheguei na escola e fui diretamente pra minha sala, me sentando no lugar de sempre, automaticamente olhando pro lado e vendo um lugar vazio. Pelo menos bom senso ele tem.
Fui vendo os meninos chegando pouco a pouco e sentado em seus respectivos lugares. O Caio deixou um beijo em minha testa e afagou meu ombro, passando um sorriso reconfortante pra mim, que eu devolvi.
Involuntariamente eu corri o olho pela sala, e pousei meu olhar naquele que era direcionado a mim. Ela me encarava, de novo. E dessa vez com certa...intimidade. Como se ela soubesse exatamente o que estaria por vir. Um arrepio correu pelo meu corpo. Continuei olhando e não precisei ver muito, para enxergá-lo, sentado ao lado dela, sorrindo e brincando com uma das mexas de seu cabelo. Aquele sorriso que supostamente era pra me causar repulsa, ainda me deixava zonza. Aquilo precisava parar.

 


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