Acordei às 7h da manhã e de bom-humor, por mais impossível que isso pareça. Desci e meus pais não estavam mais em casa, o escritório deve estar uma bagunça e blá blá blá! Tomei meu café sozinha e me joguei no sofá enquanto a Caroline não chegava pra gente ir pra escola. Porra, “ir pra escola”, taí frase que eu não falava há muuuuuuuuuuuito tempo. Fiquei um tempo indeterminado pensando em como vai ser esse ano e tenho um sobressalto com a campainha. Pego minhas coisas e saio.
- FALA MESSSSSSSSSSSSSSSSSMO CLARITA! – Mas até de manhã essa menina é ligada no 220?
- Não grita Caroline, não são nem oito horas da manhã ainda.
- Tá de mau-humor é bisca?
- Não, só não quero ninguém gritando no meu ouvido a essa hora da manhã!
- Ai demoro. – e cinco minutos depois... – Quero só ver você e o Bernardo na mesma sala gatona! – e ela caiu numa gargalhada que eu não entendi o motivo.
- Cala sua boca, a gente tá se dando bem.
- Se é maldita pra caralho hein, pega o amigo dele na Freak e ainda vai ter a cara de pau de olhar pra ele hoje!
- Caroline!!!! – a repreendi – Até onde eu me lembro eu não tenho absolutamente NADA com o Bernardo!
- Ah Clarita, me poupa dessa vai! – A ignorei até chegarmos na escola, quando eu vi o Caio, o Thom e......e o Bernardo conversando no portão. Cheguei abraçando o Caio e mordendo sua bochecha, enquanto a Carol tava seus tradicionais tapas na cabeça do Thom. Cumprimentei o Bernardo com o beijo no rosto e logo depois ele abriu um sorriso enorme pra mim, o que fez aquela vertigem odiada passar pelo meu corpo inteiro, mais uma vez. Droga! Não posso ficar tonta toda vez que ele sorri. Sorri de volta e me virei para dar um beijo no Thom e nós já subimos para a sala. Estava mexendo no celular logo atrás do Bernardo e dei de cabeça nas costas dele quando ele parou de repente, sorrindo surpreso no meio da sala, olhando para um grupo de meninas conversando num canto.
- Fernanda????? – ele perguntou surpreso.
- Bernardo??? – ela correu para abraçar ele e os dois riram completamente surpresos.  Foi quando eu senti o Caio do meu lado, abaixando e dizendo no meu ouvido:
- Pode disfarçar viu Clarinha. – Foi quando eu me dei conta de que estava olhando fixamente para os dois rindo um pro outro.