Tarde Para Amar escrita por imradioactives


Capítulo 15
Capítulo 15




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“Aonde caralhos eu fui me enfiar?” Pensei no momento em que olhei toda aquela gente se esbarrando ou se esfregando ou se pegando. Me sobressaltei quando ouvi a voz no meu ouvido.
- Acho que tem gente me devendo uma bebida. – senti seu hálito em meu ouvido e meus pelos da nuca se eriçaram de tal forma que me deixou desconfortável.
- Pensei que você ia esquecer de mim com tanta menina praticamente sem roupa aqui. – me virei pra olhar pra ele, me arrependendo no mesmo momento em que nossos rostos ficaram a centímetros de distância.
- Sem ironia por uma semana, lembra? – ele abriu um sorriso de lado e eu serrei minhas pálpebras. Idiota. Seus olhos passaram por todo meu rosto pousando na minha boca.
- O barzinho é logo atrás de você, acho que isso te paga uma boa garrafa de vodka. – deixei quarenta reais em sua mão e me virei. Ele me pegou pelo braço me puxando de volta.
- Sem nenhuma companhia? – aquele sorrisinho torto aparecia de novo. Podia sentir seu hálito em todo meu rosto, principalmente em minha boca.
- Sem nenhuma companhia. – afirmei sorrindo maliciosamente e tirando sua mão de meu braço. Deixei ele sozinho. Eu também estava sozinha, pois as meninas e os meninos tinham sumido. Resolvi dar um tempo dançando num canto até voltar pro barzinho pra comprar alguma coisa pra mim. Peguei uma mistura muito louca, - mas muito boa – e comecei a beber devagar pra não subir muito rápido. O que não adiantou muita coisa, porque depois da terceira taça eu já estava virando tudo. Não estava bêbada, não mesmo. Ainda tinha plena consciência do que eu tava fazendo, mas a visão já estava começando a ficar turva, parei por ali mesmo e logo um menino loiro com olhos que não consegui identificar a cor pelo jogo de luzes da festa chegou dançando comigo. Olhando bem consegui reconhecer, era o tal de Renato que o Bernardo tinha encontrado lá na entrada.
- Valeu por deixar a gente entrar viu. – sorri.
- Que isso gata, o Bernardo já fez muita coisa por mim, era o mínimo que eu podia fazer. – ele sorriu de volta. – Então, cadê ele? – ele perguntou olhando em volta. Dei de ombros.
- Não sei, to sozinha. – sorri de novo.
- Você não tá com ele? – o Renato me olhou confuso.
- Não, nem amigo a gente é direito. – dei de ombros de novo.
- Então o caminha tá livre? – ele sorriu maliciosamente.
- Quem sabe. – devolvi o sorriso.
Continuamos a dançar por mais um tempo quando senti seus braços envolverem minha cintura. O deixei me levar e alguns segundos depois já estávamos nos beijando. Ele tinha um beijo calmo e envolvente, que me fez sentir completamente confortável pela primeira vez ali.


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Notas finais do capítulo

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