Senseis Visit escrita por Anny Taisho


Capítulo 3
A chegada




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Cap.03- A chegada


A sexta-feira da chegada finalmente chegou. Roy e Riza estavam no mesmo carro para buscar Richard.


- Releve Riza, se contarmos ele vai desenterrar todo um passado, o que são alguns dias de farça?


- Ok Roy! Eu mais que você quero esquecer, não vou cutucar a ferida e pensado que estou casada meu pai ficará mais feliz.


- Que bom que entramos em acordo. E...


- E? – a loira não retirava os olhos da rua


- Você não falou serio quando disse que nosso tempo juntos não foi tão bom assim, falou?


- Por que te importa o que eu acho dessa época? – Roy não conseguiu não perceber o desprezo dela ao falar de seu tempo juntos –


- Sei lá... Só quero saber.


- Foi bom.


- Hum...


- Não fique convencido, bom foi, não o melhor.


Aquilo foi como um tapa na cara do moreno. Como assim não foi o melhor?


- E quem foi o melhor? O esquisito do ruivo-chatinho?


- É um caso a se pensar. – Ela sorri de canto –


O ruivo ao qual ele se referia era Gregório, o primeiro namorado de Riza, o homem que Roy mais odiava. O moreno nunca gostou do ruivo, o achava chato, estranho e oferecido. Sempre rodeando Riza procurando uma brecha.


- Chegamos. E vamos esclarecer algumas coisas. Não banque o panaca, não tente forçar nenhuma cena e tente não cantar nenhuma garota na frente do meu pai.


- Calma amor, eu já fui casado, sei como agir. – toma as chaves do carro – E eu dirijo.


- Que seja.


O jovem casal se encaminha para esperar o trem. Não foram nem dez minutos até que o trem parasse, e menos de cinco para que um homem loiro de olhos castanhos, alto e feições fortes descesse.


- Quem eu esperava ver. Meu anjinho e meu pupilo. – abraça a filha –


- Oi pai, que saudades.


- Se tivesse tantas saudades iria me visitar.


- Muito trabalho, sensei. Eu acho que sou o maior culpado disso.


- Hum... – estende a mão – Eu acredito.


- Como vai a vida de vocês?


- Bem.


- Só bem? Vocês têm dez anos de casado e só estão bem?


- Pai, moramos e trabalhamos juntos, se não estivermos sempre bem, eu já teria dado um tiro na testa dele. – Riza estava de braços dados com o pai –


- Faz sentido. Mas quando pretendem me dar netos?


Naquele momento Roy engasgou com a própria saliva e Riza dirigiu seu olhar para o chão.


- O que foi?


- Nada, é que ainda não temos pensado nisso. Não é Riz?


- acorda de seus devaneios – Sim,sim...não pensamos nisso.


- Ainda. – emendou Roy –


- Muito estranho, vocês dois estão me escondendo alguma coisa.


- Nós? Imagine, o que teríamos para esconder?


- Não sei, mas você não conseguirão manter isso por muito tempo.


- O que veio fazer exatamente na cidade, sogrão? – Roy tentava tirar a atenção do sogro, visto que Riza parecia alienada a situação –


- Primeiro: me chame de sogrão de novo e deixo minha filha viúva, segundo: preciso de algumas coisas para continuar minhas pesquisas.


- Hum...vai ao quartel?


- Não pretendo, como sabe só trabalho com pesquisas.


- Ainda moram no mesmo lugar?


Roy se viu em uma enrascada ,o que diria?


- Sim. No bairro MtFrenc.


- Gosto de desse bairro, é um dos mais tradicionais. Quando moramos na Central, moramos lá, Bebê.


- Não me lembro.


- Bem, vocês devem ter muito trabalho para fazer, eu estarei na minha casa na cidade.


- Até.


- Tchau, pai.


O senhor entra em um taxi.


- Riza, e se ele resolver fazer uma visitinha?


- A casa ainda está lá, da mesma maneira que deixamos.


- Você não vendeu?


- Não. Por precaução melhor ficarmos lá enquanto meu pai estiver na cidade.


- Sem problemas.


-


-


O expediente havia acabado e como de costume Riza levaria Roy para casa, só que dessa vez ele só passaria em casa para pegar algumas mudas de roupas.


- Só vai levar um minuto. – ela desce do carro e entra no prédio –


- Ok... – sozinho no carro –


Chato. A palavra mais certa para definir aquela situação. Não estar com Riza, mas sim o clima que pairava entre os dois.


- com uma pequena mala e Black – Demorei?


- Não.


- Então vamos.


O bairro era relativamente longe da casa dela que ficava mais no centro da cidade. Foram vinte minutos sem trocarem uma única palavra. A única coisa que quebrava o silencio era a brincadeira entre Roy e o cachorrinho.


- Chegamos.


Estavam parados em frente uma casa grande com muitas janelas, um belo jardim e toda cercada por cercas vivas. A típica casa de casais amestrinos.


- Está do mesmo jeito.


- Tudo o que mando fazer nela é limpar.


- Você costuma vir aqui?


- Nunca. Esse lugar... Esquece!


- Sempre frases pela metade.


- Como se você tivesse interesse em ouvir.


- Fica difícil ouvir quando não se fala nada.


- Falar para que? Nada do dito seria acreditado. É muito mais fácil aceitar as explicações que convêm.


- Se não se contesta, é porque o “conveniente” é a verdade.


- ri – Como se você soubesse de alguma coisa. – sai do carro –


- Como posso saber se você esconde?


- Uma única pergunta. Você teria acreditado em mim e me dado um voto de confiança sem pestanejar?


- ...Não. Eu teria averiguado antes.


- Então não há mais nada a ser dito.


- Mas você foi quem...


- Nunca foi isso. Quando aconteceu estávamos separados, você parece ter ficado com ela e eu com o Gregório, não havia raiva para ter nesse sentido. O problema foi sua falta fé, era mais fácil acreditar que era o monstro da história... e no fim nem grávida ela estava.


- Tudo estava contra você.


- E com certeza, me deixar aos pés da escada era punição. Parabens, você conseguiu deixar marcas que eu nunca vou esquecer.


- Que eu me lembre você não se machucou.


- Esquece. Eu já superei, não vou morrer por causa disso. Passado é passado.


- Superou o que? O que raios aconteceu que eu não vi?


- Fora você ter pensado que eu a joguei da escada, quando ela supostamente estava grávida?


- Ela podia não estar grávida, mas ela disse com todas as letras que você se alterou e tentou derrubá-la.


- Acredite nisso, eu não vou tentar desformar sua opinião. Se você, realmente, acha que sou capaz de algo como isso, deveria tomar mais cuidado ao deixar sua vida em minhas mãos.


- Não retorça minhas palavras.


- Vai pro inferno! Sua voz já está me dando dor de cabeça!


Ela sobe as escadas sendo acompanhada por Black. Deixando um nervoso Roy aos pés da escada.


O que teria acontecido?


Será que deixá-la aos pés da escada aquela noite teve mais conseqüências do que simplesmente a separação?


Continua...


-


 


 


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Notas finais do capítulo

E as coisas começam a pegar fogo!
Será que a visita vai ser algo bom ou ruim?
Deixem coments!
bjo



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