Paranoid. escrita por Senhorita McCann


Capítulo 3
Paranoid?


Notas iniciais do capítulo

Gostaram do último capítulo?
Esse aqui vai ser um tantinho maior, juro.



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Pedimos um almoço e depois de comermos, a Annie foi embora.

Fiquei pensativa demais, angustiada com toda aquela situação. Depois me veio à mente um fato principal: eu era a única testemunda da 'situação'. Tudo bem, ninguém sabia se realmente tinha sido o Justin. Nem eu sabia. Mas, tudo, todos os fatos indicavam e apontavam para ele.

Decidi pesquisar mais sobre o assunto. Entrei nos arquivos dos alunos, no site da faculdade, e procurei o Justin. Família pobre, Stratford, 18 anos.. nada que apontasse o suposto monstro que ele poderia ser. Eu precisava de mais, mais e mais. Não podia abandonar isso e dar de ombros, essa história renderia muito, talvez até mais do que eu poderia imaginar.

Dei 'um jeito' em mim mesma, peguei minha bolsa com coisas necessárias dentro e fui atrás do tal Justin -não liguei nem um pouco para a ressaca desgraçada que estava sentindo-. O endereço, consegui no site da universidade. Depois de -muito- vagar, enfim cheguei até o apartamento dele. Pelas minhas teorias, parecia que ele tinha as mesmas condições que as minhas -se mudou para Montreal para fazer a faculdade e deixou a família em sua cidade natal-.

Apertei a campainha e depois de uns 10 minutos -insisti bastante na campainha- ele abriu a porta. Parecia sonolento.

– Pois não? - Ele disse, confuso e ainda um pouco lezado por conta do sono.

– Justin.. Monroe? - Ele assentiu com um movimento na cabeça. - Será que posso entrar para conversármos?

Ele me olhos de cima a baixo e deu uma leve mordida em seu lábio inferior. Corei, mas, ao mesmo tempo gelei.

– Não vai entrar? - Ele perguntou, confuso.. já dando um espaço na porta para eu passar.

Assenti e entrei.

O apartamento dele não era nada mal, para um homem..

E então, o que a senhorita deseja? - Disse, após pegar dois copos e uma garrafa de água, despejando água nos copos e me oferecendo um.

– Me conhece? Ou por acaso lembra da minha pessoa?

Ele ficou pensativo por alguns instantes.

– A senhorita é da faculdade, né? - Assenti. - Mas, ainda não entendi o porquê de você vir aqui me visitar.

Ele não era quieto e tímido como na faculdade, era grosso isso sim, e até demais.

– Eu gostaria de saber o que você fez ontem à noite. - Pude ver o nervosismo fluir em seus olhos. - Pode me dizer?

– Eu.. eu.. estava numa festa. Mas, por que a pergunta?

– Hoje saiu nos jornais que a Marie, a vadiazinha lá da universidade, foi morta brutalmente. Estou examinando pessoa por pessoa da festa -menti- e quem tem mais suspeitas é você.

– E com isso você está insinuando que fui eu quem a matei? - Ele disse, começando a ficar bravo.

– Sim! Eu estou!

– Por favor, retire-se daqui! - Ele disse, já bravo.

Eu simplesmente saí de lá. Não tinha mais nada pra fazer naquele lugar. Eu já tinha minhas próprias conclusões: Justin Monroe havia matado a Marie e retirou seus órgãos para vendê-los.

Amanhã, eu irei denunciar Justin Monroe para a polícia.

Saindo desse clima tenso, cheguei em casa. Tomei um banho e fui dormir. Já estava tarde e eu estava cansada. Adormeci.

Eu estava procurando a Annie no meio da festa e de repente vi o Justin e a Marie saindo discretamente da festa. Resolvi segui-los. Se afastando um pouco de todos, Justin empurrou-a contra uma árvore. Era um lugar estranho que havia atrás da boate. Meus saltos estavam afundando naquela terra macia, imagino que os da Marie também estivessem. Justin a agarrou por uma das nádegas e levantou seu vestido, tendo-as nuas. Com a outra mão pegou em sua cintura.. o beijo deles era intenso. Logo depois, ele começou a dar diversos chupões em seu pescoço.. eu podia ouví-la gemer. Justin parou por um instante e eles ficaram se entreolhando por alguns centésimos de segundos. Pude ver o horror fluir em seus olhos e em todo seu corpo. O Justin mudou todas as suas expressões e seus olhos avermelharam. Sua mandíbula ficou preta. Seus dentes ficaram pretos, também, e por acaso, enormes. Marie fez vários movimentos bruscos para correr, mas ele lhe deu uma pancada que a fez bater com a cabeça no tronco da árvore e desmaiar. Ele voltou a lhe der chupões no pescoço, mas pude ver o sangue de Marie em sua face. Logo, ele havia ingerido grande parte de seu corpo. Eu estava horrorizada, precisava correr, precisava chorar, precisava gritar, contar para alguém e acabar com esse monstro de uma vez por todas. Tentei correr, meus saltos estavam agarrando no solo que estava mole, era apenas terra. Então tropecei em um galho e facilmente, caí. Quando tropecei no galho, fez um barulho. Sua atenção se voltou para minha pessoa naquele momento. Seu olhar fatal me arrepiou, me horrorizou completamente.. ele veio correndo rapidamente até a mim, o ódio estava em seus olhos. Ele chegou a alguns centímetros e..

Acordei, gritando, chorando..

Isso não podia ser um sonho. Não apenas um sonho.

Apartir daquele momento, decidi não mais denunciar o Justin para a polícia, mas eu iria fazer justiça com as minhas próprias mãos.

Eu iria matar Justin Monroe.


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Notas finais do capítulo

Hey delícias, gostaram?
Até o próximo capítulo, besos :*



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