Difícil De Prender escrita por Milla Benson


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Para minhas primeiras leitoras que são muito gentis ao utilizarem um pouquinho de seus tempos para comentarem minha história. Isso me deixa muito feliz!
O tempo aqui no RJ está chuvoso, o que é ótimo para uma leitura, não acham?
Um beijinho para vocês e vamos ler!



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Agora os detetives receberam uma boa dose de ânimo. Um caso que tinha começado de uma forma que os deixaram sem saber para qual lado seguir, aos poucos estava lhes mostrando o caminho para solucioná-lo.

– Legal, agora temos um suspeito com a metade de um rosto. E a resolução da gravação também não ajuda em nada – comentou Munch.

– Isso é o menos grave no momento. Garanto que o técnico de informática pode resolver o problema – disse Olivia tirando o DVD do aparelho.

– Olivia tem razão, Munch – disse Fin – Vou chamar o técnico na outra sala e peço para ele vir aqui dar uma olhada. Enquanto ele verifica a imagem, vou tomar um café, porque já estou quase dormindo em pé – brincou.

– Em relação a chamar o técnico, está ok. Mas em relação a continuar aqui, não. Você virou a noite atrás de provas e nos trouxe esse presente – disse Stabler apontando para o DVD – Esse já é o seu segundo turno. Precisa ir para casa descansar.

– Elliot está certo – disse Olivia – Pode ir e nós nos viramos.

– Vocês têm certeza? – perguntou Fin.

– É claro! Do jeito que você está, vai acabar dormindo sentado na cadeira e é claro que eu não vou te carregar para o berço! – disse Munch no seu humor de sempre.


Todos riram. Agora até podiam se dar a esse luxo. Era incrível como essa nova prova conseguiu trazer até o humor deles de volta.


– Bom, então e eu e Munch vamos dar a boa notícia ao capitão e você – disse Elliot dirigindo-se a Olivia – fala com o técnico de informática, ok?

– Tudo bem – respondeu Benson.

– Então vou para casa, mas antes passo na outra sala e peço ao técnico para vir aqui – disse Fin.

– Obrigada, Fin. Ah, e bom descanso – falou Olivia sorrindo para o parceiro.

– Ok – respondeu fazendo um sinal de despedida e saindo da sala.


Juntamente com Fin, o detetive Stabler e Munch também se retiraram para falar com o capitão. Olivia permaneceu na sala. Pegou o DVD e o inseriu no drive do computador. Estava ansiosa para que Mike viesse logo. Ele tinha 28 anos, cabelos loiros, pele branca, olhos verdes, alto e magro. Usava óculos de aro preto e dificilmente estava sem um sorriso no rosto. Olivia sempre simpatizou com ele e gostava de passar pelo laboratório, quando era possível, para conversar um pouco. Sempre achou que se tivesse um irmão, ele deveria ter o jeito do Mike.

Olhou o relógio na parede e viu que já era 12h15. Nesse momento, Mike entrou.


– Boa tarde, Liv! – disse Mike dando um grande sorriso – Em que posso lhe ajudar?

– Boa tarde! Não é nada muito sério, só preciso que você faça um milagre – respondeu Olivia rindo.

– Peça e eu lhe atenderei – falou entrando na brincadeira e sentando-se em frente ao computador.

– Bom, está vendo essa imagem no computador? – Olivia já havia colocado o DVD no ponto em que parte do rosto do homem aparecia – Preciso que você melhore essa imagem para que consigamos descobrir a identidade dele.

– Você quase não pede nada, mas quando pede... – disse olhando para a imagem e depois para ela.

– É tão ruim assim? – perguntou preocupada.

– Tirando o fato da resolução não estar boa, de só aparecer a metade do rosto... até que não – disse dando uma risada – Mas não se preocupe, vou fazer o possível.

– Obrigada! – respondeu Olivia mais animada – Em quanto tempo você acha que estará pronto?

– Dentro de aproximadamente quarenta minutos – respondeu.

– Ok. Então vou comer algo e já volto – disse enquanto saía da sala.

– Tudo bem. Até já!


Olivia pegou sua bolsa, vestiu o casaco e seguiu para a rua. A temperatura tinha caído ainda mais, o vento gelado batia em seu rosto e ela estremeceu. Seguiu em direção ao início da rua, pois lá havia um restaurante que adorava. Ao chegar, escolheu uma mesa que ficava no canto e que dava visão para a rua. Sentou-se, uma garçonete aproximou-se e Olivia fez o pedido. Não demorou muito e a comida chegou. Antes de começar a comer, Olivia lembrou-se que ainda não tinha feito a ligação. Como pôde se esquecer?

Pegou o celular dentro da bolsa e discou um número. A ligação foi encaminhada para a caixa postal. Olivia deixou um recado.


– Oi Sara, como você está? Sei que sempre ligo mais cedo, mas estou com um caso tão complicado no trabalho que perdi totalmente a noção do tempo. Assim que puder, me liga. Estou com saudades. Beijos.


Assim que desligou o celular, Olivia abriu sua carteira e retirou de dentro uma foto. Nela, estava abraçada com uma menina que era mais nova que ela. Era Sara. As duas estavam felizes, no apartamento de Olivia há dois meses atrás. Sara tinha 22 anos, cabelos chocolate, ondulados e cortados um pouco abaixo dos ombros. A pele era morena e os olhos eram castanhos e bem expressivos, assim como os de Olivia. Aliás, era a única coisa que possuíam de parecido na aparência. Talvez, por isso, as pessoas não imaginavam que eram irmãs.

Serena, a mãe de Olivia, se envolveu com um homem com o qual trabalhava e desse relacionamento nasceu Sara. Eles nunca chegaram a morar juntos, foi algo repentino, uma aventura. Ou como Olivia imaginava, um acidente.

Depois de ter sido estuprada e ter optado em levar a gravidez adiante e ter Olivia, Serena ficou sem se envolver com ninguém durante anos. Nesse meio tempo também passou a beber e nos momentos que estava bêbada, descontava tudo em Olivia. Foi nesse período que conheceu Leon, um homem que também era professor na escola onde Serena lecionava e que, assim como ela, também tinha sérios problemas com a bebida. Olivia lembrava que um dia estava em seu quarto dormindo quando ouviu sua mãe chegando em casa. Ela estava acompanhada de Leon e os dois estavam completamente bêbados. Era a primeira vez que isso acontecia, pois sua mãe nunca levou ninguém para casa. Olivia permaneceu no quarto e acabou pegando no sono. No dia seguinte quando acordou, os dois já não estavam lá. Um mês depois sua mãe descobriu que estava grávida. Nunca mais viu Leon. Serena criou Sara sozinha e só parou de beber no período da gravidez, depois voltou. Quando Serena morreu há seis anos atrás, Olivia ficou responsável pela irmã que tinha 16 anos.

Sara estava fora há quase um mês. Fazia faculdade de jornalismo em Nova York, mas foi fazer um curso de extensão na Carolina do Norte, voltaria em uma semana. Depois de tantas recordações, Olivia guardou a foto e comeu seu almoço. Ao terminar, olhou o relógio e viu que já tinha se passado uma hora.

– Droga, acabei perdendo a hora – pensou.


Levantou, pagou a conta, saiu do restaurante e caminhou em direção a delegacia. Pedia à Deus que Mike tivesse conseguido melhorar a imagem.






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Notas finais do capítulo

Espero comentários, especialmente em relação a esse capítulo específico.
Resolvi presentear a Olivia com Sara, pois quando vejo a forma como trata as vítimas, acho que daria uma ótima irmã, devido ao lado protetor que ela tem. Sem contar que ela é muito sozinha, concordam?
Espero que tenham gostado e daqui a uma semana, ou seja, em capítulos láááá na frente, pois "muita água ainda vai rolar" rsrsr, a irmã chegará de viagem e poderemos entender melhor essa relação.
Um grande beijo e aguardo a opinião de vocês!