Aproximadamente duas horas depois, os detetives voltaram e disseram que Diego havia confirmado a história. Ele disse que Joseph ficou na sua casa das 19h30 às 21h30.

- Nós sabemos que o álibi está mentindo! Joseph está nas imagens! – gritava Elliot.

- Temos que liberá-lo... – disse Casey num sussurro.

- O que? Casey... – falou o capitão sem entender.

- O fato dele aparecer nas imagens não o incrimina, somente o coloca como suspeito, pois esteve com a vítima pouco antes dela morrer, mas não temos a arma do crime para fazer a ligação dele as mortes. Para completar, o álibi confirmou a versão de Joseph. Entre o horário em que ele aparece com Mary nas imagens e o horário que a perícia disse que ela morreu, existe um intervalo que faz com que tenha a possibilidade de qualquer outra pessoa ter cometido o crime – disse Novak olhando para todos enquanto explicava – embora eu não acredite que qualquer outra pessoa tenha feito isso. Pois qual seria o motivo para Joseph mentir dizendo que estava com Diego, quando na verdade ele estava com Mary, segundo as imagens? Sem contar que Diego também mentiu ao confirmar as informações dadas por Joseph.

-Todos estão mentindo! – disse Munch.

- Isso é um absurdo! Ele vai ser liberado! – dizia Olivia também inconformada.

- Diante de todos os fatos que acabei de explicar, se eu o mantivesse aqui estaria indo contra as regras e a juíza Petrovisk não deixaria barato – disse Cassey olhando através do vidro e observando o advogado conversando com Joseph.

- A faca usada não estava no local do crime, então você precisa nos conseguir um mandado para que possamos procurar algo na casa do Joseph, pois é provável que a faca ainda esteja lá. Aí teremos a arma usada para ligá-lo aos dois crimes – disse o capitão.

- A maioria dos assassino-estupradores gostam de guardar a arma usada no crime para admirá-la e para recordarem daquele momento. É quase como um troféu – comentou Munch.

- A essa hora não consigo mais o mandado... a juíza já foi embora – disse Casey olhando o seu relógio de pulso e verificando que já  era 20h40 – mas amanhã de manhã irei até ao fórum, falarei das imagens que demonstram que ele esteve com a vítima pouco antes dela morrer e creio que não teremos muitas dificuldades em consegui-lo.

- Então está certo – disse Elliot – amanhã encontraremos provas na casa dele e prenderemos esse filho da mãe.

Por mais que o capitão estivesse sendo pressionado para concluir o caso, sabia que tinha que fazer o que a promotora falou. Observou por mais um momento o suspeito dentro da sala de interrogatório... esteve tão perto de solucionar tudo isso. Don ficou pensativo por um breve instante e deu a ordem.

- Agora façam o que Casey disse e liberem Joseph – disse.

Olivia e Elliot deram um suspiro e entraram na sala.

- Ora, ora... vejo que os detetives voltaram – disse o advogado enquanto levantava da cadeira.

- O seu amiguinho confirmou a sua versão – disse Olivia olhando para o suspeito – É claro que as investigações vão continuar, mas está liberado por hoje.

- Eu sabia. Falei que sou inocente – disse enquanto pegava a mochila que estava na cadeira.

- Isso é o que veremos – respondeu Elliot olhando firmemente para Joseph.

- A única coisa que verá no momento, detetive Stabler, sou eu saindo por aquela porta – ele desafiava Elliot com um olhar penetrante.

Dito isso, fez uma reverência para o detetive e ao passar por Olivia, disse:

- Foi um prazer – e deu uma piscadinha junto com um sorriso malicioso.

Elliot chegou a dar um passo em direção ao suspeito, mas foi detido por sua parceira.

- Elliot, não faça nada. Por favor – disse bem próxima ao ouvido dele e segurando seu braço.

Ele se conteve e recuou.

- Ah, e detetive Stabler – falou o advogado dirigindo-se a Elliot – controle seus impulsos. O estresse faz mal ao coração – deu um sorriso e saiu da sala.

Stabler afastou-se de Olivia e deu um soco na mesa. Era possível ver a veia de seu pescoço saltando.

Benson apenas observou em silêncio. Sabia que aquele não era o momento de falar.

Do lado de fora, Joseph e Kevin passaram pelo capitão, Munch e Novak. Antes de desaparecerem no corredor, o advogado falou:

- Nos vemos por aí, Casey. Mas não se preocupe, pois tenho certeza que você se sairá melhor da próxima vez – fez um aceno com a mão e desapareceu no final do corredor.

Elliot e Olivia saíram da sala a tempo suficiente para ver Casey ficando vermelha de raiva e saindo como um raio pelo lado oposto.