Conspiração Divina - Versão I escrita por Jubs C, Julia Brito


Capítulo 17
Amigas.


Notas iniciais do capítulo

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Vou atualizar vocês sobre a história, por lá, ok? ;)
Boa leitura!



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Tinha acabado de entregar o capacete para Evan, quando meu celular vibrou no bolso. Pensei que teria que aturar as besteiras que Daniel falava quando estava bêbado, mas dessa vez, não era o nome dele que piscava no visor.

Era o de Sophie.

Atendi ainda meio confusa. Tudo bem que eu tinha dito para todos que iria passar a manhã com ela, mas não havia como ela saber, há menos que...

- Onde você está? - Berrou do outro lado da linha. Afastei o telefone do ouvido brevemente, mas quando o coloquei novamente em minha orelha os berros ainda não tinha cessado. - Daniel acabou de me ligar, provavelmente muito bêbado, me perguntando que horas eu iria levá-la para casa. - E completou. - Tudo bem que eu estou louca para te ver, faz mais de uma semana, mas se você estava tão desesperada para sair comigo, porque não me avisou?

- Sophie... - Balbuciei. - É um momento ruim para falar disso. - Raspei a garganta e olhei para Evan que estava encostado em sua moto, com um sorriso sacana no rosto. - Poderíamos falar sobre isso, mais tarde?

- Mais tarde nada! Passo na sua casa em dez minutos. - E desligou.

Encarei a tela que apitava me lembrando que Sophie tinha acabado de desligar na minha cara. Suspirei e subi meus olhos para encarar Evan. Ele se aproximou tocando meu rosto com uma de suas mãos, o efeito que o contato de sua pele na minha era inexplicável. Como se, só de sentir seu toque, meu mundo inteiro desmoronasse.

- Qual o problema?

Suspirei.

- Daniel ligou para a Sophie, e eu não tive a oportunidade de lhe perguntar o que ela respondeu para ele, antes que ela desligasse na minha cara.

Evan riu, se aproximando mais de mim, encostando seus lábios nos meus, lentamente, os afastando em seguida para manter apenas nossas testas coladas.

- Daniel está bêbado, vai estar com uma ressaca desgraçada, acho que ele não vai surtar com você hoje. Isso se ele se lembrar de alguma coisa, amanhã de manhã.

- Você é sempre tão otimista?

- Meu otimismo me deu você de presente, acho que preciso agradecê-lo de alguma forma.

Ri da forma que ele falou, como se fosse quase impossível que eu gostasse dele. Evan não era o tipo de cara que as garotas gostariam de namorar, talvez uns pegas nos fins de semana, mas nada além disso. Ele era misterioso demais, e para algumas, mistério demais às vezes cansa.

Mas eu não era as garotas, gostava da presença dele, por mais que todos o odiassem, gostava de ficar horas olhando para os seus olhos escuros e me perguntando o que se passava dentro deles, porque viviam tão perdidos, distantes. Ele era misterioso, e eu era curiosa, problema resolvido.

- Seu ego anda muito elevado, Evan.

Encostei meus lábios nos dele, e o que era para ser um selinho se tornou um beijo de verdade. Ele me puxou para mais perto, colando nossos corpos, e deixou que suas mãos se ocupassem com a base de minhas costas. Fiz o mesmo com as minhas, as colocando em seus cabelos e vez ou outra alternando para sua nuca. Não foi um beijo demorado, mas ainda assim me faltou ar quando nos separamos.

- Você faz com que meu ego aumente. - Arqueei a sobrancelha. - Quem tem uma garota tão linda e incrível como você? Apenas eu.

Dei um tapa em seu ombro enquanto me afastava. Precisava entrar antes que alguém percebesse minha presença no portão.

- Não sou sua garota. - Gritei, colocando a chave na abertura, destrancando o portão. 

- Ainda vai ser! - Exclamou de volta, rindo, enquanto colocava seu capacete e subia na moto. - Você sabe que vai ser. 

Sua voz saiu abafada por causa do barulho do motor, mas eu pude ouvir suas palavras com clareza. Ele tinha razão.

Me contentei em acenar enquanto o via se afastar, sumindo na estrada que levava para a mansão dos Campbell. 

Passei pela porta de entrada, me apressando em subir as escadas sem ser notada e consegui. Na verdade, quase. Quando abri a porta do quarto, Sophie estava sentada em minha cama. Me aproximei dela e a abracei, sentindo que ela devolvia o abraço ainda mais apertado que o meu. Então, me sentei na cama ao seu lado.

- "Um momento ruim" é? - Ela riu. - Aquele era Evan, não era? Pude ter uma vista bem privilegiada da janela do seu quarto. Não o via há messes, ele está bem mais gostoso agora.

- Ele me deu uma carona. - Menti, dando de ombros. - Depois que eu sai do shopping, vi Evan em uma lanchonete e fui cumprimentá-lo. - E continuei mentindo. - Então ele me ofereceu uma carona e foi só.

- Então vai me dizer que você não estava na casa do Evan, e que aquilo que eu vi pela janela foi fruto da minha imaginação?

Me levantei, procurando na penteadeira uma amarrador, quando o achei me virei de frente para Sophie, com as costas no móvel, na tentativa de ter um apoio.

- Foi.

- Ele beijou você. Eu vi! - Sua voz era alegre e se eu me lembrava bem, aquilo significava que ela queria ouvir mais. Senti meu rosto corar. - E não foi a primeira vez, foi?

Neguei.

- Já nos beijamos antes. - Admiti. Soph era minha melhor amiga desde sempre, qual era o problema em lhe contar isso? - Acho que estamos, eu não sei. Naquela fase de ficar ou algo assim.

- Ficar?

- É.

- Não acho que você deveria continuar "ficando" com ele. Até porque, todos na cidade sabem que Evan não é santo.

- Não me diga que está se referindo ao assassinato de Amber. - Revirei os olhos. - Todo mundo sabe que não foi ele. Só precisam colocar a culpa em alguém.

- Você está apaixonada, Mel. Só vê o que quer ver. 

Fiquei alguns segundo em silencio, absorvendo as palavras de Sophie. Depois suspirei e abri minha boca esperando que algo produtivo saísse dela.

- Você acha que ele matou a Amber?

- Não, eu não acho. - Sua resposta foi natural e eu podia jurar que foi verdadeira. - Mas essa não é a primeira vez que Evan perde uma namorada brutalmente.

- O que está querendo dizer? - Meu coração falhou uma batida. Eu não esperava por essa. - Quero dizer, a ex namorada dele está viva, não está?

- Charlote? Mais do que viva, infelizmente! - Ela revirou os olhos. - Não sou a melhor pessoa para contar histórias, ainda mais essas histórias. Daniel conhece Evan há mais tempo que eu, se alguém sabe de alguma coisa, esse alguém é ele.

- Afinal qual é essa rixa que os dois tem?

- Rixa? Eu chamaria de tentativa de assassinato. Da última vez que eles brigaram, pensei que Daniel ia arrancar aqueles deliciosos olhos negros. Mas Evan é bom, e de um momento para o outro havia tomado o controle da situação. - Ela pausou pensativa. - Foi a briga do ano! Não, do milênio!

- Você acha que Daniel me falaria algo?

- Aproveite que ele vai chegar podre de bêbado e provavelmente vai desmaiar depois de quinze minutos de conversa. Se não conseguir fazê-lo falar, mexa nas coisas dele. - Ela deu de ombros.

Sophie com certeza era uma daquelas pessoas que jamais mudariam.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? *O*

Bom vou dormir hahah' me digam o que acharam!

Boa noite ♥



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