Indicemus Effusis Scriptum escrita por Milady Sara
Notas iniciais do capítulo
Essa poesia eu fiz para um projeto do colégio que homenageava a Semana de Arte Moderna. Fiquei no grupo das poesias e crônicas, e a minha sala ficou com Oswald de Andrade.
Algumas vezes, a vida nos reserva surpresas.
Um fazendeiro de café que faliu
E havia estudado jornalismo
Iria se tornar um escritor.
Alguém que vivia baseado no passado
Marcaria a entrada do futuro.
Rebelde
Inovador
Polêmico
Sarcástico
Provocador
Nos anos 20, essas palavras lembravam somente uma pessoa.
Em Paris, abriu os olhos para o Brasil
Quis unir o popular e o erudito
Quis fazer todos verem o mundo como ele via
Influenciou muitos, em muita coisa.
Conheceu lutas e tempestades
Ouviu o mar urrar como um fauno
Viu o amor azul e sereno
Imaginou portugueses, índios e velhos ingleses.
Na escrita,
Fez manifestos
E poesias como manifestos
Trouxe a realidade do Brasil para as pessoas
Mesmo que não quisessem ver.
Romantismo não era sua área
Mas no amor, teve bom gosto
Tarsila do Amaral, a pintora polêmica
Pagu, a musa dos intelectuais
Maria Antonieta D'Aikmin, a que ficou com ele até o fim da vida.
Para os amigos também fez boas escolhas
Mário de Andrade, com ele definiu a literatura moderna
Di Cavalcanti, que o ajudou com seu jornal
Anita Malfatti, com ela e outros fez a Semana de Arte Moderna
E também Tarsila, que ilustrou algumas de suas obras.
Mas acima de tudo, amou a liberdade e por ela brigou
Tanto brigou
Que conseguiu fazer ela e o futuro chegarem
Por isso até hoje, seu amor e seu humor
São lembrados,
E agradecemos muito, Oswald.
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