Casos E Acasos escrita por Bia chan


Capítulo 8
Nova Casa




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Quando entrei no navio Francis me levou para a cabine dele que era bem maior que a do Arthur e mais arrumada, ele pôs Matthew numa mini cama no canto da cabine e se voltou para mim que colocava minhas malas com a caixinha de Arthur num canto:

– Bom tire esse chapéu, que eu não enxergo seu rosto assim e diga seu nome, por favor.

– Bom acho que não preciso dizer nada... – Eu disse tirando o chapéu e deixando minhas mechas pratas caírem por meus ombros.

– Mas... O que foi isso... Não acredito que é você? Peraí, você se apaixonou pelo inglesinho, justo você Juh sempre tão forte e tão guerreira, nunca ligou para namoros e foi se apaixonar pelo Arthur.

– Ninguém manda no coração, não é mesmo garoto que se apaixonou por uma humana.

– Me pegou. Tem razão não mandamos no coração, mas se você está apaixonada por ele, porque não ficou não lutou para ficar?

– Não sei, acho que tive medo de ser rejeitada, mas você me conhece Francis sabe o que eu já passei na minha vida, não quis arriscar mais. – Eu disse me jogando na cama que devia ser a dele.

– Mon Cher, você usa essa armadura de durona para se proteger, mas acho que foi isso que te prejudicou dessa vez.

– E você quer que eu faça o que? Eu também acho isso, mas acho que me acostumei a ser assim e acho que foi melhor assim...

– Ele falou uma coisa enquanto te entregava aquela caixinha, o que foi? – Perguntou Francis sentando perto de mim na cama.

– Foi bom enquanto durou, e por falar nisso onde eu enfiei aquela caixa? Vou queimar ela todinha.

– Que maldade Juh, pelo menos abre – Disse Francis levantando e pegando a caixinha de cima da minha bagagem. – Abra ela não vai morder pelo menos eu acho que não.

– Ahh, está bem me dá isso aqui que eu abro. – Eu disse sentando e pegando a caixinha, quando eu abri havia uma arma com uma rosa vermelha do lado. – O que isso significa?

– Não tenho ideia, mas você pode mandar uma carta a ele e perguntar, seu pássaro está aqui em meu navio, não sei por quê.

– Pedi que ele voltasse para você ter certeza que a carta chegou, mas me diga o que você acha que eu devo escrever na carta?

– Seja direta, mas sem ser arrogante, mostre-se apaixonada, mas sem se desesperar, e o mais importante seja sincera no que escrever.

– Falar é fácil, você escreve naturalmente sem problemas, já eu não consigo escrever nem uma carta de pêsames para as famílias dos meus subordinados sem ter uma bela dor de cabeça, imagina uma carta dessas.

– Então descanse que amanhã você vai ter um longo dia escrevendo para o Mr. Kirkland – Disse Francis levantando e indo trocar de roupa.

– Uma última pergunta, nós iremos dormir juntos?

– Se você preferir lá embaixo há lugar com os marujos, ou no chão.

– Espero que você não esqueça que estou armada.

– Juh meu amor, mesmo que você não estivesse eu não tentaria nada, agora vá dormir que o dia foi longo e acho que amanhã também será.

Pela primeira eu aceitei o conselho de Francis sem questionar, me troquei perto da cama mesmo e deitei do lado direito da cama, pouco depois Francis se apagou as lamparinas e deitou milagrosamente sem dizer nada, adormeci sem dificuldade e graça a alguma divindade não tive pesadelos, mas eu mal sabia o que me esperava na manha seguinte.

O dia começou com um alvoroço, antes que eu acordasse Matthew já estava falando em meio aos soluços e Francis tentava acalmar ele, mas era tudo em vão, o que fez com que eu levantasse.

– Ei Matt o que foi? – Perguntei indo até ele.

– Você e o irmão Francis... dormindo... mas você estava com o irmão Arthur... por que você fez isso?

– Calma eu posso explicar.

– Não quero que explique! Você o traiu e é isso que importa!

– Não foi isso – Eu disse segurando ele pelos braços e forçando ele a me olhar – Arthur me obrigou a vir com você e eu dormi com Francis porque não tinha outra cama, ou você prefere que eu vá dormir lá embaixo com os marujos?

– Não Juh-san eu só pensei que... desculpa por favor – Disse ele me abraçando e chorando mais.

– Shiu, passou, já passou, vem vamos tomar café com o irmão Francis que ele precisa ir lá para cima.

– Tá... E desculpa Francis onii-chan

– Tudo bem meu pequeno, está perdoado, agora vamos comer que estou com muita fome – Disse Francis beijando a testa de Matthew e nos mostrando a mesa com o café.

Depois do farto café da manhã Francis subiu para seus afazeres e eu e Matt ficamos brincando até o fim do dia, quando Francis voltou, nós já dormíamos na cama dele é claro.

– Mas que bagunça é essa hein? – Disse ele olhando para a cama com vários desenhos e doces espalhados, ele começou a juntar tudo e depois colocou Matt na cama dele e me arrumou na cama que dividíamos.

O resto dos dias não foi muito diferente, nós fazíamos quase as mesmas coisas todos os dias, exceto na penúltima noite, na qual eu pus Matt para dormir mais cedo e fui escrever a carta a Arthur.

“Caro Arthur,

Eu queria saber por que me deu a arma? E lhe dizer que não estou brava nem magoada com seus atos, só estou com saudades de Alfred e de você também, quando desembarcarmos o que não demorará a acontecer eu lhe mandarei outra carta e acertaremos quando você irá pegar o Matthew na casa de Francis.

Espero nos vermos de novo e desejo tudo de melhor para você hoje e sempre.

Com amor Julchen.”

- Mon Cher, essa carta está linda, perfeita era exatamente o que você precisava escrever. Amei – Disse Francis olhando a carta por cima do meu ombro.

– Você acha? Eu achei curta, mas não sabia mais o que escrever – Comentei enrolando a carta e amarrando com uma fita, e depois dei no bico do meu Gilbird – Entregue isso para o Arthur, e sem demoras ouviu amorzinho da mãe.

Depois de manda-lo pela janela fui ver se Matt dormia bem, e voltei para perto da cama onde Francis já estava sentado e lia um livro.

– Vamos dormir? – Perguntou ele me olhando por cima do livro.

– Não, pode continuar lendo, não estou com sono.

– Esperar pela carta ainda hoje é burrice.

– Eu sei, mas não estou pensando nisso, eu estou é me arrependendo de ter mandado a carta.

– Arrepender só irá ti trazer dor de cabeça, porque o seu passarinho não vai voltar agora.

– Você está certo, e o que está lendo? – Perguntei deitando encostada nele.

– Romeu e Julieta, conhece?

– Sim, já ouvi falar, mas não li.

– E você lê?

– Leio, quer dizer, comecei a ler na casa da do Arthur, um livro chamado Orgulho e Preconceito.

– Conheço e já li, e estou achando que essa sua estadia na casa do Arthur rendeu muito.

– Para de falar nisso, por favor?

– Ficou nervosa é? Arrependida pela carta, mas nervosa por ter tocado no nome do amor dela, você é mesmo estranha Mon Cher.

– E você irritante – Eu disse virando de costas para ele, no segundo seguinte ele apagou as luzes e me abraçou – Me sou seu pervertido!

– Calma, Juh só estou te abraçando, não vou te machucar, nem nada do tipo.

– Ah, fique como quiser, mas se tentar alguma coisa além de deixar BEM machucado, você vai dormir na cama do Matt!

– Oui Mademoiselle, as suas ordens – Disse ele passando a mão pela minha cintura e pondo a cabeça perto do meu obro – Confortável?

– Não muito, e acho que o Matt não vai gostar disso.

– Diga que fazíamos isso na nossa infância.

– Espero que ele acredite. – Eu disse e fechei os olhos sem pensar no que poderia acontecer.


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