O amor é adorável, irremediável, implacável. O amor é tão forte quanto a morte, é tão sincero quanto um olhar, é tão terminável quanto o céu no horizonte, é tão livre quanto a brisa que sopra dentre os seres na noite calada, é tão secreto quanto um segredo que guardemos para nós mesmo, é tão estupido quanto uma promessa que temos que quebrar mas mesmo assim prometemos, é tão intenso quanto as cores pitadas no céu quando o sol se põe, é tão alegre quanto o primeiro sorrio de uma criança da, é tão memorável quanto qualquer outra memória que possamos vir a ter em toda a nossa vida.

Amor, simplesmente amor. O amor sendo amor. O amor nas mais lindas e singelas palavras. O amor em quem você é e em quem você ama. O amor.

Poetas tentam aprisionar o amor em palavras. Muitos tentam, porém poucos de fato conseguem tal proeza, e esses poucos são dignos de serem lembrados.

Não peço que lembres-te de minha palavras, peço que lembres-te do que elas significam, e mais importante ainda, do que elas fazem com você. Se te fazem sentir as famosas borboletas no estomago, se fazem com que os pelos de seu corpo se arrepiem, se te deixam de pernas bambas e com a respiração pesada. Só se lembre. Se lembre, e talvez, só talvez, irás entender o que se passa aqui.

Poucos provavelmente sabem qual é a real dor que se sente quando algo que você realmente ama esta escapando por entre seus dedos, esta caindo a sua frente e você simplesmente não pode fazer nada a respeito. Suas mãos estão atadas. Mas não é como se você não quisesse fazer, é como e você não pudesse. Algo lhe impede. Algo lhe puxa pra baixo quando você tenta subir e isso te mata, te mata tão lenta e dolorosamente que você chega a senti pena de si mesmo.

O que aconteceu é um fato estranho, pois nem uma delas sabia. O fato atual, e o mais importante, era que ela estava indo.

Ela estava bem a sua frente, mais estava indo. Indo para sabe-se lá aonde, mas sabe-se que não seria para os seus braços depois que chegasse em casa.

“Então, esse é realmente o nosso fim?” Lea proferiu as palavras delicadamente e com calma.

Essa pergunta é a mais importante que já se foi feita até agora entre tantas outras.

Fim. O que isso significa? Fim indica final, final indica término, término indica fim. Porém, o que muitos esquecem e poucos se lembram é que o fim também pode ser usado, e em sua maioria deveria realmente ser usado, como uma forma de começar. Recomeçar. Refazer. Reinventar.

“Não. Um fim não.” Os olhos cor de avelã de Dianna percorreram por tudo o que estava a a volta delas. As pessoas, as malas. As velhas e as novas histórias. “ Vamos fazer disso o nosso começo, o nosso recomeço Lea.”

E mesmo com o peito inchado e com a sensação de vazio, ela deixou que Dianna fosse embora.

Doía nela mais do que em qualquer outra pessoa, ver aquela loira com o andar decidido embarcando para tão longe de seus braços, de seus olhos e de seus carinhos. Para tão longe de sua cama onde por tantas noites uma tomou o corpo da outra para si, e naqueles momentos, nada mais importava.

Despedidas feitas, corações apertados e, vazio. Mas vazio. Vazio no peito que o fazia se contrair e diminuir. Aperto no peito e de novo, vazio.

Mas vejamos, o que falamos no começo? Ah sim, me lembrei. Amor.

Amor que por muitas vezes fere e que por outras traz alegria. Amor e dor na hora da partida, amor e alegria na hora da chegada, mas sempre amor.

Amor de novo, amor novo. Amor no recomeço, amor desde o começo.

Simplesmente, amor.