POV Destiny

Assim que entramos nos terrenos do hotel, ouço uma voz estranha, aguda e irritante.

- Luca!!! Que saudade!!!!! - era uma garota da nossa idade, que usava um short do tamanho de um cinto, uma regata que mostrava seu umbigo. Logo após gritar isso com uma vóz que me deixou enjoada, ela simplesmente pulou no pescoço do Luca, e agarrou ele. Eu senti a raiva me dominar, eu queria arrancar o meu Luca dos braços da garota e dizer que... ESPERA!!!! Como assim MEU Luca, meu nada, o que eu estou pensando!?!?!?
- Desculpe, mas eu não sei quem é você. - ele disse logo após a piranha larga-lo, ela ficou encarando ele com aquela cara de cavalo dela, e ele olhou pra mim e deu um sorrisinho de divertimento, foi ai que eu percebi que estava franzindo o senho, e com punhos cerrados. 
- Sou eu... Jolene!!! - ela disse toda animada, e Luca olhou aquela garota de cima a baixo com um sorriso safado, ela mordeu o lábios.
- Desculpe mais ainda não me lembro. - eu sorri triunfante quando ela fez cara de brava por Luca não se lembrar dela.
- Você foi de férias para o distrito 4, e eu era sua vizinha que de vez enquando ia " dormir" com você. Lembrou!? - quando ela disse isso eu não aguentei e sai andando, nem esperei sua resposta, mas ouvi passos atrás de mim, porém antes que eu me virasse senti braços fortes em minha cintura me tirando do chão e girando em seguida.

Comecei a rir depois de me recuperar do susto, pois eu só conheço duas pessoas capazes disso. Assim que ele me deixou no chão senti outro alguém me abraçar, só que dessa vez me segurando pela frente, então eu ri mais ainda ao ver a cara de Matt, ele tinha um sorriso de criança, e estava aliviado, enquanto me tirava do chão segurando em minha cintura, e eu me segurava em seus ombros, ele também me girou. Me largou, e eu vi as duas figuras ruivas me fitando com uma das sombrancelhas erguidas e de braços cruzados. Hora da bronca. Tava demorando.

- Onde a senhorita estava dona Destiny?!?!?
- E com o Lukita ainda por cima!?!? - eles estavam sérios e com caras estranhas.
- Eu...eu...nós…ahm. - eu não sabia o que dizer, nós não havíamos feito nada, mas eu me senti diferente com ele, e pra mim, esse tempo foi especial. E quando eu vi aquela coisa qua tinha o nome Jolene agarrada a ele eu senti raiva tristeza, incredulidade. Sim, isso é ciúmes, mas eu nunca iria admitir isso. Sou tirada de meus devaneios pelo som de duas gargalhadas escandalosas.
- Nós estávamos brincando Des! - Mike disse passando o braço por meus ombros.
- Nós sabemos que o Lukita tá caidinho por uma certa menina com flechas e boa mira! -  disse Matt fazendo o mesmo.
- É, e o nome dela é Jolene - eu disse, fazendo uma voz enjoativa falando seu nome. E isso fez os dois rirem da minha cara enquanto saíamos andando, e eu não entendi muito bem o porque, mas logo vi que eles tinham percebido meu ciúme, e tratei de desmentir isso, eu sei que é verdade, mas eles não precisavam saber.
- Não que eu me importe com ele ou com seus sentimentos. - disse dando de ombros com uma cara de desinterece. E isso causou gargalhadas ainda mais escandalosas nos dois. Eu me irritei, tirei seus braços de mim, e saí pisando duro.

Ouvi eles chamando meu nome e bufei, mas não fui só eu que ouvi, Evan pra minha sorte também, ele estava sentado em alguns troncos, junto com outros caras da escola. Eles estavam em uma espécie de rodinha, ele assim que me viu arregalou os olhos e sorriu, eu sorri de volta, seu sorriso era lindo, Luca e a tal de Jolene estavam perto deles, junto de outras pessoas, ele já havia esquecido de mim. Evan se levantou e veio correndo em minha diressão. Ele atraiu todos os olhares, inclusive os de Luca e Jolene.

Ele me abraçou, com suas duas mãos em minha cintura, me erguendo do chão, eu me impulsionei para cima segurando seus ombros e o ajudando a me levantar, mas não paraceu que ele precisa dessa ajuda, Evan era forte. Ele me girou, dando um sorriso enorme. Eu ri, ele tinha um brilho nos olhos verdes. Eu achei aquela atitude muito fofa. E quando ele me colocou no chão me abraçou de novo, mas dessa vez ele colou nossos corpos, abraçando forte e protetoramente a minha cintura, e eu passei meus braços por seu pescoço. E vi por cima do ombro de Evan Luca fazer uma cara nada contente, e Jolene bufou ao ver que ele não prestava mais atenção nela. Eu ri de leve com esse ciúmes de Luca, e da irritação de Jolene. E Evan se arrepiou com isso. Me soltou, eu fingi que eu não percebi nada, ele pareceu aliviado, eu vi Silver andando distraída pelo gramado perto do lago. Eu vi que Evan ia falar comigo, mas o cortei.

- Evan, depois nos falamos, eu vi a minha amiga Silver ali, e eu realmente preciso falar com ela. Desculpe. - disse isso, e antes que ele me respondesse, me aproximei, e dei um beijo em sua bochecha e disse " até mais Ev", e fui embora correndo, mas antes, vi Evan corar, enquanto corria, ri baixinho,olhei pro lado e vi Evan com um sorrisão na cara, e vi Luca com uma expressão nada boa, mas eu não consegui decifrá-la, ele estava magoado, e com raiva, muita raiva, mas tinha mais uma coisa, não entendi muito bem, mas parecia ser decepção, mas eu não to nem ligando, ele que escolheu ir ficar com aquela tal de "Jolene" e nem ligou mais pra mim. E por que eu to pensando isso mesmo!?!? Ai ai... To perdida.

Estava correndo em direção a Silver e quando cheguei até ela ela nem tinha notado a minha presença, então, quando eu a abraçei sem mais nem menos toda ofegante, ela levou um susto, mas quando percebeu que era eu me abraçou de volta, mas depois ela me largou, e me olhou séria, e eu soube que a bronca de Silver seria muito pior do que a bronca dos gêmeos.

- Destiny Hope Ever - antes que ela berrace meu verdadeiro nome eu tapei sua boca com minha mão e sai arrastando ela, para outro lugar, ela me indicou um dos chalés, e pensei ser o seu, andando apressada até lá, reparei que na porta estava um papel escrito meu nome, seu nome, e o nome de Outra garota, que era algo como Bianca, mas não consegui ter certeza sobre o nome devido a pressa. Entrei nele, e era lindo, e bem grande também. Tinha três camas, e com um banheiro, era todo de madeira. Ela sentou em uma cama e eu na outra, e fiquei de frente pra ela, quando ela abriu a boca eu ativei meu modo desligar. E não ouvia nada, somente as vezes, e eram coisas como " QUANTA IRRESPONSABILIDADE" ou " PODERIA TER ACONTECIDO ALGO!!!" e enquanto ela falava, ela se levantou e começou a andar de um lado a outro do chalé enquanto gritava comigo. 
Eu me cansei de vê- la gritar.

- O problema é que aconteceu mesmo uma coisa!!!!! - eu disse me levantando também. Ela me olhou e pelo que percebi se acalmou, então eu sentei com tudo na cama.
- O que aconteceu Des? - ela disse se sentando do meu lado e pegando minhas mãos. Eu contei tudo a ela, tirando os meus medos e os medos do Luca, e quando acabei ela me olhou com um sorriso enorme.
- Você finalmente percebeu que está apaixonada por ele?! - ela perguntou esperançosa.
- O QUE!?!? NÃO!!!! EU, APAIXONADA, POR, ELE!!!!! NÃO, NÃO ,NÃO!!!! NUNCA!!!! - eu disse isso e sai do chalé, como assim!?! Eu nunca vou me apaixonar por ele, afinal ele é um idiota. Um idiota que fez muito mais que dormir com a tal Jolene, e isso, por mais que eu não admitisse doía, e muito. Mas eu não posso me apaixonar, não por um galinha como Luca!!! Tudo seria tão mais fácil se fosse Evan. Mas não, eu tinha que me perder no mar azul que eram seus olhos, me sentir protegida em seu abraço.
- Ué? Você?sozinha!? Cadê o mané do Evan?!? - não sei como Luca apareceu atrás de mim, nós estávamos em uma espécie de praça no meio de todos os chalés. 
- Ele não é mané. E eu não sei onde ele tá. - eu disse me virando pra ele que estava com os braços cruzados e um olhar acusador. 
- Pensei que você iria passar o dia inteiro dando em cima dele. - Luca disse desafiador. Ele quer guerra, eu vou dar guerra.
- E a piranha da Jolane, cadê? - disse colocando as mãos na cintura.
- O nome dela é Jolene. 
- Tanto faz. Pensei que você iria ficar se jogando em cima dela o dia todo. - disse desviando o olhar de seus olhos.
- E ela não é piranha. _ eu voltei a olha-lo, e arqueei as sombrancelhas. Ele pareceu pensar um pouco, e depois completou. -  Ela é expressiva só isso! -  quando ele disse isso nós dois nos encaramos e começamos a rir como retardados. Páramos a nossa crise, e eu me toquei qual foram as perguntas do Luca, e o que elas demonstravam, então eu não pude perder a oportunidade de fazer uma piada com a cara dele.
- Você está com ciúmes!!!  -  dissemos ao mesmo tempo, ele apontando pra mim, e eu pra ele. 
- Eu, não!!! - dissemos novamente ao mesmo tempo, só que dessa vez cada um apontou para sí. Bufamos ao mesmo tempo. Nos olhamos e recomeçamos a rir. Eu olhei envolta, e muita gente nos olhava. Luca paraceu fazer o mesmo, pois pegou minha mão, e quando ele me tocou senti a costumeira corrente elétrica que ele causa em mim, ele saiu me puxando para perto de um lago, onde tinha algumas árvores. Antes de chegarmos, eu parei de andar, tirei minha mão da sua, e eu tive que reunir muita força de vontade para isso. Cruzei meus braços. Ele se virou para mim com um olhar confuso.
- A onde vamos? - perguntei.
- Surpresa. -  ele disse.
- Não gosto de surpresas. Fala.
- Eu não vou falar, agora vem. - disse ele tentando pegar minha mão novamente, porém eu recuei.
- Não vou mover um músculo até você me dizer onde vamos. 
- Olha eu não queria fazer isso, mas você me deixou sem opção. - ele diz, e antes que eu possa pensar em algo, ele passa um de seus braços por baixo do meu joelho, o outro por minhas costas, e me pega no colo, com o susto eu grito. E Luca ri, e isso me irrita. Será que hoje era o dia nacional " vamos pegar Destiny Hope no colo?!?"
- Me põe no chão garoto!!! - eu disse batendo em seu peitoral. E ele riu mais. Começou a correr comigo em seus braços, e isso me deixou com medo de cair, então eu me agarrei a ele, e minha cabeça estava entre seu ombro e seu pescoço, quando eu me agarrei eu senti ele me puxar um pouco mais para sí. E eu ri fraco com isso, e fiz Luca se arrepiar. O clima do hotel estava diferente do clima que eu e Luca pegamos na casa de Fill. Estava quente, por isso eu havia colocado uma blusa vermelha com uma manguinha até meus cotovelos, e ela era justa em meu corpo, e isso marcava a minha cintura. E eu coloquei um short jeans claro com ela, e um all star. Meus cabelos estavam soltos como sempre. Luca estava com uma camisa polo branca, e uma bermuda da adidas. E usava um tênis da mesma marca. Ele correu mais, e seus braços a minha volta me davam uma sensação ótima, de conforto, e seu toque em minhas pernas era bom. De repente ele parou, mas não me colocou no chão. Pra minha alegria.
- Chegamos. - ele disse olhando nos meus olhos. Eu estava achando maravilhoso ser caregada por Luca, mas eu não poderia demonstrar isso, então meio a contra gosto eu disse:
- Pode me soltar agora._ ele me olhou um pouco envergonhado, soltou o braço que prendia minhas pernas, e as mesmas foram ao chão, porém, ele colocou a mão livre e a que estava em minhas costas na minha cintura impossibilitando minha fuga. Eu continuava com as mãos em sua nuca, e olhava em seus olhos, eles estavam ternos, e brilhavam. Eu fiquei hipnotizada por ele, seus braços fortes me puxaram mais para ele, e eu senti minhas pernas bambearem. Sorte que Luca segurava forte em minha cintura. Ele foi se aproximando, e eu já podia sentir sua respiração, senti um choque de realidade, e o empurrei, me afastei, virei de costas e finalmente vi que estávamos do lado do lago, e a sua volta tinham árvores grandes e lindas, me deu vontade de subir nelas, depois eu faria isso. O local era lindo, a água do lago era cristálina, e tinha um tom azulado lindo. Já disse que era lindo!?!
- Uau.  - foi tudo que eu consegui dizer. olhei para trás e Luca coçava a cabeça, parecia confuso e triste ao mesmo tempo.- Aqui é lindo Luca, mas, porque me arrastou até aqui?  - perguntei andando para perto da beira do lago, e vi que Luca me seguia. Ele me olhou, e começou a tirar a camisa e o tênis, eu não entendi nada, e arregalei os olhos para ele.
- Luca Odair vista-se imediatamente!!! - eu disse colocando minhas mãos em meus olhos. Afinal eu pensei que ele iria tirar a roupa toda. Que menino maluco! Ele aida tem coragem de ficar rindo da minha cara!!!
- Eu vou te ensinar a nadar. - ele disse calmamente depois de rir. O medo tomou conta de mim, eu não iria entrar na água. Não iria mesmo.eu esva me virando para ir embora quando Luca pega meu braço e me puxa de encontro a ele. Cola nossos corpos, e eu me arrepio, mas ele não percebe, olho em seus olhos com uma carinha de garotinha assustada, e ele direcionado seu olhar a minha boca, e quando ele o faz, percebo que se Luca tentar me beijar de novo eu não iria conseguir resistir, mas ele muda seu olhar para os meus olhos e diz.
- Não tenha medo, eu vou estar com você, e não deixarei nada acontecer contigo. - ele diz isso com tanta sinceridade, que eu sinto meus músculos relaxarem dentro de seu abraço. Ele percebe, e me solta, vai caminhando até o lago, e entra na beira, onde é um pouco raso, a água em seus joelhos. Ele olhou pra trás, estendeu a mão e sorriu de canto.
- Confia em mim? - perguntou me olhando.

- Não. -  eu disse com naturalidade.
- Maguou! -  ele disse colocando a outra mão no coração e fazendo biquinho. Eu ri. Olhei para ele, para água, ele, água, ele, água. Então mordi meu lábio inferior receosa. Então o olhei novamente, ele estava esperançoso. Tirei meu tênis, e vagarosamente estiquei minha mão e peguei a sua. Sentindo o efeito que seu toque causava em mim.

Ele me puxou para seu lado, e eu entrei na água, que estava com a temperatura ideal para um dia quente.nós fomo caminhando de mãos dadas, cada vez mais fundo, e eu ia sentindo a água ir se apoderando de mim, molhando todas as partes do meu corpo. Mas eu não sentia medo, Luca me passava segurança, a água chegou ao nível de meu diafragma, e um pouco a cima do abdômen de Luca, eu senti um desnível, e ele era grande o bastante para que eu ficasse submersa. Eu fui invadida por lembranças, do desespero de minha mãe e de eu me afogando. Antes que eu pudesse cair, Luca me segurou pela cintura rapidamente, e eu me agarrei a ele, como se eu não vivesse sem ele.
Ele foi me tirando do fundo aos poucos. E depois de uns seis passos, eu já podia sentir a água um pouco mais abaixo de minha bunda. Eu ainda estava agarrada a Luca. E ele a mim. Tirei minha cabeça do vão do se pescoço. E afroxei o meu abraço, o que fez Luca apertar ainda mais o dele, colando mais meu corpo ao seu, pensando que eu sairia de seus braços, mas eu não tinha mais forças para lutar, para fugir dele, eu não queria mais. Ele olhou em meus olhos, seu olhar era receoso, um pouco confuso, e terno. Não era o Luca pegador. Era o meu Luca. Ele foi se aproximando, ficando a centímetros de mim.

- Não se afaste... Porfavor! - Ele disse em um sussurro e de maneira suplicante. E senti seu hálito doce, e em resposta a sua frase, tirei uma das mãos de sua nuca, e coloquei-a em seu rosto, fazendo um pequeno carinho nele. Luca fechou os olhos, apreciando meu carinho, logo depois ele os abriu, e eles me fitavam de modo diferente, felicidade, carinho, esperança e...paixão, era isso que eles transmitiam, e brilhavam, brilhavam muito. 

Vi ele abrir um sorriso enorme, e colar sua testa na minha, e respirei fundo, e ele selou nossos lábios. O beijo de Luca era algo que eu nunca tinha visto antes, era viciante. Ele me fez senti coisas que nunca senti. Era maravilhoso, senti um frio na barriga, não conseguia pensar em nada, apenas sentir os toques de Luca. Suas mãos passeavam por minhas costas, e logo depois seguraram firmemente minha cintura, de um jeito pocessivo. Eu levei minha mão que estava em seu rosto para seus cabelos, e brinquei com eles, e minha outra mão dava leves arrânhadas em sua nuca, e isso fazia ele se arrepiar.

Cada lugar que Luca tocava deixava uma trilha de fogo, e dizem que minha mãe era a garota em chamas, eu acho que mais quente que eu no momento era impossível, isso era o que Luca fazia comigo. Era o efeito Luca. De repente me lembrei de Jolene, e que Luca não havia resolvido sua história com ela ainda, parei o beijo. Ele sorria como nunca o vi sorrir. Eu olhei para ele e disse:

- Você não pode ter duas Luca! - ele me encarou confuso. Eu sai correndo do lago, peguei meu tênis, e corri, corri atê achar meu chalé, olhei para o céu e vi que o sol já estava se pondo. Abri a porta do chalé toda molhada. Silver e outra menina me encararam, eu suspirei.
- Você conseguiu Silver... Eu estou apaixonada por Luca Odair. - disse de cabeça baixa.

POV LUCA 

- Você não pode ter duas Luca! - ela disse depois de me dar o melhor beijo da minha vida, de me fazer esquecer quem eu sou. E faz o que eu temia, saiu correndo. Ela sempre foge de mim.

Em um ato involuntário levei uma de minhas mãos aos meus lábios, e sorri, sentindo seu cheiro maravilhoso em mim. Percebi que eu estava no meio de um lago, com a mão na boca, sorrindo como um idiota, e sozinho. Mas eu estava feliz de mais para pensar em como a minha atitude era estranha. Pensei em sua frase, quem seria essa outra de que ela falou, não tem outra, nunca teve, a única que eu quero é ela!
Saí do lago, e fui andando sorrindo bobo, ainda atordoado pelo sabor de morango e baunilha que tinham seus lábios. Devo ter tropeçado algumas vezes, acho até que dei bom dia a um esquilo. Mas eu nem ligo. Porque eu acabei de beijar a mulher da minha vida. É isso aí, senhoras e senhores: Luca Odair se apaixonou.
Continuei andando. Até que cheguei no meu chalé.
Pelo caminho percebi que tudo estava mais bonito, a grama mais verde, o céu mais azul, o canto dos pássaros mais melodioso. Abri a porta, e vi dois pares de olhos cor de mel me fitando. Olharam meu estado e meu sorriso de apaixonado se entreolharam e disseram:

- Destiny! - eu entrei e apenas assenti ainda sorrindo como um idiota. Eles se sentaram em suas camas, e eu fui no banheiro, tomei banho, e coloquei outra bermuda, permaneci sem camisa. Voltei ao quarto e vi os dois conversando sobre hipóteses do que poderia ter acontecido. Eles me olharam e eu caminhei até minha cama me jogando na mesma e suspirando apaixonado, pensando nela.
- No creo!!! - disse Mike se jogando teatralmente em cima de Matt.
- É o fim do mundo!!! - Matt disse segurando Mike que fingia ter desmaiado. Eu revirei os olhos.
- Nosso garotinho está crescendo! - disse Mike se levantando.
- Agora ele tem dona!!! - disse Matt secando lágrimas imaginárias. Eu ri de leve. 
- Desembucha homem!!! - disseram os dois ao mesmo tempo. Eu contei tudo a eles, desde meus ciúmes, até o beijo. E quando acabei eles estavam sorrindo.
- De quem ela estava falando? - eu disse. - eu não quero mais ninguém, só ela! - completei. Eles se entreolharam.

- Jolene!!! - disseram. - se eu não soubesse que você é apaixonado por Destiny, juraria que aconteceu algo hoje a tarde entre vocês dois. - disse Matt e Mike concordou. Eu pensei um pouco, Jolene era bonita, mas a Des, ela era uma deusa. Jolene beijava bem. Mas a Des nem se compara, ela é a única que consegue me deixar louco com apenas sua presença. E eu deixaria isso bem claro pra ela amanhã. Dei boa noite aos dois apaguei as luzes, minha cama era do lado da janela, portanto, eu via a lua cheia dela, fiquei pensando no meu sentimento por Des, e percebi que Fill estava certo. 

Acordei com dois clones ruivos me sacudindo. Levantei, e me troquei, coloquei uma camisa verde clara de gola " V" com uma bermuda, e tênis. E os meninos estavam como eu, só que Matt usava uma camisa azul clara, e Mike uma amarela. Passamos na mesinha perto do refeitório, onde tinham biscoitos e café. Peguei uma xícara, e pude ver de longe Silver, uma garota e Des sentadas em uma mesa, chamei os meninos e fomos andar até lá . E acada passo que eu dava me convencia de que eu não agüentava mais olhar para ela sem chamá- la de minha, e na frente de todos. Olhei em volta. Algumas meninas me olhavam, mas eu não ligava. Voltei meu olhar para ela, vi Evan se aproximando, dar um beijo em sua bochecha, ela se assustou, mas quando viu que era ele sorriu. Ele falou algo para ela e ela se levantou. Ele pegou sua mão. E os dois se afastaram de mãos dadas.

E eu, fiquei só olhando, a minha garota se afastar com outro homem, Destiny era minha, MINHA, e agora ela estava com ele. Eu estava com muita raiva. Mas fui tirado de meus devaneios pelo barulho de algo quebrando, olhei para baixo e vi ser a minha caneca. Senti um corte ser formado em minha mão. Mas não prestei atenção, já que a garota que eu amo estava me trocando.  Os clones me olhavam preocupados, e todos a minha volta me olhavam assustado, como se eu fosse um cachorro raivoso. Eu não duvidava de que naquele momento, fosse mesmo. Vi Destiny me olhar preocupada, e vi que ela estava caminhando em minha direção. Me virei e sai andando a passos apressados, para qualquer lugar.

Eu simplesmente não agüentava mais ver minha garota com um outro alguém. E não fazer nada sobre isso, fiquei pensando se Destiny sentiu o mesmo que eu no beijo. Se pra ela significou o que significou para mim. Cheguei a conclusão de que não, e uma lágrima escorreu do canto de meu olho direito.

Jolene, Jolene, Jolene, Jolene

Estou implorando pra você, por favor, não tome o meu homem

Jolene, Jolene, Jolene, Jolene

Por favor, não tome apenas porque você pode

Sua beleza é incomparável

Com flamejantes cachos de cabelo castanho avermelhado

Com pele de marfim e os olhos verde esmeralda

Seu sorriso é como um sopro de Primavera

Sua voz é macia como chuva de verão

E eu não posso competir com você, Jolene

Ele fala-lhe em seu sono

E não há nada que eu possa fazer para manter

em chorar quando ele chama o seu nome, Jolene

E posso compreender facilmente

Como você poderia facilmente levar o meu homem

Mas você não sabe o que ele significa para mim, Jolene

Jolene, Jolene, Jolene, Jolene

Estou implorando pra você, por favor, não tome o meu homem

Jolene, Jolene, Jolene, Jolene

Por favor, não tome apenas porque você pode

Você poderia ter sua escolha dos homens

Mas eu nunca poderia amar novamente

Ele é o único para mim, Jolene

Eu tinha que ter esta conversa com você

Minha felicidade depende de você

E que, independentemente do que decidir fazer, Jolene

Jolene, Jolene, Jolene, Jolene

Estou implorando pra você, por favor, não tome o meu homem

Jolene, Jolene, Jolene, Jolene

Por favor, não tome, embora você possa

Jolene, Jolene