Edward

Ele teve uma vida difícil. Talvez os acontecimentos em seu passado o tenham levado a isso.

   Ele chegara a casa, tentando não fazer barulho. Seu padrasto dormia profundamente no sofá. Bêbado.

   Edward foi até a cozinha, deixando a sacola com os suprimentos em cima da mesa. Seu pequeno corpo de 10 anos, desabando em uma cadeira, tomado pelo cançasso.

  Antony, seu padrasto, acordou com o bater do corpo do menino na cadeira.

“Vou matar esse moleque.” Pensou enquanto se levantava.

Edward tinha sorte em estar vivo para contar a historia.

Quando tinha 15 anos, começou a trabalhar para Charlie Swan. Dono da Streep’s, cafetão, louco... assassino.

Em muitas reviravoltas, ele chegou aos 22, intacto. Seu padrasto e mãe mortos.

Alguns meses depois de matar o prefeito de Seattle, Edward foi comandado a matar Isabella Cullen. Uma bailarina que quase foi seqüestrada e mandada a se prostituir, salva por seu pai. Foi aí que começaram os problemas.

Edward foi a uma cidadezinha onde morava Bella, Forks. Uma das menores cidades chuvosas de Washington.

Ele a seguia por tudo onde ela andava. Descobriu que ela não só era uma bailarina, mas também trabalhava em uma loja de camping local. Foi o Maximo que conseguiu com seu pai super-protetor.

Ela era linda. Franzina e delicada. Seus traços inocentes e sua face de anjo o hipnotizaram. Mas ele sabia que estava lá a trabalho, não em uma de suas ‘caçadas noturnas’.

Ele estava encantado com tudo que a pequena fazia. Seus passos, suas danças, sua voz. Tudo.

Só que ele não conseguirá matá-la.

Além de quase nunca ficar sozinha, Edward nunca conseguia pegar a arma que estava escondida em suas calças. Nunca.

Sabia que com sua profissão nenhuma morte era pouca.

Chegou um momento em que se passaram duas semanas e nada de matar a bailarina.

Seu chefe o ligou, perguntando por que a demora. Edward simplesmente disse que não chegava a hora certa.

E esse par de semanas se transformou em um mês. Esse mês em dois.

Edward tomou uma decisão que mudaria sua vida para sempre.

Matar Charlie.

Não foi uma tarefa difícil. Apenas demorada. Com duas balas na cabeça, o cafétão, seqüestrador, assassino e estuprador estava morto.

Com essa guinada, Edward começou a sair com a bailarina. E com as saídas vinham os beijos. Com os beijos vinha a primeira vez. Não era a primeira vez de Edward, mas foi a primeira com que ele sentira prazer. Ele finalmente era um homem. E transformara Bella em sua mulher.

Depois de Bella cursar a faculdade de Balé, dança e Musica de NY, eles se mudaram para Chicago, onde nasceu à pequena Renesmee.

Mas com o tempo, os cabelos brancos começaram a nascer, Edward sentiu uma pontada de dor no coração.

Ele havia matado sua mãe.

O mais perto de amor que sentira em sua infância fora dedicado a Esme. Cuja vida foi tirada pelo próprio filho.

Ele retornou a arvore onde enterrara sua mãe.

E ficou lá.

Lágrimas de arrependimentos caiam por seu rosto.

Ele nunca ficara tão só.

Mesmo com Bella e Renesmee no carro.

Ele sentira falta da única coisa que foi privado na infância.

Amor materno.

Um buraco em seu peito que há anos não havia sido mexido palpitou. Ele soluçava em silencio, vendo o local em que o corpo da mãe se encontrava.

Sentiu um toque em sua cintura.

Bella, a que o perdoou por todos os pecados que havia cometido chorava.

Chorava dele.

Chorava com ele.

Chorava por ele.

E nesse momento, Edward sentiu o buraco desaparecer.

E nada.

Ele estava livre.

Livre do que a vida lhe havia submetido.

Livre para sonhar e seguir sua jornada.

Livre para amar sua preciosa Bella.

E Renesmee.

Dois mil quilos saíram de suas costas.

Ela o havia tirado disso.

Ela.

A musa de seus sonhos.

A mulher de sua vida.

Bella

Sua linda Bailarina.

                                                                                                       FIM