Just a girl escrita por Emilly


Capítulo 10
O que eu fiz?




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Narrado por Alícia:

Pela voz enjoada, só podia ser a Natalia. Nos viramos e a vimos parada nos observando.
- Atrapalhei alguma coisa? - Ela disse com uma voz de criança, como se essa fosse a sua intenção.
- Não, eu e a Alícia estávamos apenas conversando, pode falar. - Ele disse se levantando, e dando um beijo no rosto dela, o que me deixou morrendo de raiva por dentro.
- Eu queria falar com você, sem ninguém por perto. - Ela disse.
- Mas e a Alí...
- Não tem problema, eu vou pra casa. - Falei me levantando - Eu nem deveria ter vindo aqui. - Fitei Gabriel e fui pra casa.
Subi pro meu quarto, e já pude sentir meus olhos arderem e encherem de lágrimas logo em seguida.

- POR QUE ISSO TA ACONTECENDO COMIGO? - Gritei e bati a porta do meu quarto com força, a fechando logo em seguida e me sentando atrás dela.
Tentei segurar as lágrimas, mas não adiantou. Me levantei, abri a porta e fui até o banheiro lavar o meu rosto. Fitei meu reflexo no espelho por vários segundos. O sequei e fui até a cozinha. A fome havia batido em uma péssima hora. Abri todos os armários, e comi tudo o que vi pela frente, e voltei ao banheiro e provoquei o vomito. E voltei pro meu quarto.
Peguei meu material de pintura, e coloquei em cima da minha escrivaninha. Assim que estava prestes a começar a pintar, ouso a campainha tocar. 
- Quem será? - Perguntei a mim mesma, estranhando um pouco o fato de alguém ter a tocado.
Nunca a ouvi tocar durante o dia, na verdade quase nunca, apenas quando minha tia estava em casa e recebia a visita de alguma amiga, mas fora isso... 
Desci, e abri a porta. 
- Gabriel? - Perguntei o vendo parado na minha frente.
- Bem... - Ele mordeu o lábio - Eu queria saber se estava tudo bem com você, já que você saiu de repente.
- Desculpa, apenas não queria ficar segurando vela. - Falei ironicamente sem pensar.
- Espera ai... Você esta com ciúmes? - Ele abriu um sorriso.
- Claro que não! - Falei revirando os olhos e cruzando os braços.
- Vou fingir que acredito... - Ele disse rindo.
- Ah, por favor, né? Por que eu teria ciúmes logo de você? - Falei fazendo alguns gestos com as mãos.
- É isso que eu gostaria de descobrir. - Ele disse. Me virei pra entrar, mas ele pegou minha mão, e eu o olhei diretamente nos olhos. Gabriel se aproximou mais de mim, e deu um beijo no meu rosto. Fiquei sem reação, e sorri automaticamente, o fazendo sorrir também. Ele soltou minha mão.
- Te vejo depois. - Ele disse e foi embora.
Eu permani com um sorriso no rosto. Toquei minha bochecha de leve, e o observei ir. 
- O que esta acontecendo comigo? - Falei pra mim mesma, no mesmo estado.
Pra muitas pessoas, um simples beijo na bochecha, não parece significar muita coisa, bem, mas eu vou contar um segredo pra vocês... Bem, eu nunca tinha recebido um beijo no rosto de um garoto, e sou BV ainda. Sabe, pode parecer estranho uma garota de 16 anos não ter beijado antes, mas é que eu sempre levei a história do "primeiro beijo" a serio, sabe eu queria que fosse especial. Mas, isso não importa agora. Entrei, e subi pro meu quarto.

- Eu sou muito idiota! - Falei me sentando na cama, e apoiando o rosto nas mãos - O que eu faço?
Me levantei da cama, e fui até minha escrivaninha, e comecei a desenhar. Eu não sei o que deu em mim, fiz um campo cheio de flores em um dia ensolarado, e um casal sentado no meio das flores. Olhando o desenho depois de pronto, apenas sorri. Tinha feito com tinta, então fui até a janela coloca-lo para secar. Olhei para praia, e tinha um garoto lá, quando ele se virou, consegui ver quem era: Gabriel, e havia uma garota com ele, só podia ser a Natalia.
- Por que ele sempre esta grudado nela? POR QUE?! - Falei um pouco alto, e arranhando meus braços com a unha. Eu estava morrendo de raiva dela, eu sei que ela gosta de me provocar se atracando com ele, e eu sinceramente não aguento mais. Peguei uma lamina na gaveta da escrivaninha e ainda os olhando, segurava a lamina na mão. E passei a a mesma no meu braço, a soltando no chão logo em seguida. Me joguei no chão. O sangue jorrava pra fora do meu braço, o corte havia sido muito profundo. Olhando meu braço, e comecei a me sentir mais fraca, e os meus olhos foram se fechando lentamente.
- Por que eu fiz isso? - Sussurrei baixinho, e uma lágrima escorreu pelo meu rosto, e tudo ficou escuro. 


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