Mais Uma Bebedeira No Santuário escrita por Lacie
Notas iniciais do capítulo
ARGH escrever a palavra "bebida" e derivados tantas vezes me da agonia mas fazer o que ne... Sem cavaleiros bêbados não tem história. Espero que gostem do que tem até aqui, demorei de postar por causa das finais na escola, mas finalmente acabei o capítulo! Obrigada para quem mandou review, comentários/críticas são sempre bem vindos... Mas se tiver realmente um lixo, tentem escolher bem as palavras ok? Não tenho um bom histórico com fics com mais de um capítulo :/
– Não vai beber, Mu? – Perguntou Máscara da Morte, enchendo uma taça de alguma substância alcoólica e entregando na mão do homem. Com receio de ser indelicado Mu aceitou a taça, convencendo a si de que seria apenas aquela.
– Eu já estou um pouco alto! – Falou Aiolia depois de tomar coragem (ou vodka) para começar uma conversa com a amazona de águia.
Marin sorriu, o que foi imperceptível por causa da máscara. Fazia tempo desde que percebeu as cantadas do cavaleiro, mas não aceitava que teria que ser ela a tomar uma atitude. A “festinha” seria uma ótima chance de ver o leão por as garras para fora. A ruiva se aproximou um pouco do homem, que imediatamente perdeu toda pose de extrovertido e deu mais um gole da bebida.
– Não acha que está muito cedo pra isso, Olia? Talvez termine fazendo coisas de que vai se arrepender... – Leão corou e respirou fundo. Era um cavaleiro de Atenas, por Zeus. Ia ficar acanhado perto de uma moça, como uma donzela apaixonada?
– Marin... Tenho que conversar com você. Estava pensando em uma coisa, mas mudei de idéia. Não quero colocar a responsabilidade do que tenho pra falar num copo de vidro. A verdade é que... Eu gosto de você. Faz um tempo já, mas eu-
– Shh... – A ruiva colocou o dedo indicador na boca dele, e só então Aiolia pôde perceber o quanto eles estavam próximos. Um arrepio percorreu a espinha do cavaleiro quando sentiu a outra mão da amazona sobre a sua coxa e por instinto ele olhou em volta, para checar se ninguém estava vendo a cena íntima entre os dois.
– Eu já sabia disso, seu bobo... Agora que tal a gente deixar essa festa pra lá e ir pra sua casa... Posso te mostrar o que tem embaixo da Máscara. – Falou a ruiva, sedutora. Os dois se levantaram e saíram correndo. Ninguém além de Shaka percebeu a saída do casal, o loiro entediado demais pra prestar atenção em qualquer outra coisa.
– Essa festa está sem graça, não tem música... – Falou Shura, interrompendo a risada histérica de Milo, que conversava animadamente com a amazona de Cobra.
– Você que é chato Shura! Está chateado porque não pode proteger Atena não é? Que pena que não escolheram o pobrezinho do Shura, tão dedicado... – Milo ria enquanto falava, o que deixava o cavaleiro de Capricórnio ainda mais irritado. Shina que estava sobrando, trouxe mais duas garrafas de vinho e parou entre os dois.
– Que tal um jogo? – Os olhos de Milo iluminaram, como os de uma criança. – Cada um fala de alguma coisa que nunca fez, quem dos três já tiver feito isso, bebe.
– TOPAMOS! – Gritou Escorpião, antes que Shura pudesse falar qualquer coisa. Não que ele fosse falar, achou a idéia interessante. Na verdade, gostava muito de jogos do tipo; eram comuns na Espanha e sempre jogava com os amigos quando visitava a terra natal.
– Então, eu começo. Eu nunca tive um pênis. – Começou Cobra, sorrindo. Os dois beberam, sem achar graça da sentença óbvia.
– Eu nunca tive seios! – Disse Milo, fazendo Shina revirar os olhos e beber um gole. – Sua vez, chifrudo!
Shura parou um tempo para refletir antes de falar:
– Nunca me olharam de costas e acharam que eu fosse uma mulher. – Shina bebeu, normalmente. Milo encarou o amigo, emburrado. Bebeu a contra gosto.
– Eu nunca vesti uma armadura de ouro.
– Não é algo para se orgulhar, Shina. – Provocou o moreno, sorrindo e dando um gole, junto com Milo.
– Eu nunca... Ah, eu nunca tentei matar meu melhor amigo! – Disse Milo, lembrando-se de quando Aioros salvou Atena quando era ainda um bebê. Shura suspirou, mas bebeu mesmo assim.
– Milo, não seu se você pegou bem do espírito do jogo, mas não é bem falar coisas sobre os outros que já sabe, e sim tentar adivinhar os podres de alguém...
– Eu sei, mas ganhar não é mais divertido?
– Ignore ele e pode falar, Shura. É a sua vez.– Cortou Shina, causando alguns protestos do outro cavaleiro.
– Deixa eu ver... Eu nunca quis beijar o Seiya. – Shina bufou, mas bebeu do mesmo jeito.
– Não foi você mesmo que disse que a intenção não era essa? – Os dois homens riram.
– Eu sei, mas confirmar foi muito divertido!
– Tudo bem então. Eu nunca dei minha vida para salvar um homem.
– Que? – Perguntou Shura, confuso.
– Shiryu. – O moreno bufou, mas bebeu do mesmo jeito.
– Eu nunca usei veneno como arma. – Disse Shura, fazendo Shina e um Milo confuso, que havia se perdido na brincadeira beberem.
– Ei, espera! Vocês me pularam! – Gritou Escorpião, que já estava a muito afetado pela bebida. – Eu nunca tive sonhos eróticos com Atena!
Os outros dois ficaram quietos e constrangidos. Como ele pôde falar uma coisa dessas tão casualmente? Depois de alguns segundos de relutância e o rosto de um forte tom de vermelho, Shura ergueu o copo até a boca. Claro que isso fez a amazona cair para trás de tanto rir. Milo sorriu e também deu um gole.
– Ei! O jogo se chama “eu nunca”, você não pode simplesmente falar uma coisa que já fez e beber! - Reclamou Shura, o que apenas fez o outro homem dar de ombros.
– Você nunca disse isso. E não foi você mesmo que falou que a intenção desse jogo era descobrir os podres dos outros? – Shina continuou rindo e Shura desistiu de argumentar.
– É nisso que dá ser sincero... – Reclamou o cavaleiro de capricórnio, mais envergonhado do que já esteve na vida.
– Seiya... Ta tudo bem? – O cavaleiro de pegasus estava calado faz um tempo, emburrado enquanto assistia Shina e os outros dois cavaleiros Jogando.
– Do que está falando? Não tenho motivos pra ficar mal! – O cavaleiro de Dragão suspirou.
– Desembucha, vai.
– É que... Foi minha idéia dar a festa, certo?
– Certo.
– E todos estão afastados e fazendo o que bem entendem... Eu sei lá.
– Basicamente você está chateado porque não é o centro da festa. – O moreno corou e Shiryu teve que se controlar para não dar risada.
– Não é isso! É que... Olhe a Shina, por exemplo! Andando por ai com o Shura e Milo, como se fosse a dona da festa!
– Ciúmes? – Perguntou o outro perto do seu ouvido, fazendo Pegasus pular de susto.
– Até parece! É bom que ela me esqueça logo. De dar medo, aquela mulher. – Shiryu sorriu. Só ele achava esse lado sedento de atenção de Seiya uma gracinha?
***
Máscara da Morte aproveitou enquanto Mu estava distraído olhando os três patetas (Milo, Shura e Shina) Para encher mais um pouco sua taça. Era o terceiro copo que o tibetano estava bebendo e ainda não tinha percebido. Podia ser um pouco sujo tentar embebedar o amigo, mas que seria uma cena imperdível, seria.
Do outro lado do salão, Hyoga, Shun e Ikki conversavam quase civilizadamente.
– Não entendo o que eles estão fazendo. – Falou Shun, que assistia os três jogando.
– Se chama “Eu Nunca”, Shun. É um jogo simples, só mais uma desculpa pra a galera se encher de bebida. – Explicou Hyoga. O garoto ainda olhava, divertido, vendo Shura se estressar com os outros dois, que riam sem parar.
– Não acho que valha a pena. As pessoas acabam falando mais do que deviam e acordam com vários arrependimentos. – Se posicionou Ikki. Ele estava bebendo pouco naquela noite, e deixava Hyoga desconfortável, por não dar espaço para ele conversar com Shun a sós.
– Perder a inibição e parar de se preocupar com o que os outros vão achar é justamente o motivo de tanta gente se encher de álcool, certo? Um jogo é só uma forma de fazer isso acontecer mais rápido. – Disse Shun, surpreendendo os outros dois. O menor estava distraído bebericando do seu copo, quando reparou os olhos dos dois em si. – Uh? O que foi?
– Nada, Shun, só não esperava um discurso tão racional da sua parte. Você geralmente age como uma criança... – Shun corou com o comentário do irmão mais velho. Ele precisava falar aquilo justo na frente de Hyoga? O loiro riu com a expressão adorável de Andrômeda, mas pouco depois os olhares foram erguidos para os fundos do santuário, onde um cavaleiro animado e cheirando a rosas se encontrava, segurando um amplificador nos braços.
– Yahoo! Que festinha desanimada! Que bom que eu cheguei pra agitar isso aqui! – Máscara da morte suspirou, sentindo vergonha alheia pelo amigo.
– Afrodite, sua biba espivitada... Liga esse som logo e para de fazer escândalo.
– Calminha querido, já vou ligar... – O cavaleiro de peixes colocou uma música eletrônica agitada num volume tão alto que dava pra ouvir até em Áries.
– Oba, música! Vamos dançar! – Berrou Milo, puxando o cavaleiro de Capricórnio pelo braço.
– Vamos dançar? – Convidou Hyoga, olhando pra Shun.
– Claro, porque não? – Respondeu fênix, puxando o loiro para a pista de dança, deixando Shun confuso e sozinho.
– Ahn... Posso ficar com vocês? – Perguntou Andrômeda, se sentando ao lado de Shaka, que não havia se movido desde que a festa começou.
–Hm. – Falou o indiano. Mu sorriu para Shun e Máscara da morte estava pronto para fazer alguma piadinha, mas peixes rapidamente puxou o moreno forte pelo braço, guiando-o até a pista de dança.
– Ei Afrodite, podia ter perguntado!
– Só dance bobinho, a festa ta boa e a noite é uma criança sem hora pra dormir!
Normalmente câncer teria dado um soco no cavaleiro pelo despeito, mas tinha bebido o suficiente para se soltar um pouco. E era isso que Afrodite estava esperando acontecer antes de aparecer na festa. Essa noite o homem seria seu.
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Marin e Aiolia sumiram, ia escrever uma ceninha entre os dois no fim do capítulo (sem hentai) mas faltou criatividade e acho que já estava protelando demais esse capítulo. Quem saiba num próximo eu adicione como um extra, não sei. obrigada a quem leu até aqui, reviews por favor ^^