Great Love escrita por Thi


Capítulo 7
Cap.7.Edward e Elizabeth


Notas iniciais do capítulo

Então, estão gostando do rumo que a história está levando?
Espero que sim.
Boa leitura gente.
(:



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Edward se casou com a amante, Megan, realizou seu sonho de ter um filho, ou melhor, filha, se chama Mallory, e é loira de olhos verdes como a mãe, numa viagem de férias os três vieram para o Brasil, eles se hospedaram no mesmo hotel em que minha mãe trabalhava, o reencontro foi inevitável, já que Elizabeth era gerente do hotel e sempre o mostrava para os hospedes que não o conheciam.

Se reconheceram assim que se viram, e no começo minha mãe não quis muito falar com meu pai, mas ele insistiu em esclarecer as coisas entre eles, já que nada tinha sido bem resolvido.

–E então, como vão as coisas?

Ele perguntou. Apoiando os braços no balcão no saguão do hotel.

–Vão bem Edward, bem melhor do que antes né.

Elizabeth respondeu com rancor sentando na cadeira atrás do balcão. E mexendo em alguns papeis para fingir que estava ocupada.

–É, acho que sim.

Edward sabia que ela não queria falar com ele, mas acho que agora sei de onde veio essa minha teimosia. Ele olhou para fora do hotel pela porta grande que estava aberta como se estivesse analisando o ambiente, o céu o mar as poucas nuvens, gente bonita, e prosseguiu dizendo como quem não quer nada.

–Então é para cá que você veio quando sumiu de repente!?

Ele ousou insinuar.

–Eu não sumi de repente.

Ela começou a escrever no computador e respondeu como se o ex-marido não fosse importante.

–Sumiu sim.

Edward dizia como se isso fosse óbvio, era impossível contradizê-lo.

–Não sumi, apenas não te devia mais satisfação nenhuma da minha vida.

Quando Elizabeth fala assim é porque ela está realmente inspirada a dar foras.

–Eu te conheço Elizabeth, para ter desaparecido assim teria que ter um bom motivo.

Ele nunca vai desistir

–Não é nada disso.

Mas ela ainda tenta fazê-lo esquecer o assunto.

–Me conta. Qual é ele?

Quando disse isso Elizabeth o olhou assustado e respondeu com outras duas pergunta.

–Ele quem? O que?

Percebendo o desespero dela Edward viu que realmente tinha um motivo, mas ele precisava saber qual.

–O motivo. Me diz porque você veio para o Brasil de repente.

Ele parecia ansioso para saber.

–Motivo? Não tem motivo nenhum.

Ela já dizia praticamente gaguejando e voltando a mexer numa papelada.

–Tem sim.

Edward era bom nessa coisa de ficar insistindo.

–Nossa você acha mesmo que sabe tudo sobre mim.

Ela franziu as sobrancelhas e fez cara de deboche que Edward pode perceber mesma ela não olhando diretamente para ele.

–Acho sim.

Ele fez a mesma cara que ela.

–Mas não sabe.

Respondeu com frieza.

–Sei quase tudo, mas a única coisa que eu quero saber. Porque você sumiu?

Essa situação já estava ficando chata de aturar. Elizabeth o encarou nos olhos e respondeu com frieza e alterou seu tom de voz.

–Ah, você quer saber? Talvez tenha sido porque meu marido me traiu dentro da minha própria casa com uma vagabunda, e ele provavelmente fazia isso todos os dias porque hoje ele está casado com ela.

Ela poderia estar certa, mas Edward sabia que não era isso, ele continuou calmo, sereno e curioso.

–Mas eu lembro muito bem que na época eu te procurei porque eu queria me divorciar no papel, mas você disse que não ia fazer isso apenas para eu não poder me casar de novo. Porque você mudou de ideia assim de repente? Me conta Elizabeth. Você mudou de ideia do nada e fugiu para cá, por quê?

Depois dessa pergunta ela se levantou da cadeira bateu com as duas mãos no balcão de madeira e o encarou novamente com olhar de raiva.

–Mais que droga eu já disse que eu não fugi.

Ele também não é de ferro e gritou

–Fugiu sim.

E continuou.

–Fugiu de alguma coisa que você não queria me contar não é isso !?

Elizabeth olhou para um lado e para o outro e por fim desviou os olhos para baixo envergonhada.

–Não. Não tem nada a ver com isso.

–Elizabeth, eu fui delegado durante muito tempo, eu sei quando alguém está mentindo para mim.

Ela continuou a olhar para baixo.

–Eu não estou mentindo.

Edward levantou a cabeça de Elizabeth segurando-a pelo queixo suavemente, e disse tranquilo.

–Está sim, o que houve, você pode me contar. Você tinha outro homem? Se casou com ele como eu fiz com Megan? O que foi!? Não pode ser tão ruim, ainda mais agora que isso tudo já passou. Eu só estou tentando entender melhor o que aconteceu.

–Eu...

Ela começou.

–Você...

–Eu tive um filho depois da nossa separação.

–Ótimo, eu também, ela se chama Mallory. E é linda. E seu filho como se chama?

Edward estava todo animado, porém Elizabeth ainda estava bem para baixo.

–Nichollas.

Respondeu.

–Bonito nome. E quem é o pai dele?

Perguntou sem saber que aquela era a pergunta certa.

–Ele não tem pai.

Elizabeth voltou a olhar para os lados.

–Como assim não tem pai? Todo mundo precisa de um pai, pelo menos para nascer.

Ele respondeu quase brincando com um mini sorriso no rosto, e uma expressão de felicidade, já que tinha matado sua curiosidade.

–É, mas eu sempre disse a ele que o pai dele tinha morrido, e na certidão de nascimento não tem o nome do pai.

–É por isso que você me escondeu isso, o pai dele abandonou vocês?

O sorriso já avia ido em bora e no lugar de brincalhão ele parecia meio preocupado.

–Não. Eu fiquei com muita raiva do pai dele, e sumi.

Finalmente ela contou, mas mesmo assim ele não entendeu direito.

–Ãh?

Fez um olhar de dúvida.

–É Edward. Nichollas é seu filho.

Encararam-se num minuto de silencio, enquanto Edward parecia apavorado e Elizabeth parecia com medo de como ele reagiria. Edward pergunta quebrando o sossego do silêncio paralisante.

–Mas porque você não me disse isso antes? Porque você não me contou?

–Eu sabia que você iria amar ter um filho, e eu estava com muita raiva de você, por isso eu vim para o Brasil, e não contei para ninguém.

Minha mãe tentou explicar, já com os olhos cheios d’água e tentando ser forte.

–O que você fez foi muito errado Elizabeth, eu não acredito que você tenha sido capaz de uma coisa tão horrível assim.

Ele disse levando as mãos a cabeça.

–Eu sei, mas eu estava cega de raiva, e não percebi que meu filho iria crescer sem a um pai por causa de um capricho meu. E hoje eu me arrependo muito disso e não posso fazer nada além de pedir que você me perdoe, e eu sei que se você me perdoar significa que você é alguém melhor do que eu.

Esquecendo a atitude de Elizabeth ele já estava pensando em como estava feliz por ter um filho e questionou a es-esposa.

–Ele já deve estar um rapaz né. Ele mora com você ou mora sozinho?

–Ele não mora mais comigo.

Elizabeth respondeu cabisbaixa. Edward não poderia conter a emoção de ter um filho, mesmo não o conhecendo.

–Onde? Ele mora onde?

–Em Minas.

–Em que lugar de Minas?

–Eu não sei.

Ela não podia saber, eu não contei. E agora como Edward vai me encontrar!?

–Como assim você não sabe? Eu é que deveria não saber.

Ela tentou explicar melhor.

–Nichollas teve uma namoradinha aqui na cidade, e quando ela morreu ele ficou muito abalado, e saiu da cidade, ele não me disse para onde ia, mas de tanto eu insistir ele não entrou em detalhes, apenas me disse que ia para Minas.

–Isso é tudo que você sabe?

–É, é tudo o que eu sei.

Edward ficou quieto por um tempo e foi andando apressado em direção à porta.

–Onde você vai?

Elizabeth perguntou.

–Vou procurar meu filho.

Ele atravessou a porta e Elizabeth tentou ir atrás dele, mas ele estava rápido demais, ela o perdeu de vista, e se viu sozinha na entrada daquele hotel ouvindo o sussurro de suas próprias mentiras ecoarem em seus ouvidos como memórias intermináveis, que não paravam de atormentar, e se arrependendo de tudo o que fez, como se estivesse caindo num fundo de um poço de realidade, finalmente.



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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de dizer o que acharam..
Papai do céu ama vocês e eu também..
Beijoww