The Devil Inside escrita por Duplicata Petrova


Capítulo 7
O7


Notas iniciais do capítulo

PELAMORDEDEUS! Não joguem pedras, abaixem os rifles e as metralhadoras, ah e também os facões, ok? Eu sei que ta complicado ler a minha fic, por causa da demora da atualização, mas vocês sabem.. Eu gosto de demorar e dar um capítulo bonitão para os meu leitores amados! *u*
Fiz uma montagem melhorzinha do "elenco" da The Devil Inside: https://twitter.com/ViiH_codigo6277/status/330319510437511169/photo/1
Ammm.. Ah, escrevi esse capítulo escutando Conquistador - 30 Seconds To Mars, Bull on Parade - Rage Against The Machine e Eat You Alive - Limp Bizkit
Enjoy it :D



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Me aproximei da cama apoiando-me na mesma. Tentei acariciar seu rosto ainda molhado pelas lágrimas, mas ele se afastou de mim parecendo ter medo do contato. Abaixei a mão escorregando-a até a lateral do meu corpo.

Se encolheu envolvendo as pernas com os braços observando os próprios braços mordidos. Seu rosto demonstrava frustração. Seus olhos mostravam um temor da nossa proximidade.

Meu celular tocou. Caminhei até o corredor e atendi.

– Oi, Devon.

– Laura, onde você está?– Pareceu um pouco preocupado

– Estou no hospital.

– No hospital? O que houve? Você está bem?

– Sim, eu.. – Não terminei a frase. Devon teria um surto psicótico se soubesse o porque de eu estar aqui

– Você..? – Pausou – Você está no hospital por causa do Bennet. – Não foi uma pergunta, foi uma afirmação

– Devon, não começa, ok? - Eu já estava sem paciência

– Não começar? Laura, ele é perigoso! Você não pode se apegar a esse garoto, ele é um assassino!

– Devon, por favor.

– Eu não digo mais nada..

– Olha, o que você quer? Por que me ligou? - Perguntei seca interrompendo ele

– Porque gostaria que você passasse aqui na delegacia para pegar uma arma.

– Arma?! Você enlouqueceu?

– Não. Exatamente por isso que quero que você fique com uma arma. O que aconteceu ontem alertou a todos nós que, devemos ter mais atenção e cuidado com Tyler. Não posso te dar uma arma de eletro choque, você pode acabar tomando um choque caso ele encoste em você, como foi o caso ontem.

– Você quer me dar uma arma de fogo?! - Falei em um tom de voz baixo mas indignado

– Sim. Qual o problema?

– Qual o problema?! Todos. Preciso desligar.

– Laura..

– Mais tarde nos falamos, ok? Eu passo aí pra pegar a arma.

– Tudo bem.

Desliguei o celular. Respirei fundo e voltei para o quarto. Tyler estava deitado olhando para o teto, sua respiração estava ofegante e sua face demonstrava desespero. As lágrimas voltavam a correr por seu rosto agora muito pálido. Arrancou os fios que o ligavam nas máquinas que mediam sua frequência cardíaca e ao soro, e começou a se debater na cama como se ele tentasse se livrar de alguém que o prendia ali.

Me aproximei o mais rápido que pude da cama e segurei seus braços contra a o colchão. Ele podia acabar se machucando sozinho.

– Tyler, Tyler, presta atenção em mim. Calma, calma. – Disse passando tranquilidade para o garoto - Shhh.. - Segurou meu braço com força

– Fala para ele parar!

– Parar o quê? Tyler, parar o quê?

– Por favor, fala para ele parar! – Ele implorava entre os soluços

Uma enfermeira ruiva de óculos de mais ou menos uns trinta anos entrou no quarto com uma seringa na mão.

– A senhora pode continuar segurando-o pra mim, por favor?

– Claro.

– Não, não, não, por favor! Por favor! IBO POST TE! – Gritou com a voz distorcida antes da medicação ser injetada em suas veias e seu corpo amolecer sobre a cama. Sua força se esvaiu, seu corpo relaxou por completo e seus olhos incrivelmente azuis se fecharam

Vi a enfermeira respirar aliviada e começar a recolocar os fios em seu corpo.

– Ele vai ficar bem?

– Sim, esse é só um calmante. Nós utilizamos muito nos pacientes com problemas... – Parou antes de concluir a frase

– Mentais... - Completei para ela

– A senhora é o que dele?

– Psiquiatra.

– Ah. – Fez uma expressão de quem entendia tudo que se passava com o jovem

– Ele tem um transtorno, não um retardo.

Não disse nada apenas saiu do quarto.

Me aproximei da cama como havia feito antes. Tudo em seu rosto lembravam um anjo. Mas existia um demônio no interior dele.

Saí do quarto em direção ao estacionamento subterrâneo. O piso do subsolo, mesmo com as lâmpadas florescentes, era escuro. Eu sentia como se alguém me seguisse. Olhei diversas vezes para trás, para checar se tinha alguém ali; eu estava sozinha. Aliás, não estava. Havia um enfermeiro. Entrei no carro e dei partida. Em menos de meia hora eu estava na delegacia.

Mal cheguei no prédio e vi Devon e David saírem as pressas.

– O que aconteceu? - Perguntei observando os dois descerem as escadas

– O que aconteceu? Aconteceu Tyler Bennet. Ele aprontou de novo. - disse McGray irritado

– Mas eu acabei de deixá-lo sedado em um quarto de hospital. - Comentei seguindo-o até a porta do veículo

– Pois é, o sedativo não funcionou. - Abriu a porta do carro preto de vidros escuros e parou me olhando. Pegou uma pistola no coldre preso a uma armação parecida com alças de uma mochila e me entregou - Fica com isso.

– Onde eu vou guardar isso? E como eu uso isso? - Segurando com cuidado para não causar um acidente

– Isso é uma arma. Para não causar um desastre, você trava ela assim - me mostrou como travá-la - e quando você precisar usá-la, você destrava e aperta o gatilho! - Disse me apontando o gatilho - Hum?

– Guarda por enquanto na bolsa. Quando voltarmos, te dou um coldre. - disse David

– Entra no carro. - Ordenou Devon, obedeci sem contestar. Entrei no banco traseiro, sentando ao centro do mesmo para poder conversar com os dois

– O que o Tyler aprontou? - Perguntei

– Um enfermeiro foi encontrado semi nu com perfurações de agulha na garganta. - Explicou David

– E o tal enfermeiro está morto, certo? - Perguntei já sabendo a resposta

– Certo. Várias das perfurações foram feitas exatamente nas veias. Ele sabia o que estava fazendo. Sabia onde atingir para matar rápido.

Eu já tinha associado a morte do enfermeiro com a minha sensação de estar sendo perseguida no estacionamento e depois ter visto um enfermeiro. Aquele enfermeiro era Tyler.

Chegamos ao hospital. Entramos no quarto que eu havia estado a alguns instantes atrás. Faixas de não ultrapasse e pessoas trabalhando em função da morte ocorrida.

David entrou no quarto empunhando a arma.

– Ele ainda está no prédio.

– Você não vai..

– Se for preciso, sim. Eu vou atirar nele.

– Laura, você fica aqui onde tem bastante gente. Nós vamos atrás dele. - Dessa vez quem se manifestou foi McGray

Esperei um pouco e fui atrás deles.

Andei por alguns corredores mais afastados. Meu coração estava disparado, parecia que a qualquer momento sairia do meu peito. Eu estava com medo. Medo da reação do jovem. Minhas mãos estavam suando mais do que o normal.

Mirei o fim do corredor e avistei a silhueta magra de Tyler.

Meu corpo tremia. Eu estava apavorada.

– Você me achou. - Disse o suspeito

– É, achei.

– Antes dos dois homens da lei. - Caminhou até a metade do corredor

– Por que matou aquele homem?

– Por que acha que matei aquele homem? - Se aproximou ainda mais

– Está usando as roupas dele.. - Forcei a vista e li o nome do falecido - Enfermeiro Ropkinns, e ele está morto no seu quarto. Como resistiu ao sedativo?

Fitou-me com a imensidão azul escurecida de maldade e luxúria.

Um arrepio percorreu minha espinha. Era temor não pela maldade em seu olhar, mas sim pela luxúria. Era temor e excitação. Ele me comia com os olhos. Me encurralou na parede, como fez naquele quarto daquela clínica.

Eu não me deixaria seduzir.

– Você não.. - Não consegui terminar a frase por causa da proximidade em que Tyler se encontrava

– Eu não, o que?

– Não faça isso. - Disse quase sem voz. Ele tinha um grande dominio sobre mim

– Fazer o que? Me aproximar? Te tocar? Qual o problema Dra. Laura Simons? Você tem medo de mim?.. Ou do que está sentindo?

– PARA! - Gritei empurrando-o. Olhei a minha volta. Ninguém - SOCORRO! SOCORRO! - Comecei a gritar por ajuda

Nenhum resquicio de raiva transbordava por sua expressão. Agarrou meus braços com força e bateu meu corpo contra a parede.

Lembrei da arma.

Mas como eu a pegaria de dentro da bolsa? A resposta era: Eu não pegaria.

Respirei fundo, encarei seus olhos e acertei uma joelhada em sua virilha. Tyler soltou um gemido alto de dor e caiu de quatro no chão.

Tentei correr, mas antes que conseguisse dar dois passos, Tyler se levantou e me agarrou chocando meu corpo contra a parede de novo.

Dessa vez, passeou a mão por meu pescoço me fazendo arrepiar. Encostou sua boca macia na minha, fechei os olhos. Seus lábios se movimentaram vagarosamente, sua lingua pediu passagem e eu cedi.

Sua mão esquerda continuava me segurando com uma força descomunal; evitando a minha fuga.

Como que no automático, minhas mãos foram até sua blusa e agarraram-na com força puxando-o para mais perto.

Nossos lábios se desgrudaram. E os dele foram até meu pescoço, sua lingua deixando um rastro quente de saliva.

Minha respiração me denunciou novamente; eu estava ofegante.

O que eu estava fazendo? Eu jurei a mim mesma que não me deixaria seduzir. Eu estava fora de controle. Tyler estava me deixando fora de controle.

Apoiei as palmas das minhas mãos em seu peitos e o empurrei de leve, mas seu corpo não parecia ter se movido um centímetro para longe do meu. Tentei empurrá-lo com mais força e de nada adiantou, então reuni todas as minhas forças e acertei um tapa em seu rosto.

Eu sei que não é certo agredir um paciente. Mas ele não me dava outra escolha. Eu estava me defendendo. Só Deus sabe o que ele viria a fazer comigo.

Corri.

Peguei o celular e disquei o número do Devon.

– Devon, o Tyler está no corredor.. - Parei de correr e olhei em volta tentando me localizar - Ele está perto da pediatria.

– Laura, eu falei pra você..

– Não me venha com sermão! Venha logo pra cá. - Desliguei

Continuei a andar pelos corredores confusos. Todos pareciam tão iguais com suas paredes extremamente brancas.

Não demorou muito para que meu celular tocasse e eu escutasse a voz de Devon me tranquilizando, dizendo que Tyler já havia sido capiturado.


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Notas finais do capítulo

Olha, eu quero reviews hein! Nem eu seja pra me ingar pela demora, mas quero. Ah, não sejam muito agressivos, sou sensível! ;)
Beijos, até
ps: Sorrisinho cínico e seduzente do Tyler - http://2.bp.blogspot.com/-ru-y97NsaeM/T-nvyWtMw2I/AAAAAAAAAxw/Nmez_bEy40E/s640/ian.jpg



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