The Devil Inside escrita por Duplicata Petrova


Capítulo 17
17


Notas iniciais do capítulo

EXATAMENTE UM MÊS DEPOIS, ESTOU EU, AQUI, POSTANDO O CAPÍTULO 17. Esse capítulo foi bem difícil de escrever, eu estava com um bloqueio criativo danado. Pra vocês terem uma ideia, eu já estava desistindo de escrevê-lo, mas aí coloquei uma música maluca e a coisa fluiu!
Eu peço desculpas pela demora, mas vocês sabem, eu prefiro demorar e postar algo bom do que postar rápido e não fazer direitinho bonitinho do jeito que vocês merecem.
Esse capíulo está cheeeeeeio de diálogos. Espero que não fiquem cansados ;)
Enjoy it :D
PS: Fiz uma página no Facebook para a história. Curte aí https://www.facebook.com/TheDInside?ref=hl



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Era uma segunda-feira nublada e gelada.

Antes da sete da manhã eu já estava de pé na frente da clínica. Peguei as fitas das câmeras do quarto do Tyler. De lá, fui direto para a delegacia.

David me entregou uma caneca com café e sentou-se. Assistimos horas de vídeo e nada de tão espantoso passou pela tela. Tyler estava se comportando normalmente. Até chegarmos às gravações de domingo. Ele acordou e saiu do quarto; deduzi ser o momento em que me encontrei com ele no jardim e depois na sala de espera com Joyce. Aceleramos um pouco e o que apareceu nos chamou a atenção: Tyler pressionava Joyce contra a parede em um beijo. Tinha uma urgência enorme nas carícias, suas mãos estavam por dentro da blusa dela. Depois de segundos, quando, provavelmente, ele abriu seu sutiã, ela empurrou-o com força para longe. Os dois ficaram se encarando por um bom tempo.

— O garoto devia estar na seca há muito tempo. Olha só o jeito como ele estava tocando ela. — Comentou o perito observando as imagens

— Essa não é a Joyce, amiga da falecida Audrey? — Perguntou Devon

— Sim. — Respondi sem olhá-lo

— Você não parece surpresa. — Disse pausando o vídeo

— E não estou. Temos mais uma vitima dos olhos azuis do Tyler!

— Você quer dizer que ela está apaixonada por ele?! — Perguntou incrédulo

— Sim, desde antes de Audrey ser assassinada. — Disse voltando minha atenção aos dois homens

— Eu não acredito! Como, como ele consegue? Ele tem um poder, um controle psíquico sobre as pessoas! — Exclamou o delegado

Naquela tarde, Evelyn foi até a delegacia e disse querer enfrentar Tyler de frente. Ela queria ver se ele era tão dissimulado a ponto de dizer que não fez nada para com ela. Devon tentou de todos os jeitos possíveis e impossíveis convencê-la a não fazer isso e até a proibiu, mas isso não mudou nada.

Eram seis e quinze da noite, quando ela estava sentada em uma ponta da mesa do interrogatório, Devon a sua esquerda, eu e David a sua direita e Tyler na outra extremidade.

— Então, quem é você? E o que vocês querem de mim? — Perguntou Tyler apoiando os pulsos machucados e algemados sobre a mesa

— Você é muito falso! Como pode perguntar quem sou eu? — Evelyn perplexa

— Eu não sei do que você está falando.

— Ah você sabe sim! Você me estuprou! — Praticamente gritou e a expressão de McGray foi a pior, ele ainda não podia suportar isso, essas palavras que saíram da boca de sua filha comeram mais um pedacinho de seu peito.

— Se eu tivesse feito algo com você, primeiro, você teria gostado; segundo, não estaria me enchendo o saco; e terceiro, um exame teria detectado meu material genético em você. Você fez algum exame?

Aquilo a tinha deixado sem palavras.

Aquela maldade e malícia tinham voltado a dominá-lo.

— Todo esse circo pra nada, não é mesmo? — Ergueu as sobrancelhas se ajeitando na cadeira

Aquela conversa terminou mais rápido do que todos esperavam. E isso foi um alívio! Conforme o caso se desenrolava mais enrolado ele se tornava.

Permaneci na sala com o suspeito enquanto Devon acompanhava a menina para fora do cômodo. Tyler estava sério e mudo.

— Resolveu se calar? — Perguntei provocando-o

— Resolveu me provocar? — Questionou prestando atenção em seus próprios pulsos envoltos pelas algemas metálicas

— O que aconteceu com o você de ontem?

— O eu de ontem?

— Não se lembra?

— Desculpe não me lembro. Eu fiz alguma coisa boa? Porque se eu fiz, eu realmente não quero me lembrar.

— Você parecia mais humano.

— Isso foi um elogio? — Coçou a cabeça com dificuldade espremendo os olhos

— Onde conseguiu essa pulseira vermelha?

— Eu ganhei. Por quê?

— De quem?

— Não acha que já fez muitas perguntas para um dia em que nem você e nem eu deveríamos estar aqui?

— Você tem alguma coisa com a Joyce?

— Mais perguntas?! Pensei que já tínhamos acabado! — Permaneci fitando-o como uma mãe repreendendo o filho adolescente — Eu não tenho nada com aquela garota.

— Então por que a beijou?

— Eu beijei ela?! — Perguntou surpreso

— Por que a surpresa? Eu fiquei sabendo que vocês já se envolveram antes da morte de Audrey.

— É? Interessante! — Debochou

— Vocês se gostam?

— Eu? Gostar da Joyce? — Soltou uma risada pelo nariz — Você só pode estar brincando. Se algum dia nós chegamos a ter alguma coisa, foi puramente carnal! Aquela garota é uma vadia!

— Vadia?

— Não se faça de ingênua, Dra. Simons! Ela sempre foi uma vadia! Sab, ela transava com vários caras...

— Inclusive com você. — Completei sua frase

— Parece que alguém ficou esperta aqui!

— Você traiu a Audrey. — Afirmei

— Talvez. Ela era muito chata às vezes. Grudenta. Ciumenta. Você não pode me prender por conta de adultério, pode? Ainda mais quando a vítima está morta!

— Porque você tinha outra pessoa. — Ignorei seu comentário provocativo e desnecessário

— Não. Eu não tinha outra pessoa. Eu não era um completo cafajeste.

— Eu sei que você tinha uma outra pessoa. Eu andei conversando com a sua avó. Ela me disse que era um garoto. — Resolvi abrir o jogo e contar que eu sabia de muitas coisas sobre ele

— Ela disse mais alguma coisa?

— Na verdade, disse sim. Ela me disse que você surtou quando esse garoto te deixou. Disse que você o amava com todas as suas forças e quando ele não te quis, você entrou em pane.

— Interessante como minha avó releva a minha vida pra primeira pessoa que aparece na frente dela. Velha carente!

— Por que você trata as pessoas que te amam tão mal?

— Porque elas não me amam de verdade. Eu não sou um ser humano amável! Eu não sou bom. Entende?

— E você não faz nada para mudar isso.

— Pra quê? As pessoas não conseguem enxergar quando você se esforça pra ser melhor, elas só enxergam quando você falha no processo. — Suspirou com pesar encarando-me — Eu prefiro ser o diabinho no ombro de alguém sussurrando palavras de incentivo ao mal.

— Ainda dá tempo de confessar o assassinato e não ser condenado à prisão perpétua.

— Eu não matei. — Sussurrou

— Eles já sabem que oi você. Só precisam de uma prova concreta ou uma confissão.

— Então diga para os seus amiguinhos policiais não fecharem o caso. Eles vão precisar de mais provas.

Depois disso, Tyler se calou.

Eu saí da delegacia direto para a minha casa. Eu precisava de um tempo para digerir tudo que estava acontecendo. Precisava de um tempo para pensar, descansar.

Fiquei duas semanas sem tratar de nenhum paciente. Visitei o túmulo do meu filho algumas vezes. Chorei olhando todas as fotos de Peter. Arrumei a casa e joguei no lixo tudo que não prestava. Saí para tomar um drink com o meu ex-marido.

Nosso casamento tinha acabado porque estávamos cansados. Estávamos desgastados, tristes. A morte de Peter abriu um buraco em nossos corações, e esse buraco sugou todo o sentimento que tínhamos um pelo outro. Sugou todo o amor.

Mas éramos grandes amigos.

John estava preocupado comigo. Ele sabia de tudo que eu estava passando. Inclusive, se ofereceu para ajudar-me a ler todos os documentos e fichas que tinham me enviado sobre Tyler.

Ele também ficou chocado com a semelhança entre Tyler e Peter.

— Por que aceitou esse paciente, Laura? — Perguntou mexendo na caixa de documentos

— Queria curá-lo. Ele precisa de ajuda.

— Tem tantos relatórios falando sobre mau comportamento. — Disse folheando uma pasta de papel — Tem certeza que esse garoto é inocente?

— Eu sei que ele não é inocente, — Me olhou espantado — mas também sei que ele não fez porque queria. Ele está doente, John, muito doente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Quero reviews hein hahahaha
Beijos, até



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