The Devil Inside escrita por Duplicata Petrova


Capítulo 11
11


Notas iniciais do capítulo

NEM COMPLETOU UM MÊS! ~Estoura champagne e solta fogos~ Eu disse que não ia demorar... Mentira, eu não disse nada.
Gente, fiz uma Instagram :) http://instagram.com/viihcodigomars
Não tenho muito o que dizer aqui. Ah, música que escutei enquanto escrevia é Kill The Light da Lacuna Coil ;)
Enjoy it :D



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No dia seguinte, decidi continuar com o interrogatório. Mas Devon e David não ficariam na sala; Seriam apenas Tyler e eu, e mais dois policiais preparados para agir caso algo acontecesse, por insistência de McGray.

- Como está se sentindo hoje? - Perguntei sentando e colocando minha bolsa ao lado da cadeira no chão

- Entediado. - Respondeu escorregando o corpo na cadeira

- Pois o seu tédio acabará agora!

- Por quê? Como você pretende me divertir?

- Vamos fazer um jogo de perguntas. O que acha?

- Eu tenho direito a fazer perguntas também?

Depois de pensar por alguns segundos, respondi:

- Sim.

- Ótimo!

Acenei com uma das mãos para que um dos policiais se aproximasse.

- Tire as algemas dele, por favor.

- A senhora enlouqueceu?! - Perguntou surpreso em voz baixa

- Vocês estão aqui para me proteger, não estão? - Ele assentiu - E eu acredito que Tyler é inteligente o suficiente para não fazer qualquer coisa contra mim.

- Sim, senhora.

O suspeito ergueu os braços na direção do homem de farda com um sorriso vitorioso. O guarda abriu as algemas e as retirou guardando-as

- Liberdade! - Disse esfregando os pulsos

- Podemos começar?

- Claro.

- Você cresceu em alguma religião?

- Sim, o catolicismo.

- Quem da sua família era praticante do catolicismo?

- Minha mãe era e minha avó é.

- E o seu pai? Ele não era católico?

- Meu pai era espírita.

- Certo. - Disse enquanto anotava as informações em um caderno

- Por que está me fazendo perguntas sobre religião? No que isso vai te ajudar? A sua fé vai te ajudar em alguma coisa? Vai afastar o mal?

- Deus nunca me abandonou, Ele sempre está comigo. - Respondi suas perguntas olhando dentro dos seus olhos que estavam em um tom de azul esverdeado

- Hm, que bom...

- Você é praticante do catolicismo?

- Não.

- Você acredita em Deus? - Nenhuma resposta veio e como da primeira vez que nós nos encontramos, ele ficou calado, estático, como se só seu corpo estivesse ali e sua alma estivesse vagando por outros lugares - Você acredita que existe um Deus? - Continuou quieto, parecia não respirar - Tyler? - Chamei e ele pareceu despertar de um transe - Tyler? - Chamei mais uma vez

- Ele está aqui. - Sussurrou olhando de modo insano para o mesmo lugar. Me virei e não tinha ninguém ali - Por favor, me deixa sair daqui! Eu quero ir embora! Me deixa ir embora!

- Não tem ninguém aqui além de nós dois e os dois policiais.

- Tem sim. Ele está atrás de você. Não deixa ele chegar perto de mim.

- Ele quem? Quem está atrás de mim?

- O meu pai. - Sussurrou

- Você tem medo dele?

- Eu só quero sair daqui! - Sua voz de um sussurro assustado passou a ser um "rosnado" rouco

Uma ponta de desespero nasceu em seus olhos.

Levantei-me, recolhi minhas coisas e comecei a caminhar em direção à porta.

- Por favor, não me deixe sozinho com ele. - Seu tom de voz tinha voltado a ser assustado e não assustador, seus olhos estavam cobertos por uma camadas de lágrimas prontas para entrarem em ação - Por favor... - Ele não se levantava da cadeira. Parecia uma criança pedindo permissão para sair do castigo

Pedi para que os policiais saíssem comigo, deixando Tyler sozinho.

Fui até Devon que observava tudo pelo vidro esfumaçado.

- O que você pretende? - Perguntou olhando pela grande janela para dentro da sala

- Pretendo observá-lo.

- Só isso?

- Tyler alegou que o pai dele estava dentro da sala.

- Eu o ouvi dizendo isso. Mas eu ainda não entendi o objetivo.

- Quero assistir como ele se comporta. As sessões e interrogatórios são filmados?

- Sim. - Apontou um pequeno televisor

Os minutos se passando e a única coisa que nós conseguíamos observar, era Tyler olhando fixamente para a mesa.

A paciência de Devon já tinha ido por água abaixo. Ele tinha os braços cruzados uma feição de irritabilidade.

Eu alternava minha atenção do vidro para a pequena televisão que começava a chiar e falhar. Olhei pela grande janela. Tyler fitava a câmera. Voltei para o televisor. Ele não funcionava.

- A câmera não está funcionando.

Olhou para o visor e não tinha imagem, apenas uma tela cinza chiada. Olhou pelo vidro esfumaçado. Seus olhos pareciam transmitir um temor grande. Segui seu olhar. Era como se Tyler conseguisse ver através daquele vidro, o que era impossível pois do lado de dentro o vidro era uma grande placa preta espelhada. O jovem estava de pé de frente para Devon olhando-o nos olhos.

Baforou no vidro e escreveu ao contrário para nós, do lado de fora, compreendermos. A frase era "Eu posso ver vocês".

Aquilo tinha mexido com o delegado. Talvez agora, Devon começasse a acreditar que algo de muito ruim habitava o corpo de Tyler Bennet naquele momento.

O garoto se afastou com uma expressão de dor. Segurava seu próprio punho e fazia muito esforço para se impedir de fazer alguma coisa. Parecia travar uma luta consigo.

Tyler estava perdendo o controle, estava perdendo o controle de seu próprio corpo para a coisa ruim.

Parou. Seus olhos foram de encontro aos meus. Aproximou-se do vidro e desferiu um soco no mesmo.

- O quão forte é esse vidro? - Perguntei encarando o suspeito

- É blindado.

- Ou seja, Tyler não conseguiria quebrá-lo.

- Não. Esse garoto não tem tanta força assim.

Desferiu outro soco fazendo o vidro trincar. Afastamo-nos do lado de fora e Tyler se afastou também dando a volta em torno da mesa.

Por um milésimo de segundo me virei para Devon e quando olhei de volta para o garoto, só consegui enxergar uma cadeira sendo arremessada em nossa direção.

O homem ao meu lado me puxou para longe. Não sabíamos se aguentaria. Então o jovem continuava a distribuir murros e como se a coisa ou a pessoa que o tinha tomado saísse, seu corpo foi de encontro ao chão.

Corri até a porta sendo avisada por todos para não fazer aquilo e entrei na pequena sala. Tyler parecia inconsciente, mas tinha os olhos abertos. Respirava de modo fraco e suas mãos tinham espasmos musculares.

Chamei seu nome baixinho me abaixando e vi seus olhos mexerem.

- Ele está me matando. Me condenando pelos meus erros. - Sussurrou se encolhendo

Aquele Tyler Bennet não parecia ser nenhuma das facetas apresentadas anteriormente. Era como se Tyler se tornasse em alguém mentalmente equilibrada, uma pessoa "normal" aos olhos da sociedade.

- Por que seu pai faria isso?

- Não era o meu pai. Era pior.

- Quem era?

- O coisa ruim. - Ele estava se referindo ao AntiCristo

Policias entraram levantando e levando-o de lá.


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Notas finais do capítulo

Espero merecer reviews ;D
Beijos, até meu povo



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