Youre Never Gonna Be Alone... escrita por Fucking Vengenz


Capítulo 1
Silent Lucidity


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Essa historia foi baseada em um sonho que meu namorado teve, e então decidi escrevê-la! Para dar um clima, ouçam Silent Lucidity do Queensrÿche, é ótima! :3 Tenham uma ótima leitura!



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Era um final de semana como qualquer outro, fazia frio, e tudo parecia um tanto quanto sombrio. Como de costume fui buscar minha namora em casa, para uma festa, mas quando cheguei, não fui recebido como de costume, com um beijo ou um abraço. Dessa vez ela me ignorou, ela estava triste, seus olhos marejados, e eu em agonia por vê-la daquele modo, perguntei diversas vezes o que tinha acontecido, mas todas as minhas perguntas foram ignoradas. Tentei descobrir de novo por qual motivo ela estaria assim, mas ela apenas suspirava, olhando para a rua e seu rosto estava sem expressão alguma, coisa que eu quase não via nela. Para evitar uma possível discussão preferi me calar. Ela parecia estar pensando em alguém, com o olhar fixo para a janela... Certo, comecei a ficar com ciúmes!


O destino era a casa do baterista da minha banda, pois haveria uma festa, a principio seria uma comemoração para mim, pelo primeiro disco gravado da banda que estava fazendo sucesso, havia show por todo lado, mas eu ainda estava incomodado querendo saber qual era o motivo da minha namorada estar triste e chorando em boa parte do caminho.


Quando chegamos a festa, tudo corre normalmente, havia alegria e comemoração, e a minha garota estava ainda triste, quieta em um canto qualquer da sala. No meio na festa chegou um homem que eu nunca havia visto antes, eu não fazia idéia de quem era! Ela então, se levantou e andou em direção dele abraçando-o. Senti certo ódio misturado com ciúme, como ela o conhecia? Continuei sentado na sala, pensando no porquê minha namorada estava abraçando e chorando no ombro de um homem que eu não conhecia.


Vejo então que os dois somem do meu campo de visão, indo para um lugar mais reservado, fora da festa, onde eles começaram a se beijar. Ao ver aquela cena, senti meu estomago se revirar, uma raiva misturada com tristeza se formou no meu peito; comecei a gritar o nome dela, e ela não ouvia. O baterista, acompanhado dos outros integrantes da banda haviam interrompido o beijo falando algo no ouvido dela, após esse feito, todos se levantaram, e no meio do quintal da casa, os rapazes da banda e os meus pais entregaram a minha guitarra para ela, dizendo que era um presente. Observei aquilo calado, sendo ignorado por todos ao meu redor, parecia que eu havia deixado de existir para eles.


Minha namorada sai da casa chorando e com a guitarra na mão, caminhando em direção a um cemitério, então eu a segui. Ao entrar no cemitério, ela sentou-se na frente de uma lápide com a guitarra em seu colo, observando o nada. Quando me aproximei, notei que na lápide estava escrito o meu nome. Petrifiquei. E então, como um flash, tudo começou a fazer sentido, o porquê fui ignorado, e o porquê do rosto macio e belo da minha namorada estava triste.


Observo-a começar a tocar minha guitarra, mesmo sabendo que não estava saindo som algum, continuou. Eu sabia que ela estava tocando e cantando para que eu a escutasse talvez pela ultima vez musicas que marcaram momentos perfeitos da nossa vida. Quando levantei a cabeça, observei que meus amigos da banda estavam ali, se aproximando dela. O baterista cravou um par de baquetas no gramado em frente a lapide, e colocou as mascaras que usávamos no show aos pés da baqueta e pendurou a minha em cima da mesma. Sorriram para ela, tentando passar algum consolo para a garota que chorava, esboçando um sorriso forçado.


No momento em que todos já estavam voltando para casa, eu tive a oportunidade de tocar no joelho dela. Ela finalmente conseguiu me ver, seu choro aumentou. Ajoelhei-me diante dela, mexendo em seu rosto, enxugando suas lagrimas, enquanto ela dizia que estava com muitas saudades de mim. Senti meu peito apertar ao vê-la daquele jeito e então a abracei, dizendo que estaria sempre com ela, em todos momentos de sua vida, nas vitórias e nas derrotas, que ela estaria em meu coração. Separei-me dela, sentindo que meu tempo ali havia acabado, mas até que consegui aceitar a morte como uma boa amiga, mas estava difícil me separar dela. Então eu a beijei pela última vez, foi o momento em que eu senti que estava desaparecendo novamente para ela e então a escuridão tomou meus olhos e eu ouvi uma voz dizendo “Fique tranqüilo, você não se separará dela, há um filho seu no ventre dela, e você retornará como sua filha.” Foi então que sorri pela ultima vez e um calor me tomou e eu adormeci.


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(Pov 3ª pessoa)


Haviam se passado vinte anos desde que o guitarrista havia morrido em um acidente de carro. Sua namorada havia criado a menina e hoje, seria o casamento dela. Ela estava sozinha com a mãe em um quarto, vendo as fotos de seu pai, e sorria. Como desejava tê-lo conhecido.


– Alicia, saiba que seu pai nem sabia de sua existência e já te amava muito.


– Sim mãe, não sei porquê, mas acho que o papai mora dentro de mim. – Disse a garota colocando a mão em seu peito, sentindo seu coração bater. – Quando ele faleceu?


– No dia doze de maio, quando completávamos três anos de namoro. Ele ia me pedir em casamento, mas é, o destino o tirou de mim... – A garota observou a mãe abaixar a cabeça, deixando as lagrimas correrem soltas por seus olhos.


– Hey mãe, ele está com a gente, fique tranqüila. Pelo que você me contou, ele não vai nunca desistir de você mamãe, ele vai estar sempre no seu coração. – As duas sorriram e então a mãe se levanta e caminha até a porta.


– Sim... ele prometeu que seria para toda a eternidade e eu acredito nisso... – Ela sai, deixando a filha, que terminava de se arrumar.


– Sim mãe, ele te amará eternamente... – Ela sorri, olhando para foto de seu pai e sua mãe juntos, e sai também, apagando as luzes.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! :3



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