Geração Das Cobras - Com A Nova Geração escrita por Ginny Bowen


Capítulo 2
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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A fila do Chapéu Seletor andava rápido demais na opinião de Alvo. A menina a sua frente estalava os dedos, nervosa. Ele iria primeiro que sua prima Rose que, por incrível que pareça, havia ficado para trás conversando com alguém, mas Alvo estava inerte demais em seus pensamentos para pensar em quem era. Até que ouviu a voz do professor Longbottom excessivamente próxima.

_Alvo Potter.

Ele rapidamente sentou-se no banquinho. Todos no salão ficaram apreensivos ao ouvir seu nome. O Chapéu Seletor começou a falar em seus pensamentos:


“_Vejamos... é muito corajoso, mas parece que o chamam sempre de ‘brincalhão’ e companheiro, não? Realmente... acho que já sei para onde vai.

_Sonserina não... por favor!

_Não se preocupe, já decidi sua casa.”


Nesse momento Alvo sorriu, só poderia ir para Grifinória... ou não?

_Lufa-lufa!

O salão inteiro congelou, até os professores. O pequeno Potter não conseguia nem ao menos respirar. Até que sentiu um solavanco, como se alguém chutasse o seu banco, o fazendo acordar.

_Al - dizia uma voz conhecida – saia do chão! James, você tem que aprender a parar de fazer isso, ele podia ter batido com a cabeça no banco!

_Só vim dar boa viagem ao meu irmãozinho – disse James irônico.

Alvo olhou a volta e viu mais três pessoas no vagão. Ainda estava meio tonto com a queda, mas logo pôde entender o que estava acontecendo. Levantou do colo de Rose e falou para James com a cabeça ainda girando:

_Boa viagem para você também e obrigado por me acordar – viu James olhar questionativo e continuou – estava tendo um pesadelo com você sendo atingido por um ‘Riddikulus’!

James virou a cara irritado e saiu do vagão. Não estava a fim de discutir com seu irmão e sua prima mais novos na frente do “convidado especial”.

_Al?

_O que priminha linda?

_Eu ia perguntar se você estava bem, mas parece que sim, não é?

_Eu estou, seu novo amigo é que está meio sem graça. Você não aprendeu que não é certo ignorar as visitas Rose?

Rose revirou os olhos e olhou para Scorpius, que durante todo aquele diálogo havia tido vontade de poder aparatar.

_Alvo, esse é Scorpius, Scorpius Malfoy...

_Sério, Rosinha, acho que não eram necessárias todas essas apresentações – disse Alvo já sentado no banco, olhando para a mão levantada de Scorpius e fazendo-o ficar ainda mais sem graça e rir nervoso.

_Acho melhor eu nunca mais te deixar dormir no Expresso, não te fez muito bem.

_É, realmente, eu não tive um sonho muito legal...

_O com seu irmão? – perguntou Scorpius

_Não Scorpius, isso foi só para ele sair daqui – respondeu Rose já conhecendo seu primo.

_Pois é, na verdade meu sonho era sobre... Ah! Rose, antes de tudo, quais as características para Lufa-lufa?

_Grande entusiasmo, pressa ou agitação. Porque Alvo?

Nesse momento Alvo congelou, nunca havia pensado na possibilidade de ir para essa casa. Rose e Scorpius olhavam para o garoto apreensivos, mas logo viraram-se para a porta do vagão que era aberta por uma menina levemente morena de cabelos longos.

_Posso me sentar aqui com vocês? Um grupo de garotos me expulsou, acho que... – mas então ela parou de falar e olhou para Alvo – por favor, não me expulsa de novo não, não sei como você chegou aqui tão rápido, mas esse é o único vagão que não está totalmente cheio nem totalmente vazio!

Alvo olhou para a menina sem entender e então a viu franzindo o cenho:

_Ué, você não tinha olhos verdes!!

Rose, como sempre muito inteligente, logo entendeu o que havia acontecido.

_Porque o menino que te expulsou não era ele. Quem te expulsou, provavelmente, foi James Potter, que é irritantemente “engraçadinho”. Esse é Alvo Potter, irmão dele, que tem olhos verdes e é um pouco mais baixo.

_Ah... eles são realmente um pouco diferentes, só espero que você também seja mais amigável, porque seu irmão...

_Pode deixar – disse Alvo tentando parecer inocente, mas com um sorriso maroto para a menina, que fingiu não reparar, achando que era apenas impressão dela. Logo ele apontou para o banco vazio ao seu lado e continuou – você não nos disse seu nome...

_Ah sim! Sou Annastasia Corner, mas me chamem só de Anna – Rose abriu a boca para falar alguma coisa, mas Annastasia logo a interrompeu – não precisam se apresentar, são Weasley e Malfoy. Pelo visto sou a única desconhecida por aqui...

_Que nada – falou Rose tentando parecer mais sociável

_Vocês são tão sem sal! Que cumprimentos mais formais – falou Alvo abraçando a menina que, assim como Scorpius, estranhou o ato. Rose, já acostumada com o comportamento de Alvo, logo perguntou para provocá-lo.

_Ué, Alvo, por que você não abraçou o Scorpius também?

_Ora, eu estava com vergonha, mas já que você me expôs, né... – disse tentando fazer voz anasalada e arrastada.

Alvo foi soltando Annastasia e logo abriu os braços e sorriu para Scorpius que não retribuiu.

_Não era para manter em segredo que você é gay?

_Era, mas já que você insinuou – falou o moreno entrando na brincadeira

_Que pena, porque eu não sou muito chegado a pessoas do mesmo sexo que eu – completou o loiro empurrando para o lado os braços que ainda estavam abertos para si.

Logo todos no vagão começaram a rir e foi assim a viagem inteira. Dali sairiam bons amigos.



***

Eles estavam na tão temida fila do Chapéu Seletor. Para o desespero de Alvo, tudo ocorria como em seu sonho, exceto por uma coisa: ele agora conhecia a menina a sua frente. Era Annastasia.

Como no sonho, ele estava no começo da fila e Rose mais atrás com Scorpius. Queria se acalmar, então começou a puxar assunto com a morena, o que não adiantou muito.

_Anna, para que casa você quer ir?

_Corvinal, com certeza. Sobre Grifinória tenho opinião neutra, mas realmente não pretendo ir para Lufa-lufa, muito menos Sonserina.

Isso o fez lembrar que ainda havia Corvinal e ele queria ir para a Grifinória. Se os pedidos de ambos fossem realizados, eles ficariam em casas diferentes.

_Annastasia Corner!

_Ih! É a minha vez!

Anna saiu da fila deixando o moreno sozinho no começo da mesma. A cada careta feita pela menina, ele tentava ao máximo evitar pensar no que ecoava pela cabeça dela e no que ecoaria na sua.


“Srta. Corner, teus pais eram da Corvinal, não é mesmo?”


A menina apenas confirmou com a cabeça.


“Então presumo que não serás da casa de nenhum dos dois”


Annastasia inicialmente se assustou, mas logo quis saber o porquê.


“És inteligente, mas a casa ideal para ti é...”


_Sonserina!

Ainda perplexa, a menina foi em direção à mesa da Sonserina. Olhou para Alvo, que estava com a expressão vazia direcionando-se ao banquinho.

O menino agora estava dividido. Scorpius logo foi chamado para a Sonserina, mas e se Rose fosse para a Corvinal?! Ele ficaria, no seu ano, sozinho na Grifinória, ou talvez até na Lufa-lufa. Entrou em desespero novamente, mas logo tentou se acalmar e esvaziar a mente para uma decisão justa. OK, ele não esvaziou a mente; queria uma decisão justa que não fosse Lufa-lufa. Passou a se focar em apenas uma frase:


“_Lufa-lufa não!

_Ora, ora, seu pai me veio com uma frase parecida. Ao contrário de ti, ele não queria ir para a Sonserina. Agora vejo que ele não tinha, afinal, tantos motivos que o fizessem ir para lá, já tu...”


Alvo lembrou-se então de sua família. O que eles pensariam se ele fosse parar em Sonserina? Ele tentou reaver sua decisão, mas já era tarde...


“_Devias ter pensado nisso antes garoto, agora não tens mais volta, a decisão está tomada...”


_Sonserina!

Como em seu sonho, o salão inteiro se calou. Então, novamente, Annastasia estava lá para modificar seu sonho e o fez. Mesmo que muito timidamente, começou a bater palmas para o garoto, sendo logo seguida por alguns alunos do primeiro ano e depois toda a Sonserina. Alvo deu um leve sorriso e encaminhou-se para a mesa de sua atual casa, lembrando-se do que o Chapéu Seletor dissera antes das seleções:


“Ou quem sabe você pertence à Sonserina. E ali fará seus verdadeiros amigos.”


~~~~xx~~~~


Do outro lado do salão, ainda na fila para o banquinho, estava Rose acompanhando tudo, calada e pensativa. Os colegas que Scorpius apresentara eram bem legais. Leah Zabini e Erick Goyle.

Depois das seleções de Alvo, Annastasia, Scorpius e Erick só havia um porém na história: era bem provável que todos que havia conhecido hoje, mais o seu primo, fossem da Sonserina. Menos ela.

O Chapéu, pouco depois de encostar à cabeça de cada um dos quatro citados, mandou-os à Sonserina. Chegara a vez dela.


“_Mande-me logo para a Grifinória!

_Nossa, mas que atitude rude, incomum de tua parte Srta. Weasley. Acho que já sei a casa ideal para ti.”


Rose sorriu. Seu lado atriz veio a calhar. O problema era o lado negativo da situação, a que logo foi lembrada.


“Ué Srta. Weasley, não vais objetar sobre tua família e se arrepender tardiamente como fizera teu primo?


Rose começou a pensar sobre esse fato. Porém logo foi interrompida.


“Acho bom que não o faça, pois decisão tomada por mim não é desfeita.”


_Sonserina!

Então, pela segunda vez naquela noite, o salão inteiro congelou e James quase enfartou. Mais pela cara da menina do que pela decisão do Chapéu, por incrível que pareça. Até Alvo se assustou com o sorriso de orelha a orelha da ruiva saltitante que vinha em sua direção. Mesmo com o susto, logo os sonserinos começaram a bater palmas um pouco a contragosto, já que Rose era uma Weasley.

Chegando à mesa, logo recebeu um abraço de urso de seu primo.

_Rosinha, hein, mostrando seu lado maquiavélico! Quero ver como tio Rony e companhia vão receber essa “maravilhosa” notícia.

A menina, pensando nisso, sentiu um calafrio percorrer a espinha, o qual logo passou.

_Ele se acostuma.

Os dois deram de ombros e Annastasia continuou a conversa:

_Quero ver é quando MEUS pais souberem que EU fui parar na Sonserina. E o Chapéu Seletor disse que eu era inteligente, mas não tinha a mínima chance de ir para a Corvinal.

Os seis ficaram em silêncio. Leah também foi mandada à Sonserina, como era de se esperar, e parabenizada. Alvo foi o primeiro a recomeçar a falar.

_Meu pai tudo bem, mas quando minha mãe souber do “filhinho sonserino”, vai começar com seus chiliques e piripaques. Nem quero ver. Espero ter que contar só para o meu pai. Ele que conte para ela.

_Sério?! Mas a tia Gina é tão calminha... Ela sempre foi um amor comigo!

_Pois é, quando ela não está estressada é a melhor mãe do mundo, caso ela esteja... Sai de baixo!

_Aham... Ah! Já conhecem o Erick? Scorpius apresentou-me a ele e Leah na fila do chapéu.

_Já nos apresentamos, antes de você chegar. Agora... Gente, pra que tanto medo? A Sonserina é legal! Nossos pais vão adorar a notícia! – disse um Erick animado.

_Ai seu cabeça-de-trasgo! Imagina se a gente fosse para a Grifinória? – irritou-se Leah.

_Eles iriam adorar... – completou Scorpius irônico.

_Ah! Mas olha a diferença: A Sonserina é muuuuuuito melhor!

_Pra vocês, né?! – falou Rose já nervosa.

_E agora vai ter que ser pra gente também, prima linda.

_Argh!

_Nossa! Isso é que é uma legítima sonserina! Rosinha mostrando seu lado rebelde? Já está crescidinha, não? – antes que Rose pudesse soltar um “Eu tenho a mesma idade que você”, o garoto completou, vendo o olhar de Scorpius – Não para isso seu palhaço! Tarado! – fazendo Rose corar.

_Ué, Alvo, você não disse que a graça era sua especialidade? – perguntou Anna para entrar no clima.

_Não é mais! Ou melhor, é sim – e devolveu a Scorpius um sorriso como o dele – ele não é um palhaço, é uma doninha aguada!

Eles riram. Menos o loiro, que percebeu o olhar de Minerva e logo alertou aos outros. Eles não haviam prestado atenção a nenhuma palavra da diretora. Só houve tempo de Erick completar:

_É, vocês não poderiam ter ido para outra casa mesmo! – os outros o olharam uma última vez – teremos anos bem divertidos juntos! – e assentiram com um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Demorei para postar, eu sei, mas o próximo capítulo vem logo, logo.

Gostando ou não do cap, deixem suas opinião, ok? É por elas que eu encontro meus erros e tento consertá-los. Avisem-me sobre qualquer erro na gramática na lógica do texto.

Beijão a todos.



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