Obstáculos De Um Amor escrita por LA_Black


Capítulo 21
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

E enfim o sábado chegou. Achei que não viria, mas aqui estou.
Capítulo dedicado à Je Anny Black que fez a primeira recomendação da fic. Sigam o exemplo dela e me deem mais alegria com outras recomendações! kkkk
Queria agradecer a ela que foi super fofa e me deixou emocionada em saber que consegui criar uma das suas personagens favoritas.
Aproveitem o capítulo e nos vemos lá embaixo.



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CAPÍTULO 19

Peguei minha carteira em cima da cama e desci as escadas, parando em frente ao enorme espelho que havia ali. Usava um vestido preto, rendado no colo e com um laço, scarpins pretos e meia calça. E por cima, joguei um trench coat, para ninguém achar que eu era anormal por não usar casaco no frio que estava fazendo. Coloquei brincos discretos e uma pulseira simples. Optei por não usar nada de diferente no pescoço. Minha gargantilha com o símbolo estranho ainda estava lá, e bem à vista. Não consegui tirá-la, fazia parte de mim.

Lá fora o vento zumbia fazendo as árvores balançarem-se e baterem com força sobre as janelas. No meio de todo o barulho, o ronco suave de um motor de carro se aproximou. “Matthew.”, pensei. Se ele tivesse um carro legal (como eu imaginava), ganharia alguns pontos comigo.

Esperei ele tocar a campainha e atendi-o logo em seguida.

-- Boa Noite. – Matthew me disse.

-- Boa Noite. – dei um sorriso.

-- Já está pronta?

-- Aham. Só vou pegar a bolsa... – falei entrando em casa e pegando a carteira em cima do sofá.

-- Você está linda. – comentou.

-- Você também não está de se jogar fora. – brinquei olhando a roupa que ele usava. Ela era simples, mas mostrava toda a personalidade dele e também seu status...

-- Adorei o carro. – falei olhando para o Alfa Romeo 8C Spider branco estacionado na porta.

-- Comprei tem pouco tempo. Não poderia deixá-lo em New York. Mas você sabe de carros?!

-- Um pouco. – disse andando ao redor da parte da frente do carro. – Motor V8 de 4,7 litros, 600 cv de potência, vai de 0 a 100 km/h em mais ou menos 3,9 segundos. – ele assobiou.

-- Um Pouco?! – me olhou admirado.

-- Eu gosto de velocidade... – dei de ombros. – E de carros. Não é a toa que eu tenho vários na garagem.

Ele sorriu e abriu a porta do carro pra mim. “Cavalheiro.”, pensei entrando no veículo.

Matthew ficava muito mais bonito sem o terno e a pose de empresário. Pena que não era essa beleza que eu queria naquele momento. E eu acho que ele percebeu, já que perguntou se eu estava bem, pois parecia muito distraída. Depois disso eu tratei de ficar com uma cara boa e alegre por estar saindo com o cara.

-- Comida japonesa?! – perguntei quando ele parou em frente a um dos restaurantes mais caros de Port Angeles.

-- Você não gosta?! – me olhou espantado, morrendo de medo de ter errado na escolha.

-- Não... Eu gosto. – olhei o movimento do local. Apesar de ser o início da semana estava bastante cheio.

Entramos no restaurante e fomos guiados pelo maitre a um lugar mais reservado. Ao que parecia, Matthew queria me impressionar. Nossa “mesa” era bem ao lado de uma janela com uma vista esplêndida.

Toda a decoração era preta e vermelha. As mesas eram típicas da cultura japonesa e as almofadas, onde nos sentaríamos, eram uma espécie de cadeira, mas sem as “pernas”. Se eu estivesse mais animada diria que foi uma boa escolha.

O jantar transcorreu bem, omitindo as partes em que ele dava em cima de mim descaradamente. Mas não vou dizer que não gostei. Era bom saber que alguém me achava bonita, atraente... Que mulher não gosta?!

Conversamos sobre nossos gostos, preferências, amizades, família. Nós quebramos todas as regras do primeiro encontro ao falarmos sobre casamento e coisas do tipo. A culpa não foi totalmente minha, ele quem começou e eu dei brecha.

Eu nunca havia pensado em casar e ter filhos... Nesse dia fui obrigada a parar e refletir. Matthew queria. Até porque seus pais praticamente exigiam que ele encontrasse uma mulher à sua altura e que tivesse seus herdeiros.

Quando eu lhe contei que havia criado a empresa praticamente do nada, juntamente com Lucy, ele virou definitivamente meu fã. Afinal tudo que ele tinha, pertencia também a seus pais, já que a empresa fora fundada por seu avô paterno. Era quase como uma obrigação seguir os passos do pai.

-- Tem certeza que não quer ir para o meu hotel?! Lá nós podíamos conversar melhor... – tentava me convencer enquanto esperávamos o manobrista trazer o carro.

-- Tenho certeza Matt. – sorri de lado. – Prefiro ir pra minha casa.

Ele estava me testando pra ver se eu era mais uma “fácil”. Vê se pode?! E de acordo com seus pensamentos eu havia passado no teste. Matthew não era nem um pouco parecido com os outros caras com quem eu já tinha saído. Ele realmente queria um relacionamento sério e estava enxergando a possibilidade de ter um comigo.

Eu não estava com receio, nem nada do tipo, até me sentia lisonjeada... Eu só... Tá bom. Eu tinha medo sim. Nunca tive um relacionamento sério na vida! Era de se esperar o medo de ter um antes mesmo de tê-lo começado. E eu não era nenhuma “virgem de trinta anos”, mas ainda esperava ficar com o Jake.

Paramos na porta de minha casa e nós ficamos nos encarando por um bom tempo sem ter nada pra dizer.

-- Boa Noite Matt. – abri a porta do carro e saí.

O homem ainda ficou lá dentro tomando coragem pra fazer o que tinha que fazer. Qual é?! Eu já havia dado todas as pistas de que também queria, então por que ele estava demorando tanto?!

Quando eu estava destrancando a porta ele saiu e me chamou. Eu simplesmente me virei e torci pra que o que estava prestes a se realizar desse certo e eu finalmente fosse feliz.

-- Você esqueceu o celular. – sério que ele disse isso?!

-- Obrigada. – falei arrancando o aparelho de suas mãos.

E antes que eu virasse Matthew me puxou e segurou minha nuca com firmeza esmagando seus lábios nos meus. Até que ele beijava bem... Admito: ele beijava muito bem. E era carinhoso ao extremo. Mas naquele instante desejava outros lábios sobre os meus... Outras mãos passeando por minhas costas... Ansiando apagar a lembrança do beijo de Jacob da minha memória, me entreguei ainda mais ao momento. Terminamos com vários selinhos e encostamos os narizes num beijinho esquimó.

-- Almoça comigo amanhã?! – perguntou segurando meu queixo.

-- Aham. – dei um selinho nele.

-- Tchau. – falou me dando outro beijo de tirar o fôlego e seguindo direto para o carro.

Só depois de ele ter desaparecido de minha vista que eu olhei ao meu redor, parando na casa dos Cullens e dando de cara com um Jacob de punhos cerrados e rosnando pra mim... Seus olhos estavam quase negros de raiva e os dentes começavam a despontar. Jake estava se transformando e nem deu tempo de dizer nada, pois em poucos segundos ele virou um grande lobo castanho avermelhado e entrou na mata mais rápido que um raio.

-- O que será que deu nele?! – me perguntei enquanto voltava pra casa.

A palavra ciúmes piscou na minha cabeça.

-- Eduarda... Acho que você bebeu Shōchū¹ demais.

Shōchū¹ - bebida destilada típica do Japão. Costuma ser destilada a partir da cevada, batata doce ou arroz, e tem uma graduação alcoólica de cerca de 25% (menos que o uísque ou a vodca, porém mais que o vinho e o saquê). Alguns shochus, que são destilados múltiplas vezes durante o processo, e costumam ser usados em misturas com outras bebidas, podem chegar a 35%.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? E o Matthew? Ele presta ou é só um carinha doido? Vocês acham o Shia Labeouf bonito? A Duda real não. Eu, particularmente, acho ele muito fofo e quando criei o Matthew, ele se encaixava perfeitamente com o ator. rsrsrs
Perceberam que eu consegui responder os comentários? Fiquei orgulhosa com isso!
Bjos e ótimo final de semana! ;)



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