Expresse-se escrita por BloodMary


Capítulo 5
Cause there'll be no sunlight If I lose you, baby


Notas iniciais do capítulo

Infelizmente a fic ta acabando :/



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Uma semana. Sete Dias. Alguns minutos. Mais segundos que minutos. Esse era o tempo que eu estava “ignorando” Sasuke, e para ser bem sincera nem eu fazia idéia que ia ser tão... tão horrível, acordar sem ver o sorriso dele, sem ele me levando em suas costas...

A coisa estava ficando séria! Nos primeiros dias, ele tentava sorrir para mim ou acenar, mas eu fingia que não era comigo. Não atendia as ligações, não retornava mensagens, “nem me importava” quando ele mandava recado pelo Hiro. Agora quando ele passa por mim, nem me olha, nem eu fazia questão de olhá-lo também. Eu fiz isso, digo, me afastei dele para ver se eu parava de sofrer, mas parece que a dor em mim só aumentou.

E hoje é questão de descobrir que Sasuke Uchiha era quem eu precisava. Eu não respiro sem ele.

Eu não tenho vida sem ele.

– VOCÊ PRECISA CONVERSAR COM O SASUKE! – Akira invadiu meu quarto (gritando) e se sentou na minha cama, onde eu estava sentada. Eu desviei minha atenção para o notebook que estava em minha frente, para ela.

–Primeiro de tudo... – Levantei meu dedo indicador – Portas são feitas para privacidade, e se ela estava fechada, tivesse pelo menos o bom senso de bater nela. – Falei olhando para ela – E segundo – Levantei o outro dedo – Sasuke é seu namorado, não tenho nada haver com isso. – Voltei os olhos para a tela do computador.

– Saky... - Ela me chamou. Calma, Saky? Qual foi a ultima vez que ela me chamou assim mesmo? – Desde que você se afastou dele, Sasuke não é mais o mesmo. – Ela respirou fundo. – Ele não sai mais comigo, e eu nem lembro qual foi a ultima vez que ele me deu um beijo de verdade. – MELHOR ASSIM!!!!!!!! – Por favor, nem a mãe dele o reconhece mais. – Ela olhou nos meus olhos, e eu senti pena... (?)

– Porque você não tenta conversar com ele? – Perguntei.

–Você acha que eu já não tentei? – Ela suspirou – Por favor! – Ela suspirou baixinho, com a voz chorona. – Em anos eu nunca te pedi nada, e por favor Saky, não é nem pra mim. É por ele.

Senti todos os meus órgãos afundarem dentro de mim, e eu inclinei a cabeça um pouco para atrás. Fechando os olhos e respirando fundo.

–Eu não vou falar com ele, Akira. – Eu falei reabrindo os olhos.

–Porque?

–Porque?... – Eu balancei a cabeça e ri. – Você sabe, todo mundo sabe. E se eu me afastei dele, é porque eu não mereço sofrer por nada. – Falei, Akira me olhava fixamente.

–Mas é ele quem está sofrendo, você não percebe? Saky, ele respira você. É Sakura pra cá, é Sakura pra lá, e mesmo que você esteja apaixonada por ele... – Ela parou de falar e suspirou, doía nela, eu tenho certeza disso. – Você não iria querer ele sofrendo, não é mesmo?

–Não... – Eu disse mais pra mim, do que para ela.

– Pensa bem tá? Todos estão preocupados com o Sasuke. Saky, ele nem sorri mais. – Ela me olhou com uma cara triste. Eu sabia que assim como eu, ela amava o sorriso de Sasuke.

– Eu vou pensar. – Falei e ele sorriu fraquinho.

–Obrigada. – Ela disse. – E ah! Antes que eu me esqueça, ele mandou te entregar isso. – Ela mexeu no bolso de trás da calça jeans, e me entregou um papel branco amassado. Eu peguei o papel e olhei, cara, tava destruído. – Ele me entregou assim. Akira deu de ombros e saiu do meu quarto.

Comecei a desembrulhar o papel com cuidado, porque parecia molhado. Aquela caligrafia inconfundível, estava em borrões, borrões de água... Ele tinha chorado. Era uma música.

Se um dia você me deixar querida.

Deixe um pouco de morfina em minha porta.

Porque vou precisar de muitos medicamentos.

Para perceber que o que nós tínhamos.

Nós não temos mais.

Nenhuma religião poderia me salvar.

. Não importa quanto tempo eu passe ajoelhado.

Então lembre-se dos sacrifícios que eu estou fazendo.

Para te manter ao meu lado.

E evitar que você saia pela porta.

Porque não haverá luz do sol.

Se eu te perder, amor.

Não haverá ceu claro.

Se eu te perder, amor.

Assim como as nuvens, meus olhos farão o mesmo.

Se você for embora.

Todo dia irá chover.

[...]

Mas eles tem medo de algo que não conseguem entender.

Mas minha querida, vou fazê-lo mudar de idéia.

Sim, por você, eu vou tentar.

E recolher estes cacos até eu sangrar.

Se isso fizer você minha.

[...]

Oh, não diga adeus.

Não diga simplesmente adeus.

Recolho estes cacos até eu sangrar.

Se isso fizer tudo ficar bem.

Porque não haverá luz do sol

Se eu te perder, amor.

Não haverá céu claro.

Se eu te perder, amor.

E assim como as nuvens, meus olhos farão o mesmo.

Se você for embora.

Todo o dia, irá chover.


Dobrei o papel e o segurei perto do peito. Me permiti chorar. Era disso que eu precisava. Mentira, não era disso que eu precisava. Eu preciso do Sasuke, do MEU Sasuke. Independente da forma que fosse, eu estava o aceitando perto, até como inimigo.


Limpei as lágrimas e me levantei,c alcei meus tênis e peguei meu casaco. Talvez eu estivesse agindo por impulso, ou só porque estava doendo demais saber que Sasuke estava mal. E o pior de tudo: Por minha causa.

– Pai, eu vou lá no Sasuke tá? Eu não demoro. – Falei colocando a cabeça para dentro da porta do escritório do meu pai e ele me olhou.

–Tudo bem querida, mas não volte tarde. – Ele sorriu, e eu mandei um jóinha para ele.

Passei pela sala, e vi meu irmão de melação com a Ino. Argh!

– Aonde você vai?- Hiro perguntou.

– No Sasuke. – Respondi e ele sorriu.

– Boa sorte. – Falou, e eu soltei um beijo no ar para ele e Ino.

Coloquei as mãos para dentro do bolso do casaco e abaixei a cabeça, me protegendo do vento frio que fazia. Andei dois quarteirões até parar na maior casa da rua. Pensei novecentas vezes antes de tocar a campainha.

Sasuke narrando.

Trust me, trust me, don’t pull away. – Cantarolei baixinho enquanto alisava o rosto dela em uma foto. Uma semana foi o suficiente para ela desmanchar toda a minha guarda, eu estava frágil, eu não era eu... ah.

Eu não conseguia entender de jeito nenhum o porque dela ter feito isso comigo. Eu jamais havia ficado mais de um dia sem falar com ela. Sakura sempre foi previsível, e nossas brigas eram sempre infantis, e eu pedia desculpas para ela e pronto, estávamos de bem. Mas desta vez eu não podia pedir desculpa a ela PORQUE SIMPLESMENTE NÃO HAVIA ACONTECIDO NADA, EU NÃO SABIA O PORQUE DELA SE AFASTAR DE MIM, NÃO HAVIA MOTIVOS. Juro, eu tentei caçar nos mínimos detalhes, todas as coisas que eu falei para ela em todos os nossos dezoito anos de vida, e não achei nada que pudesse tê-la magoado, nem uma briguinha, nada. Eu até tentei a hipótese de algum dos garotos ter falado alguma coisa para ela, mas fora de cogitação. Pensei que a Akira poderia ter falado alguma coisa para ela, mas toda vez que ela aprontava, ficava mais carinhosa comigo, e desta vez ela estava preocupada comigo.

Eu chorei. Eu chorei que nem criança. E de noite na hora de dormir eu apertava todos os botões do meu celular na esperança de achar um “Boa noite Vegeta-kun”.Mas nem mensagem da operadora tinha lá. E ontem, ah, ontem... Eu sonhei a noite toda com a risada dela. Aquela risadinha tímida, escandalosa, que me prendia toda vez que ela a soltava. Cada dia era uma tortura vê-la passar por mim na escola, e não ter os braços dela ao redor do meu pescoço, implorando para eu pega-la no colo. Eu estou acabado sem a Sakura.

Ouvi a campainha tocar umas seiscentas vezes, e ai eu lembrei que não tinha ninguém em casa, de novo. Guardei a foto de baixo do meu travesseiro e fui atender a porta. Foi aí que eu a vi.

As bochechas vermelhas por conta do frio, os olhos verdes cintilantes. Ela tinha as mãos dentro do casaco, e seus cabelos todos atrás da orelha.

Não vi quando meu corpo começou a se movimentar, mas quando eu percebi eu estava perigosamente perto dela. Dei um passo a frente, e ela recuou.

Previsível, eu disse.

Passei as mãos pelo cabelo meu cabelo, desconcentrado, e... e... puta merda, eu não sei o que fazer.

– Quer entrar? – Perguntei dando dois passos para atrás, dando “espaço” para ela. Ela entrou e eu fechei a porta em seguida.

– Acho que precisamos conversar. – Ela falou com a voz que eu adorava, aquela voz que ela tem toda vez que fica muito tempo calada, ou quando está com vergonha.

– Sente-se. – Apontei para o sofá e ela seguiu até lá, calada. Uma semana atrás, ela estaria com a chave reserva dela, e se jogaria no meu sofá ligando a televisão. Me sentei na poltrona, que fica ao lado do sofá, e respirei pesadamente, tentando tomar coragem para perguntar o que havia acontecido.

–Por favor, só ouça. E se quiser me dar um tapa na cara, daqueles bem dados, está liberado. – Ela falou antes de mim. – Sasuke, eu fui errada, muito errada em simplesmente sumir, nessa ultima semana, mas é que... – Ela parou de falar e segurou minhas mãos. – Eu não sei como te contar. – Ela abaixou a cabeça como sempre fazia quando estava sem graça, eu soltei uma de minhas mãos e toquei o queixo dela, levantando-o carinhosamente.

– Eu amo você Sakura. Nós somos como irmãos. Me conte, por favor. – Ela balançou a cabeça para tirar minha mão de seu queixo, em seguida ela me olhou de um jeito profundo e pela primeira vez eu não consegui ler o que estava passando pela cabeça dela.

–Você lembra o que eu te pedi para não se esquecer, há alguns dias atrás?

–Você disse que me amava...

–Então Sasuke, tudo o que eu disser hoje, por favor, encare como um nada em sua vida. É só porque está me sufocando e me matando por dentro. Mas antes me prometa uma coisa...

–Todas que quiser. – Falei alisando os cabelos dela. Céus, como eu amo os cabelos dela.

– Prometa ser meu para sempre?

– Prometo. – Eu sorri para ela, e esperei ela me acompanhar, mas ela só suspirou e fechou os olhos.

–Sasuke... já faz mais ou menos uns dois anos que eu... – Ela pareceu desconcentrada. Será que ela vai falar que estava ficando com o Naruto por todo esse tempo? SERÁ QUE ELA SE AFASTOU DE MIM POR UMA BESTEIRA DESSAS? – Bem, eu... sou... eu sou... apaixonada por você. – Ela falou pausadamente.

Minha mão que estava em seu cabelo, caiu para o seu colo. Eu não estava acreditando. Eu não consigo... eu... Minha pequena... eu... amor.

Ela era apaixonada por mim, esse tempo todo.

Sasuke, você é um IDIOTA.


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Notas finais do capítulo

o que vocês acharam? Desculpem a demora para postar .=.