A Dama Quase De Ferro escrita por Nicolle Bello


Capítulo 14
Capítulo 14 - Com muito amor nos despedimos.


Notas iniciais do capítulo

Povo, demorei, mas já estava a mais de um mês com o capítulo pronto. Não, eu não morri ou desisti dessa fanfic, apenas tinha ido para a Argentina pelo intercâmbio do meu colégio. Voltei a 4 dias e estou aqui postando para vocês o nosso último capítulo juntos D': Dia de despedida, mas amei fazer essa fanfic, agradeço muito e boa leitura!



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Eu sempre pensei que minha vida fosse sempre monótona, sem aqueles capítulos cheios emoções descontroladas (amor, ódio, etc). Sempre tentei ser aquela garota sem importância, que nunca iria interferir ou modificar completamente a vida de alguém. Apenas queria ser feliz, como dizia o filósofo Epicuro, apenas de amigos, liberdade e auto sustento, mas a vida é sempre um mar de surpresa. Ela queria que eu não fosse mais um no mundo, que eu fosse diferente, que a minha vida tivesse sentido. Com isso, ela me fez abrir os olhos e, quando consegui olhar ao redor, vi aquela pessoa que me mostraria a beleza que o mundo pode ser. Com amor. Muito amor.

Eu realmente não acreditei quando vi o Horoíto na minha casa, exausto e ensopado, juro que pensei: "por quê a Kori deu um fora em você? Eu não tenho mais força para aguentar suas lágrimas por ela, eu não mereço isso!". Porém, no momento em que ele estava do meu lado e, com tanta rapidez, me beijou tão intensamente, eu me senti livre e que podia fazer o que eu quisesse, como o filósofo falou. Sim, eu tentei resistir a essa felicidade, o humano é assim não sabe o que realmente é a felicidade, então procura em todos os outros "lugares errados". Acreditei, no primeiro momento, que ele estivesse me usando para esquecer a Kori, fiquei furiosa com essa conclusão, com isso, tentei com toda a minha força resistir aquele toque, mas ele me segurou com mais força e tive a sensação de que estivesse segurando algo precioso, que aquele toque era sincero, que se eu não aceitasse aquela prova de amor, eu nunca seria feliz e sincera comigo mesma, senti que poderia perdê-lo, então, como resposta, agarrei-o e correspondi - sem medo ou temor, apenas mostrando o que eu realmente queria, pela primeira vez, sem pensar no depois.

Ali estava o amor que ambos tanto esperavam receber um do outro. Tínhamos aceitado o nosso amor. No momento do beijo eu não pensei em mais nada, apenas que eu estava com ele depois de tanto tempo de negação. Eu finalmente tinha sentindo o perfume dele, o corpo quente e protetor do Horoíto tão próximo de mim. Era uma sensação muito boa: os risos no meio dos longos beijos, os leves selinhos com gosto de quero mais nas poucas pausas que tivemos, o encontro dos narizes que faziam os dois se olharem por breves momentos vendo que aquilo tudo era realmente verdade. Foi uma sensação única e inesquecível, não queria que o tempo parasse.

Ao longo da noite, a gente mal falou uma palavra se quer, não queríamos estragar aquele momento, aquele clima maravilhoso. Eu, pelo menos, me preocupei com o depois. O que aconteceria no futuro? Ficaríamos juntos assim para sempre? E a felicidade, ela estaria unida a nós? A preocupação, quando estava tomando conta de mim, me fez parar de beijá-lo e me acomodei em seu peito, escondendo meu rosto no mesmo.

–Tsuki... Parei para pensar, olhe para cá, minha baixinha- disse Horoíto, que tinha percebido meu medo, pondo as mãos nas minhas costas, me abraçando.

–Mmm- Apenas fiz um leve som, não tinha resposta depois do "minha baixinha".

Eu sou a baixinha dele e ele é meu viado.

Horoíto sorriu envergonhado e levou suas mãos ao meu rosto, puxando meu queixo e, lentamente, se aproximou para me beijar, mas parou e ficou com os lábios encostados aos meus, esperando minha resposta. Sorri e comecei a falar ainda com seus lábios nos meus:

–O que houve para você decidir vir aqui? Não me diz que você está namorando a Kori e ficando comigo?!- disse apertando suas bochechas, ao ver a sua cara de pânico, comecei a rir- Calma, eu sei que você não faria isso, você decidiu com quem ficar, não é mesmo? - falei por fim soltando seu rosto e sorrindo ironicamente, ainda com os lábios e os narizes encostados, não tirando os olhos dos dele.

Sua resposta foi sua mão me puxando pela nuca e me puxando para finalmente beijá-lo novamente.

Depois do beijo, Horoíto respirou fundo e começou a contar do que tinha conhecido. A ansiedade, a indecisão, o pijama da Kori (com muito detalhes), a conversa que tiveram e a volta dele para cá.

–As vezes acho que a Kori é um anjo da guarda- dissemos juntos depois de toda a história cantada. Rimos logo após da citação.

–Não acredito que ela fez isso! Ela deixou sua felicidade por mim... - disse abaixando o rosto, me sentia uma traidora.

–Tsuki, eu sei que sou muito gostoso e tal - começou a fazer diversas poses para me fazer rir e quando viu meu rosto sério, logo parou e voltou a falar, agora com seriedade- A Kori não gosta de mim, me vê como um cão perdido na chuva, ela apenas me pegou no colo e me de um lar, entende? Mesmo assim, eu te amo, ela me fez ver de verdade quem eu realmente amava e é você! Como pude demorar tanto para perceber? Me desculpa, podíamos ter dado certo bem antes...

–Horoíto, agora é o momento certo, se não fosse por tudo que aconteceu antes, nós não estaríamos aqui. Obrigada por me fazer feliz e me amar, eu tamb-

–Ok crianças, sei que você se amam muito e tal, mas dá para vocês dormirem logo que eu estou morrendo de sono e você não param de falar! - minha mãe disse apoiada na porta do seu quarto coçando um de seus olhos e quando estava voltando para seu quarto, disse: Estou voltando para cama e se escutar mais algum barulho vocês se arrependeram de terem nascido, boa noite e vão dormir, Horoíto na sala!

Quando ela fechou a porta do seu quarto novamente, eu e Horoíto nos seguramos muito para não rir. Depois de dez minutos de angústia para conter o riso, dei um selinho nele e fui para a minha cama.

No momento que me deitei foi como se eu estivesse mais leve. Fiquei por alguns minutos olhando para o teto, sorrindo que nem uma boba, até cochilar. Despertei no susto, precisava ver se aquilo tudo era mesmo real, me levantei e fui para a sala, Horoíto estava dormindo. Mais calma por ve-lo, me aproximei e sentei-me ao seu lado, botei levemente, para não desperta-lo, minha cabeça na ponta do sofá e comecei a mexer no seu cabelo. Depois de poucos minutos observando Horoíto dormir do jeito mais fofo do mundo, sinto uma mão na minha mão e logo a mesma sendo puxada para o peito de Horoíto, fazendo eu bater de cabeça na cabeça dele.

–Ai - disse e logo tapando a boca.

–Ai, desculpa, não calculei direito - falou Horoíto tocando na minha cabeça - tudo bem?

–Idiota, estava acordado esse tempo todo?!

–Não, mas uma mocinha me despertou do jeito mais lindo, então me deu vontade de beija-la na hora - disse ele me dando um leve beijo.

–Não quero ficar sozinha lá no quarto, não quero que você suma novamente...- disse me levantando, envergonhada - quer dormir comigo?

Na hora ele se levantou, segurou minha mão e me levou para o quarto.

–Olha que é só para dormir!

–Sim, eu sei, não irei fazer nada que você não queira - Horoíto sorriu, puxando meu rosto e me beijando.

Nos deitamos e ficamos conversando sobre qualquer coisa por um longo tempo, eu, deitada no seu peito e ele enroscando seu braço nas minhas costas. Ele começou a se levantar e, sem entender nada, perguntei, segurando seu braço:

–Para onde você está indo?

–Para lugar nenhum, só quero fazer a coisa do jeito certo - como estava escuro, não enxergava o que ele estava fazendo, mas logo depois Horoíto ligou o meu abajur e eu vi: ele estava de joelhos e ainda segurava minha mão - Tsuki, eu te conheci quando eu era nada, você me viu, foi a única que me olhou com uma expressão de igualdade. Eu não era mais um estranho que todos tinham medo. Eu tinha uma amiga, você, e hoje quero ser mais que seu amigo, quero ser seu namorado. Eu te amo, apesar de ser uma idiota e irritante diversas vezes. Aceita?

Não respondi nada, apenas fiquei encarando por algum tempo. Isso é real mesmo? Está tudo dando certo... isso é a felicidade?

–Horoíto, não sei o que dizer... - botei a mão no meu rosto vermelho e sorri - Sim, eu aceito com todo o meu amor! - disse pegando sua mão e puxando o para cama, dando um longo beijo.

O filósofo pode estar certo ou errado, isso não importa mais, apenas sei que, naquele momento, ambos estávamos felizes e que a felicidade não precisa ser explicada, nem rotulada, apenas sentida. Naquele momento eu senti finalmente que tinha alcançado a minha felicidade.

Quando Horoíto estava dormindo me abraçando como se eu fosse algo precioso e frágil que poderia desaparecer em segundos, levantei meu rosto e disse leve e lentamente em seu ouvido: Te amo, não me deixes nunca. Pensei que estivesse dormindo, mas logo depois que me deitei em seu peito, prestes a dormir, ele disse sonolento: Bobinha, por que iria deixar a coisa mais preciosa? Finalmente admitiu seu amor por mim. Também te amo - disse já logo dormindo, agora com um ar mais leve, como se um peso tivesse saído de seu corpo.

Sim, esse é apenas o início da nossa história, mas isso a gente deixa para depois, não é mesmo?

Um dia conto para todos vocês...

Ou não! hihihi

Que viva o amor!


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Notas finais do capítulo

Então? Comente o que achou do último capítulo, quero saber o que acharam! Obrigada por terem acompanhado e isso é só o início, terei outras histórias para contar! Beijos para todos e isso não é um adeus, é um até logo!



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