Minha Aurora Boreal escrita por Trevor Boots


Capítulo 13
Capítulo 13




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Dia Vinte e Quatro de Dezembro de 2012

De: Eduardo

Para: Leitor

Hoje é o natal, na verdade é a véspera, segundo os cristãos dia vinte e cinco é o nascimento daquele senhor que eles idolatram, Jesus Cristo, adoro o natal, mas não muito religioso, ateus não gostam de natal, na verdade o natal nem existe pros ateus, mas não sou ateu, digamos que eu me denomine agnóstico, ou posso que dizer, que acredito em Deus, mas não acredito na igreja, acho errado da igreja o simples fato deles criarem uma “ditadura” e os cristãos não percebem isso, a evangélica penso eu, é a pior, pois, alguns pastores conseguem comprar programas na televisão, e começam a pedir dinheiro aos fies para se sustentarem na mesma, poxa, é tão difícil fazer programa em rádio que é mais barato?, e por aí estão um monte de pessoas assalariadas, e até desempregadas, que pegam metade do seu dinheiro pra doar pra essas igrejas, e se notar nenhum, nenhum mesmo, vou generalizar pois sei que é verdade, NENHUM pastor que trabalha na televisão tem carro ruim, tem casa ruim, e fica ai se sustentando do dinheiro de pessoas, que deixam de sair, deixam de comer certas coisas, e pegam seu dinheiro pra doar pra uma igreja, onde não se sabe pra que o dinheiro será usado, e ainda tem o tal, se não doar dinheiro não recebe o que tem que receber de Deus, quem sabe não vai pro paraíso se doar mais que recebe?

Enfim, voltando ao assunto, hoje é natal, vou pra casa da minha avó, e como lhes disse meus “priminhos” estarão lá, tem uns até que eu gosto, não que eu odeie os outros, mas aqui entre nós, eles são um pé no saco, desculpe pela expressão, a propósito vão todos lotar a piscina, faz séculos que não entro na piscina do meu avô, última vez foi quando ano passado, mas ultimamente não estou indo a praia, estou odiando o sol, e não estou indo mais pra piscina, coisas que quando tinha até nove anos adorava fazer, principalmente a piscina, se tudo que eu quisesse fazer quando tivesse nove anos tivesse se realizado acho que eu estaria com umas noventa tatuagens, estaria queimado de sol até agora, e provavelmente meu cabelo estaria azul ou verde, como os personagens de anime.

Tomara que nem todos os primos estejam lá, adoro os primos mais velhos, são mais legais, eles sempre ficam na beira da piscina numa mesa, e eu sempre sento com eles, mas eles bebem e fumam, e até ano passado não fazia nada disso, pelo menos não fumo até hoje e não pretendo fumar, então, mas não vou beber na frente da minha avó, nem da minha mãe, e espero que elas nunca me vejam beber, porque eu acho constrangedor quando eu fico bêbado, não pior que a Lucy mas sei lá, então todo natal é a mesma coisa, todos chegam cedo a casa dos meus avôs, é no interior então acordamos cedo, mas minha mãe me acorda de cinco da manhã, pra chegarmos lá as oito, os outros primos e tios sempre chegam as dez, então hoje de manhã acordei cedo, mas acordei só, não dormi direito, a noite me lembrei da minha noite com a Lana, então meio que não consegui dormir muito, mas não acordei com sono, então entrei no carro de fui no banco de trás, minha mãe e meu pai foram na frente, minha mãe dirigiu, porque meu pai precisava dormir, ele chegou pela manhã do trabalho, então fomos, foi uma viagem horrível porque eu sempre fico enjoado, e sempre param num posto pra eu beber água, odeio viajar de carro por isso, e depois de três horas de viagem chegamos a casa da minha avó, e o cachorro dela veio nos “recepcionar” como sempre, era um labrador lindo, era enorme, e parecia ficar maior a cada ano, então cumprimentamos minha avó, minha mãe foi pra cozinha, e meu pai foi pro quarto dormir, então eu subi, fui pro quarto do meu avô, assistir TV, fiquei lá até o resto dos primos chegarem, quando eles chegam não dá pra se assistir mais nada, é uma gritaria, e eles ficam subindo pra nada, e depois de um tempinho, eles foram pra piscina, e a gritaria aumentou, fechei as janelas, pode me chamar de anti-social, mas não sou, apenas não gosto de criança, e nem gosto de fazer amizades, apenas com quem eu me identifico ou que gosto só de olhar, foi a manhã toda, a gritaria, e depois na hora do almoço minha avó chamou todos pra entrarem, e eles como sempre não se moveram, então a minha tia, que tem moral com todos deu apenas um grito, e todos saíram, e minha mãe me chamou pra almoçar, você pode imaginar como foi, foi uma bagunça na sala de jantar da minha avó, são duas mesas, a das crianças, e a dos adultos, nunca sentei na das crianças, mesmo quando era criança, sempre sentei na mesa dos adultos, então minha avó sempre faz um almoço espetacular nos dias de festa, então meu avô sentou na ponta da mesa, na “cabeceira”, e meus tios sentaram ao lado, ele sempre dizia “Eu sou o homem da casa, mesmo com vocês grandes” e apontava pros meus dois tios, tinha dois tios e uma tia, minha tia teve três filhos homens e uma menina, cada filho tem a esposa, e filhos, então só pela parte da minha tia são, treze pessoas, a do meu tio, é ele a esposa e os quatro filhos, digamos três pois a mulher dele está grávida ainda, então pelo meu tio são, seis, e meu outro tio só é ele e a esposa, então dois, e minha mãe, é ela, eu e meu pai, três, e ao todo somando com meu avô e minha avó são vinte e quatro pessoas, se não calculei errado, então o almoço foi baseado em gritos, minha tia gritando com as crianças pra elas pararem de sujar o chão, meus primos bebendo, e meus avós felizes de verem a casa cheia, o almoço foi, lasanha que eu não gosto muito, uma “pizza” que minha avó faz, que mais parece crepe gigante, sopa, sim acredite, ela fazia sopa no almoço e os menores comiam, e todos saiam cheios, sempre era o primeiro a terminar e sair da mesa, então quando eu terminava minha avó tentava empurrar mais algo no meu prato, sempre conseguia, então comia mesmo forçado, e depois saia, e ia pro terraço, meus avós são cheios de gatos, então sempre brincava com o mais novo, não gosto dos gatos velhos, e os mais novinhos são sempre mais fofos, e então depois do almoço fiquei por ai, “vadiando” como meu tio diz, as crianças voltaram pra piscina, e eu fui no jardim, o papagaio do meu avô odeia pessoa, um dia me aproximei dele, e saí todo mordido, se é que papagaio morde, então não me aproximava dele, não tinha nada pra fazer, saí do jardim todo picado por mosquitos, e fui pra varanda, único lugar da casa onde se tem área de celular, e a escada tava cheia de brinquedo, passei fingi que nem via, e então fui pra varanda, na parte que dava pra se olhar a piscina, é a única parte que se tem área pra telefonar, então estava morrendo de tédio, liguei primeiramente pra Lana, passei acho que trinta minutos conversando com ela, depois ela teve que sair, então liguei pro Rolf, depois pra Helena, depois pro Oliver, e não deu tempo de ligar pra Lucy, minha avó me chamou pra foto de família, já era tradição tirar foto na piscina, a foto sempre era idêntica, os primos maiores dentro da piscina com o copo numa mão, e com a outra levantada, os primos pequenos na parte de fora da piscina todos molhados, alguns com toalhas, e os mais velhos atrás, os tios, as tias, meu avô de um lado, eu no meio, e minha avó no outro e quem tirava a foto, você pergunta, meu tio sempre era o mais atualizado, sempre que saía algo novo que seja tecnológico ele já comprava, então estava lá, máquina fotográfica a prova d’água, tinha que ser, porque uma vez derrubaram a máquina dele na piscina, e ele ficou com muita raiva, então ele programava a maquina em 60 segundos, porque tinha que arrumar todo pessoal, eu sempre me achava especial por estar entre meu avô e minha avó, então tinha a esposa do meu tio que dizia pras crianças falarem xis, não sei pra quê falar xis, mas enfim, todas felizes falando xis, aproveitando a infância, não sabem elas, que quando crescerem a vida não será tão fácil como é agora pras mesmas, então me imaginava atrás da máquina, vendo todos sorrindo, felizes, no dia do natal, em plena duas e meia da tarde, num sol quentíssimo, como nos filmes sabe, a pessoa só pela imaginação de desloca de um local pra outro, ou se imagina no lugar de alguém ou de algo, aconteceu isso comigo, como na festa, mas dessa vez não tocava aquela música especial, tocava apenas as músicas que meus primos gostavam, então finalmente vimos o flash da máquina e todos falaram ao mesmo tempo não entendi nada, as crianças correram pra piscina, e eu fiquei parado, depois me sentei na mesa e fiquei as observando até agora, eu apenas quero que a noite seja mais especial que está sendo agora pela manhã. 



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