Dilemas escrita por nana_cullen


Capítulo 21
Capítulo 17: Brigas fortes




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CAPÍTULO 17: BRIGAS FORTES  

 

 

 

 

 

 

 

BELLA SWAN #

 

 

 

 

 

 

 

 

 

‘VAAI LAKERS!’ – Gritei animada no sofá, os olhos fixos na tevê. Jurava que em Roma não passava os jogos da NBA! EU AMO ESSE LUGAR!

 

 

 

 

 

‘VAAAI LAKERS O CACETE!’ – Emmett fechou a cara do meu lado. – ‘CELTICS É O BIIIICHO!’

 

 

 

 

 

‘Até eu sei que eles não têm chance contra os Lakers. ’ – Jasper suspirou no braço do sofá, revirando os olhos. – ‘Emmett adora ser do contra!’

 

 

 

 

 

‘OLHA AQUI SEU EX-VIADÃO!’ – Emmett se alterou na ponta esquerda do móvel, pegando a luva enorme escrita “GO CELTICS #1” e jogando-a na cara do irmão. – ‘NUNCA INSULTE MEU TIMÃO!’

 

 

 

 

 

 ‘3 POOOOONTOS!’ – Berrei, levantando do sofá e tendo o inesquecível momento gazela. – ‘ENGOLE ESSA EMMETT!’

 

 

 

 

 

NÃÃÃÃÃÃÃO!’ – O lesado ficou de pé, coçando nervosamente sua cabeça e com cara de choro. – ‘O QUE ACONTECEU COM VOCÊS, TIMÃO?’

 

 

 

 

 

 

 

‘Pela minha Santa Prada!’ – Fiquei vidrada na tela, nem prestando atenção nas besteiras de Alice. – ‘Isso é só UM JOGO!’

 

 

 

 

 

‘É “O” jogo!’ – Emmett bufou para ela, que armou um bico na mesma hora. – ‘Um clássico da NBA não pode ser rejeitado assim!’

 

 

 

 

 

‘Já entendi, já entendi!’ – Não percebi Alice do meu lado, me fitando séria.– ‘Bella, o Ed quer falar com você. ’

 

 

 

 

 

Engoli seco ao ouvir o nome do safado. Falar... Comigo?

 

 

 

 

 

‘Hã?’ – Foi só o que soltei, encarando Alice. Ela estava batendo a sola do sapato no chão, fazendo aquele TEC TEC irritante.

 

 

 

 

 

‘Ele me pediu pra te chamar oras!’ – Sua expressão era parecida com a de Renée com TPM, mandona além da conta! – ‘Está esperando lá no quarto dele. ’

 

 

 

 

 

‘Até parece que eu vou!’ – Dei uma risada nervosa, tentando me concentrar novamente no basquete.

 

 

 

 

 

‘Bella, pare de ser tão teimosa! É o mínimo que você pode fazer depois daquele acidente com a caixa!’ – Pronto, ele conseguiu conquistar Alice. Me ferrei legal agora!

 

 

 

 

 

‘Foi sem querer!’ – Eu não estava pronta para encará-lo. Não com aquela lembrança horrível na cabeça. – ‘Eu já pedi desculpas! Morreu o assunto!’

 

 

 

 

 

‘Ai amor! Me ajuda com ela aqui, por favor!’ – Nós duas viramos para Jasper, ainda com a cara coberta com a luva gigante de Emmett. – ‘Jasper?’

 

 

 

 

 

Alice cutucou o namorado, fazendo a luvona escorregar de seu rosto. Arregalei os olhos com a palidez dele, imóvel e com a boca aberta. Nós duas nos entreolhamos, e então Alice começou a dar um chilique.

 

 

 

 

 

‘JAAAAAAAAAAAASPER!’ – Ela voou pra cima do coitado, pegando a luva e a jogando para cima de mim. Senti um cheiro horroroso vindo na minha direção, e esquivei da coisa na mesma hora. – ‘MEU DEEEEEEUS! ELE MORREU! ELE MORREEEEEEEEEEEU! NÃO ME DEIXA MEU ANJO! COMEÇAMOS A NAMORAR HOJE!’

 

 

 

 

 

‘Ah, não liguem pra ele!’ – Emmett olhou o irmão e deu de ombros, aconchegando-se no sofá. – ‘Ele só desmaia toda vez que eu esfrego minha luva da sorte na cara dele! TOTALMENTE FROUXO!’

 

 

 

 

 

A bomba atômica caiu a poucos centímetros de mim, com seu fudúm medonho. Chutei a coisa para os pés de Emmett, que me encarou mortalmente. MEU BEEEM! NÃO ME OLHE ASSIM NÃO TA? SOU MUITO NOVA PRA BATER AS BOTAS POR CAUSA DE UMA LUVA QUE FEDIA MAIS QUE PUM DE GAMBÁ!

 

 

 

 

 

‘Emmett... ’ – Respirei fundo e me forcei a tampar o nariz ao me aproximar do lesado. – ‘POR QUE DIABOS ESSA LUVA FEDE TANTO?’

 

 

 

 

 

‘Ela é uma raridade!’ – O lesado respondeu com os olhos brilhantes enquanto eu tentava me manter consciente perto daquele veneno. – ‘Essa belezinha aqui foi passada por todo o corpo dos jogadores do meu timão! E isso quando eu tinha só cinco aninhos!’

 

 

 

 

 

‘Corre. ’ – Alice afastou-se de Jasper, estalando todos os dedos das mãos. – ‘Porque se eu te pegar, você ta ferrado. ’

 

 

 

‘Alicinha... C-calma!’ – Eu andei discretamente para longe deles, me apoiando no corrimão da escada. – ‘F-foi só uma brincadeirinha sabe?’ – Ele dava passos para trás, mas Alice também avançava para ele.

 

 

 

 

 

‘AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!’ – Minha pequenina deu o seu grito de guerra, disparando para Emmett. Eles dobraram o corredor e sumiram, e eu só podia ouvir os berros do lesado, algo como “PINICO! PINIIIIIIIIICO! MAMÃÃÃÃÃE!”.

 

 

 

 

 

Tratei logo de sumir dali, antes que acabasse sobrando pra mim. Pus minhas costas na parede, totalmente ofegante por subir as escadas rápido. E eu nem sequer escorreguei! Hoje a sorte estava realmente do meu lado!

 

 

 

 

 

 

 

‘O que aconteceu lá embaixo?’ – Dei um salto com a pergunta, conseguindo tropeçar nos meus próprios pés e ir de encontro ao chão. Minha platéia caiu na gargalha! Ponham um nariz vermelho em mim, virei palhaça!

 

 

 

 

 

‘Alice querendo matar Emmett. ’ – Me levantei rapidamente, escorregando um pouco durante o processo e arrancando mais risinhos dele. Merda! – ‘Nada de anormal!’

 

 

 

 

 

‘Ah... Claro. ’ – Edmundo encostava-se na lateral da porta de seu quarto, me encarando com um sorriso divertido nos lábios. – ‘Alice te passou meu recado?’

 

 

 

 

 

‘E-eu não sei do que você está falando! ’ – Desconversei com a mentira, sentindo uma grande urgência de entrar no meu quarto pra nunca mais sair. Eu estava a dois passos do cômodo quando algo agarrou meu braço, puxando-o para trás.

 

 

 

 

 

‘Eu ouvi vocês duas conversando daqui. ’ – Ele disse enquanto me virava para encará-lo. – ‘Porque você está tentando fugir de mim?’

 

 

 

 

 

‘O dedo inchado afetou seu cérebro Edmundo?’ – Eu ri nervosa tentando me soltar. Ele mal piscava, seu olhar chegando a ser incômodo além da conta. – ‘Até parece que eu ia fazer isso!’

 

 

 

 

 

‘É bem engraçado ver como sua boca treme quando você mente. ’ – Ele soltou um riso fraco de deboche. Meus olhos saíram de foco em segundos, voltando a si novamente. – ‘Você não sabe disfarçar nada Bella. ’

 

 

 

 

 

‘Quantas vezes eu vou ter que te falar pra me deixar em paz?’ – Por Deus! Por que ele faz isso comigo? Eu queria esquecer aquela noite, e só conseguiria SEM ELE PERTO DE MIM!

 

 

 

 

 

Ele não respondeu, puxando-me para dentro do seu quarto. Tentei me soltar com a outra mão, mas o maldito foi mais rápido, prendendo o meu braço livre também. Só gastei minha garganta dando berros altos, já que nenhuma bendita alma foi capaz de me escutar. FILHO DUMA ÉGUA! TE MATO DESGRAÇADO!

 

 

 

 

 

Fiquei mais fula da vida com safado me empurrando para dentro do seu covil com a maior brutalidade possível, fechando a porta com força. Coitada da porta, ela não merecia o dono que tinha!

 

 

 

 

 

 

 

‘QUEM TE DEU MORAL PRA FICAR ME PUXANDO ASSIM PELOS CANTOS HEIN?’ – Falei entre os dentes trincados. Agora ele ia ouvir umas coisas! – ‘VOCÊ É UM GROSSO E UM COMPLETO DE UM FILHO DA P...’

 

 

 

 

 

‘Eu sei o que fizemos na noite passada Bella. ’ – Seu comentário me pegou de surpresa, me deixando completamente sem ação. A expressão do rosto dele era indescritível, mas o safado parecia mais tranquilo sobre a situação do que eu. Por que será? – ‘O que não podíamos ter feito, para ser mais exato. ’

 

 

 

 

 

Minha consciência estava mais calma com o fato de que ele não se lembrava de nada, o que seria mais fácil para conviver com o safado. Mas agora, essa possibilidade já era. Como eu vou encará-lo daqui para frente então?

 

 

 

 

 

‘A culpa foi minha. ’ – Ainda sem falar nada, franzi o cenho incapaz de entender a súbita compreensão dele. Estava sob o efeito da ressaca ou enlouqueceu de vez? O Edmundo que eu conheci era orgulhoso demais para assumir culpa de alguma coisa! Eu dormi e todo mundo foi trocado por clones robôs? – ‘Eu estava bêbado, não tinha noção das minhas ações. Mas... ’

 

 

 

 

 

 

 

‘Mas...?’ – Só nesse momento notei que ele se aproximou de mim, ficando numa distancia amigável. Eu me senti estranha ao saber que ele não estava sóbrio naquela noite, baixando um pouco a cabeça. Eu também não sabia o que estava fazendo na hora, e isso me corroia por dentro.

 

 

 

 

 

 

 

‘Uma coisa eu não entendi. Eu repassei isso milhares e milhares de vezes na minha cabeça, e não vi sentido nenhum. ’ – Ele deu um passo para frente e eu instintivamente recuei para trás, aumentando a distância novamente. – ‘Se você me odeia tanto assim, por que não se afastou de mim naquela hora?’

 

 

 

 

 

‘Eu também estava meio bêbada!’ – Respondi pouco depois da pergunta, rápido demais. Mordendo nervosamente o meu lábio inferior, torci mentalmente para ele acreditar no que eu disse.

 

 

 

 

 

‘Você não bebeu nada durante a festa toda. ’ – Ele franziu levemente a testa, exigente. Andei mais um passo para trás, e ele me seguiu com um mais largo, a proximidade ficando evidente. – ‘E você ajudou Alice a carregar todos nós para o quarto, então estava totalmente sóbria. ’

 

 

 

 

 

 

 

Ninguém tinha noção do quanto eu odiava ser uma péssima mentirosa! Principalmente agora que ele estava ali na minha frente a uma distância mais que desagradável, podendo sentir até sua respiração bater em meu rosto. Desviei meu olhar do dele, tentando me tranquilizar.

 

 

 

 

 

‘Como você consegue lembrar de tudo isso?’ – Virei de costas para ele, que não me seguiu. Respirei aliviada logo depois o encarando de novo, desta vez longe dele. – ‘Do jeito que aquela bebida era forte, você não... ’

 

 

 

 

 

‘Eu só tomei um copo. Por isso tenho consciência de tudo. ’ – Ele riu, passando a mão nos cabelos. Odiava quando ele fazia isso! – ‘Você não conseguiu, não é?’

 

 

 

 

 

‘Hã?’ – Inclinei minha cabeça para o lado, o que fez ele quase ter uma crise de riso.

 

 

 

 

 

‘Resistir a mim?’ – Foi então que o safado gargalhou alto, pondo as mãos em seu abdômen nu e curvando-se para frente. A raiva emanava em mim, e fechei os punhos com força para tentar controla-la.

 

 

 

 

 

‘Qual é o motivo de tanta graça?’ – Perguntei séria, o que ele não pareceu perceber. Com a fúria controlada, soltei minhas mãos devagar. Elas latejavam de tanto aperta-las.

 

 

 

 

 

‘Você fala que eu sou um safado, mas olha o que fez!’ – Ele parava de rir, enxugando as lágrimas do rosto. Essa reação me deixou com nojo, incapaz de acreditar no que via. – ‘Esperou eu ficar em um momento de fraqueza pra tentar me agarrar! Isso é uma coisa muito feia de se fazer Bella. Que vergonha!’

 

 

 

 

 

 

 

Aquilo foi o bastante. A raiva que tanto me esforçava para controlar explodiu, expandindo-se por todo o meu corpo. Sem pensar duas vezes, pulei em cima de Edmundo e nós dois caímos no chão. Minhas mãos voaram em seu pescoço e se prenderam fortemente lá, começando a balançá-lo de um lado para outro. Ele tinha me chamado de aproveitadora e até de safada com aquele comentário ridículo! O garoto me xingava, conseguindo segurar minhas mão para não apertar sua garganta com mais força. Mesmo ele me chamando de “maluca” e “estérica” entre gritos eu não liguei, eu só queria acabar com a raça dele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EDWARD CULLEN #

 

 

 

 

 

 

 

A desgraçada tinha prendido meu quadril com as pernas, forçando-o contra o chão. Podia muito bem me soltar, mas se eu tirasse minhas mãos das dela poderia acabar morrendo enforcado, e isso com certeza estava fora de questão!

 

 

 

 

 

Desta vez ela não estava mesmo de brincadeira, apertando seus dedos contra meu pescoço com a intenção de matar. Agora sua raiva não era mais engraçada, e sim assustadora.

 

 

 

 

 

 

 

‘Hey Ed! Sei que já é a segunda vez que te peço isso, mas me arranja uma cueca? É que a minha foi... ’ – Concentrei mais força para impedir a maluca de cometer o meu assassinato, virando-me para encarar meu irmão. – ‘CARAAAAAAACA! PÁRA DE TENTAR MATAR MEU MANO BELLINHA!’

 

 

 

 

 

‘COMO É QUE É?!’ – Rosalie adentrou no quarto, ficando enfurecida assim que grudou os olhos em nós. Bella realmente não estava em si, pois nem sequer parou de me atacar, mesmo com a presença da minha namorada.

 

 

 

 

 

‘JÁ CHEGA!’ – Rose correu até a maluca, segurando-a elas costas, pronta para puxá-la. – ‘VOCÊ VAI SAIR DAÍ, E VAI SER AGORA!’

 

 

 

 

 

 

 

Mas Rosalie nem teve chance de tentar tirar a amiga de cima de mim, sendo vítima da própria Bella. A histérica jogou o braço para trás, atingindo o rosto de Rose em cheio com as costas da mão. A pancada foi tão grande que fez com que ela caísse no chão, um pouco desorientada. Olhei para Bella que finalmente havia se dado conta do que tinha feito, arregalando os olhos ao encarar a amiga.

 

 

 

 

 

 

 

‘ROSE!’ – Emmett aproximou-se de Rosalie, ajudando-a a se levantar. Bella voltou a me olhar, largando o meu pescoço e saindo de cima de mim ainda com os olhos meio arregalados. Ela também se pôs de pé, virando-se para ficar de frente para meu irmão e Rose, sem encará-los. – ‘Você está bem?’

 

 

 

 

 

 

 

 ‘Estou Emmett. ’ – Ela respondeu, tocando levemente na área onde foi atingida por Bella. Eu queria me levantar e xingar a maluca até minha língua coçar, mas estava surpreso demais para fazer isso. Eu realmente tinha falado alguma coisa que irritou a profundamente a ponto de chegar a bater em Rosalie, mesmo sendo um acidente. Ou não. – ‘Não se preocupe. ’

 

 

 

 

 

Sem falar nada, Bella virou-se de costas para os dois e saiu do quarto correndo.

 

 

 

 

 

‘Ai amor!’ – Rosalie se jogou em cima de mim, me apertando contra ela. Não reagi de imediato, pensando em como a maluca estaria. – ‘Eu sinto muito, muito, muito mesmo!’

 

 

 

 

 

‘Calma Rose. ’ – Eu disse, passando levemente minha mão na cabeça dela que se encostava em meu peito. – ‘Foi só mais um desentendimento. ’

 

 

 

 

 

‘Não Edward. ’ – Ela me olhou séria, me fazendo ficar também. Emmett nos olhava calado, sem sair do lugar. – ‘Eu vou saber o que está havendo com Bella. Ela não tem o direito de fazer isso com você!’

 

 

 

 

 

‘Rosalie... ’ – Fiz com que ela se levantasse comigo, a olhando nos olhos. – ‘Está tudo bem. Acredite!’

 

 

 

 

 

Então eu me peguei desejando que as duas não brigassem por minha causa. Não sei o que aconteceu, já eu até acharia isso interessante de se ver! Mas agora, encarando Rose e vendo o quanto ela estava mal pelo o que presenciou, eu não tinha tanta certeza se isso era uma boa coisa. Seria péssimo, tanto para Bella quanto para ela. Franzi o cenho e desviei dela, confuso.

 

 

 

 

 

 

 

‘Eu vou falar com ela. ’ – Rosalie me deu um selinho e andou para a porta, fechando-a assim que passou. Eu poderia ter impedido, mas não consegui sair de lá por causa da estranha sensação que sentia naquele momento. Culpa.

 

 

 

 

 

‘Bellinha te machucou mano?’ – Emmett tocou no meu ombro, percebendo que eu estava aéreo. Pisquei duas vezes antes de olhá-lo. – ‘Alguma marca ou... ’

 

 

 

 

 

‘Não Emmett. ’ – Ela pode não ter me machucado, mas me deixou com a pior das sensações. Me joguei na cama, encarando teto como se fosse a solução. Na minha opinião eu não tinha nada haver com isso, e mesmo assim estava realmente incomodado. Droga. – ‘Não sinto nada. ’

 

‘Bem, eu vou atrás dela. ’ – Emmett disse, dando uma longa coçada na cabeça e saindo depois pela porta. Fiquei um pouco satisfeito por estar ali sozinho, precisava refletir o que eu teria dito para Bella ficar alterada daquele jeito. Logicamente seria a última coisa da face da terra que eu faria seria sentir preocupação por ela, mas isso não estava saindo da minha cabeça, de nenhuma maneira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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BELLA SWAN #

 

 

 

 

 

 

 

Isabella Marie Swan, você só não é mais estúpida por falta de espaço!

 

 

 

 

 

Como é que eu me permiti descontrolar daquele jeito? Ainda na frente de Rosalie? Se ódio de mim mesma matasse, eu estaria mais que morta e enterrada. Não devia ter me rendido às provocações dele, estava na cara que ele conseguiu o que queria.

 

 

 

Suspirei alto e sentei na cama, sem ter muito que fazer agora. O estrago já estava feito, e não havia o que esperar. Eu tinha que ter raciocinado antes e não caído na lábia dele! Mas aquelas conclusões horríveis que o safado tirou de mim foi demais!

 

 

 

 

 

Saí dos meus pensamentos com o barulho da porta sendo batida e trancada. Um pouco assustada me virei para ver minha companhia, não surpresa nenhuma Rose vir me procurar, mas dessa vez sua expressão não estava divertida ou compreensiva como da primeira vez. Agora era triste, ou até raiva.

 

 

 

 

 

 

 

‘Você passou dos limites dessa vez Bella. ’ – Ela disse com o rosto sério, a cara mal tremendo. – ‘Pelo menos você tem noção do que estava fazendo?’

 

 

 

 

 

‘Olha Rose... ’

 

 

 

 

 

‘Eu acho que não! VOCÊ SIMPLESMENTE ESTAVA TENTANDO ENFORCAR MEU NAMORADO! – Ela gritou, rangendo os dentes. – ‘Uma coisa é não gostar dele, querer matá-lo é outra TOTALMENTE DIFERENTE!

 

 

 

 

 

Fiquei calada, apenas escutando tudo o que Rosalie me falava.

 

 

 

 

 

‘Por que você fez isso Bella?’ – Ela franziu o cenho, olhando raivosamente pra mim. – ‘Sinceramente, eu não estou te reconhecendo mais desde que você viu Edward!’

 

 

 

 

 

‘Por favor, Rose, me escuta!’ – Eu levantei da cama, ficando de frente para minha amiga. – ‘Ela não presta! Você precisa acabar com ele antes que você se magoe demais!’

 

 

 

 

 

Nós duas ficamos caladas, uma olhando para outra. Foi então que Rosalie começou a rir, o que eu não achei nada agradável. Esperei até ela falar, olhando-a séria.

 

 

 

 

 

‘Eu não vou mais deixar você implicar com meus namorados Bella!’ – Ela ficou com raiva, franzindo a testa. – ‘Quer saber do que mais? Agora sim eu tenho certeza! EU AMO O EDWARD! E NÃO É VOCÊ QUE VAI ME IMPEDIR DE FICAR COM ELE!

 

 

 

 

 

 

 

‘VOCÊ SABE QUE TODAS AS VEZES QUE EU DISSE QUE UM GAROTO NÃO PRESTAVA, SEMPRE ESTAVA CERTA!’ – Falei no mesmo tom de voz dela, fazendo-a recuar um pouco para trás. Eu não estava enganada e ela tinha que acreditar em mim, essa era minha última chance. – ‘EU TENHO CERTEZA QUE NÃO É DESSA VEZ QUE EU VOU ME ENGANAR!’

 

 

 

 

 

CHEGA!’ – Rose gritou, sua cara vermelha. – ‘NÃO VOU DEIXAR ESSE SEU CIÚME BOBO DE AMIGA ACABAR COM O MEU NAMORO! EU AMO EDWARD E ELE ME AMA! É DISSO QUE EU PRECISO!

 

 

 

 

 

Aquilo me atingiu como um tiro no peito. Vi minha amiga chorando litros de lágrimas bem na minha frente, e eu não podia fazer nada. Era culpa da idiota aqui isso tudo estar acontecendo. Ela passou o braço pelo rosto, virando-se de costas e saindo do quarto, batendo a porta com força. Deitei na cama, afundando a cara no maldito travesseiro enquanto as malditas lágrimas saíam do meu rosto. Sua idiota.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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EMMETT CULLEN #

 

 

 

 

 

 

 

‘Parece que a bolota finalmente sumiu!’ – Eu disse, cutucando a ex-coisa redonda que meu irmão chamava de dedo. Parecia que ia nascer um extraterrestre daquela bola!

 

 

 

 

 

‘Pára com isso!’ – O chatão do Edward puxou o pé para longe de mim, o colocando na ponta da cama. Poxa queria brincar com ele! – ‘Já está bom. Não precisa ficar mexendo!’

 

 

 

 

 

‘Ei Ed... ’ – Eu falei, coçando o queixo antes de continuar. – ‘Você acha que Bellinha e Rose brigaram?’

 

 

 

 

 

‘Eu... ’ – Ed virou a cara, olhando pra alguma outra coisa. O danado ta virando altista? – ‘Realmente espero que não. ’

 

 

 

 

 

‘Por que com isso talvez ela acabe falando o que não deva.’ – Eu Suspirei alto, ficando meio triste. – ‘Não é?’

 

 

 

 

 

Meu irmão ficou calado, sem sequer me encarar. Eu amava meu mano chato, mas o que ele fez com Rosalie não foi uma coisa boa. Eu a havia perdido para ele, então esperava que ele cuidasse dela! Eu amava Rosalie demais pra a ver sofrer pelo meu irmão, o pior é que não tenho muito que fazer sobre isso. Ela gostava dele.

 

 

 

 

 

Respirei fundo outra vez, levantando da cama. Só assim Edward me olhou de novo.

 

 

 

 

 

‘Talvez você queira ficar sozinho... ’ – Botei as mãos nos bolsos do short, dando um sorriso aberto para meu mano. – ‘Vou descer, agente se vê depois!’

 

 

 

 

 

‘Tudo bem então cara. ’ – Meu irmão estendeu o braço e abriu a mão. Entendi o sinal, batendo na palma dele. – ‘Até mais tarde. ’

 

 

 

 

 

Acenei para o danado, saindo pela porta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A sala principal da casa estava deserta, nem aquelas bolas de poeira dos filmes de faroeste passavam por lá. Olhei de um lado para outro só para garantir, mas nada nem ninguém apareceu. Bufei irritado.

 

 

 

 

 

Como não tinha nada para fazer, decidi então dar um susto na galera da piscina. O sol de início de tarde estava ainda no alto, e as garotas adoravam aquilo! Jasper se aproveitando da Alicinha de biquíni? ESSA EU QUERIA VER!

 

 

 

Segui para a porta dos fundos, assim seria mais fácil dar a volta pela casa e pegá-los desprevenidos. UHUL! QUEM É O BOMZÃO DAQUI? SOU EU, SOU EU, SOU EU!

 

 

 

Deixei meus elogios de lado e me concentrei em abrir a porta dos fundos. Afinal, como eu iria passar pra lá se ela não estivesse aberta? Ta vendo como eu não sou tão burro? Encarei o corredor, tentando localizar a porta.

 

 

 

 

 

Em questão de minutos eu já estava com a chave na mão, pronto para botar meu plano mortal em prática. Fui tentar bota-la na fechadura, porém a porta não estava lá.

 

 

 

 

 

AAAAAAAAAAAAH CARAMBA! ROUBAAAARAM A PORTA! ASSALTO! ASSAAAAAAAAALTO!

 

 

 

 

 

Olhei para frente, vendo que não se tratava bem de um roubo... A porta só estava aberta! DÃÃÃÃÃÃ! Passei a mão na testa, aliviado. Tudo bem, eu só estava querendo me testar, nada demais!

 

 

 

 

 

Então... Quem será que abriu primeiro?

 

 

 

 

 

Sem hesitar, saí da casa por ela, olhando no horizonte. O dia estava bem bonito pra tantas confusões, isso era uma pena mesmo! Quem dera que tudo estivesse tranquilo! Respirei fundo, fazendo a imagem de Rosalie aparecer na minha cabeça.

 

 

 

 

 

Foi então que eu ouvi um barulho. Era fraco, mas bem chamativo! Algo mais parecido com soluços. Olhei para a direção do som, vendo a última coisa que desejaria na vida presenciar.

 

 

 

Lá estava a minha ex-gata, abraçada nas pernas e soluçando contra os joelhos. Ela ergueu a cabeça, finalmente percebendo minha presença. Chorou mais ainda depois que me viu.

 

 

 

 

 

‘Rose... ’ – Me ajoelhei do seu lado, ainda pensando em tocá-la ou não. – ‘Você está b...? ’

 

 

 

 

 

‘Emmett!’ – Ela se jogou em mim, agarrando minha camisa com força e a puxando pra esconder seu rosto. Vê-la daquele jeito me partiu o coração, igual a serra do Jason cortando as pessoas! Nossa que viagem Emmett!

 

 

 

 

 

‘Calma Rose... ’ – Eu disse, abraçando-a de leve. Pousei uma de minhas mãos em sua cabeça, a trazendo para mais perto de mim. Tinha me esquecido de como ela me fazia falta. – ‘Vai ficar tudo bem, não precisa chorar!’

 

 

 

 

 

‘Não tem como Emmett!’ – Ela me olhou, a cara mais vermelha que o molho de tomate do papai. Eu não era muito perceptivo sobre essas coisas, mas faria de tudo pra ajudá-la. – ‘Edward e Bella se ODEIAM! E isso já está começando a me afetar!’

 

 

 

‘Eles são duas cabeças duras Rose!’ – Eu falei, a fazendo ir. Isso era melhor que vê-la molhando toda a minha camisa predileta! – ‘E... Eu tenho certeza que os dois conseguem conviver numa boa por você. ’

 

 

 

 

 

 

 

MÚSICA: http://www.youtube.com/watch?v=ggrSSLZMUEg

 

(copie e cole no navegador)

 

 

 

 

 

 

 

‘Bella não entende que eu já sei escolher o que é melhor pra mim. ’ – Ela disse, enxugando as lágrimas que estavam nas bochechas. – ‘Eu amo Edward. E ela vai ter que conviver com isso. ’

 

 

 

 

 

Desviei meus olhos dela, encarando o chão. O que ela ainda não sabia era que Bella não seria a única a ser forçada a conviver com a ideia, eu também estava na lista. Detestava admitir, mas eu ainda era totalmente apaixonado por Rosalie. Qualquer outro cara ficaria fulo da vida depois de passar pelo o que eu vivi! Tudo bem que eu guardava um pouco de rancor do meu irmão, mas eu encarava numa boa. Fiquei muito triste com Rose no início e fiz de tudo pra esquecê-la, adiantou alguma coisa? Não. Todos dizem que eu sou um leso, talvez eu até seja mesmo! Ainda gostando da ex que te botou chifre e te trocou pelo irmão do meio. Leseira total! Mas eu não ligava pra isso, já que eu era louco por essa loira safada.

 

 

 

 

 

‘Ela só quer o seu bem Rose. ’ – Passei o meu polegar em seu rosto, tirando uma gota que caía. – ‘Ela gosta pacas de você, isso ela me fala toda a hora!’

 

 

 

 

 

‘Vai ficar do lado dela agora?’ – Ela me olhou com raiva, pronta pra se afastar de mim. Por instinto eu não deixei, segurando seus ombros para que ela ficasse bem onde estava. – ‘Me solta Emmett!’

 

 

 

 

 

‘Eu só estou falando que ela se preocupa com você!’ – Ela se emburrou, desviando o olhar do meu. Peguei seu queixo e o virei na marra, fazendo-a voltar a me encarar. – ‘Talvez ela só queira ver você feliz, e não ver você ficar sozinha... ’

 

 

 

 

 

Nos encaramos por bastante tempo, sem nem piscar. Tanta proximidade depois de tanto tempo me deixou muito nervoso, faltando pouco para eu começar a tremer. Minha mão ainda estava no rosto dela, e só fez se encaixar mais em sua bochecha. Como eu fui esquecido a ponto de não lembrar o quão bonita e sexy Rose era de perto? Isso foi burrice minha, confesso! Os olhos dela estavam fixos em mim e com isso não resisti, me aproximando mais ainda daquela loira. A distância ainda era longa, mas eu estava cagando e andando pra isso! Eu tinha certeza que conseguiria chegar nela de novo.

 

 

 

 

 

‘Sozinha... ’ – Ela sussurrou, piscando duas vezes. Do nada ela abriu um sorriso do tamanho de um corte de melancia, o que me assustou muito. A loira estava com alguma coisa na cabeça ou era impressão minha? – ‘Ah... ’

 

 

 

 

 

‘Rose?’ – A sacudi um pouco, pois ela ainda estava parada com a mesma cara de antes. Rosalie olhou para baixo e depois pra mim, segurando meu rosto com as duas mãos.

 

 

 

 

 

‘AAAAH!’ – Ela berrou, quase me deixando surdo. Sabia que Rosalie não era muito boa da cabeça, mas agora ela tinha surtado de vez! Pra variar, fiquei sem entender nada. – ‘É ISSO EMMETT! VOCÊ É UM GÊNIO!’

 

 

 

 

 

‘Hã?’ – Tudo bem, esse troço de ser gênio eu já sabia, mas o que isso tinha haver com ela? Eu sou o único boiando aqui?

 

 

 

 

 

‘Obrigada Em!’ – Ela beijou meu rosto, me chamando pelo apelido que ela tanto usava quando ficávamos. A loira se levantou e saiu correndo alegremente, dando a volta pela casa. Ergui uma sobrancelha, vendo a garota se afastar.

 

 

 

 

 

Eu estava tão perto de tê-la de novo! Era para ter calado ela quando tive chance, mas não! Tive que dar uma de ouvinte legal! Ah esquece, agora já é tarde demais. Ela nem tinha percebido que estávamos próximos, ocupada demais com a cabeça em outro lugar... Afinal, que ideia ela tinha em mente?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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CARLILE CULLEN #

 

 

 

 

 

 

 

Era realmente um alívio voltar para casa de novo depois de tantas confusões naquele consultório. Amava meu trabalho e isso não negava, mas de vez enquanto é sempre bom sair mais cedo dele!

 

 

 

Estacionei o carro na garagem de trás, queixando-me internamente por esquecer de avisar Emmett para não deixar o seu Jipe na minha vaga. Incrível como eu ainda tinha paciência com meu filho mais velho sobre coisas tão absurdas assim! O que posso fazer? Amor paterno é isso mesmo.

 

 

 

Com a pasta de documentos debaixo do braço saí do carro e o tranquei, seguindo até a saída da garagem. Andei mais devagar, respirando levemente.

 

 

 

Mesmo de longe pude perceber alguns movimentos perto da piscina, alguém deveria estar aproveitando o Sol quente de Roma! Fico feliz que pelo menos os inquilinos de minha casa estejam se divertindo por aqui. Os rostos das pessoas já eram visíveis para eu reconhecê-los.

 

 

 

Lá estavam Jasper e Alice, abraçados e conversando alegremente, sentados no banco branco perto da beira da piscina. Fiquei muito contente em saber do namoro de meu filho com Alice, ela parece ser a menina perfeita para ele. E também isso tirou as brincadeiras de baixo calão que Emmett fazia do irmão, o que não me deixava nada contente.

 

 

 

 

 

Notei que eles não eram os únicos no local, percebendo um súbito vulto sair da piscina. Foi impossível não arregalar os olhos com a imagem. Esme se posicionava de pé, tirando o excesso de água dos longos cabelos com uma toalha, vestindo uma espécie de saida branca sobre o maiô vermelho que ela usava. Balancei um pouco a cabeça, andando sem olhar em sua direção.

 

 

 

 

 

‘Hey pai!’ – Respirei fundo ao olhar para Jasper, acenando em minha direção. – ‘Chegou mais cedo!’

 

 

 

 

 

‘Oi Carlisle! ’ – Alice me cumprimentou sorridente, a retribuí com um sorriso sereno enquanto colocava a incômoda pasta na mesa. – ‘Como foi o dia?’

 

 

 

 

 

‘Confusões médicas. ’ – Eu disse, passando a mão nos cabelos. – ‘Nada que eu já não esteja acostumado!’

 

 

 

 

 

‘Olá Carlisle. ’ – Ouvi a fina voz de Esme mais a frente, tímida e amigável.

 

 

 

 

 

‘Como vai Esme?’ – Perguntei simpaticamente, o som saindo infelizmente mais intenso que o normal. E pelo jeito ela havia percebido, virando discretamente seu rosto.

 

 

 

 

 

‘Bem. Obrigada por perguntar. ’ – Respondeu, as palavras quase num sussurro.

 

 

 

 

 

‘Pai, nós vamos entrar agora. ’ – Meu filho disse ficando de pé, mãos dadas com Alice e olhando para a sogra. – ‘Você vem?’

 

 

 

 

 

Eu quase estava aceitando quando parei imediatamente para pensar. Eu tinha que conversar com Esme sobre o acontecido da festa, tentar me explicar! Pois sabia que era esse o motivo por trás de tanta vergonha perto de mim. Respirei fundo, logo respondendo a pergunta de Jasper.

 

 

 

 

 

‘Só preciso conversar um assunto com Esme. ’ – Ela subitamente me encarou de olhos um pouco arregalados. – ‘Se ela preferir, é claro. ’

 

 

 

 

 

‘Vamos logo atrás de vocês. ’ – Esme sorriu para as crianças.

 

 

 

 

 

‘Tudo bem então. ’ – Jasper deu de ombros, mostrando indiferença. – ‘Vocês que sabem. ’

 

 

 

 

 

Os dois se distanciaram, trocando olhares apaixonados. Eu ri um pouco e me virei para Esme, que estava arrumando suas coisas em uma bolsa. Suspirei, mexendo na gola da camisa para ficar mais folgada em meu pescoço.

 

 

 

 

 

‘Eu nem sei por onde começar... ’ – Eu falei, forçando as palavras a saírem. – ‘Eu sei que foi muito constrangedor e... ’

 

 

 

 

 

‘Tudo bem Carlisle! Não precisa se explicar. ’ – Ela me interrompeu, posicionando a bolsa em seu braço. – ‘A culpa também foi minha, já que você estava um pouco alterado por causa da bebida! E quem sabe eu também... ’

 

 

 

 

 

‘Esme... ’ – Ela estava passando por mim quando eu a peguei delicadamente pelo braço, fazendo-a me encarar. – ‘Nós dois sabemos muito bem que naquele momento não estávamos sob o efeito do álcool. ’

 

 

 

 

 

‘Eu... ’

 

 

 

 

 

‘Por favor, Esme... ’ – Eu me aproximei, vendo seus olhos perderem um pouco o foco. – ‘Somos adultos. O que aconteceu, aconteceu. Na minha opinião não precisávamos nos constranger desse jeito.’

 

 

 

 

 

Eu já a tinha soltado, ela poderia muito bem ajeitar sua bolsa no braço e sair andando apressadamente para longe de mim. Mas não, aqui estava ela, parada e me encarando de olhos arregalados. Algo muito forte me atraía aquela mulher, e eu estava sob esse efeito agora, aproximando-me lentamente de seu rosto.

 

 

 

 

 

 

 

‘Tio Cal? Mãe?’ – Rapidamente me virei para a voz, fazendo a expressão mais normal possível. Rosalie estava com as sobrancelhas arqueadas e com a cabeça um pouco inclinada, certamente não entendendo o que eu estava fazendo ali com sua parente. – ‘Tudo bem?’

 

 

 

 

 

‘Ah, claro!’ – Esme respondeu nervosa, quase gaguejando nas palavras. – ‘Nós só estávamos... ’

 

 

 

 

 

‘Conversando. ’ – Falei tranquilamente, ou pelo menos fingindo estar tranquilo. – ‘Estávamos somente conversando. Queria muito saber se ela se sentia bem acomodada aqui em casa. ’

 

 

 

 

 

‘Quem não estaria tio Cal?’ – Rose riu com meu último comentário, também ri com ela. Esme se juntou a nós, um pouco menos à vontade. – ‘Aqui é um paraíso!’

 

 

 

 

 

‘Obrigada Rose. ’ – Sorri em resposta ao elogio. Derrepente Rosalie ficou meio séria, o que não era do feitio dela.

 

 

 

 

 

‘Tio Cal... ’ – O sério se tornou uma expressão quase triste, me preocupando mais ainda. – ‘Eu queria muito conversar com você. ’

 

 

 

 

 

Um minuto de silêncio surgiu e Rose deu uma longa olhada em sua mãe, que pigarreou, parecendo entender que a filha não a queria ali. Sem a presença de Esme? Por quê?

 

 

 

 

 

‘Bem, eu... ’ – Esme deu um sorriso, seu rosto delicadamente ruborizado. – ‘Eu já estou entrando. Até logo!’

 

 

 

 

 

Me posicionei do lado de Rosalie, vendo sua mãe distanciar-se de nós. Então a jovem andou um pouco, parando bem na minha frente.

 

 

 

 

 

‘Muito bem Rose... ’ – Eu suspirei, sorrindo amigavelmente para minha “filha”. – ‘O que você quer tanto falar comigo?’

 

 

 

 

 

‘Tio Cal...’ – Ela olhou para os lados antes de fixar-se a mim, pegando em seu cabelo nervosamente. – ‘Eu sei que irá ser um abuso da minha parte, mas eu realmente preciso desse favor. ’

 

 

 

 

 

‘Sabe que eu faço qualquer coisa para te ver bem Rosalie. ’ – Eu disse, tocando em seus ombros de leve. Ela deu um curto sorriso, logo sumindo de sua face. – ‘E então, o que é?’

 

 

 

 

 

‘Preciso de uma passagem para Roma. ’ – Ela falou mais alto que o normal, aparentemente decidida. – ‘E uma estadia na sua casa. ’

 

 

 

 

 

‘Passagem? Estadia?’ – Arqueei a sobrancelha, um pouco flutuando na história. – ‘Quem você está querendo chamar?’

 

 

 

 

 

‘Jacob Black, Tio Cal. ’ – Ela respondeu com um sorriso largo no rosto. – ‘Ele precisa vir para cá. ’

 

 

 

 

 

Jacob... Black? Não pode ser... Ela queria que eu o trouxesse até aqui? Por mim seria um completo prazer, mas... Para Edward...

 

 

 

 

 

‘Eu não sei se... ’

 

 

 

 

 

‘Por favor, Tio Cal... ’ – Ela me encarou com seus olhos brilhantes em súplica. – ‘Você disse que faria qualquer coisa por mim!’

 

 

 

 

 

Respirei fundo, pensando na possibilidade de Jake aqui. Acho que a essa altura do campeonato, Edward já não tenha mais ressentimentos por Jacob. Então, vendo por esse ângulo não teria problema. Mas era somente uma hipótese. Sinalizei para que ela se sentasse no banco próximo a nós, e depois dela já posicionada no móvel, sentei-me a seu lado. Suspirei outra vez, pronto para discutir o que provavelmente poderia estragar as férias de meu filho. Mas se não o fizesse, faria Rose ficar péssima.

 

 

 

 

 

A olhei seriamente, buscando na experiência própria uma saída para esse dilema.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONTINUA...

 

 

 


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Notas finais do capítulo

OI GENTE LINDA DO MEU CORAÇÃO, TA AÍ O CAP 17

Agora deixa eu me explicar por causa de tanta demora:

— gente, eu jurava que minhas aulas iam começar nessa segunda, foi por isso que eu só escrevi umas 2 paginas do cap. Depois que eu soube que as aulas foram adiadas, corri contra o tempro pra escrever o cap, me desculpem!

VOU TENTAR POSTAR OUTRO CAP NESSA SEMANA, VOCÊS MERECEM MUITO (l
MUITO OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS LINDOS, VOCÊS QUE ME FAZEM CONTINUAR, EU LEIO CADA UM DELES! E AMO DEMAIS (L)

Bem, agora o bicho começa a pegar fogo! Será que Carlisle vai aceitar o pedido de Rose? O que ela quer com isso? E se ele realmente for, o que vai rolar em Roma?

PARA SABER, SINTONIZEM EM DILEMAS! MUAHAHAHAHA

Amo todos vocês,
natasha.