Dilemas escrita por nana_cullen


Capítulo 10
Capítulo 7: O ataque certo para o cara errado




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CAPÍTULO 7: O ATAQUE CERTO PARA O CARA ERRADO 


 


BELLA SWAN #


 


 


Não sou do tipo de pessoa que dorme até o início da tarde. Sempre gostei de acordar cedo, para adiantar as coisas do dia sabe? Mas como agora eu estava numa casa em que não seria necessário eu pegar numa vassoura ou cozinhar, as coisas iam ficar bem mais difíceis.


 


 


Ainda estava escuro no quarto, acho que todas ainda estavam dormindo. Sentei-me silenciosamente na cama, coçando os olhos para tirar o resto de sono que eu sentia. Passei a mão no meu cabelo que pra variar estava com certeza parecendo um blackpower ou coisa pior. Tirei imediatamente ela da minha cabeça, antes que meus dedos prendessem nas minhas pontas duplas.


 


 


 


Botei meus pés para fora da cama, pisando com todo o cuidado possível para que quando eu levantasse não tivesse o azar de cair no chão, pisei duas vezes no piso, só assim tendo certeza que estava seguro pra eu levantar.


 


 


 


Fiquei de pé e andei um pouco, ficando no centro do enorme quarto e observando minhas companheiras, parando meus olhos em Rosalie.


 


 


 


Eu estava indecisa em contar tudo o que eu vi na galeria. Rose estava tão feliz em estar aqui e tenho que admitir, eu também estava! Por que tinha que acontecer essas coisas justamente quando eu só queria um momentinho de paz, pra aproveitar essa viagem?


 


 


Senti a raiva brotar de novo em minhas veias, aquele Edmundo! Safado, canalha, cachorro, todos esses xingamentos eram com certeza elogios pra ele. Realmente, ele não merecia Rosalie! Ela pode ter todos os defeitos do mundo, mas possui muitas qualidades também.


 


 


 


Andei até o criado-mudo que tinha do lado da minha cama e peguei meu celular, olhando que horas eram. 7:30 da manhã, muito cedo.


 


 


Já que quando eu acordo não consigo mais voltar a dormir, segui em direção ao armário e o abri bem devagar, ainda bem que os moveis daqui não chiavam! Tirei uma camisa e uma calça folgada qualquer e entrei no banheiro.


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Desci as escadas com todo o cuidado possível, ainda crendo que eu poderia acordar alguém com meus passos. O que eu podia fazer? Minha casa tinha escadas de madeira, e elas chiavam muito! Vou ter que me acostumar com essa casa silenciosa pelo menos nesse mês.


 


 


Eu não sabia pra onde eu ia agora. Olhei para os lados sem saber qual caminho seguir, me senti meio desorientada. Os únicos lugares que eu tinha gravado era o da sala principal, sala de jantar e da cozinha! Como não tinha o que fazer nesses lugares, decidi sair da casa.


 


 


 


 


Abri a porta e fui recebida com uma forte e refrescante rajada de vento. Sai de braços abertos, sentindo o ar me bater com vontade. Com certeza eu estava parecendo uma retardada na frente da casa deles, fechei os braços imediatamente e olhei para os lados da rua. Ainda bem que ninguém me viu!


 


 


 


Botei as mãos na cintura e dei um bocejo, aqui eu realmente vou ter que dormir até mais tarde! Não tem nada pra fazer de manhã, que saco! Cocei a cabeça, entediada.


 


 


Aos poucos o vento foi diminuindo e com isso, decidi dar uma volta pela casa desses Cullens, não tenho nada pra fazer mesmo!


 


 


 


Comecei andando pelo lado direito da casa. Não tinha prestado atenção na enorme piscina que eles tinham aqui e muito menos na quadra poli esportiva que estava atrás da casa! Não tive como não ficar babando de novo com toda aquela beleza, quanto tempo será que Carlile trabalha pra poder pagar tudo isso?


 


 


 


Eu estava tão besta com tudo aquilo que quando fui andar de novo senti que o chão me faltou os pés. Mas lógico que ele não estava lá, TINHA UM BARRANCO NO MEIO DO CAMINHO! PUTA QUE PARIUUU! E lá foi a desastrada aqui, deslizando barranco abaixo. Eu ainda cai de peito pra baixo!


 


 


 


Finalmente tinha parado em algum lugar, mas o problema era que eu não sabia onde já que ainda deslizei com a cara na grama. Mesmo dolorida, consegui me sentar direito.


 


Cuspi um pouco de grama, pelo menos ela não deixou que eu gritasse, seria bem pior. Não quero imaginar Rose acordando há essa hora, um poço de simpatia. Pura ironia minha! Cocei minha cabeça com dor, isso realmente iria deixar galo! Bem, eu pego gelo depois.


 


 


 


Quando finalmente me forcei a abrir os olhos eu vi uma coisa que talvez até fosse loucura da minha parte. Era impressão minha ou eles tinham uma ACADEMIA do lado de fora da casa?


 


 


Acho que o sol estava meio que afetando os meus olhos, então fiz uma sombra com minha mão pra ver se realmente isso que eu vi era verdade ou se eu teria que me internar no manicômio mais próximo. Tinha quase certeza que eu precisava da segunda opção.


 


 


 


Por que eu simplesmente não aceito logo o fato que a família Cullen é milionária? Pra variar, a academia ainda estava bem ali, a poucos metros de mim. Por mais impressionada que eu estivesse agora, eu não fiquei boquiaberta nem com baba escorrendo da minha boca. Só me levantei e fiquei olhando para aquela academia de ultima geração ao ar livre!


 


 


 


Não resisti, do nada comecei a contar quantos aparelhos tinham naquele lugar. Uns 20 ou 30? Qualquer um que me visse com certeza iria pensar que eu era uma retardada apontando pro nada, e olha que apontar é coisa feia!


 


 


 


Parei de contar os aparelhos, isso realmente era uma perda de tempo! Depois que eu tinha parado, prestei mais atenção em uma das muitas esteiras que se encontravam na academia.


 


 


 


Como eu não tinha percebido que tinha uma pessoa correndo na esteira? Quando eu voltar vou seguir o conselho de minha mãe: vou pra um médico do olho imediatamente.


 


 


 


Nota 1: Eu não me lembro o nome do médico do olho okay? Quando eu acordo de manhã eu me esqueço de algumas coisas.


 


 


 


Não dava para ver o rosto porque a tal pessoa estava correndo de costas pra mim. Como não tinha nada pra fazer, fui ver que era. Dessa vez andei olhando na maior parte do tempo para o chão na esperança de não cair de novo.


 


 


 


 


Depois de alguns tropeços, eu consegui chegar até a academia. Como não sabia quem era, fui por eliminatória: as meninas estavam dormindo, pensei no bombadão, mas a pessoa era meio pequena pra ser ele. Carlile não porque Rose me disse que ele trabalhava nos dias de semana, mesmo de férias. Então... Só podia ser... O canalha do Edmundo. Nossa que estranho, o cabelo dele cresceu de ontem pra hoje? Ai, não importa!


 


 


 


Com esse pensamento me aproximei mais e mais dele. Já tinha todo o plano em mente: Eu ia pular com tudo em cima do safado e ele iria de cara na esteira, fazendo seu rosto rasgar todo até ficar deformado. Tudo bem que o pai dele iria construir tudo de novo, mas seria bem divertido ver aquele rostinho “bonito” cheio de pontos. Soltei um risinho maligno bem baixo.


 


 


 


‘HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIÁÁÁÁÁÁÁÁ!’ – Soltei meu grito de guerra e pulei em cima do safado.


 


 


 


‘AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIÊÊÈÊ!’ – Aconteceu tudo muito rápido, mas como eu planejei. Pulei nele e o safado foi de cara no chão, arrastando o rosto na esteira. Meu Deus, que gritinho de mulherzinha é esse?


 


 


 


‘Agora eu te peguei né seu safado?’ - Eu estava em cima do canalha ainda, sentia vontade de encher ele de pancada até ficar inconsciente, depois eu pensava no que eu fazia com ele! Puxei o cabelo meio grande para cima, para ver o rosto dele. Fiquei mais branca que a toalha de mesa da minha falecida vózinha.


 


 


 


 


Bem, meu plano deu certo, o problema de tudo é que FOI COM O CARA ERRADO! Maravilha, em vez do canalha, eu ataquei o coitado do mauricinho! E pra piorar a situação, ele apagou com a queda. PRONTO, SÓ O QUE ME FALTAVA! MATEI O TAL DO JASPER!


 


 


‘Ai merda!’ – Foi só isso que eu consegui falar.


Sai de cima dele e com muito custo, consegui vira-lo para cima. Fiquei meio aliviada quando vi que os arranhões não eram muito profundos, mas eram bem visíveis! Ai, agora sim eu to ferrada. Como é que ele vai aparecer no velório desse jeito?


 


 


 


‘Mauricinho, acorda! Pela Morde Deus, ACORDA!’ – Como eu iria fazer um defunto acordar? Eu também não sabia. Fiquei batendo no rosto dele levemente e nada dele voltar à vida. Não quero ser forçada a pagar velório, to ferrada! Comecei a ficar nervosa, então fiz a primeira coisa que veio na minha cabeça.


 


 


 


‘AAAAAAAAAAACOOOOOOOOOOORDA CARAAAAAAAAAAAAALHO!’ - Eu berrei, pegando o apagado pela camisa e sacudindo com toda a minha força. Ele tem que acordar agora! MEU DEEEUS ME AJUDA!


 


 


 


Sem querer me gabar, mas realmente a minha sacudida é santa! O mauricinho começou a abrir os olhos, mas eu acho que ainda estava mais pra lá do que pra cá. Eu ainda ia ter problemas!


 


 


 


‘Eu... Morri? To no céu?... Mãe, é você?’ – Ele sussurrou revirando os olhos. Só falta eu ter deixado ele com um derrame! Como é que a minha vida virou loucura mesmo?


 


 


 


‘Dê graças a Deus por eu não ser sua mãe!’ – Eu disse, dando tapinhas no rosto pálido dele. – ‘Vamos cara, foi só uma caidinha de nada!’


 


 


 


‘Mãe.... Me dá um beijinho? To com dodói!’ – Nunca mais eu vou fazer isso de novo, eu juro! O mauricinho fez um biquinho que dava para ver a baba todinha brilhar nos lábios dele. QUE NOJEENTO!


 


 


 


Empurrei o louco pra longe de mim e levantei. Me segurei firme pra não dar um chute no mauricinho metido a gay, mas parece que nem precisei. Quando eu o empurrei, o louco bateu a cabeça de novo no chão. Gelei com a idéia do mauricinho desmaiado de novo, não tinha mais forças pra reanimá-lo.


 


 


 


 


Ele ainda passou um tempo deitado no chão e eu me assustei um pouco quando vi o mauricinho se sentando, coçando a cabeça e com os olhos fechados.


 


 


 


‘Ai Meu Deus, olha desculpa! Eu não queria fazer isso... Quer dizer... Queria, mas não com você! Eu pensei que você era outro e... Ai, você ta bem?’ – Odeio quando começo a falar assim, meu momento idiota.


 


 


 


‘ O quê?’ – Ele falou, acho que finalmente se dando conta que não estava sozinho. O rosto dele estava todo arranhado, ai se culpa matasse!


 


 


 


Dei um suspiro e olhei para o céu, ainda estava bem cedo. Decidi leva-lo pra dentro da casa de novo, como eu ia explicar pra ele? Ah, sabe o que foi Jasper, me deu vontade de massacrar alguém, e o sortudo foi você HAHAHA, ganhou na loto hein?


 


 


 


 


Não respondi pra ele, simplesmente o peguei e o tirei do chão. Não tive coragem de olhar pra cara dele, estava horrível! To FERRADA!


 


 


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Abri um pouco a porta e botei minha cabeça para dentro da casa, acho que só assim eu entro nesse lugar!


 


 


 


Depois de ter certeza que ninguém estava andando pelos corredores, eu entrei e puxei o mauricinho comigo. Ele ainda estava meio que com cara de dor, mas isso não o impediu de me olhar irritado.


 


 


 


‘DÁ PRA ME DIZER QUE AGRESSÃO FISICA FOI AQUELA?!’ – Ele perguntou.


 


 


‘Ahm... ’ – Eu ainda não tinha pensado em como falar pra ele que seu rosto estava todo arranhado e horrível.


 


 


‘Bella?’ – Ele disse, pressionando pra que eu falasse. Puta merda!


 


 


‘Digamos que... Acidentes acontecem né?’ – Eu disse, soltando uma risada nervosa. Já falei que eu to ferrada?


 


 


 


Ele não respondeu, só virou de costas pra mim e saiu andando pela sala e eu fui atrás dele. Fiquei desesperada quando eu vi que ele estava chegando perto de um espelho e as coisas iam piorar.


 


 


 


 


Cheguei bem a tempo de impedir que ele se virasse e visse a sua cara no espelho. Ele ficou me olhando mais irritado ainda! Eu sei que ele se veria de qualquer jeito, mas o problema é que eu tava por perto e assim isso não ia prestar.


 


 


 


 


‘Por favor, dá pra você sair daí? Por causa desse seu acidente eu devo ter bagunçado todo o meu cabelo!’ – Nossa isso foi realmente muiiiito gay.


 


 


 


 


 


Ele começou a se inclinar pros lados para tentar se ver no espelho e meu desespero aumentou. Toda vez que ele se inclinava pra ver eu ia junto também. Será que era tão difícil ele ir tomar banho e gritar no quarto dele? O fedor de suor tava me matando!


 


 


 


 


‘Bella, sai!’ – Ele disse alto e eu dei um salto, mas não saindo do lugar. Fiz um sinal de não com a cabeça, apavorada.


 


 


 


 


Ele abriu a boca pra falar, mas então se calou, olhando para o lado. AH DROGA! Segui o olhar dele e logo percebi o que ele pretendia: não muito longe dali, tinha outro espelho, bem maior do que esse que eu estava tentando esconder.


 


 


 


 


Quando fui olhar para ele de novo, já não estava mais lá. PUTA QUE PARIU, CADÊ ESSE GAY? Eu me virei e vi ele correndo em direção ao outro espelho, não pensei duas vezes antes de começar a correr.


 


 


 


 


‘PÁÁÁÁRAA, PÁÁÁRA AGORAAAAAAA!’ - Eu gritei. Ai, eu já tava ferrada mesmo, gritar agora não ia fazer diferença. Pulei com todo o impulso que eu tinha e consegui pegar o pé do maldito, que caiu no chão junto comigo.


 


 


 


Não adiantou muita coisa, ele conseguiu se levantar. Suspirei e meti a minha cara no chão, já prevendo o que ia acontecer.


 


 


 


 


‘AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!’ – Eu sabia que ele ia berrar. Afundei mais a cara no chão, com se isso fosse me ajudar a sumir! – ‘MEEEEEEEEEEEEU DEEEEEEEEUS, MEEEEEU ROSTO! MEU ROOOOOOOOOOOSTO! O QUE VOCÊ FEZ COMIGO SUA MALUCA?!’


 


 


 


 


Tomei coragem e levantei minha cabeça, mesmo não querendo fazer isso. Lá estava o mauricinho, pegando no rosto todo arranhado e gemendo de dor a cada toque. Meu Deus, ele até começou a chorar!


 


 


 


‘Olha eu... ’ – Me levantei, ainda sem ter o que dizer. Ele me olhou com fúria, chorando que nem uma bicha descontrolada.


 


 


 


‘OLHA O QUE VOCÊ FEEEEZ COMIGO!’ – Ele berrou mais ainda,  apontando pro rosto. – ‘MEU ROOOOOSTO! MEU ROOOOOOOOOOSTO!’


 


 


 


E lá foi ele caindo aos prantos. Será que dá pra ficar pior?


 


 


 


 


‘OH MINHA SANTA! O QUE TA ACONTECENDO AQUI?’ – Nunca mais vou me fazer essa pergunta, sempre piora toda vez que eu faço! Tirei minha vista do gay chorando e olhei para Alice, que estava chocada descendo as escadas.


 


 


 


 


‘Alice eu... ’ – Eu ia me defender, mesmo sabendo que a culpa era toda minha! O gay me interrompeu.


 


 


 


‘ELA DEFORMOOOOU O MEU ROSTO!! LOOOOOOOOUCA!’ – Ele gritou, apontando pra mim e depois botando as duas mãos no rosto, chorando muito mais. Se continuasse assim ele ia morrer de tanto chorar! Eu não fiz nada demais, fiz?


 


 


 


 


 


‘Alice, está acontecendo alguma coisa aí embaixo?’ – Perguntou alguém do segundo andar e eu reconheci a voz na hora.


 


 


 


 


‘Alice, tira ele daqui agora!’ - Eu disse, sussurrando para Alice.


 


 


 


‘O que aconteceu com ele?’ – Ela perguntou, sussurrando também.


 


 


 


‘Ai merda, tira ele daqui logo!’ – eu sussurrei, empurrando o gay choroso pra ela.


 


 


 


‘ESME, AQUI É A BELLA, TA TUDO BEEEM!’ – Eu disse e me virei para Alice – ‘Vaaaai, dá um jeito nessas coisas no rosto dele!’ – Eu falei, sussurrando pra ela.


 


‘Oh, bom dia Bella! Venha tomar o café da manhã!’ – Eles tomavam café lá em cima? Caramba!


 


 


 


‘Bella, eu não posso fazer mágica! Esse troço ta horrível nele!’ – Ela sussurrou, apontando pro rosto do mauricinho, que já estava inchando de tanto chorar.


 


 


 


‘HOOOOOOOOORRIVEL?’ – Ele berrou, voltando a chorar de novo e se encostando nos ombros de Alice.


‘Calma, caalma!’ – Ela disse, consolando o gay.


 


 


 


‘Vai Alice, vai logo!’ – Eu disse, começando a subir as escadas.


 


 


 


‘Bella!’ - Ela disse, eu me virei e olhei pra ela, quase caindo entre os degraus.


 


 


 


‘Pra onde é que eu levo ele? – Ela perguntou num sussurro. Que merda, eu precisava subir!


 


 


 


‘Ai, sei lá! Pra algum caaanto aí! – Respondi e continuei a subir as escadas.


 


 


 


 


‘Bellaaaa!’ – Dessa vez não tinha como evitar, escorreguei e cai no meio dos degraus. AI, COMO CAIR DOOOOI! Me levantei rápido.


 


 


 


 


‘O que foooi Alice?’ – Eu sussurrei, mas morrendo de vontade de gritar. Ai meu Deus, mereço!


 


 


 


‘Por que agente ta sussurrando?’ – AAAAAAH PORRA, NÃO TINHA PERGUNTA MAIS UTIL PRA FAZER NÃO? Contei até três e respirei fundo.


 


 


 


‘AI Alice, sai logo daqui!’ – Eu sussurrei, totalmente irritada.


 


 


 


‘Tata, só queria perguntar, que coisa!’ – Ela reclamou, ainda consolando o gay. – ‘Vem Jasper.’ – Ela disse, saindo da sala com ele.


 


 


 


AMÉÉÉM ELA ENTENDEU MEU RECADO! Mesmo com uma dor imensa nas minhas pernas e também agora morrendo de fome, consegui continuar subindo as escadas.


 


 


 


 


-                                 x                                  -


 


 


 


ALICE HALE #


 


 


 


Minha Santa Prada, ele estava HORROROZO! Parecia aquelas maquiagens de zumbis da pior qualidade possível! O que será que a Bella fez com esse coitado?


 


 


 


 


 


Tínhamos acabado de chegar à academia usando a porta dos fundos da casa. Ai minha santinha, o que eu faço agora? Não sei por que, mais eu fiquei muito preocupada com os arranhões da cara dele. Ele era lindo demais pra ficar assim.


 


 


 


 


‘Ta doendo?’ – Perguntei aflita, sem saber o que fazer. Ai Deus, me abana!


 


 


 


 


‘N-não. ’ – Eu sussurrou, ainda chorando.  Ai, num chora porque senão eu choro também!


 


 


 


‘Ai, olha... Senta aí e se acalma okay?’ – Eu disse, fazendo-o sentar no banco branco que tinha na frente da academia. Pensa rápido Alice, pensa rápido!


 


 


 


 


‘E-eu t-t-to h-horrivel!’ – Ele tentou dizer, ainda aos prantos. Parecia que meu coração ia virar picadinho vendo Jasper assim!


 


 


 


‘Jasper, não fica assim, vai ficar tudo bem!’ – Eu disse, botando minha mão no ombro dele e dando um sorriso. Ele me olhou.


 


 


 


 


‘Voc-c-cê promet-te?’ – Ele gaguejou, parando de chorar.Ai, lê sorriu pra mim, ELE SORRIU PRA MIM! Acho que vou ter um ADP! AAAAAAAAAAAAAAAAAAH!


 


 


 


‘Lógico que sim!’ – Eu disse, batendo palmas na tentativa de alegrá-lo. – ‘Afinal, é com Alice Hale que você está falando okay?’


 


 


 


Não é que a minha animação deu certo? Ele deu até um risinho! Ai minha santíssima pradinha, ELE É LINDO! Mesmo com essas coisas horrendas no rosto dele.


 


 


 


 


‘Muito obrigado Alice. ’ – Ele disse, sorrindo e secando as lágrimas. Ai, como ele era perfeito sorrindo!


 


 


 


Parei de respirar quando ele pegou na minha mão. AAAAI ARREPIEI!


 


 


 


‘B-bem, acho que só uma base esconde essas coisas!’ – To nervosa! Ai Alice, respira! 1, 2, 3, 4 expira e inspira. – ‘Mas primeiro tem que passar um remédio aí, vai que fica com pus e tals.’


 


 


 


 


‘Com... PUS?!’ – Alice do Céu, como você fala isso? Só não bati na minha boca porque ele iria me achar uma louca. Ai meu Deus, ele não pode começar a chorar again!


 


 


 


 


‘Caaaalma, eu só tava brincando!’ – Eu disse, sorrindo nervosa. Ai minha prada, acho que até suei frio! Ele suspirou aliviado.


 


 


 


 


‘Tem um kit de primeiros socorros dentro da sala de fitness. ’ – Ele falou, ainda meio assustado com meu comentáriozinho ruim. Nunca mais fale isso de novo Alice!


 


 


 


 


 


‘Tá okay, vou lá pegar ta?’ – Tirei minha mão do ombro dele e vi que nossas mãos ainda se tocavam. Mesmo de má vontade, tirei a outra de lá e me levantei. – ‘Não preciso nem pegar minha maquiagem, tenho uma aqui no bolso!’


 


 


 


 


 


Dei um ultimo sorriso pra ele e segui até a tal sala. Ai minha pradinha linda, faça descer em mim o espírito de uma maquiadora super estilosa, eu vou precisar!


 


 


 


 


 


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EDWARD CULLEN #


 


 


 


 


Até que a família Hale era bem amigável. Esme era uma pessoa muito doce e educada, com certeza era uma ótima mãe. Alice era linda, mas muito baixinha. Tentei me segurar ao máximo pra não chamá-la de baixinha ou anã, ainda bem que ela desceu.


 


 


 


As únicas pessoas que ainda estavam na mesa eram eu, Emmett e Esme. Rosalie tinha ido botar o biquíni para entrar na piscina, Carlile foi cedo para a clínica e Alice tinha acabado de descer.


 


 


 


 


Nem estava prestando atenção no que Emmett falava tanto para Esme, era mais interessante ver o vapor do meu café saindo do que ouvir as besteiras do meu irmão leso.


 


‘Oh Bella! Bom dia! Já tomou café?’ – Automaticamente olhei para a nossa nova companhia. Era aquela maluca detestável! No lugar errado e na hora errada, isso já estava virando mania.


 


 


 


‘B-bom dia!’ – A maluca estava meio estranha, acho que nervosa era a palavra certa. Ela olhava para Esme como se tivesse feito algo horrível. A estérica sentou-se do lado de Esme.


 


 


 


‘Bom dia Emmett. ’ – Ela falou, dando um sorriso para Emmett. Sua expressão mudou totalmente quando me cumprimentou. – ‘Bom dia. Edmundo. ’ – Já estava ficando com raiva desse apelido ridículo! Será que ela era tão burra que não conseguia nem pronunciar meu nome direito?


 


 


 


 


‘Bom dia Bella! ’ – Respondeu Emmett educadamente, ao contrário de mim. A única coisa que eu fiz foi dar um sorriso falso pra ela, essa coisa não era digna do meu bom dia.


 


 


 


 


‘Você acordou agora minha filha?’ – Perguntou Esme, com um sorriso gentil nos lábios. Nunca acreditaria se essa maluca fosse uma das filhas de Esme. Ainda bem que não era!


 


 


 


 


‘S-sim, eu tava até lá fora! Pegando um ar... ’ – Ela respondeu, se atrapalhando um pouco nas palavras. Ela tinha feito alguma coisa, eu tinha certeza.


 


 


 


 


‘Você viu o Jasper por aí? Ele ta usando minha cueca nova, aquele safado!’ – Falou Emmett, dando uma alta gargalhada. Como eu tinha vergonha dele.


 


 


 


 


‘O Jasper? N-não!’ – Ela respondeu rapidamente. Aproveitei que ela estava olhando indignada para o burro do meu irmão e a analisei melhor. Ela estava muito nervosa, mais branca que a toalha da mesa do café quando Emmett tocou no nome de Jasper. O que ela fez com meu irmão?


 


 


‘Bem meninos, eu já vou descer! Tenho que ir atrás de Alice, tínhamos marcado de sair agora. ’ – Disse Esme rindo um pouco. Acho que ela pensava que todas as coisas que saiam da boca de Emmett eram hilárias!


 


 


 


 


‘Até logo Esme. ’ – Disse Emmett, enquanto eu somente acenei para ela que levantava-se da mesa, seguindo para as escadas.


 


 


 


 


‘Hey Bella, você não contou nada do que aconteceu pra ninguém né?’ – Perguntou Emmett, morrendo de medo. O que ele tinha feito?


 


 


 


 


‘Sobre a noite pornô?’ – Ela falou, pegando um pão e metendo na boca. Que garota mais sem classe! Não sabe nem comer um pão! – ‘Não esquenta com isso, todo o homem precisa daquilo!’


 


 


 


 


‘Ufa! Quer me matar de susto? Não sei se eu conseguiria viver sem o meu sem censura!’ – Falou ele, se jogando na cadeira. – ‘Tenho que achar meu irmão broxa, ele ta com a minha cueca!’


 


 


 


 


 


 


A doida imediatamente se levantou, tirando o pão da boca e ficando nervosa novamente. Ela tinha feito alguma coisa com o meu irmão, mesmo ele tendo pinta de gay, ele ainda era meu irmão!


 


 


 


 


‘E-eu já terminei, tchau!’ – Ela largou a metade do pão no prato e saiu andando para as escadas. Eu me levantei, começando a andar.


 


 


 


 


‘Ed! Pra onde você vai?’ – Me virei para ele. – ‘Me lembrei que eu tenho que ver uma coisa.’ – Dei as costas para Emmett, recomeçando a andar.


 


 


 


‘NÃÃÃO ME DEEEEIXE SÓ AQUIIII!’ – Não prestei muita atenção nos berros dele e sai, descendo as escadas. Tinha que ir atrás daquela maluca.


 


 


 


 


-                          x                        -


 


 


 


BELLA SWAN #


 


 


 


Onde será que aqueles dois se meteram?


 


 


 


Eu já tinha procurado em todos os cantos da casa, e nada! Era pra Alice dar um jeito na cara do gay, não sumir com ele! O único lugar que me restava olhar era a parte da academia.


 


 


 


 


 


Assim que eu sai da casa pela porta de trás, eu ouvi risos e mais risos vindos da academia. Mesmo com o sol atrapalhando um pouco a visão, pude reconhecer Alice sentada do lado do mauricinho, rindo junto com ele. Sai correndo até o banco.


 


 


 


 


‘Iai... Como... Ele... Ficou?’ – Eu perguntei ofegante, me apoiando nas minhas pernas.


 


 


 


‘Minha darling, quando eu maquio, é pra sair perfeito!’ – Ela respondeu, como se eu tivesse falado algo que a deixasse indignada. – ‘Olha só!’


 


 


 


Respirei fundo e me ajeitei, olhando para o mauricinho, que me encarava irritado. Nossa! Nem parecia que ele tinha arranhões horríveis na cara!


 


 


‘Alice, você arrasou!’ – Eu falei, abraçando Alice. Minha salvadora!


 


 


 


 


‘Eu sei Bella!’ – Ela tinha que se gabar! Mas eu não ia reclamar disso agora.Jasper levantou do banco.


 


 


 


 


‘Você!’ – Ele falou, apontando pra mim. Afastei-me de Alice pra prestar atenção nele.


 


 


 


‘Olha foi sem querer!’ – Eu tentei me defender. Era tudo o que eu podia fazer né?


 


 


 


Ele nem deixou eu continuar a falar, simplesmente fez um bico do tamanho de uma tromba de elefante velho e foi embora, seguindo para casa.


 


 


‘Bella, agora você vai me explicar direitinho o que aconteceu com ele!’ – Merda, to ferrada agora!


 


 


 


‘Olha Alice eu...’ – Eu ainda estava pensando numa desculpa pra Alice quando fui interrompida por um toque de celular. Ai, to saalva!


 


 


 


 


Alice me olhou séria e atendeu ao telefone.


 


 


 


‘Alô?’ – Ela disse, esperando alguém falar na outra linha. – ‘Oh ta legal, já to indo!’ – Falou e desligou o telefone.


 


 


 


 


‘Olha, a Esme ta me esperando lá na frente. Não pense que a nossa conversinha acabou okay?’ – Ela disse meio que me ameaçando. Fiquei com um pouco de medo dela!


 


 


‘Vai logo vai!’ – Eu falei, levantando Alice do banco e a empurrando para frente. Ela saiu correndo.


 


 


 


 


‘NÃO SE ESQUECE VIIIU?’ – Ela gritou, correndo mais rápido. Botei a mão na testa e olhei para o sol. Ta legal! Como se alguma resposta fosse cair e me esmagar agora!


 


 


 


 


Segui sem vontade para a casa.


 


 


 


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EDWARD CULLEN #


 


 


 


 


Confesso que fiquei um pouco preocupado com Jasper, mas quando ele entrou na casa  e seguiu para o segundo andar sem nenhum dano, minha preocupação logo foi embora. Com uma maluca daquelas convivendo com agente aqui, é meio perigoso andar sozinho. Achei meio estranho sua expressão irritada, mas não dei muita importância para isso.


 


 


 


Mas eu ainda tinha que conversar com ela, infelizmente. Não podia deixar uma estérica descontrolada acabar com o meu “namoro” assim. Ela só não tinha contado ainda com certeza porque não a tinha visto hoje. Teria que tomar uma providência, e rápido!


 


 


 


 


 


Ouvi a porta dos fundos bater, alguém estava entrando na casa. Andei um pouco e quando vi quem era, tratei de me esconder na parede mais próxima: era a maluca. A olhei rapidamente e vi que nervosismo dela tinha desaparecido completamente, e isso com certeza era um problema.


 


 


 


Ouvi os passos dela se aproximando de onde eu estava e logo me escondi de novo. Ela ainda ia me pagar, ah se ia!


Foi tudo muito rápido e eficaz. Quando ela passou por mim, a agarrei por traz e antes que ela gritasse, botei minha mão na boca dela. Dessa vez ela não iria me morder, pois eu segurei as mãos da louca.


 


 


 


 


‘Não vai me pegar desprevenido de novo.’ – Eu sussurrei no ouvido dela e vi os pêlos da sua nuca eriçarem. – ‘Preciso falar com você. Agora.’


 


 


 


 


Por mais que ela tentasse escapar de mim, não ia funcionar. Agora eu estava no controle e ela iria se arrepender pelo que ela me fez!


 


 


 


 


A guiei até as escadas, fazendo-a subir comigo.


 


 


 


continua...


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